O e-commerce é um terreno fértil para lucrar com a venda de produtos ou serviços pela internet. 

Investir nesse segmento no Brasil é vantajoso devido ao crescimento contínuo das compras online, impulsionado pela digitalização, aumento do acesso à internet e preferência por conveniência. 

Com o público cada vez mais acostumado a comprar online e a variedade de ferramentas tecnológicas disponíveis, lojas virtuais e marketplaces oferecem alta escalabilidade e baixo custo operacional, proporcionando oportunidades de lucro e expansão rápida.

E não faltam exemplos de negócios focados em vendas online bem-sucedidos, pois seguiram todos os passos necessários para prosperar na atividade.

Por outro lado, nem todos os empresários têm os mesmos resultados.

Começar a vender pela internet sem fazer o devido planejamento pode dar muita dor de cabeça.

Além de não atrair um bom número de clientes, uma estratégia errada resulta em problemas como atrasos em entrega, envios errados e falta de estrutura para atender bem.

Mas não desanime: uma loja virtual tem tudo para dar certo quando é bem planejada.

Veja neste conteúdo como estruturar seu site, organizar seu estoque e implementar boas práticas para chamar seus primeiros clientes.

Neste conteúdo, vamos explicar tudo sobre e-commerce e dar as melhores dicas para quem quer criar seu negócio.

Table of Contents

O que é e-commerce?

E-commerce é a compra e venda de produtos ou serviços pela internet. Envolve transações online, com pagamentos eletrônicos e pode incluir tanto lojas virtuais quanto marketplaces, facilitando o comércio global e local através de plataformas digitais.

Esse é um modelo de negócio bastante dinâmico e que pode usar diferentes canais.

Embora muitas pessoas associem o conceito a um site de vendas, há empreendedores que usam as redes sociais ou aplicativos para dispositivos móveis para apresentarem as suas ofertas.

Toda a transação comercial é online, incluindo a cobrança.

Por isso, essa modalidade só é possível quando se adota uma plataforma de pagamentos.

Esse sistema permite que o consumidor pague usando diferentes formas, como cartão de crédito, boleto bancário e Pix.

Cada item comercializado é entregue no endereço informado pelo cliente, o que pode ser feito pelos Correios ou por serviços de entrega privados.

Por isso, o profissional que atua nessa área precisa contar com um estoque bem organizado e procurar os melhores — e mais baratos — serviços de frete.

Porém, existem também e-commerces de produtos digitais, que nesse caso são enviados no ato da compra.

Continue lendo para entender como esse formato começou a aparecer.

Como surgiu o e-commerce?

A origem do e-commerce remonta a 1979, quando o executivo Michael Aldrich implementou um sistema chamado Videotex.

Era uma espécie de televisão acoplada a um teclado, que se conectava às lojas para que os usuários pudessem fazer suas compras online.

A primeira venda nesse formato aconteceria em 1984.

Porém, ainda antes disso, já acontecia um tipo de transação online, mas de forma ilícita.

Na década de 1970, estudantes universitários usaram a Arpanet, rede antecessora à internet criada pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos, para negociar maconha.

Essa história é relatada no livro “What the Dormouse Said”, do jornalista John Markoff.

De qualquer forma, esses dois fatos aconteceram ainda antes do surgimento da internet como a conhecemos.

Isso só foi acontecer em 1994, quando a livraria Book Stacks Unlimited, de Cleveland, criou sua loja virtual.

Um ano depois, seria fundada a Amazon, também focada na venda de livros.

A obra “The Everything Store”, do jornalista Brad Stone, relata que o desafio dos fundadores da Amazon era justamente criar um modelo melhor que o da Book Stacks Unlimited, na primeira concorrência da história do e-commerce.

A Amazon ajudou muito a popularizar as compras pela internet, juntamente com o eBay, também criado em 1995.

A partir daí, outras empresas passaram a vender pela web, contribuindo para que a atividade crescesse até se tornar o que é hoje.

Para que serve o e-commerce?

O e-commerce serve para possibilitar que os consumidores possam comprar produtos de vários nichos e segmentos sem precisar sair de casa.

O foco é garantir o conforto e a conveniência ao cliente, que consegue fazer compras em qualquer horário.

Basta ter um computador ou celular à mão.

O formato também facilita a busca pelos produtos nas lojas online e outras plataformas de venda.

Assim, a pessoa pode encontrar rapidamente o que quer e comparar os preços com os valores de concorrentes.

Falando nisso, os preços cobrados nas vendas online costumam ser mais atrativos, pois o modelo exige menos gastos em comparação com o varejo presencial.

Além disso, esse modelo também permite que empreendedores possam atuar na área sem precisar investir em um espaço físico ou contratar funcionários.

