Uma boa gestão financeira escolar é necessária para uma instituição de ensino administrar suas receitas e despesas, principalmente se tiver um alto número de estudantes. E as especificidades do mercado brasileiro de educação requerem um controle importante sobre este assunto.
Em geral, os dados apontam um aumento na procura pelo ensino. O Brasil teve em 2022 um total de 47,3 milhões de alunos matriculados em escolas, sendo 38,3 milhões em instituições públicas e 9 milhões em privadas. O dado é do Censo Escolar do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que apontou um aumento de 1,5% em relação ao ano anterior.
Já quando falamos em Ensino Superior, o dado mais recente do Censo da Educação Superior é de 2021, quando foram registrados mais de 3,9 milhões de ingressos em cursos de graduação – aumento de cerca de 4,7% em relação a 2020. Esses dados ainda não consideram alunos que fazem pós-graduação, cursos técnicos fora do Ensino Médio ou outras qualificações.
Diante do alto número de estudantes, as instituições têm o desafio de garantir a qualidade do ensino. E, para isso, gerir as receitas e despesas é fundamental.
Confira neste artigo como a gestão financeira escolar pode – e deve – ajudar.
O que é gestão financeira escolar?
Gestão financeira escolar é um conjunto de medidas criadas para garantir o funcionamento de uma instituição de ensino a partir de sua receita.
A gestão financeira em si tem como principal objetivo garantir a saúde do caixa de uma organização, seja uma empresa ou instituição. Quando pensamos no contexto de uma escola, essas práticas devem fazer com que o valor arrecadado com as mensalidades seja suficiente para cobrir todos os custos.
Portanto, a primeira meta é garantir uma boa previsibilidade de receitas – ou seja, saber quanto será arrecadado a cada mês. E, para uma escola privada, isso passa por medidas de combate à inadimplência. Porém, para garantir o controle financeiro, é preciso analisar as saídas, que são divididas entre:
- Custos: aqueles gastos que têm relação com o produto oferecido – no caso, o ensino em si. Aí entram salários de professores, compra de materiais didáticos e manutenção de equipamentos
- Despesas: gastos sem relação com a atividade-fim, como salários de outros funcionários, pagamento de publicidade e marketing e aluguel do espaço.
Tanto os custos quanto as despesas podem ser fixos, quando incidem da mesma forma todo mês, ou variáveis, quando não se repetem. Portanto, a gestão financeira escolar serve para garantir que a receita vai cobrir os custos e despesas fixos e variáveis.
Essas medidas são necessárias por várias razões, como você vai conferir no próximo tópico.
Qual é a importância da gestão financeira em escolas e instituições de ensino?
Garantir a manutenção do serviço é a finalidade básica da gestão financeira escolar. A cada mês é preciso remunerar funcionários e garantir o funcionamento de toda a estrutura, seja de ensino básico ou superior… porém, é preciso ir além da simples manutenção. Nesse sentido, a gestão financeira escolar é o meio de identificar oportunidades de investir em melhorias.
A digitalização do ensino avança a cada ano, por isso é normal que uma escola reserve uma parte do seu orçamento para adquirir recursos modernos de ensino. E, quando se trata de uma instituição de ensino superior, é preciso garantir também ações de pesquisa e desenvolvimento.
Apenas com uma boa gestão financeira escolar é possível identificar oportunidades de investir em melhorias com a garantia de que não vão faltar recursos para a manutenção das atividades normais. E, embora tenha a finalidade de educar, a escola não deixa de ser uma empresa privada que busca expandir suas atividades.
Portanto, a gestão financeira também pode ajudar a apontar se há demanda para um aumento no número de alunos e quais são os custos e despesas necessários para isso.
Como fazer a gestão financeira escolar?
Uma boa gestão financeira passa por diversas práticas. A partir de agora, vamos mostrar algumas das principais medidas para manter o caixa da sua instituição saudável.
Diagnóstico financeiro
A primeira etapa da gestão financeira escolar é o diagnóstico da situação financeira. Para isso, é preciso realizar um levantamento dos recursos da instituição.
Primeiro, confira quando sua escola tem no caixa. Dependendo do resultado, as prioridades podem ser garantir o funcionamento para o mês ou, em uma situação mais favorável, planejar melhorias.
Alguns fatores não podem ficar de fora desse levantamento, como:
- Endividamento
- Inadimplência
- Liquidez
- Lucratividade
- Rentabilidade.
Ferramentas como o Demonstrativo de Resultado do Exercício (DRE) e o Balanço Patrimonial podem ser úteis nesta etapa.
Orçamento escolar
O orçamento escolar é o planejamento para a utilização dos recursos que a instituição de ensino tem. Com ele, você vai mapear a distribuição da verba disponível.
Comece pelos custos e despesas, pois eles são necessários para o funcionamento da instituição. Depois, planeje também os investimentos com maior prioridade na instituição.
Lembre-se que tudo depende da situação da escola mês a mês, portanto nem sempre será possível seguir à risca o orçamento. Mas ele é importante para embasar suas principais decisões.
Quando o ano letivo está perto do fim, chega o momento de refazer o orçamento para o próximo ano. Dessa forma, você pode usar o resultados do ano e uma estimativa de novas matrículas como base.
Fluxo de caixa
Essa é uma das principais ferramentas de planejamento financeiro. Afinal, fazer um levantamento geral dos recursos e o orçamento são etapas importantes, mas o panorama financeiro vai mudando a cada dia. O fluxo de caixa é o controle constante de todos os valores que entram e também dos gastos.
