Investir em segurança digital se tornou uma questão de sobrevivência para as empresas — principalmente aquelas que operam 100% online.
Em um mercado hiperconectado, as ameaças cibernéticas se multiplicam ano após ano e a proteção de dados e sistemas se torna cada vez mais complexa.
Ao mesmo tempo, os casos emblemáticos de ciberataques e vazamento de dados acendem o alerta para os riscos.
Por isso, neste artigo, vamos apresentar os conceitos básicos da segurança digital e mostrar como você pode proteger sua empresa e seus clientes.
Continue a leitura e monte sua estratégia de defesa cibernética!
O que é segurança digital?
Segurança digital é a proteção de dados e sistemas no ambiente virtual.
Esse conceito se tornou essencial em um cenário de ameaças cibernéticas, já que é preciso proteger sites, redes, programas, e-mails, aplicativos e informações online.
Logo, o objetivo da segurança digital é preservar toda a infraestrutura tecnológica de acessos não autorizados, ataques, invasões e interceptações.
Dessa forma, as empresas precisam investir nessa área para proteger seus recursos digitais, priorizando três pilares:
- Confidencialidade: diz respeito à garantia de privacidade de dados e informações, evitando acessos indevidos
- Integridade: é a qualidade de dados consistentes e confiáveis, que não sofrem interferência ou manipulação
- Disponibilidade: refere-se a regras de disponibilização dos dados e sistemas, possibilitando a gestão de diferentes níveis e permissões de acesso.
Além disso, podemos dividir a segurança digital em dois grandes campos:
- Cibersegurança: trata da proteção de ciberespaços e infraestruturas em geral (redes, dispositivos, computadores, programas, etc.)
- Segurança da informação: abrange a preservação e o sigilo dos dados armazenados e compartilhados.
Qual a importância da segurança nos negócios digitais?
A segurança digital é fundamental para qualquer tipo de empresa, mas ainda mais para os negócios digitais.
Afinal, quando todos os processos-chave acontecem online, proteger os dados e os sistemas corporativos se torna prioridade zero.
Por exemplo, no e-commerce, é preciso investir em recursos de criptografia para preservar os dados de clientes que compram pela internet.
Já no sistema de pagamentos, em especial, é necessário ter um antifraude e reforçar a proteção contra ciberataques.
O mesmo vale para as plataformas SaaS (Software as a Service), que devem investir em soluções de segurança digital robustas para preservar os dados de seus clientes e prevenir fraudes e golpes.
Para essas empresas, em especial, um ataque cibernético pode custar muito caro e impactar drasticamente a reputação da marca.
Basta pensar nos escândalos de vazamentos de dados, invasão de sistemas e sequestro de informações que se tornam cada vez mais frequentes.
Por isso, a segurança digital é uma condição básica para a sobrevivência e competitividade dos negócios digitais.
Quais as principais ameaças à segurança digital?
De acordo com um relatório da FortiGuard Labs publicado no Terra, o Brasil sofreu 60 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos em 2023.
Entre as principais ameaças enfrentadas no país, estão:
- Phishing: golpe de engenharia social que “fisga” usuários com links maliciosos e sites falsos enviados por e-mail, SMS e redes sociais. É um dos mais utilizados para roubar dados e cometer fraudes no e-commerce, por exemplo
- Watering hole: nessa modalidade de ataque, o criminoso hackeia um site que é visitado pelo usuário de uma organização para infectar seu dispositivo com um malware
- Malware: infecção de redes e dispositivos com softwares maliciosos que danificam e exploram vulnerabilidades (os famosos vírus)
- Spyware: software malicioso de espionagem que monitora as ações do usuário, como um keylogger (aplicação que registra de tudo o que é digitado)
- Ransomware: tipo de malware utilizado para sequestrar dados e extorquir empresas
- Ataques de injeção: consistem na inserção de scripts prejudiciais por hackers em aplicativos e sites. O mais famoso é a injeção de SQL
- Ataques de força bruta: são conhecidos como “exploits”, pois incluem várias tentativas manuais ou automatizadas de violar um sistema
- Ataques DDos (negação de serviço distribuída): são ataques coordenados a servidores que “inundam” os sistemas para tentar interromper o tráfego e deixar serviços indisponíveis e instáveis.
Essas ciberameaças estão presentes de forma massiva na internet e levam a consequências como vazamentos de dados, inatividade de sistemas, roubo de dados sensíveis e danos à reputação de empresas.
Como garantir a segurança digital da sua empresa?
