O futuro dos pagamentos reserva muitas novidades para as seguradoras.
A evolução da tecnologia de cobranças torna possível a oferta de produtos mais flexíveis.
Nesse cenário, desde quem faz um seguro para uma viagem de férias até quem quer proteger bens como imóveis e automóveis, os consumidores querem ter um maior poder de escolha.
Isso se reflete na forma como eles preferem pagar os prêmios de seus seguros.
Para entender a relação entre o pagamento em si e o modelo de negócios, leia este artigo até o fim e conheça o futuro dos pagamentos para seguradoras.
Como funcionam os pagamentos na indústria seguradora?
Os pagamentos na indústria seguradora tradicional funcionam de uma maneira diferente de outros produtos, já que o cliente paga pelo período de vigência.
Ou seja, ele paga um preço fechado pelo período em que seu bem fica protegido.
É muito comum o pagamento pela vigência anual, em que o valor do prêmio – nome dado ao pagamento mensal pelo cliente – é referente à cobertura por 12 meses.
Como esse valor é alto, os consumidores costumam optar pelo parcelamento.
Nesse caso, as formas de pagamento mais usadas são aquelas bem conhecidas: boleto bancário, cartão de crédito e débito em conta corrente.
Porém, essas formas de cobrança tradicionais podem resultar em uma defasagem de clientes.
Segundo uma pesquisa da empresa norte-americana PYMNTS, especializada em dados sobre cobranças, 40% das empresas do ramo não oferecem os métodos de pagamento favoritos dos consumidores.
Esse cenário acabou favorecendo o surgimento das insurtechs, empresas que desenvolvem inovações tecnológicas na área.
Entretanto, mesmo empresas tradicionais podem melhorar seus processos de cobrança e encontrar formatos mais atrativos para os clientes.
Para isso, é preciso as para seguir as novas tendências, como as que vamos mostrar no próximo tópico deste artigo.
Tendências de meios de pagamento na indústria seguradora
O futuro dos pagamentos reserva várias tendências na área dos seguros.
A partir de agora, vamos apresentar quatro novidades que já vêm sendo usadas por empresas do segmento para facilitar a cobrança e mesmo atrair mais clientes.
Pagamento instantâneo
O pagamento instantâneo por meio do Pix já é a modalidade mais usada no Brasil.
Por isso, as seguradoras não podem ficar de fora dessa tendência.
As seguradoras podem automatizar o envio do QR Code para o pagamento do prêmio por e-mail ou outros canais, como SMS e WhatsApp.
Assim, o usuário pode pagar em poucos segundos usando seu smartphone.
O ideal é acrescentar também o código Copia e Cola, para que o segurado que recebeu a cobrança pelo celular use o próprio aparelho para pagar.
A maneira mais prática de se fazer esse envio é por meio do BolePix, um tipo de boleto que se diferencia dos demais por apresentar também o código para o pagamento.
Com essa modalidade, o usuário poderá escolher por qual método prefere pagar e realizar a ação rapidamente por meio de seu aplicativo bancário.
Com toda essa facilidade, o uso do pagamento instantâneo por seguradoras deve ser cada vez maior.
Tokenização de cartões
A tokenização dos cartões de crédito é uma forma de aumentar ainda mais a segurança no uso dessa forma de pagamento.
A tecnologia consiste na criação de uma representação digital de um bem físico – no caso, o cartão.
Em outras palavras, os dados de pagamento são substituídos por uma sequência aleatória de letras e números.
Assim, mesmo se houver um vazamento de dados de uma transação, os criminosos não conseguirão decifrar os dados de cobrança.
Portanto, essa tecnologia consiste na criação de uma camada a mais de proteção, que reduz riscos de roubo de dados.
Outra vantagem da tokenização é a agilidade, pois o sistema de cobranças usado pela seguradora pode manter os dados do cartão tokenizado salvos em seu sistema.
Assim, o cliente só precisa de um único comando para realizar o pagamento.
Além disso, a Vindi conta com um recurso exclusivo baseado na tokenização: o Renova Cartões, que substitui os dados de um cartão que foi trocado após ter a validade expirada.
Esse recurso é muito importante no modelo de recorrência, que ainda vamos abordar com mais detalhes neste texto.
Pay per use
O seguro pay per use é bastante usado por insurtechs voltadas à proteção de automóveis.
Nessa modalidade, o usuário pode escolher o período de vigência.
Funciona assim: o segurado abre o aplicativo da insurtech em seu smartphone e dá um comando para ativar a proteção.
Assim, o valor do prêmio varia conforme o número de quilômetros rodados com essa opção acionada.
