Existem vários tipos de comércio eletrônico, cada um com suas características.

E toda essa diversidade torna o varejo online um dos segmentos mais lucrativos.

Tanto que a Associação Brasileira de Comércio Eletrônica (ABComm) estima que o faturamento do setor chegue a R$ 224 bilhões em 2025, segundo esta reportagem da CNN Brasil.

Mas não pense que é fácil ingressar nesse mercado.

Sem uma escolha adequada do modelo a ser seguido, um empreendedor de primeira viagem pode ter sérias dificuldades para enfrentar uma concorrência melhor informada e estruturada.

Ao conhecer os principais tipos de comércio eletrônico, você consegue identificar qual se encaixa melhor na sua proposta de negócio.

Assim, fica mais fácil conquistar os consumidores que têm uma tendência maior a comprar de empresas de determinado modelo.

Acompanhe até o final este texto com os sete principais formatos de e-commerce e veja nossas dicas para escolher qual deles adotar.

Quais os tipos de comércio eletrônico?

Escolher o modelo certo de e-commerce pode ser a chave para o sucesso do seu negócio online. Conheça as opções e defina sua estratégia!

Os tipos de comércio eletrônico podem variar de acordo com diversos critérios, como o perfil de quem vende e de quem compra.

Com as facilidades da internet, o varejo virtual vai além do simples conceito de uma empresa vendendo a uma pessoa física.

Conheça agora os principais modelos de negócio para quem quer empreender nesse mercado.

1. Business to Consumer (B2C)

Este é o modelo mais clássico de lojas virtuais, no qual uma empresa disponibiliza seus produtos ou serviços diretamente para os consumidores finais na internet.

Por isso, leva este nome, que em português significa “Negócio para Consumidor”.

Basicamente, existem duas maneiras de fazer vendas no modelo B2C:

  • E-commerce próprio: o lojista publica e gerencia um site onde os clientes podem escolher e comprar itens
  • Marketplace: uma plataforma reúne anúncios de vários lojistas independentes, como se fosse um shopping center virtual, e é possível comprar de qualquer um deles.

Alguns negócios adotam diferentes estratégias para atrair os consumidores, como:

  • Social Commerce: venda pelas redes sociais
  • Live Commerce: transmissão em vídeo de ofertas exclusivas
  • Mobile Commerce: vendas otimizadas para dispositivos móveis.

Exemplos

Alguns exemplos de e-commerce B2C são:

  • Shopee: marketplace com venda de produtos diversos
  • Elo7: marketplace restrito à venda de itens de artesanato
  • Liga Retrô: e-commerce de vendas de camisas e acessórios esportivos.

Quais as vantagens?

Algumas das vantagens do mercado B2C incluem:

  • Diversidade: existe um verdadeiro universo de segmentos a serem explorados
  • Operação simples: a atuação é semelhante à de uma loja presencial, com a vantagem de não exigir espaço físico.

Quais os desafios?

Por outro lado, é preciso lidar com pontos de atenção como estes:

  • Forte concorrência: o mercado B2C conta com muitos players, portanto é preciso superar a competição
  • Risco de fraudes: com o alto volume de transações, é preciso garantir a segurança com uma boa plataforma de pagamentos.

2. Business to Business (B2B)

Nesse tipo de e-commerce, as vendas são feitas de uma empresa para outra.

Por isso, leva o nome de “Negócio para Negócio”, na tradução para português.

É comum vermos vendas de atacado no B2B, mas esses negócios também podem ser voltados à oferta de itens diversos ou prestação de serviços.

Existem inclusive marketplaces B2B, com anúncios de vários empreendedores voltados para pessoas jurídicas.

Exemplos

Algumas empresas que atuam no mercado B2B são:

  • BEES: plataforma de vendas por atacado ligada à fabricante de bebidas Ambev 
  • B2Brazil: marketplace com ofertas brasileiras voltadas a empresas estrangeiras
  • Amazon Business: marketplace da gigante do varejo online para empreendedores. 

Quais as vantagens?

Alguns dos pontos fortes do B2B são:

  • Alto ticket médio: em geral, vendas entre empresas movimentam valores maiores que as B2C, elevando o ticket médio
  • Demanda constante: muitas companhias precisam comprar produtos ou serviços com frequência.

Quais os desafios?

