A adesão ao one stop shop pode ser uma das formas mais eficientes de aumentar as vendas de uma empresa.
Nesse formato, um estabelecimento oferece diversos tipos de produtos, de modo que os consumidores não precisam comprar em vários locais diferentes, seja de forma presencial ou pela internet.
Uma excelente oportunidade de negócio, mas que deve ser planejada com cuidado.
Afinal, sair oferecendo novos itens de forma desordenada pode acabar em prejuízo e itens encalhados no estoque.
E sem reconhecer as necessidades do público, não se pode ter clareza em relação à eficiência das ações.
Porém, esse é um desafio relativamente fácil de ser contornado, já que existem estratégias para adaptar seu negócio a esse modelo.
Com elas, os resultados aparecem e sua loja pode aproveitar a mesma clientela para lucrar mais.
Ao seguir os passos que vamos apresentar neste conteúdo, você se habilita a aumentar as ofertas de forma certeira.
Vamos começar explicando o conceito de one stop shop.
Continue lendo!
O que é one stop shop?
One stop shop é um modelo de negócios em que uma loja oferece diversos tipos de produtos.
Em português, o termo significa algo como “loja de parada única”, devido à ideia de que consumidores podem encontrar tudo o que precisam em um único lugar.
Assim, não precisam fazer compras em vários estabelecimentos diferentes.
Esse conceito surgiu ainda na década de 1930, quando os supermercados começaram a reunir vários tipos de produtos.
Hoje essa variedade é normal, mas naquela época, as pessoas costumavam fazer compras apenas em estabelecimentos específicos, como açougues, padarias e mercearias.
Apesar dos quase 100 anos, esse conceito continua atual, tanto no varejo físico quanto no online.
No próximo tópico, vamos explicar esse funcionamento.
Como funciona o modelo one stop shop?
No contexto atual, o modelo one stop shop funciona a partir da oferta de várias soluções que se complementam entre si.
Embora a ideia seja diversificar o portfólio, geralmente há uma relação entre as ofertas para chamar a atenção do público-alvo.
Um bom exemplo é o de lojas de roupas, que passam a oferecer também cosméticos e perfumaria, pois esses produtos fazem sentido para o perfil de clientes que frequentam o local.
Para aderir ao modelo, muitas empresas fazem compras de diferentes fornecedores, geralmente centralizando o depósito dos itens no mesmo estoque para otimizar espaços.
Também há casos em que a própria empresa acrescenta a prestação de serviços à venda de produtos, especificamente no varejo físico.
Uma loja que vende ar-condicionado pode oferecer a instalação dos aparelhos, por exemplo.
Além disso, lojas virtuais podem usar o modelo de dropshipping para facilitar a diversificação de fornecedores.
Outro formato bastante adotado é o dos grandes marketplaces, que permitem que vendedores autônomos usem as plataformas para oferecer produtos de vários tipos.
A seguir, veja mais exemplos.
Exemplos de lojas one stop shop
Cada vez mais estabelecimentos comerciais e redes de varejo vêm adotando o conceito one stop shop no Brasil e no exterior.
Veja agora alguns exemplos de grandes empresas que atuam nesse modelo no país:
- Amazon: gigante do varejo mundial, opera como marketplace na venda de itens variados e ainda inclui serviços de streaming de áudio e vídeo em seu plano de assinaturas, atuando também de forma presencial em alguns países
- Havan: a grande rede brasileira de lojas de departamento oferece produtos de vários tipos, de eletrodomésticos e itens para o lar a brinquedos e roupas, com foco no comércio presencial, mas estando presente também na internet
- Americanas: mais um caso de experiência phygital, ou seja, aliando loja física e digital, com a diferença de operar também como um marketplace no e-commerce
- Magazine Luiza: também opera como um marketplace com a proposta de oferecer produtos diversos, incluindo soluções bancárias úteis para quem mora em regiões remotas
- Mercado Livre: atua exclusivamente como marketplace e conta com um sistema Buy Online, Pick Up in Store (Bopis) para que os clientes possam retirar seus produtos em estabelecimentos parceiros
- Riachuelo: além de roupas, oferece também cosméticos e itens de cama, mesa e banho
- C&A: outro case de rede de moda que diversificou seu portfólio de produtos para atender a anseios de seu público-alvo.
Como você percebeu, o modelo one stop shop tem se popularizado bastante no Brasil. Continue lendo para saber o motivo.
Por que o one stop shop é tendência?
Ainda que o conceito seja antigo, o modelo one stop shop cai como uma luva nos dias atuais, em que a experiência do consumidor é cada vez mais valorizada.
Afinal, as pessoas não têm o mesmo tempo livre de outras épocas.
Por isso, procuram soluções mais completas ao comprar produtos ou contratar serviços.
A expansão do e-commerce também ajuda a fortalecer esse modelo, pois é mais viável acrescentar novas soluções quando se vende pela internet.
Segundo dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), o faturamento do varejo online vem crescendo ano após ano desde a pandemia de covid-19, chegando a R$ 185,7 bilhões em 2023, alta de 9,5% em relação ao ano anterior.
São números que mostram o quanto o comércio virtual se alinha com a rotina do público.
A Magazine Luiza, por exemplo, já vende mais no marketplace do que em sua extensa rede de lojas físicas, o que mostra uma tendência de fortalecimento desse modelo.
Benefícios do one stop shop
As características do one stop shop representam importantes vantagens para as empresas.
Veja agora algumas das razões para ampliar suas ofertas.
