O cashless economy tem transformado cada vez mais as relações de consumo no Brasil e no mundo.

Em português, o termo significa algo como “economia sem dinheiro em espécie”.

Portanto, o conceito se refere ao uso de outros meios de pagamento em substituição a notas e moedas, como cartões e transferências bancárias.

Essa onda de digitalização liga o alerta para os negócios.

Empresas que deixam de se adequar correm o risco de perder clientes, pois os consumidores têm ficado cada vez mais exigentes em relação à forma como preferem pagar por suas compras.

Nesse sentido, quem não consegue usar seu método favorito tem boas chances de procurar um estabelecimento concorrente.

Por sua vez, os negócios que se adaptam às tendências em cobrança conseguem atrair clientes com diferentes hábitos e perfis.

Além disso, aproveitam outras vantagens de não precisar lidar com dinheiro físico, como o aumento da segurança e a agilidade no atendimento.

Leia o nosso artigo completo para conhecer mais a fundo sobre o conceito de cashless economy e seus benefícios.

A economia cashless transforma o consumo ao priorizar pagamentos digitais, beneficiando empresas que se adaptam com mais clientes, segurança e agilidade.

O que é cashless economy?

Cashless economy, ou “economia sem dinheiro físico”, é um sistema econômico em que as transações financeiras são realizadas sem o uso de moedas ou notas de papel. 

Em vez disso, utilizam-se meios eletrônicos, como cartões de débito e crédito, Pix e carteiras digitais.

Esse é um conceito adotado para ilustrar o uso cada vez maior dos meios de pagamento digitais nas relações de consumo.

Pode ser adotado para se referir tanto a compras presenciais quanto online.

No comércio eletrônico, aliás, a facilidade do cashless é um dos fatores que impulsiona esse conceito.

O modelo cashless economy visa aumentar a eficiência, reduzir custos operacionais e combater a corrupção e a lavagem de dinheiro, promovendo maior transparência e segurança nas transações financeiras.

Veja na sequência como acontece na prática esse tipo de relação comercial.

Exemplos de cashless economy

Imagine que você chega a uma padaria, retira os produtos que pediu e se dirige ao caixa para pagar.

O atendente, então, pergunta como você quer fazer seu pagamento: com dinheiro, cartão de crédito ou débito, ou Pix?

Caso você não tenha — ou prefira não usar — notas e moedas, qualquer outra modalidade se encaixa no conceito cashless economy:

  • Aproximando o cartão da maquininha
  • Inserindo o cartão no equipamento para leitura do chip
  • Aproximando o próprio celular da máquina
  • Fazendo um Pix, seja usando o QR Code ou digitando a chave informada.

Já em uma loja virtual, a cashless economy é ainda mais presente.

Depois de escolher os produtos e colocá-los no carrinho, você é direcionado para o checkout, ou seja, a página em que você confirma as compras e faz o pagamento.

Esse processo pode ser feito por Pix, via QR Code ou link Copia e Cola, carteiras digitais, cartão ou boleto bancário.

Nesses casos, o pagamento quase sempre é cashless.

A única exceção é quando o cliente imprime o boleto bancário e paga em dinheiro em uma agência bancária ou lotérica.

Mas os meios de pagamento digitais têm tido uma adesão cada vez maior, como vamos mostrar na sequência.

Números da economia cashless no Brasil e no mundo

Os dados relativos aos meios de pagamento mostram o crescimento da cashless economy no país.

Segundo números da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o Pix foi o método mais usado em 2023 no país, com cerca de 42 bilhões de transações.

O crescimento na comparação com o ano anterior foi de 75%, o que mostra como o método de transferência instantânea tem contribuído para digitalizar a economia nacional.

Ainda segundo a instituição, o país teve 17,8 bilhões de transações por cartão de crédito e 16,3 bilhões por cartão de débito, além de 892 milhões de transferências TED e 195 milhões entre pagamentos com cheque e outros tipos de operação.