A constância é muito importante, portanto cada bastão de giz adquirido precisa estar nesses controles. Por isso, o ideal é contar com sistemas automatizados para isso, como softwares ERP. Mas uma plataforma de pagamentos eficiente também pode ajudar com a emissão de relatórios com todos os valores que entram.
Combate à inadimplência
A gestão financeira escolar seria muito mais fácil se fosse possível prever toda a receita de cada mês com mensalidades, mas a inadimplência dificulta essa possibilidade. A falta ou o atraso nos pagamentos é uma pedra no sapato de qualquer negócio baseado na recorrência – e, para instituições de ensino, lidar com esse problema é ainda mais desafiador.
O motivo é a Lei nº 9.870/99, que não permite que estudantes sejam barrados de aula ou impedidos de fazerem provas por falta de pagamento.
Além disso, uma inadimplência alta acaba mobilizando os funcionários da secretaria, que precisam entrar em contato com cada estudante ou seu responsável para regularizar a situação. Portanto, é importante implementar medidas que podem ajudar a evitar o problema ou até mesmo solucionar boa parte dos casos.
A partir do próximo tópico, vamos mostrar como ferramentas tecnológicas podem ajudar na gestão financeira de uma escola.
Como a tecnologia facilita a gestão financeira escolar?
Diversos softwares podem ser úteis na gestão financeira escolar. Você pode contratar sistemas exclusivos para isso, que podem ajudar em medidas como o planejamento financeiro e o controle do fluxo de caixa, mas o controle financeiro depende também do combate à inadimplência.
Plataformas de cobrança recorrente, como a que possui a Vindi, são grandes aliadas na hora de facilitar o processo de pagamento – especialmente quando falamos sobre a diversificação dos meios de pagamento.
Se a sua escola ainda está na era em que professores entregavam boletos para os alunos levarem aos pais, é provável que seus índices de inadimplência estejam altos. Da mesma forma, uma faculdade precisa ter um contato direto com o aluno, que em geral já usa plataformas eletrônicas para acessar conteúdos relacionados às aulas.
O uso do cartão de crédito para pagamentos recorrentes tem se popularizado por sua praticidade. Afinal, basta cadastrar uma única vez os dados de cobrança para que a mensalidade seja paga todo mês, reduzindo as chances de atraso.
Já para quem prefere ter mais controle, o Pix na recorrência é uma alternativa, com o envio do QR Code mensalmente de forma automatizada. Você também pode criar links de pagamento personalizados ou páginas de pagamento para enviar a todos os alunos ou seus responsáveis.
E, mesmo assim, haverá os que preferem o tradicional boleto bancário. Nesse caso, com uma plataforma de pagamentos, é possível configurar o envio do documento em PDF para que o usuário pague direto no celular pelo aplicativo do seu banco.
Mesmo com todas essas facilidades, porém, o atraso ainda pode acontecer. A grande diferença é que boa parte deles pode ser resolvida sem que a equipe financeira da sua instituição precise mover um dedo.
Acompanhe como isso funciona.
Como superar a inadimplência escolar?
A diversificação das formas de pagamento já ajuda a evitar muitos casos de inadimplência, pois a facilidade na hora de pagar torna mais difícil o esquecimento. Ainda assim, podem acontecer várias eventualidades.
A boa notícia é que a tecnologia dos meios de pagamento oferece recursos para solucionar boa parte dessas situações. Assim, colaboradores da secretaria são acionados apenas para resolver casos mais graves.
Portanto, ao escolher uma plataforma de pagamentos para realizar a gestão financeira escolar, garanta que ela conte com recursos como os que vamos mostrar abaixo.
Régua automatizada de cobranças
Régua de cobrança é um planejamento de uma série de medidas a serem implementadas em casos de inadimplência.
Uma plataforma de pagamentos completa conta com a automatização desse serviço. Assim, você mesmo pode configurar para que um lembrete via e-mail quando a data de pagamento estiver próxima.
O principal é definir ações apenas para casos de atraso. Por exemplo: o envio de mensagens por SMS na data de vencimento e outras mensagens 10, 20 e 30 dias depois, se a situação ainda não estiver regularizada. Esse recurso também pode ser útil para alertar sobre uma transação por cartão de crédito rejeitada.
Retentativas de cobrança
Uma retentativa é a repetição de uma cobrança por cartão de crédito caso a primeira tenha sido reprovada. Se o motivo da reprovação for o atraso no pagamento da fatura do titular, uma retentativa simples três dias depois pode resolver o problema automaticamente, sem você sequer ficar sabendo.
A falha também pode ocorrer também por um erro no adquirente – ou seja, o sistema que conecta a escola, o banco e a bandeira do cartão para liquidar a transação. Nesses casos, a retentativa com troca de adquirente refaz a cobrança por um sistema diferente.
E, se o problema for falta de saldo, a retentativa inteligente usa a tecnologia de análise de dados para identificar a melhor forma de repetir a cobrança. Imagine quantos casos podem ser resolvidos sem nenhum esforço somente com esses dois recursos!
A Vindi é um ecossistema completo de pagamentos que tem tudo para ser uma grande aliada da gestão financeira. Contamos com todos os recursos que mencionamos nesses tópicos e muito mais.
Conheça as soluções da Vindi para gestão escolar!