Satisfação e fidelização
A possibilidade de fazer várias compras em apenas um ambiente, seja físico ou virtual, é muito valorizada pelos consumidores por ser conveniente.
Assim, a jornada se torna agradável, o que faz com que os consumidores retornem para novas compras.
Portanto, é uma maneira de melhorar a sua taxa de retenção e fidelizar clientes.
Aumento no ticket médio
Com mais produtos disponíveis, maiores serão as possibilidades de venda a cada consumidor.
Assim, é possível aumentar o ticket médio, ou seja, o valor gasto em média por cada cliente em sua loja.
As lojas podem aproveitar essa diversidade para realizar o cross selling, ou seja, a oferta de um item complementar ao escolhido em uma compra.
Menos abandono de carrinho no e-commerce
Nas lojas virtuais do tipo one stop shop, o consumidor pode fazer buscas por vários tipos de produto diferentes.
Por isso, não há necessidade de sair da página de vendas para entrar em outro site, o que reduz a taxa de abandono de carrinho.
Facilidade de comparação
O consumidor que faz suas compras em um marketplace do modelo one stop shop pode conferir os preços, os comentários dos usuários e as avaliações dos produtos.
Assim, têm mais facilidade para compararem itens.
Com tantas vantagens, parece tentador adotar esse formato, certo?
Mas para isso, é preciso superar alguns obstáculos, como vamos abordar na sequência.
Desafios do modelo one stop shop
O empreendedor que pretende aderir ao modelo one stop shop deve ter em mente os desafios a serem superados.
Em primeiro lugar, podemos citar a necessidade de conhecer bem cada produto.
Quanto maior for a diversidade, mais é preciso saber sobre diferentes itens e segmentos.
Além disso, pode ser necessário lidar com vários fornecedores, tornando a logística mais complexa.
Cada segmento de produto tem prazos e medidas de transporte distintos, portanto, é necessário criar novos processos para fazer esse gerenciamento.
O controle do estoque também representa um desafio, sendo necessário avaliar a necessidade de abastecimento e a precificação de vários itens, tornando essa tarefa mais trabalhosa.
Embora sejam relevantes, esses desafios podem ser superados com um bom planejamento, nos moldes que vamos apresentar na sequência.
Como implementar o modelo one stop shop?
Sem dúvidas, aderir ao modelo one stop shop ajuda a melhorar a experiência dos clientes e elevar o faturamento da empresa.
Mas para isso, é preciso realizar um planejamento antes.
Confira agora uma lista com as etapas necessárias para aumentar a versatilidade do seu negócio de uma maneira eficiente.
1. Identifique as oportunidades
Analise as oportunidades de atrair o interesse daquele público que já frequenta o estabelecimento, seja comparecendo à loja ou visitando o site.
Por isso, procure identificar produtos que possam sanar eventuais dores deste público, além daqueles que a sua loja já vende.
Você pode realizar pesquisas de opinião para conhecer melhor os desejos e as necessidades da sua clientela.
2. Avalie suas possibilidades
A partir das primeiras informações, você já poderá definir quais itens vai acrescentar ao portfólio.
Mas, para isso, é preciso analisar a viabilidade da venda desses itens de acordo com as possibilidades da sua empresa.
Cada tipo de produto tem suas particularidades, e alguns podem exigir uma adaptação.
Por isso, realize pesquisas com fornecedores, faça cotações de preços e avalie como funciona a logística de compra – e entrega, caso você venda online.
Assim, você poderá decidir quais produtos ou serviços irá começar a vender e de quais empresas fará suas compras de itens para revenda ou matérias-primas.
3. Integre seus sistemas
A rotina necessária para a venda de diferentes soluções precisa ser integrada ao sistema de sua loja, seja ela virtual ou presencial.
Para fazer isso, procure adaptar todos os processos, para que eles possam ser realizados por meio dos sistemas que você já usa.
Seja utilizando um ERP, uma plataformas de e-commerce ou outro tipo de software de gestão, é preciso realizar ações como estender o catálogo de itens e incluir novos fornecedores.
4. Faça adaptações necessárias
A venda de novas soluções depende de algumas adaptações em seu negócio.
No e-commerce, isso exige melhorias nos sistemas de busca e filtragem, para facilitar para o cliente encontrar os produtos.
Outra adaptação importante é configurar o sistema para realizar cross selling, sugerindo produtos dependendo da escolha do consumidor.
Na loja física, procure treinar os colaboradores para que eles conheçam os produtos da mesma forma que aqueles que já são oferecidos.
5. Ajuste suas estratégias de marketing
Com tudo pronto para começar a vender, é preciso levar ao consumidor a informação de que seu negócio agora oferece novas soluções.
E isso é feito por meio de ações de marketing.
Analise estratégias como a veiculação de publicidade paga na internet, produção de conteúdo relevante, parceria com influencers, entre outras, para saber qual é a mais adequada para os itens e o público a quem eles se destinam.
6. Acompanhe os resultados
Ao acrescentar determinados produtos ou serviços em sua loja, você está começando a pisar em um novo terreno.
Por isso, procure acompanhar os resultados de suas iniciativas e faça ajustes para testar novas abordagens, sempre buscando vender mais.
Com o tempo, você terá uma noção mais concreta das estratégias mais eficientes para cada solução.
7. Otimize as cobranças
Em qualquer tipo de venda, é importante garantir uma cobrança eficiente, para que o consumidor escolha como quer fazer seus pagamentos.
Para isso, você pode contar com a Vindi.
Somos um ecossistema completo, com soluções para cobranças avulsas e recorrentes e recursos para emissão de relatórios e combate à inadimplência.
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