A tendência de pagamentos cashless é mundial.

Segundo esta projeção publicada no site Statista, o número de transações cashless estimado para 2024 é de 1,56 trilhões, o que representa um crescimento de 16,2% em comparação com o ano anterior.

Até 2027, o mundo deverá ter pouco menos de 2,3 trilhões de transações digitais.

Esta outra pesquisa estima em US$ 17,72 trilhões o valor do volume total de transações financeiras digitais no mundo em 2024.

O levantamento projeta que até 2029, esse valor deve chegar a US$ 36,75 trilhões, em uma taxa de crescimento anual de 15,71%.

Todo esse crescimento se deve aos benefícios desse tipo de pagamento, como vamos mostrar agora.

Quais as vantagens da cashless economy?

A cashless economy trouxe muitas vantagens tanto para as empresas que vendem seus produtos ou serviços quanto para quem consome.

Veja agora o que todos têm a ganhar com as transações financeiras digitais.

Para os negócios

Para as empresas, a economia cashless representa as seguintes vantagens:

  • Mais segurança: não é preciso lidar com uma quantidade alta de dinheiro em espécie, o que aumentaria o risco de furtos e roubos
  • Menos despesas: o manuseio e o transporte de cédulas e moedas com segurança representa gastos, portanto, receber pagamentos digitais sai mais barato
  • Rapidez: negócios presenciais que costumam ter filas nos caixas podem atender com mais agilidade, pois não é preciso contar dinheiro e dar troco
  • Gestão financeira simplificada: os sistemas de pagamento modernos permitem a automatização dos registros de todas as transações, facilitando o controle das finanças
  • Possibilidade de vender à distância: a cashless economy torna possíveis as vendas online, ampliando o alcance e as possibilidades de negócio.

Para os clientes

Quem consome pode aproveitar estes benefícios da cashless economy:

  • Praticidade: os pagamentos podem ser feitos de várias formas possíveis, inclusive usando o telefone celular, portanto, não é preciso estar sempre com a carteira para fazer alguma compra
  • Experiência do cliente: o pagamento é feito de uma maneira mais fluída, sem a necessidade de contar dinheiro, o que é mais agradável para quem compra
  • Acompanhamento dos gastos: as plataformas eletrônicas informam sobre os valores dos pagamentos feitos, ajudando os clientes a gerenciarem suas finanças com mais facilidade
  • Recompensas e benefícios: plataformas cashless, como carteiras digitais, oferecem vantagens aos seus clientes como cashback, descontos e promoções.

Por outro lado, é preciso tomar cuidado com os pontos que vamos mostrar no próximo tópico.

Quais os riscos da cashless economy?

Apesar de ter tantas facilidades, a cashless economy também pode representar alguns riscos.

Um deles é a dependência de sistemas eletrônicos.

Qualquer acontecimento que interrompa o abastecimento de luz ou corte a transmissão da internet pode impedir a realização de transferências.

Isso pode acontecer quando há um desastre natural ou um ataque cibernético em grande escala.

Também devemos destacar a exclusão financeira que pode atingir quem não tem conta bancária ou não sabe como usar os sistemas mais modernos.

Embora o surgimento do Pix e dos bancos digitais tenha ajudado na inclusão, o Brasil ainda tinha cerca de 4,5 milhões de pessoas adultas sem contas bancárias no final de 2023, segundo esta reportagem do portal Terra.

Mesmo entre os clientes de instituições financeiras, há quem esteja habituado a meios mais tradicionais, como sacar dinheiro em espécie para fazer pagamentos direto nas agências bancárias.

Por causa desses riscos, ainda é cedo para falarmos em fim do dinheiro impresso.

Mas a cashless economy tem vários aspectos positivos e deve exercer uma influência cada vez maior na forma como nos relacionamos com o dinheiro. 

Qual o impacto do cashless na economia?