Se a opção não estiver marcada no momento de um sinistro, a seguradora fica isenta de pagar a indenização.
Em geral, essa soma variável é acrescida de um valor fixo mensal.
Além disso, o seguro pode ser cancelado a qualquer momento.
Essa modalidade surgiu durante a pandemia de covid-19, para atrair pessoas que passaram a dirigir menos devido ao período de isolamento.
Entretanto, mesmo hoje em dia, muitas companhias podem explorar essa flexibilidade no uso para tentar captar clientes que tradicionalmente não teriam interesse em proteger seu veículo.
Plataforma de cobrança recorrente
A cobrança recorrente de seguros é uma das principais tendências para o ramo na atualidade.
Nesse modelo, em vez de cobrar por um valor fechado por determinado período de vigência, a empresa realiza uma assinatura do seguro mês a mês.
Se quiser usar o seguro por apenas alguns meses, o cliente só paga por esse período.
Portanto, assim como o pay per use, esta é uma forma de tornar as ofertas mais atraentes para consumidores que não cogitam se comprometer em pagar parcelas de uma vigência maior.
Um dos grandes fatores para a expansão desse tipo de cobrança é a tecnologia atual, que torna possível automatizar os pagamentos com segurança.
Um dos recursos mais usados na atualidade é o uso do cartão de crédito na recorrência, em que o cliente só precisa fazer um cadastro para que os pagamentos aconteçam automaticamente todo mês.
Como se trata de uma assinatura, cada transação é única, portanto não há um valor maior que possa comprometer o limite.
Também é possível automatizar a cobrança por outras formas, eliminando a necessidade de várias tarefas manuais e melhorando a produtividade do setor financeiro.
A Vindi conta com todas essas funcionalidades, pois somos um ecossistema completo de pagamentos com foco na recorrência.
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E por falar em inadimplência, vamos ver como é possível reverter esse problema.
Recuperação de inadimplência nas seguradoras
De acordo com dados do Serasa, mais de 70 milhões de pessoas estão inadimplentes no Brasil.
E como fazem cobranças periódicas dos prêmios, sejam em parcelas ou no modelo de assinatura, as seguradoras certamente estão dentro dessa conta.
Além disso, segundo a avaliação de especialistas no assunto, as mudanças do novo Marco dos Seguros, que tramita no Congresso Nacional, podem aprofundar o problema.
Em uma reportagem do InfoMoney, o presidente da Federação Nacional de Seguros Gerais (Fenseg), Antonio Trindade, explica que, caso o Projeto de Lei Complementar 29/2017 seja aprovado, as seguradoras terão de indenizar clientes que deixaram de pagar o valor da apólice em vigor, em caso de sinistro.
Por esses fatores, o índice de inadimplência é uma das métricas importantes para esse mercado.
A boa notícia é que a tecnologia para combater esse problema tem evoluído muito.
O próprio uso do cartão de crédito na recorrência que apresentamos no tópico anterior é um exemplo disso.
Afinal, o segurado não precisa se lembrar de fazer o pagamento, o que reduz as chances de atraso por esquecimento.
E mesmo em casos de falha no cartão, o próprio sistema realiza uma retentativa, repetindo a cobrança de forma simples, inteligente com base em análise de dados ou até mesmo com troca de adquirente – ou seja, usando um sistema diferente para realizar a transação.
Mesmo se o cliente preferir pagar por boleto ou Pix, um sistema como o da Vindi permite a configuração de uma régua de cobrança automática.
Por meio desse recurso, o próprio sistema envia mensagens predefinidas para lembrar o segurado de pagar sua parcela ou assinatura.
Além de redigir o texto, é possível configurar a periodicidade desses envios.
Qual o futuro dos pagamentos na indústria seguradora?
O futuro dos pagamentos na indústria seguradora está na flexibilização que as tecnologias de cobrança atuais permitem para os segurados.
A cobrança recorrente automatizada por meio de uma plataforma de pagamentos torna um bom negócio oferecer planos de assinatura.
Este modelo já é adotado pela Azul Seguro, como explicou o diretor executivo da empresa, Gilmar Pires, em entrevista ao podcast Dentro do Ringue, da Vindi.
Ele explica que a recorrência tem feito com que ex-clientes que abandonaram o modelo tradicional voltassem a ser segurados.
“Muitos corretores que perderam seus clientes recuperam pela recorrência”, afirmou.
Para adotar esse modelo, porém, é preciso contar com uma plataforma de cobranças segura, completa e que conte com recursos para combater a inadimplência.
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