A Educação 4.0 promete transformar o conhecimento e habilitar alunos a atuarem em uma sociedade que tem sofrido muitas mudanças ao longo dos anos.
A ideia central do conceito é tornar o ensino cada vez mais personalizado, capaz de oferecer ao jovem tudo o que for necessário para que ele possa exercer as profissões do futuro.
Como essas práticas já estão sendo implementadas, as escolas que não modernizarem o seu ensino correm o risco de ficar para trás, perdendo espaço para instituições mais antenadas sobre as novas tendências.
Basta entender que os estudantes e seus pais dificilmente optariam por uma instituição defasada em relação à concorrência.
Por sua vez, as escolas que contam com os métodos de ensino modernos despertam mais interesse de crianças e adolescentes nos estudos.
Assim, seus alunos têm mais chances de conseguir bons resultados em exames como o Enem e os vestibulares, o que ajuda a atrair ainda mais estudantes.
Continue lendo para entender melhor a Educação 4.0, seus impactos, desafios e oportunidades.
O que é Educação 4.0?
Educação 4.0 é um modelo de ensino que integra tecnologias digitais e práticas inovadoras para preparar os alunos para a era digital.
O termo está relacionado ao conceito da Indústria 4.0, também chamada de Quarta Revolução Industrial. Ou seja, a evolução da tecnologia e seu impacto em nosso dia a dia.
Quando falamos em Indústria 4.0, seus principais conceitos envolvem a aplicação da tecnologia por meio de indústrias automatizadas, internet das coisas, inteligência artificial, coleta e análise de dados, entre outros.
Nessa nova era guiada pela automação e pelo digital, se torna essencial que as escolas e universidades sejam capazes de preparar seus alunos para o novo mundo.
Focando, assim, em um aprendizado para novas profissões e deixando de lado aqueles postos que devem se tornar obsoletos em breve.
A Educação 4.0 prioriza habilidades como criatividade, resolução de problemas e colaboração, usando inteligência artificial, realidade aumentada e aprendizado personalizado para envolver e capacitar os alunos de forma ativa e adaptável.
Além disso, há ênfase ao learning by doing.
Isso significa que os alunos devem aprender na prática e não apenas na teoria. O ambiente escolar se torna mais colaborativo e dinâmico.
Como funciona a Educação 4.0? Conheça os principais conceitos
A Educação 4.0 não significa apenas oferecer computadores, tablets e equipamentos tecnológicos de última geração.
Na verdade, ela demanda uma mudança na abordagem do ensino, com o professor assumindo o papel de orientador e incentivador para as descobertas de cada aluno.
Também se torna essencial desenvolver estudantes com a habilidade de aprendizagem autônoma, capazes de acompanhar as rápidas inovações para não ficarem para trás no mercado de trabalho.
Além disso, o ambiente escolar também deve se adaptar à Educação 4.0.
Com isso, o tradicional modelo de salas de aula com lousa e carteiras separadas dão espaço a áreas mais colaborativas, que permitem a interação e experimentação.
O aprendizado pode acontecer por meio de aplicativos, jogos e softwares.
Para alunos de maior faixa etária, o material pode ser oferecido online e o momento em sala de aula passa a ser usado para discussão e exercícios práticos.
Porém, não basta apenas mudar os instrumentos usados no ensino sem colocar os alunos em um papel ativo, abordando os próprios interesses dos alunos no processo de abordagem.
Para isso, as instituições de ensino devem seguir quatro pilares, conforme explica esta pesquisa de pós-graduação em Computação Aplicada à Educação da Universidade de São Paulo (USP).
Conheça agora cada um deles.
Modelo sistêmico e criação de estratégias
Para aderir à Educação 4.0, a primeira medida a ser tomada é analisar o contexto atual da escola em si e também das instituições de ensino em geral.
Vários itens devem ser levados em consideração, como a formação continuada dos professores, a estrutura das instituições e as metodologias aplicadas.
A partir das informações obtidas, a instituição estabelece as estratégias que vai adotar para modernizar seus processos.
Mudança do senso comum
As escolas precisam de referências teóricas para abandonar os processos convencionais de ensino.
Para aderir a esse pilar, é importante buscar informações de pesquisas em campos como a pedagogia e a psicologia, para se atualizar sobre os métodos mais modernos.
A ideia é dar uma base mais sólida para os novos processos de aprendizagem.
Engenharia e gestão do conhecimento
Ao longo das aulas, os professores devem observar os alunos e avaliar suas competências, habilidades e necessidades para promover um ensino sob medida conforme essas características.
Se um estudante apresentar alguma dificuldade em determinada área do ensino, o professor deve dar a ele o apoio necessário para contornar o obstáculo.
