O pagamento cashless já é uma realidade em vários países, entre os quais o Brasil, e aponta para um futuro breve em que o uso de dinheiro físico será cada vez mais restrito.

Afinal, a evolução dos meios de pagamento possibilitou o surgimento de vários sistemas de transferência que facilitaram ainda mais a vida das pessoas.

Um exemplo disso é o Pix, que já faz parte da rotina de mais de 150 milhões de pessoas no país, mas não só ele, pois outras tantas formas de pagamento cashless surgiram nos últimos anos.

Para deixar você por dentro das novas tendências, vamos apresentar neste artigo as principais opções de cashless no Brasil e no mundo.

Continue a leitura e entenda mais a fundo a seguir!

O que é cashless?

Cashless é uma forma de pagamento sem contato físico que dispensa o uso de dinheiro em espécie, cheque ou mesmo cartões com chip ou tarja magnética.

O nome vem do inglês e significa “sem dinheiro em espécie”, em uma tradução livre.

O método cashless existe tradicionalmente por tecnologias como a RFID e a NFC, que operam por meio da aproximação de dispositivos, como celulares, pulseiras e cartões, a uma maquininha específica ou outro celular habilitado.

Dessa forma, ele permite ao recebedor mais segurança, agilidade de caixa e controle de filas em estabelecimentos físicos.

Porém, existem formatos que não exigem aproximação, como o caso do Pix.

Além disso, atualmente desponta também a tecnologia de pagamentos por QR Code, que é um novo método que pode ser considerado cashless.

Como funciona o pagamento cashless?

O pagamento cashless engloba uma série de tecnologias específicas e diferentes entre si.

Porém, todas têm uma característica em comum: possibilitar uma conexão segura entre os agentes envolvidos em uma transação financeira.

Para isso, é preciso realizar uma comunicação entre os sistemas dos lojistas e os das instituições financeiras responsáveis pelo pagamento.

A segurança é garantida por ferramentas como criptografia e autenticação em dois fatores.

Além disso, quando o pagamento é por aproximação, a conexão é feita por sinais de rádio a uma frequência específica, e limitados a uma distância específica.

Isso tudo, claro, pode exigir adaptação de comerciantes e prestadores de serviço para garantir que a tecnologia utilizada pelos clientes funcione.

Por outro lado, também representa uma oportunidade para melhorar a relação com os consumidores e até para fidelizá-los.

Quais são os sistemas cashless de pagamento?

Para que o funcionamento do sistema cashless fique mais claro, vamos detalhar a partir de agora cada um dos sistemas envolvidos.

NFC

O NFC é um método criado em 2002 e que está por trás das carteiras digitais e dos cartões bancários contactless.

Trata-se de uma tecnologia de troca de dados por aproximação, traduzido como “Comunicação de Campo Próximo”, que requer dispositivos habilitados para essa função.

O NFC tem sido utilizado, por exemplo, em smartphones, smartwatches e cartões.

Basta o dispositivo conter um hardware específico para NFC, o que é informado nos manuais dos aparelhos (a maioria dos modelos atuais conta com o recurso).

No momento do pagamento cashless por NFC, o dispositivo deve ser aproximado a outro habilitado com a tecnologia.

Se houver sinal de internet, a transferência é realizada a partir da conexão entre o banco do cliente e o banco do recebedor.

Veja alguns exemplos de métodos de pagamento que funcionam por NFC:

Carteiras digitais

Nelas, o proprietário deve configurar seu cartão de crédito ou débito para utilizar digitalmente.

Ele pode estabelecer um limite que pode ser gasto na carteira digital.

Antes de realizar um pagamento, por segurança, ele deve habilitar a função contactless, colocando a senha do dispositivo.

Alguns exemplos de carteiras digitais são:

  • Apple Pay
  • Android Pay (antigo Google Pay)
  • Samsung Pay.

Cartões contactless

Os cartões de crédito e débito da maioria das bandeiras e dos principais bancos do mercado já vêm habilitados com o chip NFC.

Para pagamento, basta o usuário aproximar o cartão da maquininha, sem ter de inseri-lo.

Há também a possibilidade de não utilizar senha para compras de baixo valor, dando ainda mais praticidade ao ato.

Imagem: Freepik

QR Code

A solução por QR Code desponta atualmente como uma grande tendência de pagamento cashless.

Viabilizado por aplicativos, o pagamento só depende da leitura do QR Code pela câmera do smartphone e da confirmação dos dados na tela.

Alguns exemplos de aplicativos com função de pagamentos por QR Code são:

  • Pic Pay
  • Iti (do banco Itaú)
  • Mercado Pago
  • Rappi.

Nesses aplicativos, geralmente, o usuário pode ter uma carteira digital em que insere créditos por transferência bancária ou boleto.

Outra possibilidade é cadastrar seu cartão de crédito ou débito no celular.

Na hora de pagar, é só abrir o app, apontar a câmera para ler o QR Code (que pode ser de um estabelecimento ou de outra pessoa física), informar o valor e o meio de pagamento (se saldo da conta ou cartão) e pronto: a transferência é realizada de imediato para o recebedor.