Agora que você conhece as principais ameaças que rondam o ambiente virtual, confira medidas de segurança essenciais para proteger seu negócio.
Crie uma política de segurança da informação
Toda empresa precisa elaborar uma política de segurança de informação para estabelecer as regras de proteção aos dados do negócio.
Esse manual deve conter tópicos como:
- Diretrizes para tratamento de dados
- Boas práticas de segurança de redes, computadores, sistemas e aplicativos
- Regras da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais)
- Segurança no acesso de prestadores de serviços
- Padrões de instalação
- Práticas de backup e recuperação de dados
- Combate à pirataria
- Acesso à internet e a serviços como e-mail e sistema de comunicação interna
- Canais de relacionamento para denúncias
- Plano de resposta a incidentes.
Controle o acesso
O controle de acesso é uma das bases da segurança digital e diz respeito às permissões para acessar contas e sistemas na empresa.
Nesse sentido, é fundamental limitar a disponibilidade de dados sensíveis e monitorar quem pode acessar quais informações no seu negócio.
Utilize antivírus e firewalls
Enquanto o antivírus é uma solução de segurança endpoint (ou seja, que protege os dispositivos conectados à rede, como computadores, smartphones e tablets), o firewall atua na filtragem do tráfego e proteção de redes.
Dessa forma, com essas duas soluções, você garante a segurança digital essencial da sua rede corporativa.
Juntos, o antivírus e o firewall identificam e bloqueiam a maior parte das ameaças cibernéticas que podem afetar seus sistemas, desde que estejam ativos e atualizados.
Faça backup constante
Por mais que você proteja seu negócio, também é preciso se preparar para eventuais incidentes.
Por isso, mantenha o backup dos dados sempre em dia — isso pode minimizar bastante as perdas em caso de um ciberataque.
Opte por sistemas em nuvem
Hoje, as tecnologias de gestão e armazenamento em nuvem são as mais seguras do mercado, uma vez que utilizam a criptografia para impedir o acesso indevido às suas informações.
Por isso, vale a pena adotar o cloud computing no seu negócio e priorizar soluções com critérios rígidos de segurança da informação.
Treine seus funcionários
Para garantir a segurança digital, não basta proteger as máquinas: é preciso treinar as pessoas.
Isso porque grande parte dos ataques atuais utilizam a engenharia social, ou seja, enganam os usuários para roubar dados e instalar softwares maliciosos.
Por isso, é essencial educar os colaboradores com as boas práticas de segurança, como nunca clicar em links desconhecidos, ativar a autenticação de dois fatores, criar senhas fortes, etc.
Como garantir a segurança digital dos seus clientes?
Apenas se preocupar com a segurança digital da empresa não é o suficiente: é preciso estender essa proteção aos clientes.
Veja como em alguns passos:
Crie sua política de privacidade
O primeiro passo para garantir a segurança digital dos seus clientes é criar e publicar sua política de privacidade.
Nesse documento, todos os processos de coleta e tratamento de dados precisam estar claros, seguindo as diretrizes da LGPD.
Os tópicos mais importantes são:
- Condições de coleta, tratamento e compartilhamento dos dados de clientes
- Aviso sobre uso de cookies e web beacons para coletar dados
- Política de segurança do site.
Exija senhas fortes
A criação de senhas fortes segue sendo uma das práticas essenciais da segurança digital.
Por isso, é importante que a empresa determine regras mais avançadas para os clientes, como a inclusão de letras maiúsculas e minúsculas, o uso de caracteres especiais e a exigência de um tamanho mínimo.
Ofereça a autenticação de dois fatores
O ideal é que seus clientes possam ativar a autenticação de dois fatores para fazer login no seu serviço.
Com isso, é adicionada uma camada extra de proteção ao acesso, para além da senha.
Eduque seus clientes
A empresa também deve orientar os clientes sobre práticas de segurança e educá-los sobre os golpes mais comuns praticados no mercado.
O phishing, especialmente, costuma utilizar marcas conhecidas para enviar links falsos, que direcionam os consumidores para formulários fraudulentos com o intuito de roubar dados.
Como integrar a segurança digital ao desenvolvimento de produtos e serviços?
A segurança digital deve fazer parte do desenvolvimento de produtos e serviços, embora nem sempre seja priorizada.
De acordo com uma pesquisa da KPMG publicada na Security Report, 65% das lideranças corporativas adotam requisitos de segurança da informação para atender necessidades de compliance e não como algo estratégico de longo prazo.
