Recommerce é uma tendência que destaca os produtos usados no lugar dos novos, mudando o comportamento de compra na internet. Afinal, com consumidores cada vez mais conscientes e buscando alternativas sustentáveis, esse segmento vem crescendo e mostrando sua força no e-commerce.
E a boa notícia é que o recommerce traz novas oportunidades para lucrar com a venda de usados na internet! Neste texto, você vai entender como o recomércio funciona, quais são as suas vantagens e como implementar essa estratégia na sua empresa.
O que é recommerce?
Recommerce, também chamado de comércio eletrônico reverso ou recomércio, é a compra e venda online de produtos usados. Embora a comercialização de itens de segunda mão não seja uma novidade, esse conceito se destaca por estar associado à economia circular, uma proposta de desenvolvimento econômico que promove o reuso, a reciclagem e a utilização de recursos renováveis.
Com o avanço do capitalismo, a sociedade vem se tornando cada vez mais consumista e esgotando os recursos naturais do planeta devido à grande dependência de matérias-primas da nossa indústria. Logo, uma forma de frear a destruição do meio ambiente e alcançar um mercado mais sustentável é justamente apostar no comércio de produtos usados.
Com essa prática, itens que seriam descartados voltam a circular, desde que estejam em bom estado de conservação ou sejam reformados para a venda. E é nesse contexto que entra o recommerce, como alternativa ao e-commerce tradicional alinhada à causa ambiental e ao desenvolvimento sustentável.
Como o recommerce funciona?
O recommerce funciona da mesma forma que um e-commerce tradicional: os produtos são cadastrados em um catálogo e vendidos em diversos canais online, entregues na casa dos consumidores. A diferença é que, em vez de trabalhar com itens novos, o empreendedor digital dessa área comercializa itens de segunda mão.
Dois exemplos clássicos de negócios que atuam com produtos usados são sebos e brechós, mas a ideia do recommerce se espalhou para outros segmentos, como eletrônicos, móveis, celulares, decoração etc. Na internet, há vários vendedores e sites especializados em comercializar produtos usados, desde grandes plataformas até pequenos empreendedores que usam redes sociais.
Normalmente, um pequeno recommerce começa com uma pessoa que tem itens em bom estado para vender em casa e quer fazer uma renda extra. Como essa tendência vem crescendo no mercado, o segmento tem potencial para crescer e constituir grandes empresas do e-commerce — e não somente pequenas lojas virtuais de usados.
Exemplos de plataformas de recommerce
O mercado está repleto de grandes plataformas de recommerce que impulsionam a venda de produtos usados. Conheça as principais agora.
eBay
O eBay é um dos sites mais famosos da internet e considerado a maior plataforma de recommerce do mundo. No site, é possível comprar eletrônicos, roupas, itens colecionáveis, equipamentos industriais, aparelhos recondicionados e vários outros itens novos e usados.
OLX
A OLX é a plataforma de itens usados mais conhecida do Brasil, marcada pelo slogan “Desapega!”, que tem tudo a ver com o conceito do recommerce. No site, é possível “desapegar e se apegar” a itens como eletrônicos, equipamentos profissionais, roupas, artigos para a casa, veículos e até imóveis.
Mercado Livre
O Mercado Livre começou como um site de usados e hoje é uma das maiores plataformas de compra e venda de produtos da América Latina. Entre as categorias mais vendidas estão moda, supermercado, móveis, eletrodomésticos, celulares e artigos esportivos.
Enjoei
O Enjoei é o maior brechó online do Brasil e vem se consolidando no mercado de recommerce. Inicialmente o site era destinado à venda de roupas e acessórios usados, mas as categorias foram expandidas para móveis, eletrônicos e itens de casa e decoração.
Repassa
O Repassa é outro brechó online que vem ganhando destaque na internet. No site, é possível comprar roupas e acessórios femininos, masculinos e infantis usados com até 90% de desconto.
Webmotors
O mercado de carros usados é um clássico no Brasil e tem como principal recommerce o Webmotors. O site tem mais de 11 milhões de compradores e é uma ótima escolha para comercializar veículos.
Quais são as vantagens de investir em recommerce?
Não faltam vantagens atrativas que justificam o investimento no recommerce. Quer apostar? Pois conheça algumas delas.
Crescimento do recommerce
Em 2022, o número de lojas virtuais que vendem produtos usados cresceu 54%, de acordo com uma pesquisa da Loja Integrada publicada no Empreendedor.com. Além disso, dados do Sebrae publicados na Agência Brasil mostram que o comércio de itens usados cresceu 48,5% só durante a pandemia da covid-19.
A mesma pesquisa mostra que 33% dos consumidores compraram algum produto usado pela internet nos últimos 12 meses e 62% pesquisam por uma alternativa seminova antes de comprar algo.
Entre as razões para esse crescimento estão o orçamento mais apertado durante a crise, o desejo de economizar e também o aumento da consciência sobre o consumismo excessivo. Logo, a tendência é que o recommerce cresça cada vez mais, elevando seu potencial lucrativo.
Margem de lucro atrativa
Ao contrário dos produtos novos, que são precificados por fornecedores, os produtos usados podem ser negociados com excelentes descontos.
Logo, se a ideia é comprar para vender, é possível conseguir uma ótima margem de lucro sobre esses itens.
Reputação sustentável
Como vimos, o recommerce não é apenas uma forma de conseguir produtos a preços mais baixos, mas também um conceito de consumo sustentável. Dessa forma, as empresas que atuam nesse segmento podem explorar essa sustentabilidade como parte de sua identidade e posicionamento de mercado.