Segundo esta reportagem do PEGN, uma pesquisa da BigDataCorp apontou que mais de 45% das lojas virtuais são geridas por apenas uma pessoa.

Como funciona o e-commerce? As 5 etapas principais

O e-commerce funciona 24/7, permitindo que os consumidores façam compras de qualquer lugar com acesso à internet. 

Uma plataforma digital oferece diferentes formas de pagamento e entrega, além de promover interações mais diretas entre marcas e clientes, utilizando ferramentas de marketing digital para atrair e fidelizar compradores.

Para entender melhor o funcionamento de um e-commerce, considere estes cinco passos:

  1. Encontro: o cliente acha uma loja virtual ou uma rede social com o produto desejado. Para isso, o vendedor pode usar técnicas para o seu produto aparecer em uma busca, investir em publicidade paga ou chamar a atenção por meio de uma postagem orgânica, entre outros meios de divulgação
  2. Interesse: se a oferta agradou, ele coloca o produto desejado em um carrinho de compras virtual. Na prática, o sistema da loja deixa o item salvo e pronto para passar pela próxima etapa
  3. Checkout: o checkout é a tela em que o cliente escolhe a forma de pagamento que vai usar e informa seus dados, incluindo o endereço de entrega. O sistema faz o cálculo do valor a ser cobrado pelo frete pelo CEP, informa o valor final com a entrega incluída e pede a confirmação do cliente
  4. Pagamento: O cliente confirma o pagamento. A plataforma de cobranças usada pelo e-commerce faz o processamento da transação, integrando os sistemas dos bancos da loja e do cliente e a adquirente, nos casos de transações por cartões de débito e crédito
  5. Entrega: depois que o pagamento é confirmado, o cliente só precisa esperar a chegada do produto. Isso porque o comerciante já confirmou que recebeu o valor e encaminhou o produto para a transportadora. No caso da venda de um produto digital, o usuário pode fazer o download na mesma hora.

Embora esses procedimentos façam parte de qualquer atividade de e-commerce, algumas pessoas podem se confundir com alguns termos.

Por isso, vamos esclarecer no próximo tópico a diferença entre diferentes conceitos relacionados à atividade.

Quais as diferenças entre e-commerce, marketplaces e redes sociais?

Embora o e-commerce seja geralmente associado a um site de vendas, existem outros modelos pelos quais você pode ganhar dinheiro vendendo na internet.

Por isso, o primeiro fator a ser considerado quando se planeja entrar nesse mercado é a escolha entre um dos formatos que vamos apresentar agora.

E-commerce

E-commerce é o nome da modalidade de vendas pela internet propriamente dita, portanto, engloba os outros dois formatos que vamos apresentar abaixo.

Porém, muitos empreendedores apostam na ideia de criar um e-commerce próprio, ou seja, ter um site exclusivamente seu para vender produtos, sem precisar depender de outras plataformas.

Por isso, muitas vezes esse termo é usado para indicar uma loja virtual independente.

Nesse modelo, o empreendedor fica responsável por todas as ações para a criação do site, a divulgação e a manutenção.

Embora seja preciso desenvolver um site, não é necessário saber programação para investir nesse formato.

Basta usar uma plataforma de e-commerce, um sistema que permite criar e organizar a página de vendas, além de contar com um domínio e um serviço de hospedagem.

A integração de uma solução para as cobranças também é simples, pois as melhores plataformas, como a Vindi, contam com equipes especializadas para auxiliar os clientes nessa etapa.

Marketplace

No marketplace, o empreendedor pode anunciar seus produtos em um site de vendas já estruturado em troca de um percentual de suas vendas, que pode variar de acordo com a plataforma.

Em alguns casos, uma mensalidade também é cobrada.

Assim, o consumidor que acessa essas plataformas encontra uma grande variedade de produtos.

Alguns dos principais marketplaces em operação no Brasil são Shopee, Mercado Livre e Magalu.

Como você já deve estar imaginando, esta é uma modalidade mais cômoda, pois não exige todas as ações de desenvolvimento e manutenção do e-commerce.

Além disso, esses sites costumam receber bastante visitas, o que ajuda na divulgação dos produtos.

Por outro lado, ela não é tão lucrativa quanto a loja virtual, pois é preciso abrir mão de uma parte de seus ganhos.

Além disso, existe uma concorrência interna forte, pois há muitos anunciantes cadastrados, e uma boa parte deles vende produtos similares ou mesmo iguais.

Lojas em redes sociais

Muitos empreendedores optam por anunciar seus produtos diretamente em redes sociais, como Instagram, TikTok e Facebook.

