O PISP é uma novidade que promete dar ainda mais agilidade aos pagamentos por Pix em algumas situações e aperfeiçoando a maneira de se realizar uma compra pela internet. 

A solução faz com que o usuário acesse seu sistema de transferências diretamente na página da venda e promete ainda melhorar a experiência de pagamentos dentro de aplicativos, sejam de delivery, transporte ou até de troca de mensagens.

Se você quiser conhecer bem essa novidade, leia este artigo que preparamos para mostrar o que é PISP, como funciona e o principal: será que ele é seguro? Confira!

O que é PISP (Payment Initiation Service Provider)?

PISP é uma nova solução do Banco Central criado para facilitar pagamentos pela internet via Pix. O sistema autoriza instituições financeiras e outras empresas a darem início ao processo de pagamento, criando uma conexão com o banco do cliente.

Assim, é possível concretizar o pagamento via Pix sem precisar sair da página da venda para acessar o aplicativo do banco, seja para usar o QRCode ou o link do Pix Copia e Cola.

PISP é a sigla de Payment Initiation Service Provider – termo que pode ser traduzido para Provedor de Serviço de Iniciação de Pagamento. Por isso, também é conhecido como iniciador de pagamento.

Como funciona o PISP?

O PISP faz com que uma transação financeira tenha início sem que o usuário precise acessar o seu serviço financeiro. Ou seja, ele pode dar o comando para a transferência dentro da página de compra em uma loja virtual ou em um aplicativo de seu celular, seja para pedir uma entrega ou transferir um valor para alguém.

Para isso, a própria empresa de vendas – ou alguma solução de pagamentos que ela adotar – terá de ser credenciada pelo Banco Central como uma iniciadora de pagamentos.

É importante ressaltar que a iniciadora não terá acesso aos valores, servindo apenas como uma ponte para comunicação.

O nome do serviço é justamente por isso: ela só será responsável pelo começo do processo, redirecionando o usuário para o acesso ao seu serviço financeiro.

Empresas como credenciadoras, gateway de pagamento, e-commerces, marketplaces, fintechs e aplicativos de mensagem como o WhatsApp poderão pedir esse credenciamento. O principal critério para isso é ter um capital mínimo de R$ 1 milhão.

Exemplo de PISP na prática

Se o tópico anterior ficou muito complicado, vamos dar um exemplo mais prático para facilitar sua vida. Imagine alguém escolhendo um item à venda dentro de um e-commerce. 

Após clicar para fazer uma compra, a pessoa seleciona a opção de pagar por PISP. Então, aparecerá na tela uma caixa de diálogo pedindo consentimento para que a iniciadora acesse a conta bancária ou a carteira digital (ou o serviço financeiro usado para fazer um Pix).

Uma vez autorizada a operação, a pessoa é automaticamente redirecionada para o serviço financeiro, que deverá pedir uma confirmação da sua identidade. Após se identificar e autorizar a transação, a jornada de compra retorna novamente para o site de vendas, já com a confirmação da compra.

Qual é a relação entre PISP, Pix e Open Finance?

O PISP foi criado justamente para facilitar o pagamento por Pix em algumas situações. 

Embora seja muito prática, a nova forma de pagamento ainda demanda que o usuário precise sair da tela do navegador onde faz a compra para abrir o aplicativo que usa para fazer o pagamento. Muitas vezes, era preciso até mesmo pegar outro dispositivo – o celular, se a compra fosse pelo computador.

Portanto, você já sabe que o PISP está diretamente relacionado com o Pix. O que você talvez ainda saiba é que o PISP só existe graças ao Open Finance.

Esse conceito significa a abertura do sistema financeiro para o compartilhamento de dados financeiros dos clientes, com o devido consentimento. Isso porque é justamente esse compartilhamento que vai permitir que a iniciadora de pagamentos possa se conectar ao sistema do banco ou carteira digital usado no Pix.

É por isso que o PISP foi previsto na terceira fase do Open Finance – quando o nome ainda era open banking, pois o sistema ainda se limitava ao compartilhamento entre bancos e fintechs. Hoje, a plataforma é implementada com objetivo de permitir o compartilhamento de dados de operações de câmbio, investimentos, seguros, previdência complementar aberta e contas-salário.

Portanto, o PISP é apenas uma entre várias vantagens desse novo conceito.

Quais as vantagens de usar o PISP?

O uso do PISP será vantajoso tanto para os consumidores quanto para as empresas – principalmente as com foco em vendas online. Vamos listar a partir de agora os benefícios do sistema para os dois lados.

Vantagens para clientes

  • Menos tempo e procedimentos necessários para concluir a etapa de pagamento
  • Possibilidade de usar Pix para compras online, reduzindo a dependência dos cartões
  • Aumento na segurança dos pagamentos em compras pela internet.

Vantagens para empresas

  • Maior taxa de conversão e menos abandono de carrinhos, graças ao checkout transparente
  • Economia com custos operacionais, já que as taxas do Pix são mais baixas em relação às de cartões e outros meios de pagamento
  • Potencial para alcançar consumidores que não têm cartão de crédito ou débito.

O PISP é seguro?

Assim como o Pix, o Open Finance é totalmente supervisionado pelo Banco Central. E, como o PISP vai funcionar dentro do novo ambiente, podemos dizer que usar uma iniciadora de pagamentos é tão seguro quanto outras formas de Pix.

Apenas as instituições autorizadas pelo Banco Central poderão acessar os dados, desde que tenham consentimento dos usuários com a devida autenticação e confirmação de identidade. Podemos afirmar, então, que o consumidor terá total autonomia para decidir quais instituições terão acesso aos seus dados, e quando e em que circunstâncias isso vai ocorrer.

Cabe ressaltar que, além do PISP, existem muitas outras formas de pagamento. E, para qualquer tipo de negócio, oferecer a maior diversidade possível ajuda nos resultados. Se você quiser saber mais sobre o assunto, baixe o e-book de estratégias de pagamentos da Vindi.

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