Essa é uma ótima ferramenta para o marketing, uma vez que a postura ESG (“Environmental, Social and Governance”, ou “Ambiental, Social e de Governança” em português) está em alta no mundo todo.
Captura da geração Z
A geração Z, que compreende jovens nascidos entre 1995 e 2010, tem mostrado sua preferência cada vez maior pelos produtos usados. Uma pesquisa realizada pela Universidade da Pensilvânia e publicada na Forbes mostra que o consumo de itens de segunda mão cresceu 30% nessa parcela da população nos últimos anos.
Considerando que eles são os consumidores do futuro, quem investir no recommerce estará um passo à frente para conquistar essa geração.
Sobre a Gen-Z: conversamos com Isabela Gaidys, fundadora da Ilustralle e uma expoente da nova geração no e-commerce. Confira o episódio (em vídeo ou só em áudio) da série especial do podcast especial Dentro do Ringue!
Como implementar uma estratégia de recommerce?
Se você quer atuar no recommerce, temos algumas dicas importantes para começar um negócio nessa área ou explorar esse novo mercado com a sua empresa. Acompanhe!
1. Pesquise o mercado
O recommerce tem características específicas, por se tratar da venda de produtos de segunda mão. Por isso, é fundamental fazer uma pesquisa de mercado completa antes de investir no segmento, observando questões como:
- Perfil dos concorrentes diretos e indiretos
- Estratégias de marketing das empresas concorrentes
- Públicos que consomem produtos usados
- Canais de venda utilizados
- Modelos de negócio aplicados
- Produtos mais vendidos.
2. Conheça seu público-alvo
O público-alvo do recommerce precisa ser mapeado em detalhes para o sucesso do negócio. Para ter maior precisão no seu estudo, identifique quem é o Perfil de Cliente Ideal (ICP) da sua marca, levantando informações como dados demográficos e comportamentais.
Leia também: O que influencia a decisão de compra do seu cliente?
3. Escolha o canal de venda
O recommerce pode ser implementado em diversos canais de venda.
O mais tradicional é a loja virtual própria, que deve ser criada por meio de uma plataforma de e-commerce. Mas também é possível vender usados por meio de redes sociais como Facebook e Instagram, apps de mensagens instantâneas como o WhatsApp e nos marketplaces de recommerce que vimos anteriormente.
4. Venda produtos de qualidade
No recommerce, é fundamental garantir produtos de boa procedência e qualidade. Afinal, itens usados precisam estar em bom estado para serem comercializados — ou até mesmo para serem doados.
Por isso, tenha um processo interno de avaliação rigoroso para selecionar somente os melhores produtos.
5. Seja transparente
Ser transparente no recommerce significa deixar claro que você vende produtos de segunda mão, e não itens novos. Na prática, você deve informar sobre possíveis detalhes e marcas de uso nos itens, de modo que os consumidores saibam o que estão comprando e compreendam o estado do produto.
Além disso, é importante trabalhar com uma garantia mínima, principalmente no caso de eletrônicos e eletrodomésticos.
6. Cuide da logística
A logística é um ponto-chave do recommerce, uma vez que os produtos podem vir de fornecedores muito diversos e é preciso garantir a organização do estoque, separação e expedição. Então, é importante ter um excelente controle de estoque e trabalhar com várias opções de frete, assegurando entregas eficientes e preços competitivos.
7. Invista em marketing digital
Por fim, o recommerce precisa de divulgação online para ser bem-sucedido. Vale investir em estratégias de marketing digital como:
- Otimizar o site para SEO para conseguir um bom posicionamento em mecanismos de busca
- Investir em mídia paga no Google Ads
- Anunciar em redes sociais com Facebook Ads e Instagram Ads
- Usar o remarketing para impactar consumidores que já entraram no site
- Fazer marketing de conteúdo para atrair clientes com informações relevantes.
O que vender em um recommerce?
Se você quer saber o que vender em um recommerce, veja quais são os produtos usados mais vendidos online:
- Celulares
- Roupas, calçados e acessórios
- Livros
- Materiais esportivos
- Produtos de informática
- Eletrônicos
- Eletrodomésticos
- Móveis
- Itens de decoração
- Objetos de arte e colecionáveis
- Artigos para escritório
- Joias e semijoias
- Material escolar
- Equipamentos profissionais e industriais
- Automóveis
- Peças automotivas e industriais
- Instrumentos musicais
- Equipamentos audiovisuais.
Como funciona o pagamento em um recommerce?
Você tem várias opções para receber pagamentos online no seu recommerce de forma prática e segura. Uma solução é ter uma plataforma de pagamento, que funciona como um intermediador que conecta sua empresa aos principais adquirentes e bandeiras de cartão do mercado.
A Vindi, por exemplo, tem uma plataforma completa com uma API amigável para facilitar a integração do seu site aos principais meios de pagamento do mercado. Nosso sistema tem recursos essenciais como sistema antifraude, split de pagamentos, checkout transparente, diversas formas de pagamento e antecipação de recebíveis.
Além disso, você pode gerenciar seus pagamentos na plataforma da Vindi com uma visão completa dos valores recebidos e pendentes, relatórios de transações, cobranças e muito mais.
Outra opção para quem ainda não tem e-commerce próprio é usar link de pagamento. Com ele, você pode vender pelas redes sociais, adicionar o link ao seu blog, vender em um evento online, cobrar pelo WhatsApp e qualquer outro canal de venda utilizado.
Entendeu o que é recommerce e por que vale a pena ter um e-commerce de produtos usados? Então conheça a Vindi, uma plataforma completa de pagamentos digitais e presenciais para o seu negócio!