Em geral, essas plataformas incentivam a prática ao fornecer recursos exclusivos para vendedores.

Esse é um formato que permite uma proximidade com os usuários, que podem se comunicar diretamente com a loja por meio de comentários ou mensagens diretas.

Produtos visualmente atraentes, como roupas, itens de maquiagem e artesanato, podem ter bons resultados nas redes sociais.

A divulgação pode ser feita pelo alcance orgânico, com postagens que chamem a atenção de pessoas com interesse no nicho do item oferecido.

Além disso, a maioria dessas plataformas contam com sistemas de publicidade paga, que permitem a segmentação — para que os anúncios apareçam para um público adequado.

Já a cobrança deve ser feita por um link de pagamento personalizado ou uma página de pagamento fixa para cada item.

Quais são os 10 tipos de e-commerce?

O e-commerce pode ter diferentes tipos, de acordo com as características de quem vende e de quem compra e dos canais usados para conectar essas duas partes.

Conheça agora todas as formas possíveis de se vender pela internet.

E-commerce B2B

A sigla B2B significa “Business to Business” (de negócio para negócio, em português).

Portanto, o e-commerce B2B é a atividade em que uma empresa vende produtos para outra.

Geralmente, são vendas complexas e volumosas, como no caso de atacados que vendem lotes inteiros a varejistas.

Também é comum vermos a venda de produtos digitais, como softwares de uma empresa para outra.

E-commerce B2C

A sigla B2C quer dizer “Business to Consumer”, ou seja, “de empresa para o consumidor”.

Portanto, este é o modelo clássico de e-commerce, em que a empresa vende produtos direto para o cliente final.

Os itens vendidos podem ser adquiridos de atacadistas ou de fabricantes.

E-commerce B2E 

B2E significa “Business to Employee”, “de empresa para o empregado” em português.

Nessa modalidade, as empresas fazem ofertas para seus próprios funcionários, com preços mais baixos e outras vantagens em comparação às vendas para consumidores em geral.

Embora a margem de lucro não seja tão alta, é uma modalidade que garante uma boa conversão — ou seja, bastante gente compra em comparação com o público total.

E-commerce B2G

B2G é a sigla de “Business to Governor”, ou seja, “de empresa para governante”.

Esse modelo é referente a vendas online para órgãos governamentais.

Embora geralmente tenha um bom retorno, a atividade é altamente regularizada — justamente para garantir um bom uso do dinheiro público.

Por isso, para fazer negócios B2G, é preciso passar por um processo de licitação, no qual o órgão analisa qual empresa oferece os melhores preços e condições.

E-commerce C2B

C2B significa “Consumer to Business”, ou seja, “do consumidor para a empresa”.

Nesse formato, é a pessoa física que faz a venda para empresas.

Na prática, ainda é a empresa que faz a venda, mas nas condições estipuladas pelo consumidor.

Um exemplo são as vendas de serviços de transporte e passagens aéreas, em que o cliente pode fazer uma oferta estipulando o valor que pretende pagar pela viagem para que uma ou mais companhias escolham se aceitam ou não.

E-commerce C2C

C2C é a sigla de “Consumer to Consumer”, “de consumidor para consumidor” em português.

Portanto, é o formato em que as pessoas físicas fazem vendas entre si, após anunciarem em marketplaces.

Esse tipo de e-commerce foi consagrado pelo eBay.

No Brasil, OLX e Enjoei são exemplos de plataformas C2C bastante usadas.

E-commerce D2C

D2C significa “Direct to Consumer”, ou seja, “direto para o consumidor”.

Nesse formato, o comerciante vende produtos com fabricação própria, portanto, não há intermediários.

Pode ser desde um artesão que fabrica seus produtos para vender online até uma grande marca que conta com um e-commerce próprio para oferecer seus produtos.

M-commerce

O “Mobile Commerce” (“comércio móvel”) é a prática de vender por meio de dispositivos móveis, como celulares e tablets.

Essa venda pode acontecer pelo próprio site, desde que ele seja responsivo — ou seja, a tela possa ser adaptada ao formato vertical de um smartphone.

Esse termo também inclui vendas em aplicativos ou redes sociais.

S-commerce

Social Commerce (“comércio social”) é a modalidade em que as vendas são feitas por redes sociais.

Portanto, o usuário faz a compra direto pela plataforma, sem precisar ser direcionado a outro site ou plataforma.

Dropshipping

No dropshipping (“envio solto” ou “envio direto”), o comerciante fecha uma venda, mas o produto é enviado diretamente do atacado para o endereço do cliente.

Portanto, não é preciso ter estoque para vender nesse formato.

Quais as vantagens e desvantagens de vender em e-commerce?