A cashless economy é uma forma de ajudar a dar mais transparência e segurança para o sistema financeiro.

Como todas as transações são registradas, todos os valores transferidos podem ser rastreados, o que reduz os riscos de crimes como corrupção e lavagem de dinheiro.

Na medida em que o dinheiro em espécie for deixando de ser usado, vai ficando cada vez mais difícil praticar desvios e irregularidades.

Essas mudanças são importantes nos setores público e privado, já que as organizações precisam seguir uma série de normas de compliance para poder movimentar valores por meios digitais.

Toda empresa que precisar receber pagamentos terá de adotar sistemas que funcionam em conformidade com as normas rígidas estabelecidas pelo Banco Central.

Também é importante destacarmos as facilidades como a instantaneidade e a economia de custos que o cashless representa.

O uso de cédulas e moedas em menor escala representa menos custos com segurança e mais agilidade nos processos.

Essa vantagem vale tanto para grandes negócios quanto para pequenos empreendedores, já que as tecnologias de pagamento estão cada vez mais acessíveis para o grande público.

Se você tem ou participa da gestão de uma empresa, confira o próximo tópico e saiba como é possível aderir à economia cashless e fazer parte dessa transformação.

Como transformar a cobrança na minha empresa com o cashless?

O primeiro passo para transformar a cobrança de uma empresa a partir da cashless economy é diversificar os meios de pagamento.

Se a sua empresa ainda não permite a escolha entre cartão, Pix e outros métodos mais modernos, é hora de providenciar essa possibilidade.

Afinal, essa prática já se tornou comum e é praticamente obrigatória para negócios presenciais e virtuais.

Portanto, se você quer usar o conceito cashless economy a seu favor de forma prática, é preciso proporcionar uma experiência que mostre ao cliente as vantagens de não precisar manusear notas e moedas.

Uma maneira moderna de se fazer isso é por meio dos pagamentos invisíveis, ou seja, cobranças em que o cliente não percebe o pagamento sendo feito.

Portanto, não há nenhuma fricção.

Um exemplo é o uso da tokenização para pagamentos por cartão no e-commerce.

Por meio dessa tecnologia, o cliente só precisa cadastrar seus dados de cobrança uma vez para pagar usando cartão de crédito.

Essas informações são transformadas em tokens, que ficam armazenados no sistema de uma maneira segura.

Assim, em uma segunda compra, não é preciso informar novamente os números.

Outro exemplo é a automatização das cobranças recorrentes no cartão, em que o assinante de um serviço só precisa inserir os dados uma vez para que os pagamentos das mensalidades sejam automáticos.

Conheça no próximo tópico algumas novidades que devem ganhar espaço nos próximos anos.

Tendências da economia cashless para o futuro

A cashless economy reserva muitas novidades para um futuro próximo.

Por isso, é importante que os negócios estejam preparados para se adequar a essas tendências.

Uma das principais mudanças deverá ser a introdução do Drex, que será a versão digital do Real.

O Drex funcionará a partir de uma blockchain, assim como as criptomoedas, mas terá o caráter oficial e o mesmo valor do Real tradicional.

Essa nova moeda digital poderá se popularizar rapidamente, exigindo que muitos comerciantes precisem se adequar.

Além disso, está em análise a implantação de um sistema internacional de transferências de valores, uma espécie de Pix Internacional.

O projeto está sendo implantado pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS), uma entidade conhecida como “banco central dos bancos centrais”, que busca integrar países que têm sistemas de pagamento automático, como o Pix.

Para negócios que atendem — ou planejam atender — clientes de outros países, é importante ficar de olho.

Por fim, uma tendência que já faz parte da economia cashless no Brasil é a dos embedded payments (“pagamentos incorporados” em português).

É a contratação de uma instituição especializada em receber pagamentos de vários tipos, facilitando as cobranças para outros negócios.

A Vindi é um ecossistema completo de pagamentos, com soluções para vendas avulsas e negócios recorrentes.

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