Por outro lado, empresas que atuam no B2B podem precisar lidar com fatores como estes:

  • Negociação longa: negócios com empresas podem envolver conversas detalhadas com os tomadores de decisão
  • Vendas mais restritas: encontrar clientes entre pessoas jurídicas não é tão simples como no B2C.

3. Direct to Consumer (D2C)

Em português, significa “Direto para o Consumidor”.

Esse mercado é formado por empresas com produção própria que anunciam seus produtos para que qualquer pessoa possa comprar.

Portanto, encontraram no e-commerce uma forma de eliminar os intermediários para a venda de seus itens.

Atualmente, essa é uma prática consolidada entre grandes fabricantes, mas pode ser implementada por pequenos negócios também.

Exemplos

Conheça algumas empresas que vendem direto ao consumidor:

Quais as vantagens?

Alguns dos benefícios de apostar no D2C são:

  • Maior margem de lucro: não há revendedores abocanhando parte dos ganhos
  • Proximidade com o público: a marca deixa de ser apenas fabricante para ter contato direto com os consumidores.

Quais os desafios?

Para investir nesse ramo, é preciso levar em conta os seguintes pontos:

  • Complexidade: a empresa precisa criar um fluxo de operações para a atividade comercial do zero
  • Concorrência: como essa prática é altamente adotada, é preciso superar os competidores.

4. Consumer to Consumer (C2C)

Nesse modelo, os próprios clientes usam uma plataforma para vender a outras pessoas, como se fossem os velhos classificados de jornais.

O formato mais comum desse tipo de negócio é o marketplace.

Além de gerenciar anúncios, muitas dessas plataformas ajudam os vendedores a receber pagamentos de uma forma segura.

Exemplos

Alguns negócios que atuam nesse ramo são:

  • eBay: portal fundado em 1995 nos Estados Unidos, sendo precursor do comércio digital
  • OLX: permite a publicação de anúncios de itens de vários tipos
  • Enjoei: plataforma nacional com foco na venda de produtos usados.

Quais as vantagens?

Alguns dos benefícios desse mercado incluem:

  • Baixo custo de divulgação: as plataformas não precisam fazer investimentos massivos, pois a oferta e a demanda acontecem naturalmente
  • Alcance: as vendas podem ocorrer entre usuários de diferentes estados ou países

Quais os desafios?

Por outro lado, há também os seguintes pontos de atenção:

  • Falta de controle: não é possível garantir a qualidade de um item vendido por terceiros
  • Risco de golpes: é preciso adotar medidas para evitar o estelionato.

5. Consumer to Business (C2B)

O nome quer dizer “Consumidor para Negócio”.

Ou seja, são os clientes que fazem propostas para as empresas, que decidem se aceitarão a transação nos moldes sugeridos ou não.

Em alguns casos, são os usuários que fazem compras.

Já em outros, são eles que vendem – o que geralmente acontece na prestação de serviços.

Exemplos

Algumas empresas que atuam como C2B são:

  • InDrive: aplicativo de transporte no qual o passageiro faz propostas de preços a motoristas para uma determinada viagem de carro
  • Fiverr: usado por freelancers, é um exemplo de marketplace de serviços
  • Shutterstock: banco de imagens publicadas por fotógrafos e designers.

Quais as vantagens?

Entre os benefícios de apostar nesse ramo estão:

  • Relação com clientes: ao permitir que as pessoas façam propostas, a empresa se aproxima com o público
  • Escalabilidade: o modelo facilita o ajuste da empresa para atender a demandas maiores.

Quais os desafios?

Os pontos de atenção são os seguintes:

  • Falta de controle: não é a empresa quem determina preços e condições de pagamento
  • Sem garantia de qualidade: quando é o consumidor quem presta um serviço, o negócio não pode prometer um resultado satisfatório.

6. Business to Administration (B2A)

O nome quer dizer “Negócios para Administração”, no sentido de gestão pública.

Empresas B2A fornecem produtos ou serviços para órgãos ligados às três esferas do Poder Público: Executivo, Legislativo e Judiciário.

Qualquer negócio pode operar nesse modelo.

Mas, para isso, é preciso cumprir as exigências legais e passar por um processo de concorrência.