Os estabelecimentos devem consultar a existência de taxas de cada app, porém, costuma não haver nenhum tipo de mensalidade ou taxa de adesão, apenas taxas proporcionais aos pagamentos recebidos.

Tarjetas RFID

Se você já usou uma pulseira em shows para colocar créditos para pagar e consumir alimentos e bebidas no local, por exemplo, você já usou a tecnologia RFID.

O RFID (Radio-Frequency Identification) é um método de identificação automática que existe desde 1980 e usa sinais de rádio, emitidos entre a tarjeta e a máquina, para realizar troca de dados.

Essa tecnologia é usada também em cartões que desbloqueiam as catracas de eventos.

Basicamente, ele funciona com um cartão, uma pulseira ou um relógio smartwatch.

Ao serem aproximados a um leitor, os dispositivos realizam uma conexão por ondas de rádio. 

O RFID costuma ser um método cashless bastante eficiente e seguro, que tem a vantagem de não necessitar de rede de dados para funcionar, podendo operar em locais que não têm sinal de internet (o que é bastante comum em festivais, por exemplo).

Basta um sistema de controle que imputa e cobra os créditos do dispositivo por radiofrequência.

A recarga também pode ser feita por aplicativos, dependendo do sistema adotado.

WhatsApp Pay

Desde 2021, o popular app de mensagens também pode ser usado para transferências pelo recurso WhatsApp Pay.

Inicialmente, seu uso era restrito a pessoas físicas, mas já é possível fazer pagamentos para empresas também.

As possibilidades, porém, ainda são bem limitadas, pois o usuário precisa cadastrar um cartão de débito de bandeira Visa ou Mastercard emitido por determinados bancos.

Pix

O método de transferências bancárias criado pelo Banco Central vem se consolidando como um dos mais usados no Brasil.

Ele é diferente dos sistemas que citamos acima por realizar a autenticação a partir da internet, sem a necessidade de aproximação.

Por isso que, embora o uso do QR Code em cobranças por Pix seja comum no varejo, é possível transferir valores apenas informando a chave do usuário.

A chave pode ser um número de CPF, CNPJ, e-mail, número de celular ou uma sequência aleatória que pode ser trocada a qualquer momento.

Para transferir, basta ter uma chave própria e informar a chave do usuário que vai receber os valores.

Ainda que não exija aproximação ou visualização, o sistema tem a segurança garantida por diversos fatores.

Em primeiro lugar, para fazer a transferência é preciso realizar uma autenticação no aplicativo da instituição financeira responsável pela conta.

Além disso, todos os dados que trafegam pela rede do Pix são criptografados e protegidos por certificados digitais.

Por fim, os motores antifraude gerenciados pelas instituições financeiras são capazes de analisar automaticamente eventuais transações atípicas.

Por isso, o Pix tem sido o grande responsável pelo crescimento dos sistemas cashless, como vamos mostrar em seguida.

Evolução do uso dos sistemas cashless

Os sistemas cashless estão sendo cada vez mais usados no Brasil.

Até a metade de 2023, mais de 150 milhões de pessoas já haviam usado o Pix no país.

De acordo com o Banco Central (BC), há aproximadamente 650 milhões de chaves cadastradas.

Somente em julho de 2023, foram realizadas mais de 3,5 bilhões de transações por Pix, movimentando cerca de R$ 1,4 trilhão.

Um levantamento da consultoria McKinsey aponta que o método já é mais usado do que dinheiro, como mostra esta reportagem do jornal Extra.

Além disso, de 2021 para 2022, o valor movimentado em pagamentos com cartão de crédito, débito ou pré-pago por aproximação cresceu 185,6%, passando de menos de R$ 200 bilhões para mais de R$ 570 bilhões.

O dado está no balanço anual da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs).

E somente na primeira metade de 2023, a modalidade movimentou quase R$ 414,8 bilhões.

Embora tenham um uso mais limitado, as carteiras digitais também estão sendo cada vez mais usadas, principalmente em compras pela internet.

Segundo esta pesquisa feita pelo Serasa Experian, 67% dos brasileiros afirmam usar o sistema.

As razões para este aumento em diversos métodos cashless estão em vantagens como as que você vai conhecer a partir de agora.

Quais são as principais vantagens do cashless?

O cashless, como vimos, pode ser operado de várias maneiras e é bastante versátil e prático tanto para quem paga quanto para quem recebe.

Entenda mais detalhadamente que vantagens estão envolvidas.

Vantagens para o consumidor

O consumidor ganha principalmente pela segurança de não andar com cédulas de dinheiro e não precisar de senhas na hora de seus pagamentos.

  • Em eventos e shows, é muito mais seguro pagar usando sua pulseira ou celular, com créditos pré-pagos, evitando furtos e perda de dinheiro e aumentando o controle sobre os gastos
  • No dia a dia, pagar com uma carteira digital dispensa o uso de cartões físicos, o que é mais prático e não perde em questão de segurança, pois ainda é necessário desbloquear o celular e autorizar o cartão na carteira digital para pagar
  • As carteiras digitais podem ser desabilitadas quando o usuário quiser. Assim, se o celular é furtado, o bloqueio é feito mesmo sem o celular, bastando acessar os dados na nuvem, ou com as centrais dos bancos ou apps
  • O cashless dispensa o contato manual com as maquininhas, o que é especialmente importante para prevenção de doenças contagiosas, como a covid-19 e a gripe.