Como qualquer outra atividade, o e-commerce tem seus prós e contras para quem pretende investir na área.

Confira a partir de agora uma lista com as vantagens e desvantagens de ingressar nesse mercado.

Vantagens

Entre os maiores benefícios de empreender no e-commerce, podemos citar:

    • Público amplo: pessoas em qualquer parte do país podem comprar de uma loja virtual, o que aumenta as possibilidades de venda
  • Praticidade: existem ferramentas que podem automatizar vários processos, desde o primeiro contato com os clientes até as cobranças, facilitando a gestão do negócio
  • Acompanhamento de dados: usando uma plataforma de pagamentos como a Vindi, o comerciante pode emitir a qualquer momento relatórios que ajudem a conferir a evolução das vendas
  • Funcionamento 24 horas: os clientes podem fazer suas compras a qualquer hora do dia, sem precisar esperar a loja abrir
  • Menos custos: é muito mais barato investir em uma loja online do que arcar com os custos relacionados a estabelecimentos físicos, como aluguel ou compra de um espaço e pagamento de funcionários
  • Escalabilidade: é mais fácil fazer um negócio online crescer para atender a demandas maiores em comparação com outros formatos
  • Diversidade de nichos: em um negócio online, o empreendedor pode ficar à vontade para escolher em qual tipo de produto vai investir e qual será seu público-alvo.

Desvantagens

Por outro lado, o e-commerce também conta com pontos de atenção.

Veja agora os principais:

  • Alta concorrência: já existem muitos empreendedores oferecendo diversos tipos de produto, e como não há limites geográficos, cada comércio compete com todos os demais de seu nicho
  • Problemas de logística: a venda de produtos físicos é mais complexa, e pode haver falhas no processo de entrega
  • Risco de fraudes: criminosos podem usar dados de cartões de crédito roubados para fazer as compras, e nesse tipo de fraude, o titular faz uma contestação ao seu banco e a loja perde o valor da venda
  • Devoluções: todo cliente tem direito a devolver o produto comprado em até sete dias, segundo o Código de Defesa do Consumidor, portanto várias vendas podem ser revertidas
  • Menor experiência sensorial: ao contrário das lojas físicas, o e-commerce não permite que o cliente veja e manuseie o produto de perto, o que pode dificultar o estímulo à compra.

Como está o mercado de e-commerce no Brasil?

O hábito de comprar pela internet não é novo, se intensificou durante a pandemia de covid-19, mas dá sinais claros de que veio para ficar.

Segundo esta pesquisa, elaborada em parceria entre Opinion Box e Octadesk, 88% dos consumidores no país compram em algum e-commerce ao menos uma vez por mês.

Para termos uma ideia do volume de vendas, em apenas um ano, o setor movimentou mais de R$ 196 bilhões, segundo dados divulgados pelo governo federal.

Por isso, embora a pandemia tenha ajudado nessa popularização, podemos concluir que as vantagens do modelo levaram o público brasileiro a seguir comprando online.

Os dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) confirmam essa tendência.

Em seis anos, o número de pessoas que compraram em e-commerces subiu de 64 milhões para 87,8 milhões em cada ano.

Se por um lado aumentam as oportunidades, por outro cresce também a concorrência.

A já citada pesquisa da BigDataCorp aponta que há mais de mais de 1,9 milhão de e-commerces ativos no país, com crescimento de 16,5% de um ano para o outro.

Portanto, para ter sucesso, é preciso se destacar na qualidade da experiência oferecida.

Vamos abordar algumas tendências importantes nos próximos tópicos.

Qual a relação entre o e-commerce e meios de pagamento?

Os meios de pagamento são o oxigênio do e-commerce, pois dão vida ao negócio, concretizando as transações.

Não adianta nada oferecer um bom produto se a forma de pagamento usada pelo cliente não é aceita pelo seu site.

Assim, o esforço vai por água abaixo, pois é provável que essa pessoa vá procurar pelo produto em outra loja

Como vimos, o brasileiro está ficando “afiado” nos processos de compra online, e opções de e-commerce nos mais diferentes nichos não faltam.

Portanto, é importante oferecer o leque mais variado possível de meios de pagamento digital.

Cartão de crédito, boleto e Pix formam o “pacote básico”, com o qual toda loja online deve contar.

Também é importante oferecer outros, e é aí que uma parceria com plataformas como a Vindi pode ajudar ainda mais.

Existe mais um fator importante que dá aos meios de pagamento um papel crucial: a segurança.

É importante contar com certificados como o PCI Compliance para garantir a proteção dos dados financeiros dos clientes.

Quais as tendências do e-commerce no Brasil atualmente?