Além disso, apenas 30% dos 1,8 mil acreditam que o aumento da confiança no tema incrementa a lucratividade.
Apesar dessa visão, a segurança digital é essencial para proteger os dados do negócio desde o início do projeto.
Quanto mais cedo as boas práticas são implementadas, menor o risco de ter o produto impactado por incidentes cibernéticos.
Não faltam exemplos de startups e plataformas que tiveram danos à imagem da marca por problemas de segurança que se tornaram públicos.
Lembrando ainda que, quanto mais tarde a questão de segurança vira preocupação, maiores ficam os custos para adaptar um projeto em andamento.
Como escolher as melhores ferramentas de segurança digital para a sua empresa?
Para escolher as melhores ferramentas de segurança digital para a sua empresa, você deve priorizar fornecedores conhecidos do mercado, analisar as proteções oferecidas e diversificar suas frentes de defesa cibernética.
Veja algumas ferramentas recomendadas para empresas:
- Firewall FortiGate NGFW (o firewall de rede mais implantado do mundo)
- Firewall Check Point Quantum
- Cisco Secure Firewall
- Antivírus Empresarial Kaspersky
- Avast Business Antivirus Pro
- Antivírus Sophos Intercept X
- Bitdefender GravityZone Business Security
- Plataforma de cibersegurança Maltego.
Qual a relação entre LGPD e segurança digital?
A LGPD tem tudo a ver com a segurança digital, pois estabelece regras para a coleta e tratamento de dados pessoais no Brasil.
Desde a vigência dessa lei, em 2020, tornou-se obrigatório solicitar o consentimento dos usuários para registrar e armazenar dados, além de esclarecer como eles serão utilizados.
Um dos principais avanços da LGPD é a responsabilização das empresas pela proteção dos dados pessoais de pessoas físicas.
Hoje, as organizações precisam controlar quem tem acesso às informações e implementar medidas de segurança da informação.
Além disso, se houver um incidente, como um compartilhamento não autorizado ou um vazamento de dados, a empresa pode ser penalizada com multa de 2% do faturamento, limitada a R$ 50 milhões.
Quais os riscos de não investir em segurança digital?
Empresas que não investem em segurança digital estão expostas a inúmeros riscos cibernéticos, jurídicos e regulatórios.
Para começar, existem as ameaças de ataques hackers e golpes, que têm como objetivo danificar sistemas, tornar dados inacessíveis, roubar informações confidenciais e expor dados sensíveis.
Ou, ainda, sequestrar dados e cobrar resgates caríssimos, como tem sido feito por meio do ransomware.
Quase sempre, esses riscos se traduzem em grandes perdas financeiras.
Um e-commerce que não tem um antifraude eficiente, por exemplo, pode ter um prejuízo considerável com compras fraudulentas e cartões clonados.
Além disso, a empresa se expõe ao risco de processos judiciais e penalidades legais, como no caso das infrações à LGPD.
Sem falar nos danos à reputação da marca, que muitas vezes são irreversíveis e custam a preferência dos clientes.
Casos de empresas que sofreram com a falta de segurança digital
Não faltam exemplos de empresas que sofreram com a falta de segurança digital e acabaram estampando as manchetes do noticiário.
Um caso emblemático foi o da rede varejista de moda Renner, que sofreu um ataque cibernético em seu site em 2021.
A invasão, feita por meio de um ransomware, deixou a loja virtual e os sistemas da marca indisponíveis por três dias.
Outra gigante do varejo online vítima de ciberataques foi a Netshoes.
Em 2019, a empresa teve que pagar R$ 500 mil em indenizações por danos morais, após um vazamento de dados pessoais de usuários.
Em julho de 2024, a empresa foi vítima de um vazamento de dados novamente.
Por fim, também em 2024, a empresa Ticketmaster sofreu um ataque ao seu banco de dados que expôs dados pessoais de 560 milhões de clientes no mundo todo.
Os hackers responsáveis pela invasão exigem o pagamento de um resgate de R$ 2,6 bilhões para evitar que as informações sejam vendidas a terceiros.
Entendeu como a segurança digital é importante para evitar prejuízos, manter as operações e preservar a imagem das empresas?
Por isso, a Vindi prioriza a proteção dos clientes em suas operações e possui o padrão de segurança mais avançado da indústria de cartões: o PCI Compliance.
Mantemos nosso nível de certificação máximo (Tier 1), com garantia de controles internos e auditoria externa.
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