O Pix por biometria, também chamado de Pix 2.0, é uma novidade do Open Finance que promete movimentar o mercado de pagamentos.
Com esse recurso, o usuário só precisa fazer a autenticação em seu dispositivo para que uma transferência aconteça prontamente.
Não é necessário nem abrir o aplicativo do banco.
Isso representa mais comodidade para o consumidor e, por outro lado, há oportunidades e desafios para o empreendedor.
Quando um recurso como esse é lançado, a empresa que não se adapta rapidamente corre o risco de perder clientes.
Vale lembrar que o Pix surgiu em 2021 e já conta com mais de 800 milhões de chaves cadastradas, segundo dados do Banco Central.
Ou seja, o brasileiro gosta de uma novidade, e quem não se atualiza fica para trás.
Por ser capaz de agilizar pagamentos, o Pix por biometria é muito aguardado em negócios presenciais e digitais.
Afinal, a experiência do cliente tem tudo a ver com uma cobrança rápida e sem fricções.
Isso sem contar com a segurança garantida por esse sistema que vamos apresentar com detalhes neste conteúdo.
Continue lendo para tirar suas dúvidas.
O que é Pix por biometria?
Pix por biometria é um recurso presente na jornada sem redirecionamento, iniciativa pensada para melhorar o uso do método de transferência instantânea.
A ideia é que o consumidor possa fazer um pagamento sem precisar abrir o aplicativo de seu banco.
Basta realizar o reconhecimento de sua identidade diretamente no sistema responsável por dar início à transação, e o valor é transferido.
Para isso, é preciso que o usuário forneça seu consentimento no Open Finance, o ambiente virtual que permite o compartilhamento de dados financeiros de consumidores.
Essa novidade já está em funcionamento, mas ainda em fase de testes e para um grupo restrito.
De acordo com a Resolução 406 do Banco Central, a jornada sem redirecionamento pode ser usada desde 14 de novembro de 2024 pelas instituições de pagamento, que, juntas, são responsáveis por 99% das transações financeiras realizadas no Open Finance.
Somente em janeiro de 2026 as demais instituições que fazem parte do arranjos de pagamentos do Pix poderão oferecer a solução.
Atualmente, a biometria pode ser usada para abrir o Pix, mas ainda é preciso acessar o app da instituição financeira para fazer isso.
Portanto, a ideia do novo recurso é eliminar essa etapa, agilizando a cobrança.
Continue lendo para entender esse funcionamento.
Como funciona o Pix por biometria?
O Pix por biometria funciona por meio de um iniciador de pagamento, ou seja, uma instituição autorizada pelo Banco Central a dar início a uma transação, usando o método de transferência.
Esse serviço já está disponível no ambiente do Open Finance.
Assim, os usuários que deram o devido consentimento podem acionar seu aplicativo bancário a partir de outro sistema.
Por exemplo, se a ferramenta de cobranças de um e-commerce conta com essa funcionalidade, o usuário pode dar o comando para abrir seu app bancário diretamente no checkout, a página de confirmação do pagamento.
Isso já acontece hoje.
A diferença no Pix por biometria é que o pagamento poderá ser feito sem precisar sequer abrir o aplicativo da instituição financeira.
Aí entra a biometria. Ela permite que o usuário faça a autenticação de uma maneira segura no sistema usado para realizar a cobrança.
Essa mudança significa muito para setores de vendas e pagamentos, como vamos comentar na sequência.
Impacto nos setores de e-commerce e serviços financeiros
O surgimento do Pix foi altamente positivo para o e-commerce.
Além de ser um método prático e seguro, representa um incentivo a mais para as compras à vista, o que é bom para o fluxo de caixa das empresas.
Não é à toa que muitas lojas oferecem descontos para quem paga dessa forma.
Ainda assim, sempre há espaço para melhorias.
Imagine um procedimento comum de vendas online: o usuário precisa capturar o QR Code ou usar o código Copia e Cola, um processo que leva certo tempo.
O iniciador de pagamento já agiliza essa experiência ao abrir o app do banco.
Porém, o Pix por biometria surge para otimizar ainda mais o processo, o que representa uma melhoria na experiência do cliente.
Com essa novidade, empresas com autorização para atuarem como iniciadoras de pagamento poderão ampliar seus menus de soluções, podendo realizar o processamento de uma transação financeira por Pix mesmo que a conta bancária usada esteja abrigada em outra instituição.