Dito tudo isso, chegou a hora de prever como será o e-commerce no Brasil ao longo desta década.

No Dentro do Ringue, o time da Vindi conversou com Vinicius Guimarães, Gerente Executivo de Marketing na Tray, sobre essas tendências e como aplicá-las no seu negócio

Listamos abaixo algumas práticas que vêm sendo observadas com uma frequência cada vez maior nas lojas online mais bem-sucedidas:

Phygital

Depois de ver tantos números mostrando o crescimento iminente nas relações comerciais pela internet, esta primeira tendência pode parecer surpreendente.

Os especialistas apontam para uma fusão entre a experiência online e a presencial, em um conceito que estão chamando de “phygital” (physical + digital, ou físico + digital).

Segundo dados da empresa de análise de dados Kantar publicados na PEGN, 45% dos consumidores pesquisam produtos na internet e compram na loja física.

O contrário é ainda mais frequente: 53% procuram na loja física e compraram online.

Além disso, as redes sociais desempenham um papel importante.

Segundo a pesquisa Social Commerce, da Opinion Box em parceria com a Wake, 74% dos consumidores usam essas plataformas para buscar seus produtos.

Estratégia omnichannel

Talvez até como uma decorrência do modelo phygital, é indispensável que as marcas trabalhem de forma integrada nos diferentes meios.

O consumidor atual é cada vez mais omnichannel, ou seja, transita por todos os canais, e assim também deve ser o seu negócio.

Para ficar satisfeito, o cliente precisa ter uma experiência uniforme ao lidar com a sua loja, seja qual for a plataforma.

Ao acessar o site, ao interagir com a rede social, ao receber a notificação no smartphone, ao receber atendimento via WhatsApp ou na loja física (se houver), em todas estas situações (e outras mais), a sua marca deve ter a mesma cara e a mesma eficiência.

Social Commerce, Voice Commerce e Live Commerce

O social commerce tem se mostrado uma das mais promissoras formas de comprar pela internet.

Os consumidores usam muito as redes sociais canais para pesquisar, buscar opiniões, tirar dúvidas, e hoje já podem fazer até o pedido de forma nativa em plataformas do Facebook, Instagram, Pinterest, ou mesmo pelo WhatsApp.

Outra ferramenta crescente é a compra por comandos de voz, conhecida como voice commerce

Assistentes virtuais, como a Alexa, da Amazon, têm ajudado a popularizar esta modalidade.

O consumidor não precisa sequer usar o celular para fazer a transação.

Outra forma de comércio virtual para ficar de olho é o live commerce.

Essa é uma transmissão em vídeo em que apresentadores oferecem os produtos, com direito à participação de influencers, blogueiros ou autoridades no assunto, e a audiência já pode comprar pela plataforma.

Também é uma forma de marketing e de entretenimento, lembrando programas antigos de TV.

Formas de pagamento mais ágeis

Ninguém gosta de ficar preenchendo cadastro na internet.

Cada vez mais exigente, o consumidor quer também rapidez na hora de fazer sua compra online.

No varejo físico, recursos como o Pix QR Code e o NFC (aproximação) fazem cada vez mais sucesso.

Na internet, é importante tornar o checkout o mais rápido possível (até para o cliente não desistir da compra).

Para guardar os dados dos seus clientes com segurança, é bom contar com um bom processo de tokenização

Essa tecnologia permite a memorização dos dados do cartão do cliente, que são substituídos por uma sequência aleatória de caracteres para não serem roubados em caso de um eventual vazamento.

Logística e frete: pontos pick up e drop off

Um grande desafio enfrentado por e-commerces de todos os portes é o da logística para as entregas dos produtos.

Uma excelente forma de driblar as dificuldades relativas ao frete é usar o modelo PUDO (pick up e drop off).

Nessa prática, o comerciante estabelece parcerias com pontos de venda físicos, para que os produtos possam ser retirados em um local conveniente para os clientes.

Assim, não é necessário realizar a entrega diretamente no endereço, eliminando as chances de haver algum imprevisto, como o cliente não estar em casa.

Esses locais se tornam pontos de coleta.

Em alguns casos, a mercadoria também pode ser devolvida pelo próprio cliente em um deles.

Essa é uma tendência que está crescendo bastante, graças à facilidade e menor custo.

Tenho uma loja física, vale a pena montar um e-commerce?

Montar um e-commerce é uma ótima opção para quem possui uma loja física e pretende aumentar suas vendas.

Afinal, sua loja virtual pode ser encontrada por consumidores do país inteiro, o que amplia de forma considerável o leque de opções.

Por isso, muitas empresas decidem integrar os formatos, desde estabelecimentos pequenos até grandes companhias.