Cibercultura
Esse pilar diz respeito à modernização dos ambientes de ensino para que o professor possa usar ferramentas tecnológicas que tornem o ensino mais prático.
Não é a simples utilização da tecnologia, mas sim uma adaptação do aprendizado para que o aluno passe a ter habilidades mais apropriadas ao mundo contemporâneo.
Para isso, é preciso que o ambiente de ensino tenha a estrutura necessária, com o uso de equipamentos na própria escola e também sistemas de Ensino à Distância (EaD).
A Educação 4.0 já está na Base Nacional Curricular Comum?
Os princípios da Educação 4.0 estão listados na Base Nacional Curricular Comum (BNCC), um documento publicado pelo governo federal para determinar as aprendizagens essenciais nas escolas.
O objetivo é que os alunos desenvolvam ao longo de sua trajetória escolar 10 competências gerais conectadas ao conceito.
Confira abaixo.
Competências gerais da Educação Básica
De acordo com o BNCC, as 10 competências gerais que um aluno precisa desenvolver na educação básica são as seguintes:
- Conhecimento e colaboração: explorar a realidade dos mundos físico, cultural e digital, para seguir aprendendo e colaborando com a sociedade
- Pensamento científico e criativo: exercitar a curiosidade intelectual para resolver situações usando o método científico, investigando e criando hipóteses com base nos conhecimentos adquiridos
- Cultura: valorizar as manifestações culturais, sejam locais ou internacionais, apreciando e participando de forma ativa
- Comunicação: se expressar de várias maneiras diferentes, seja falando, escrevendo, por sinais e linguagem corporal, para compartilhar informações, ideias, experiências e sentimentos em diferentes contextos
- Tecnologias digitais: entender e usar ferramentas modernas de informação e comunicação de maneira crítica, significativa, reflexiva e ética nas práticas sociais e na atividade escolar
- Projeto de vida: valorizar a diversidade do conhecimento adquirido para entender as relações de trabalho e fazer suas escolhas para o futuro com autonomia, consciência crítica e responsabilidade
- Argumentação sólida: debater apresentando informações confiáveis, defendendo ideias e pontos de vista e tomando decisões que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável
- Autoconhecimento e autocuidado: cuidar de sua saúde física e mental, reconhecendo suas emoções e as dos outros com autocrítica e capacidade para lidar com elas
- Empatia e cooperação: exercitar a capacidade de atuar em conjunto com outras pessoas, acolhendo e valorizando a diversidade de características dentro de grupos sociais
- Responsabilidade e cidadania: agir de forma pessoal e coletiva com autonomia e capacidade de se adaptar a diferentes cenários, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
Qual a relação entre a pandemia e a Educação 4.0?
A pandemia de covid-19 tem uma relação com a Educação 4.0, pois apressou o processo de digitalização do ensino.
Como os alunos não podiam ir à aula, muitas instituições começaram a usar ferramentas de educação à distância para seguir com suas atividades curriculares.
As aulas passaram a ser aplicadas em ambientes virtuais, por meio de aplicativos de EaD como Zoom e Google Meet.
Além disso, os professores usaram programas de computador para encaminhar materiais didáticos e aplicar testes e provas.
Foi uma mudança repentina, que fez com que os estudantes precisassem aprender a se adaptar.
Mesmo com o retorno das atividades presenciais, o uso dessas ferramentas digitais passou a fazer parte da rotina de muitas escolas.
Os alunos já sabiam usar essas plataformas, que agora servem mais como um apoio ao ensino presencial, exatamente de acordo com o conceito da Educação 4.0.
Quais os principais desafios da Educação 4.0?
A implantação da Educação 4.0 é necessária para acompanhar as tendências da Indústria 4.0.
Porém, ela apresenta desafios, tanto para quem leciona quanto para quem gerencia uma escola.
É preciso que os educadores passem a se ver como orientadores e dominem as novas tecnologias, enquanto os gestores das instituições de ensino devem garantir a estrutura necessária para isso.
Confira uma lista com os principais desafios que o conceito representa.
Para professores
Para se adequarem à Educação 4.0, os professores precisam enfrentar os seguintes desafios:
- Capacitação: os professores precisam estar preparados, dominar o conceito e se adaptar à tecnologia, que pode exigir uma preparação mais detalhada das aulas e dos exames
- Personalização: um dos pilares da Educação 4.0 se refere ao acompanhamento de cada aluno para um ensino mais voltado às suas características, tornando esse processo desafiador — principalmente em turmas numerosas
- Incentivo: o professor precisa despertar o interesse dos alunos a participarem das atividades curriculares, o que pode ser ainda mais difícil em aulas online.