Exemplos

Algumas empresas que atuam nesse formato são:

  • Embraer: maior parte de suas vendas para o governo são referentes à Política Nacional de Defesa da Aeronáutica
  • Octapharma: a farmacêutica fornece medicamentos por meio do Fundo Nacional de Saúde
  • Novartis: outro exemplo de laboratório que repassa remédios para a administração federal.

Quais as vantagens?

As vantagens de atuar no B2C são as seguintes:

  • Valores altos: vendas feitas para entidades públicas costumam movimentar bastante dinheiro
  • Segurança para receber: os pagamentos são garantidos, sem preocupação com calote.

Quais os desafios?

Já entre os desafios a serem superados, podemos citar:

  • Burocracia: é preciso apresentar uma extensa documentação e cumprir diversos requisitos
  • Concorrências: muitos outros negócios participam das licitações, tornando as disputas acirradas.

7. Clubes de assinatura

Os clubes de assinatura encaminham produtos selecionados para os endereços de seus clientes de forma contínua, em troca de um pagamento recorrente.

Geralmente, tanto a cobrança quanto o envio são mensais, embora algumas empresas trabalhem com periodicidades diferentes.

Os produtos comercializados variam bastante, podendo ser itens de necessidade básica ou supérfluos, como bebidas, roupas e livros.

As empresas são responsáveis pela curadoria, embalagem e remessa dos pacotes.

Exemplos

Conheça alguns clubes de assinatura que operam atualmente:

  • TAG: envia mensalmente uma seleção de livros
  • Wine: realiza uma curadoria de vinhos
  • Nerd ao Cubo: seleciona itens relacionados à cultura pop.

Quais as vantagens?

Veja as principais razões para investir nesse modelo:

  • Previsibilidade de receitas: como os pagamentos são periódicos, é possível estimar os ganhos do mês
  • Logística facilitada: a própria empresa seleciona os itens para envio, simplificando o gerenciamento do estoque e os envios
  • Fidelização: o modelo viabiliza a construção de um relacionamento sólido com o público.

Quais os desafios?

Para criar um clube de assinatura, é preciso ter atenção aos seguintes pontos:

Diversificação nos meios de pagamento é essencial para conquistar diferentes perfis de consumidores e garantir a segurança nas transações.

Como escolher o melhor tipo de comércio eletrônico?

Para quem está começando a empreender, a escolha do tipo de comércio eletrônico mais adequado ao perfil do seu negócio é desafiadora.

O primeiro passo a ser dado é conhecer o mercado, analisando exemplos de negócios de diversas modalidades.

Pense também em suas possibilidades e áreas de interesse, de forma a garantir que você conhecerá bem os produtos ou serviços que vai oferecer.

Para evitar a forte concorrência que há na internet, procure estabelecer um nicho, ou seja, um recorte específico de itens voltados a determinado perfil de clientes.

Características desse público, como renda, poder aquisitivo e comportamento de consumo, serão importantes para definir de que forma serão feitas as vendas.

Estude todas as possibilidades, usando a lista que elaboramos acima como um guia para planejar como seriam as suas operações em cada um desses modelos.

Com sua decisão já tomada, é hora de aproveitar todas as informações levantadas para criar as melhores estratégias para captar clientes.

Além de tudo isso, não deixe de fora do seu plano outro aspecto importante: a cobrança online.

Importância dos meios de pagamento no comércio eletrônico

Em todos os tipos de comércio eletrônico, a diversificação dos meios de pagamento é a maneira de garantir que a compra pode ser feita com facilidade, da maneira que o cliente escolher.

Afinal, cada consumidor tem seu método de pagamento favorito.

Alguns preferem o cartão de crédito para pagar somente no mês seguinte e poder parcelar, enquanto outros optam pela facilidade do Pix e há quem esteja habituado ao tradicional boleto bancário.

Em qualquer uma dessas alternativas, o processo precisa ser ágil e dar uma aparência de profissionalismo.

Caso contrário, o cliente pode desconfiar e abandonar o carrinho de compras.

Isso sem contar com o risco de fraudes.

Todo negócio online precisa de um sistema que proteja contra chargeback, a anulação de uma transação após o cliente fazer uma contestação por ter tido seu cartão clonado.

A Vindi é um ecossistema completo de cobranças, com diversas soluções para facilitar a sua cobrança e um eficiente sistema antifraude incluído.

Veja as formas de pagamentos que podemos habilitar no seu negócio de comércio eletrônico!

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