Assim, os consumidores podem escolher seus produtos no e-commerce e comprar fisicamente.

Ou mesmo se alguém for até a loja e acabar não comprando um item desejado por qualquer motivo, pode facilmente fazer a compra na internet.

Como já mostramos neste conteúdo, essa tendência tem sido bastante observada nos últimos anos, e deve se fortalecer ainda mais no futuro.

Com essa prática, seu negócio pode evitar grandes filas para pagamento e troca de mercadorias.

Além disso, muitos consumidores já esperam contar com essa facilidade em suas compras.

Por isso, ficar restrito apenas ao varejo presencial pode inclusive limitar suas vendas.

Veja na sequência do texto como fazer para criar seu próprio e-commerce.

11 passos para criar o seu e-commerce

Se você pretende criar seu próprio e-commerce, é preciso prestar bastante atenção a vários detalhes e fazer muitas pesquisas antes de colocar a mão na massa.

Para ajudar a organizar essa empreitada, confira agora um guia com os 11 passos necessários para vender pela internet.

1. Escolha um nicho de mercado e produtos

O primeiro passo para começar a trabalhar com qualquer tipo de vendas é escolher seu nicho de mercado, ou seja, a segmentação de clientes que você pretende alcançar com seus produtos.

Pense em uma área que você conheça bem e tenha bom potencial de vendas.

Depois, selecione quais itens você vai comercializar.

2. Conheça o seu público

A partir dessa escolha, é importante buscar o máximo de informações que puder sobre as pessoas que podem comprar seus produtos.

Faça um mapeamento com dados como faixa etária, profissão, renda e comportamento de compra.

Então, crie personas, ou seja, personagens fictícios que representem todas essas características.

3. Regularize sua empresa

Com essas informações, é hora de cumprir a parte burocrática. 

O primeiro passo é criar o seu CNPJ, ou seja, oficializar sua pessoa jurídica.

Você terá de se enquadrar em um regime tributário, dependendo do quanto pretende ganhar.

Uma alternativa é começar sendo microempreendedor individual (MEI), para mais tarde migrar para outro formato.

Conheça os diferentes tipos de CNPJ para tomar uma decisão segura.

4. Conheça a legislação

Antes de começar a vender, é preciso conhecer a regulamentação de sua atividade.

Um das mais importantes é o Decreto 7962/2013, , também chamado de Lei do E-commerce, que regulamenta a Lei 8.078/1990.

Entre outros pontos, o texto determina quais informações a empresa precisa disponibilizar e quais práticas é preciso adotar para garantir um atendimento facilitado aos clientes.

5. Registre seu domínio

Se você optar por ter seu site de vendas próprio, terá de registrar um domínio, ou seja, reservar o endereço que os clientes vão digitar em seus navegadores para encontrarem sua loja.

É possível fazer essa compra diretamente no site Registro BR, que reúne os domínios nacionais, ou por uma empresa privada.

6. Escolha a sua plataforma de e-commerce e crie o seu site

A plataforma de e-commerce é o sistema que você vai usar para desenvolver seu site e cadastrar os produtos.

Existem opções gratuitas, mas seu uso pode ser bem complicado.

Portanto, pode valer a pena contar com uma alternativa paga para ter mais facilidade.

Certifique-se de que o sistema contará com os recursos mais avançados para sua loja.

7. Encontre os melhores fornecedores

A busca por bons fornecedores é um momento decisivo para o sucesso de sua loja.

Nessa hora, busque um equilíbrio entre bons preços, para garantir seu lucro e sua competitividade no mercado, e qualidade para conquistar a clientela.

 Você pode encontrar bons produtos em atacados locais e em marketplaces B2B.

8. Tenha uma boa gestão de estoque

A menos que trabalhe com dropshipping ou produtos digitais, você precisará gerenciar seu estoque.

A organização é essencial para evitar a falta ou o excesso de determinado item, além de erros no envio.

Use um software para gerenciar seu armazenamento e crie códigos SKU para identificar seus itens conforme as principais características.

9. Ofereça os melhores meios de pagamento

Cada cliente tem sua maneira favorita de pagar, portanto, é preciso aceitar os principais formatos e também ficar de olho nas novidades, como as carteiras digitais.

Para isso, você vai precisar integrar uma plataforma de pagamentos como a Vindi.

Esse processo pode ser bem simples, desde que seu sistema conte com boas APIs.

10. Faça o planejamento de logística e frete

Na venda de produtos físicos, é preciso fazer os envios.

Por isso, é importante ter um planejamento pronto que inclua todos os itens de logística.

Comece por uma boa cotação de frete para encontrar os melhores transportadores e faça parcerias com as empresas e os profissionais confiáveis que você encontrar. 