Como o Pix por biometria pode funcionar por meio de carteiras digitais, esse produto deverá atrair ainda mais usuários.
A lista de benefícios dessa novidade não para por aí, como vamos comentar na sequência.
Quais as vantagens do Pix por biometria?
O Pix por biometria pode representar uma mudança interessante nas relações de consumo ao diminuir as barreiras necessárias para concretizar uma transação.
Veja agora as vantagens desse avanço tanto para quem consome quanto para quem vende.
Vantagens para os consumidores
Os consumidores têm a ganhar com o uso do Pix por biometria devido às seguintes vantagens:
- Experiência de compra: não é necessário capturar QR Code ou usar o Copia e Cola, tornando a jornada de consumo mais agradável
- Facilidade: o usuário não precisa se lembrar de senhas ou PINs para fazer um pagamento
- Segurança: o reconhecimento de características únicas do usuário dificulta ao máximo a incidência de fraudes e golpes
- Controle: só é possível usar o recurso a partir do consentimento dado no Open Finance com uma data de validade definida, portanto, o usuário pode decidir se e quando irá aderir ao sistema
Vantagens para as empresas
Veja agora os benefícios dessa funcionalidade para negócios que fazem vendas aos consumidores finais:
- Maior conversão no e-commerce: os procedimentos para uma compra convencional por Pix podem levar ao abandono de carrinho caso o cliente tenha alguma dificuldade com o QR Code ou o Copia e Cola. Portanto, pular essas etapas pode melhorar as taxas de conversão
- Menos fraudes: também no varejo online, o Pix já é menos arriscado em comparação com o cartão de crédito por não ter risco de chargeback, e a biometria aumenta ainda mais essa segurança
- Eficiência no atendimento presencial: empresas que atuam no varejo físico podem usar o Pix por aproximação, ajudando a evitar a formação de grandes filas em estabelecimentos com alto fluxo de clientes
- Fidelização: a conveniência ao fazer um pagamento pode levar muitos consumidores a optarem por um estabelecimento que permita esse tipo de cobrança, fazendo com que eles voltem a consumir da mesma empresa.
Qual o papel do Pix por biometria na jornada sem redirecionamento?
O papel do Pix por biometria na jornada de redirecionamento é autenticar o usuário no sistema do iniciador de pagamento, que pode finalizar a transação mesmo sem abrir o aplicativo bancário.
Portanto, é uma ferramenta essencial para a segurança e a conveniência dos consumidores.
Como essa autenticação é feita sem a necessidade de inserir senhas, o usuário não precisa adotar nenhuma ação após abrir o app, já que a iniciação do pagamento já é realizada pelo sistema utilizado.
Pensando na lógica de uma venda online, várias etapas de uma cobrança acabam ficando desnecessárias, agilizando o processo de venda.
No varejo presencial, o recurso é igualmente decisivo, pois a transação pode ser iniciada e processada pela maquininha de cartão.
Assim, a única ação necessária acaba sendo o reconhecimento biométrico.
Com tantas facilidades, o Pix por biometria tem potencial para fazer um grande barulho no mercado.
Como o Pix por biometria vai impactar o mercado?
O impacto do Pix por biometria no mercado é proporcional à popularização do Open Finance, já que é necessário dar o consentimento para poder usar esse recurso.
Quanto mais pessoas concordarem com o compartilhamento de seus dados, mais popular será seu uso.
Segundo esta publicação do Banco Central, até outubro de 2024, o país tinha 54 milhões de consentimentos ativos no Open Finance, concedidos por 35 milhões de consumidores — já que uma pessoa pode fornecer mais de uma autorização.
Assim como a jornada sem redirecionamento, necessária para o Pix por biometria funcionar, muitos outros recursos ainda serão lançados, o que certamente ajudará a aumentar a adesão do compartilhamento de dados.
Vale lembrarmos que o público brasileiro, em geral, tem o perfil de early adopter, ou seja, costuma aderir rapidamente a inovações.
Tivemos uma amostra disso com o próprio Pix, que poucos anos após seu lançamento é o meio de pagamento mais usado no país.
Por isso, é bastante provável que o Pix por biometria caia no gosto da população e ajude a melhorar os resultados dos estabelecimentos que oferecerem a seus clientes essa possibilidade.
Aliás, proporcionar facilidade na cobrança é muito importante para o desempenho de qualquer negócio.
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