- Múltiplas habilidades: em vez de apenas apresentar conteúdos, o docente precisa elaborar atividades e projetos para incentivar a prática da autonomia, a solução de problemas, competências socioemocionais e outros atributos.
Para gestores
Gerenciar uma instituição de ensino também reserva seus desafios:
- Infraestrutura: todas as escolas devem estar equipadas com internet de alta velocidade e ferramentas tecnológicas necessárias para modernizar o ensino
- Administração: é preciso implantar softwares de gestão que permitem a coleta de dados das aulas, além de facilitar a comunicação com os pais com sistemas como matrícula e rematrícula online e cobrança automatizada das mensalidades
- Avaliação: a escola deve estabelecer diferentes maneiras de testar e avaliar o conhecimento adquirido pelos estudantes, pois o modelo de notas deve dar espaço a uma avaliação mais focada no desenvolvimento pessoal
- Integração entre disciplinas: o gestor precisa garantir um ensino que englobe diferentes áreas do conhecimento em conjunto, coordenando as disciplinas para atuarem em conjunto na formação do aluno.
Várias práticas podem ajudar a superar esses desafios, como vamos mostrar na sequência do artigo.
10 dicas para implementar a Educação 4.0 na sua escola
A aplicação do conceito Educação 4.0 em uma instituição de ensino depende de ações diferentes, pois é preciso quebrar os paradigmas do ensino tradicional.
Para que o aluno possa alcançar as competências gerais listadas na BNCC, é preciso alterar vários aspectos da aplicação das aulas.
São etapas bem distintas, que vão desde o uso da tecnologia ao ensino sobre autoconhecimento e inteligência emocional.
Para facilitar essa adaptação, preparamos uma lista com 10 dicas para modernizar o ensino em sua instituição.
Confira agora.
1. Prepare a estrutura de ensino
A escola que planeja aderir à Educação 4.0 precisa contar com uma estrutura necessária para garantir um ensino mais abrangente.
Por isso, não basta ter apenas uma sala de aula com lousa e giz.
Invista em equipamentos que ajudem a preparar os alunos para um contexto onde a tecnologia é essencial para desempenhar diversas funções, como computadores e tablets.
Também é preciso disponibilizar salas e laboratórios equipados que possam receber diferentes turmas.
Dentro do contexto de transformação digital na educação, disciplinas como robótica e impressão 3D exigem peças e instrumentos específicos.
Portanto, confira tudo o que for necessário para contemplar as disciplinas presentes nesse conceito.
Também é preciso contar com uma infraestrutura para aulas à distância, com aplicativos de ensino e espaços virtuais para que os alunos possam acessar os materiais didáticos de casa.
2. Use o ensino híbrido como um aliado
O ensino híbrido entre presencial e virtual já é bastante usado por instituições de ensino, seja para fornecer cursos ou como um apoio para as aulas.
Por isso, não há como pensar em deixar de utilizar esse recurso.
Mesmo que priorize as atividades presenciais, sua escola pode realizar aulas de reforço à distância, por exemplo.
Além disso, a tecnologia permite manter o funcionamento mesmo se houver algum empecilho para a presença dos alunos, como um dia muito chuvoso em sua cidade.
A tecnologia também ajuda a aproximar os alunos das atividades escolares.
Muitas instituições de ensino usam a plataforma Moodle, um software livre que disponibiliza uma estrutura completa de ensino à distância.
Por meio desse sistema, o aluno pode fazer o download de materiais didáticos e entregar tarefas.
3. Treine os professores e colaboradores
Toda a equipe escolar precisa estar preparada para a Educação 4.0, o que inclui professores, membros da equipe pedagógica e todos os funcionários que têm contato com os estudantes.
A grande mudança para o corpo docente é o formato do ensino, pois é preciso estimular a autonomia e a curiosidade dos alunos.
Portanto, o monólogo em que o professor apenas explica o conteúdo deve dar lugar a uma aula mais próxima de um diálogo.
Os professores também precisam estar por dentro de metodologias de ensino modernas, como a aprendizagem baseada em projetos e a gamificação, além de avaliar os alunos de uma maneira mais prática do que aplicando provas.
Também é necessário preparar todos os colaboradores, para que possam dar apoio a professores, alunos e pais no uso de ferramentas tecnológicas e exercitar a empatia e a paciência para lidar com a rotina na instituição.
4. Introduza a cultura maker
Cultura maker é um termo usado para descrever uma mudança de atitude na educação, em que o aluno aprende a desenvolver projetos com autonomia.