11. Cuide do atendimento aos clientes

Agora que você já domina toda a operação, é importante prestar atenção a um aspecto essencial: o atendimento.

Primeiro, responda a todas as perguntas feitas com rapidez e cordialidade.

Mesmo após a venda, mantenha a mesma atenção e procure resolver qualquer problema que aparecer.

Somente assim, você poderá fidelizar seus clientes.

10 métricas que você precisa acompanhar no e-commerce

Para atuar no e-commerce, é preciso ficar de olho em indicadores que podem ajudar você a avaliar se suas ações estão sendo eficientes e como elas podem melhorar.

Conheça agora 10 métricas essenciais para a atividade:

  1. Retorno sobre Investimento (ROI): indica o valor que a empresa faturou em relação a cada real investido em determinada estratégia para atrair clientes, mostrando quais iniciativas têm rendido melhores resultados
  2. Custo de Aquisição do Cliente (CAC): considera o valor gasto para captar consumidores em comparação com o número de novos clientes, dando uma ideia do quanto a empresa tem precisado gastar em suas estratégias de vendas
  3. Ticket Médio: mostra a média do valor que cada cliente gasta com compras em sua loja, a partir da divisão do faturamento pelo total de consumidores em determinado período
  4. Taxa de Conversão: no caso do e-commerce, é a divisão do número de consumidores que fizeram compras pelo total de visitantes do site, dando uma ideia da eficiência em convencer as pessoas a fazerem compras
  5. Taxa de Rejeição: é o contrário da meta anterior, pois aponta quantas pessoas acessaram a sua loja, mas não fizeram nenhuma interação, seja comprando ou incluindo um produto no carrinho de compras
  6. Taxa de Abandono de Carrinho: outra métrica negativa, que aponta o número de pessoas que colocaram um item no carrinho de compras, porém não confirmaram as suas compras
  7. Taxa de Cliques: é o percentual de usuários que acessam determinado link, que pode ser em um banner ou um item em oferta no próprio site, algum anúncio ou post em rede social, em comparação com o total de impressões
  8. Tráfego de Visitantes: indica o total de pessoas que acessaram o e-commerce, ajudando a analisar quais estratégias de vendas estão dando mais certo para divulgar o site
  9. Fontes de Tráfego: indica a origem da visita dos clientes nos sites, podendo ser de redes sociais, e-mails, buscas no Google, anúncios pagos, postagens de blog ou diretamente a partir da digitação do endereço no navegador, entre outras
  10. Taxa de Abertura de E-mail: é usada para acompanhar estratégias de e-mail marketing, indicando o número de pessoas que abriram determinada mensagem em relação ao total dos que receberam.

Conheça as 5 melhores plataformas para e-commerce do Brasil

Para começar a vender pela internet com seu site próprio, é preciso contar com um bom sistema para criar seu site.

Conheça agora as cinco melhores plataformas de e-commerce disponíveis no Brasil:

1. Tray

Esse sistema realiza toda a criação da loja virtual, além de permitir a integração com mais de 30 marketplaces. Ou seja, você vende em vários sites diferentes de uma vez.

Além de apresentar recursos nativos como emissor de nota fiscal e programa de fidelidade, a Tray ainda disponibiliza mais de 500 aplicativos para adicionar outras funcionalidades.

2. Bagy

Se você pretende começar com um e-commerce modesto, esta pode ser uma boa alternativa.

Por ser voltada a pequenos e microempreendedores, a plataforma Bagy conta com um sistema intuitivo para a criação da loja online, que pode ser feita usando o próprio celular.

Oferece integração com marketplaces, Sacolinha do Instagram e Loja do Facebook.

3. Wake

A Wake é uma plataforma enterprise, voltada a quem vende — ou planeja vender — em larga escala.

O sistema conta com recursos que permitem gerenciar pedidos, controlar estoques e integrar diferentes canais de venda.

Além disso, fornece ao comerciante uma estrutura suficiente para suportar um alto volume de transações.

4. WooCommerce

Embora não seja brasileiro, o WooCommerce entra nessa lista pois é bastante usado por empreendedores por aqui.

Ao contrário dos outros exemplos, esta plataforma é open source, ou seja, tem o código aberto.

Como ocorre na maioria desses casos, seu uso é gratuito, funcionando como um plugin para o CMS WordPress.

5. Magento

Outro exemplo de plataforma de código aberto, a Magento também não é brasileira, embora seja bastante usada no país.

A diferença em relação ao WooCommerce é que ela é independente, portanto não precisa de outro sistema para funcionar.

A ferramenta conta com diversos recursos personalizáveis para ajudar a montar um e-commerce completo.