Vantagens para o empreendedor

O recebedor também ganha em segurança, por não ficar com um grande volume de dinheiro no caixa, e agilidade, evitando demoras nas filas de balcão.

Todo o processo se torna mais fácil ao não ter que lidar com as tradicionais dificuldades com troco ou senhas. 

Qualquer estabelecimento pode usar um sistema cashless, principalmente por NFC ou QR Code.

Assim, é possível:

  • Oferecer facilidade de pagamento aos seus clientes
  • Dispensar o uso da maquininha nos pagamentos por QR Code, o que pode eliminar gastos de aluguel da maquininha
  • Transmitir uma imagem moderna do estabelecimento
  • Ter maior controle financeiro, pois os apps geram relatórios e registros
  • Poder emitir nota fiscal com esses sistemas
  • Observar aumento do seu revenue, pois as formas de pagamento digitais costumam estimular o consumidor a comprar mais e melhor.

Cashless society: quais os países que mais usam sistemas cashless?

A evolução dos meios de pagamento vem contribuindo para o fortalecimento do conceito cashless society, ou seja, uma sociedade sem dinheiro físico.

Países com sistemas avançados e altos índices de acesso a serviços bancários já sonham com o fim das notas e moedas.

De acordo com esta lista (em inglês) elaborada pela empresa britânica Expert Market, este é o caso das seguintes nações:

  • Noruega: todo cidadão adulto norueguês tem uma conta bancária, e apenas 2% dos pagamentos feitos no país são com dinheiro em espécie
  • Finlândia: também não tem “desbancarizados”, e o Banco Central local espera que até 2029 o dinheiro em espécie não seja mais necessário por lá
  • Suécia: tem um alto índice de transferências por dispositivos móveis, apenas 1% dos pagamentos são em espécie e pode ser a primeira “cashless society” já em 2024
  • China: embora o “dinheiro vivo” ainda seja uma realidade, o país asiático recentemente realizou um experimento com moeda digital e teve resultados animadores
  • Nova Zelândia: apenas 1% da população não tem acesso a serviços bancários
  • Reino Unido: apesar dos bons índices de transferências cashless, 17% da população não abre mão do dinheiro tradicional.

No Brasil, os índices que mostramos no tópico anterior podem parecer animadores.

Porém, a “cashless society” é um conceito muito distante por aqui, uma vez que 16% da população ainda não tem acesso a serviços bancários, como mostra a Revista Exame.

Onde e como pode ser usado o cashless?

Como vimos, os métodos cashless são muito interessantes para estabelecimentos e situações que requerem agilidade de cobrança.

Em food trucks, por exemplo, o público busca rapidez no preparo da comida, e não seria diferente com a fila de pagamento – tudo deve acontecer da forma mais prática possível.

Em eventos, feiras, shows, em que se formam enormes filas, isso também é essencial.

No Brasil, já vimos o cashless ser usado em eventos como Lollapalooza, Tomorrowland, Copa do Mundo de 2014 e Olimpíada de 2016.

As transações por NFC são também amplamente aceitas nos principais restaurantes e lojas do país onde, além da praticidade, os clientes gostam de usar meios modernos de pagamento.

Alguns países estão muito alinhados à tendência cashless.

Na Holanda, por exemplo, um dos países com tecnologias de pagamentos mais avançadas, a maioria dos estabelecimentos não aceita ou não incentiva mais o uso cédulas, até mesmo na hora de comprar um pãozinho.

Cashless para negócios recorrentes

Para empresas que operam com vendas recorrentes – planos, assinaturas ou mensalidades –, os métodos cashless RFID, NFC e QR Code podem não ser tão aderentes, pois são mais voltados para o varejo de vendas únicas.

Já o Pix pode ser usado neste formato.

Mas a busca por praticidade e segurança nos pagamentos para esses negócios não precisa se limitar por causa disso.

Plataformas como a Vindi automatizam as cobranças recorrentes, evitando que o cliente precise pagar presencialmente com meios físicos.

Por exemplo, em academias, pode ser normal um cliente se dirigir ao balcão todo mês para realizar seu pagamento com cartão ou dinheiro.

Pois isso está com os dias contados.

Com o sistema que mencionamos, as academias inserem os dados do cliente no sistema uma única vez, estabelecem a periodicidade e o cliente faz seu pagamento automaticamente a cada mês. 

Muito mais prático, não é mesmo?

Quer saber mais sobre o assunto? Então conheça as soluções da plataforma da Vindi para negócios recorrentes!

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Vamos supor que você esteja de acordo com isso, mas você pode optar por não participar, se desejar.
Aceitar consulte Mais informação Aceitar Leia mais

Política de privacidade e cookies