Em vez de apenas ouvir explicações e fazer anotações, o aluno precisa ser desafiado a buscar soluções por si só.
Nesse contexto, o professor deve ser um facilitador que, em vez de entregar um projeto pronto, auxilia o estudante a usar as ferramentas que tem à sua disposição.
A adesão à cultura maker pode começar já nas primeiras etapas do ensino fundamental.
As crianças podem ser estimuladas a transformar sucata em brinquedos ou criar novos jogos, por exemplo.
Ao longo do desenvolvimento dos alunos, a escola pode aplicar essa técnica em diferentes áreas do conhecimento e da cultura.
Desde o aprendizado de música e arte até a robótica e o desenvolvimento de softwares, a cultura maker é uma forma de ensinar o aluno a ser protagonista de suas ações.
5. Trabalhe projetos que solucionam problemas reais
Um dos focos da Educação 4.0 é encurtar a distância que existe entre o aprendizado nas escolas e a vida prática que o aluno vai enfrentar em seu dia a dia.
Para isso, é importante aplicar o ensino à resolução de problemas reais.
Em uma aula de matemática, é possível demonstrar como fazer para calcular impostos ou gerenciar as finanças de uma empresa, por exemplo.
Já o professor de física ou química pode ensinar o aluno como a ciência pode ajudar em ações como poupar energia elétrica, filtrar a água ou até cozinhar, no processo de fermentação de pães e iogurtes.
Esse conceito pode ser aplicado também com disciplinas das Ciências Humanas, em que os alunos podem trabalhar a escrita em projetos de redação e a argumentação em debates sobre temas variados.
6. Integre as disciplinas para o aprendizado e aplicação de forma prática
É possível aplicar conhecimentos de diferentes áreas em situações cotidianas, tornando o aprendizado mais amplo.
Para isso, é preciso que professores de diferentes disciplinas atuem de forma integrada, sob a coordenação de um integrante da direção da escola.
Um exemplo dessa integração poderia ser a elaboração de um micro empreendimento sustentável com a participação das seguintes disciplinas:
- Matemática: planejamento dos custos, projeções financeiras e precificação
- Ciências Sociais: análise do impacto social da atividade na comunidade
- Artes: desenvolvimento de identidade visual e criação de rótulos e embalagens
- Português: redação de materiais de divulgação
- Biologia: escolha de materiais biodegradáveis e técnicas de compostagem
- Tecnologia: criação de uma loja virtual
- História: pesquisa sobre o desenvolvimento de negócios sustentáveis na sociedade.
7. Faça perguntas ao invés de apenas entregar o conhecimento
O aluno no contexto da Educação 4.0 deve aprender a buscar as respostas que precisa por si só, para que o aprendizado funcione de uma maneira mais sólida.
Quando o professor apenas entrega um conteúdo, o aluno pode memorizar a informação obtida até a hora de responder em uma prova.
Depois que termina o ano letivo, uma boa parte desse conhecimento pode se perder.
Por outro lado, quando o estudante vai atrás das respostas, o processo de descoberta desperta seu interesse pelo assunto e faz com que ele tenha uma compreensão maior do conteúdo.
Por isso, é importante estimular os estudantes a adquirirem conhecimento a partir de seu raciocínio próprio e por meio de testes, pesquisas e análises.
8. Desenvolva habilidades socioemocionais
Muita gente associa a Educação 4.0 ao uso de tecnologias, o que faz muito sentido devido ao alto impacto das ferramentas disponíveis hoje no ensino.
Porém, precisamos lembrar que as habilidades sociais e emocionais estão entre as competências gerais listadas na BNCC, que já apresentamos neste artigo.
Afinal, de nada adianta entregar para o mercado de trabalho um jovem com amplo conhecimento em várias áreas, mas sem a capacidade de trabalhar em conjunto com outras pessoas devido à falta desses atributos.
Por isso, a escola também deve ser o lugar para preparar as pessoas para buscarem o autoconhecimento, para que cada pessoa conheça suas qualidades e defeitos.
Além disso, também é essencial ensinar a agir com respeito ao próximo e às normas vigentes da sociedade.
Atividades como a simulação de gerenciamento de conflitos em grupo devem ser realizadas com a supervisão e orientação de um professor qualificado.
9. Incentive o empreendedorismo
A escola também deve ser um lugar onde os jovens aprendam e sejam estimulados a criarem seus próprios negócios, buscando sempre um diferencial para se destacarem.
Os alunos devem aprender a lidar com riscos do empreendedorismo, tomar decisões sob pressão, resolver problemas e enfrentar desafios.
A educação sobre gestão financeira também é essencial para quem busca empreender, portanto, é preciso incluir atividades práticas sobre isso.