Quais os maiores e-commerces do Brasil?

O mercado do e-commerce em geral é dominado por grandes marketplaces e, no Brasil, o cenário não é diferente.

Confira esta lista dos maiores comércios virtuais em atividade no país:

  • Mercado Livre: embora não tenha sido criada no Brasil, a plataforma argentina de e-commerce B2C conta com 15 mil vendedores no país, além de ter contribuído com a popularização das compras online entre o público nacional
  • Shopee: mesmo atuando há poucos anos no país, o marketplace asiático também tem tido bastante sucesso por aqui, atraindo muitos empreendedores que anunciam produtos diversos e liderando o ranking NPS de satisfação ao cliente
  • Amazon Brasil: o braço brasileiro de um dos pioneiros e mais lucrativos comércios online do mundo é um dos poucos marketplaces que cobram uma mensalidade dos anunciantes e tem como diferencial os curtos prazos de entrega
  • Magalu: o primeiro e-commerce genuinamente brasileiro da lista também está entre os principais, e se destaca pela sua rede exclusiva de frete, além de usar as suas lojas físicas como pontos de coleta para compras online
  • OLX: primeiro e-commerce focado no modelo C2C a aparecer nessa lista, a plataforma conta com anúncios de produtos de vários tipos, desde peças de roupas até automóveis, e não cobra comissão sobre as vendas
  • Samsung: único exemplo de D2C da nossa lista, o e-commerce pertencente à multinacional tem um grande volume de vendas no país, com várias ofertas de telefones celulares, acessórios e outros itens eletrônicos
  • Shein: rede B2C especializada em moda tem apresentado cada vez mais anúncios de peças de roupas vendidas por empreendedores brasileiros, embora tenha também uma ampla variedade de itens importados
  • AliExpress: considerado o maior marketplace do mundo com mais de 150 milhões de compradores ativos, o portal chinês não chega a liderar no país, mas tem grande uma penetração com anúncios de itens variados, principalmente eletrônicos
  • Casas Bahia: funciona de forma integrada aos marketplaces Ponto Frio, Extra e Bartira, o que garante uma ampla visualização dos anúncios. Assim como o Magalu, a rede também usa suas lojas físicas como pontos de coleta

Embora o mercado brasileiro seja dominado por essas empresas gigantes, seu negócio também pode se destacar.

Mas para isso, precisa caprichar na divulgação com as dicas que vamos dar no próximo tópico.

9 dicas de marketing para e-commerce

Confira agora algumas dicas de marketing que podem ajudar a atrair boas vendas para o seu e-commerce:

  1. Aposte no conteúdo: ao criar um conteúdo atraente e relevante em forma de vídeos e posts para blogs e redes sociais, você chama a atenção para o seu produto e mostra que você entende do assunto, ganhando confiança do público
  2. Segmente os clientes: a partir das informações obtidas nos seus cadastros, crie conjuntos de clientes que compartilham as mesmas características, para então criar conteúdo personalizado sob medida para aquelas pessoas
  3. Anuncie conforme a segmentação: ferramentas de publicidade paga como o Google Ads permitem uma segmentação avançada dos seus anúncios, ajudando a atrair um público com boa tendência a comprar da sua loja
  4. Faça remarketing: a técnica de remaketing tem como objetivo atrair clientes que já demonstraram interesse em seus produtos, seja visitando a loja ou mesmo colocando produtos no carrinho sem concluir a compra
  5. Use o Google Shopping: seus produtos podem aparecer em uma das principais vitrines virtuais da internet, mas para isso é preciso cadastrar sua loja virtual no Merchant Center
  6. Procure aumentar o ticket médio: algumas técnicas ajudam a levar seu cliente a gastar mais em suas compras, como o upselling, que significa oferecer um item superior a um valor maior, e o cross-selling, a oferta de um artigo complementar
  7. Fidelize seu público: além de um bom atendimento, há outras formas de tornar o público fiel, como oferecer cupons de desconto a clientes antigos e implementar programas de pontuação a cada compra
  8. Crie categorias inovadoras: além de dividir as ofertas do seu site em categorias básicas como “marca” e “modelo”, crie tópicos diferentes para agrupar itens variados, como produtos para datas sazonais ou por determinada faixa de preço
  9. Permita a negociação: alguns e-commerces permitem que o consumidor ofereça uma proposta de preço para pagar por determinado item, como quando o cliente de uma loja física tenta negociar um produto.

Outra dica essencial para garantir uma boa experiência do cliente é diversificar as suas formas de pagamento e garantir segurança na hora da cobrança.

Por isso, fique atento ao tópico final deste conteúdo.

Como a Vindi pode ajudar seu e-commerce?

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