Também é importante ter no currículo o aprendizado sobre ferramentas que auxiliam na administração de um negócio, como o Business Model Canvas para o planejamento, o ERP para o gerenciamento e a plataforma de pagamentos para as cobranças.
10. Promova atividades em equipes multidisciplinares
Uma das principais atividades de uma escola na formação de alunos atualmente é a composição de uma equipe multidisciplinar de professores para determinadas atividades.
A partir de um planejamento coordenado pela diretoria, esses profissionais podem mostrar aos alunos como diferentes campos do conhecimento se comunicam entre si.
Essa iniciativa é uma forma de preparar para o mercado de trabalho, onde é comum vermos equipes multidisciplinares atuando juntas para solucionar diversos tipos de problemas.
Esses projetos exigem que o aluno tenha um pensamento crítico e saiba analisar diversos fatores, portanto, são mais desafiadores do que testes limitados a apenas uma disciplina.
Como será o futuro do ensino superior na era da Educação 4.0?
O grande foco da Educação 4.0 é preparar estudantes para um mercado de trabalho cada vez mais diferente do tradicional.
Então, é natural que o conceito também influencie no ensino superior.
Afinal, os alunos das faculdades também precisam ter uma preparação fortalecida.
Por isso, a tendência é que os cursos de graduação e pós-graduação estimulem cada vez mais os acadêmicos a assumirem o protagonismo das atividades ao resolver as atividades propostas por conta própria.
Essa é a ideia da metodologia de ensino da sala de aula invertida, em que o estudante aprende o conteúdo em casa, por meio das leituras e conteúdos em vídeo indicados.
A partir desse conhecimento adquirido, o aluno aplica o aprendizado obtido de uma forma prática.
Nesse contexto, o professor deixa de ser o condutor da aula para se tornar um mediador, que estará presente para solucionar dúvidas e dar sugestões.
Além disso, muitas universidades têm adotado os formatos de EaD ou híbrido, com a distribuição de conteúdo e até a aplicação de provas feitas de forma remota.
Esta também é uma tendência que ajuda a fortalecer a ideia de que o estudante seja responsável pelo seu próprio aprendizado, embora conte com o apoio dos profissionais docentes.
3 exemplos de EdTechs com foco em Educação 4.0
As EdTechs são empresas focadas em fornecer recursos tecnológicos para instituições de ensino que buscam modernizar seus processos educacionais.
Por meio desses negócios, escolas e faculdades conseguem aplicar muitos dos métodos inovadores que apresentamos neste conteúdo, como gamificação e disponibilização de conteúdo online.
O uso desse tipo de ferramenta é o caminho mais curto para a adaptação ao conceito da Educação 4.0, pois dispensa a necessidade de implementar uma solução própria.
Veja agora três exemplos de EdTechs que podem ajudar na modernização do ensino:
Geekie
A Geekie é uma plataforma que usa tecnologias como inteligência artificial e análise de dados para desenvolver soluções adequadas para as diferentes etapas do ensino.
A ideia é entregar um ensino personalizado, que busca tornar o aluno protagonista de seu próprio aprendizado, exatamente de acordo com as competências citadas pela BNCC.
Além de desenvolver materiais didáticos voltados a despertar o interesse dos alunos, a plataforma também disponibiliza aos professores relatórios de desempenho para acompanhar o andamento de cada um.
MindLab
A empresa desenvolveu o Programa Mente Inovadora, uma metodologia de ensino com base em jogos de raciocínio que ajudam a melhorar o aproveitamento dos estudantes em diversas disciplinas.
Os professores recebem materiais informativos e podem ser treinados em cursos complementares para aplicar esses jogos nas turmas.
Segundo a empresa, o método tem resultados comprovados na melhora das habilidades cognitivas, emocionais e éticas dos estudantes.
Arco Educação
Este é outro exemplo de EdTech que usa ferramentas desenvolvidas para personalizar o ensino.
A empresa conta com soluções voltadas aos professores e à equipe pedagógica, com objetivo de dar um apoio no planejamento das estratégias educacionais para todos os níveis da educação.
Mais de 8 mil instituições usam essas soluções, o que soma aproximadamente 3 milhões de estudantes.
Esses três exemplos de plataformas podem ajudar a aproximar as escolas dos conceitos estabelecidos na ideia da Educação 4.0.
Se você busca modernizar sua instituição de ensino, também é preciso investir em uma solução para cobrar as mensalidades com eficiência.
Com a Vindi, você pode automatizar as cobranças por diversas formas de pagamento, criar planos e gerenciar os pagamentos de ponta a ponta.