Redação Vindi 
As EdTechs estão revolucionando o mercado da educação com soluções inovadoras para instituições, alunos e professores.
Estamos falando de startups que têm como missão inovar a experiência de ensino e aprendizagem por meio da tecnologia.
Afinal, o mundo digital tem muito a oferecer em termos de personalização, flexibilidade e engajamento.
Neste artigo, vamos entender o que são as EdTechs, como anda esse mercado e quais vantagens essas empresas trazem para a educação.
Continue lendo e fique por dentro da tendência.
O que é edtech?
Edtech é um tipo de startup que desenvolve soluções tecnológicas para o mercado de educação com o objetivo de inovar as práticas de ensino e aprendizagem.
A palavra é uma junção de education (educação) e technology (tecnologia).
São empresas da economia criativa que oferecem plataformas LMS (Learning Management System ou Sistema de Gestão de Aprendizagem), soluções de ensino gamificadas, bibliotecas digitais, aplicativos de microlearning, simuladores e muito mais.
Além disso, as EdTechs também trabalham com sistemas de gestão pedagógica e softwares pensados para o controle financeiro e administrativo de instituições.
Esses negócios surgiram da necessidade de reinventar o mercado educacional em todos os níveis – ensino básico, graduação, pós-graduação, especialização, educação corporativa, etc.
Com a tecnologia, é possível promover uma aprendizagem mais dinâmica, utilizando recursos como e-learning, gamificação, inteligência artificial, mobile learning, realidade aumentada, entre outras tendências.
Dessa forma, as EdTechs vêm revolucionando a forma de ensinar e aprender em cursos, escolas, universidades e empresas, tendo como base a eficiência e flexibilidade que a tecnologia proporciona.
Como funcionam as EdTechs?
Basicamente, uma edtech usa soluções tecnológicas para fazer com que o processo de aprendizado vá além da figura do professor na sala de aula.
Como vimos acima, essas soluções podem ser voltadas para todos os níveis educacionais, do ensino básico à pós-graduação, sem contar outros tipos de cursos.
Portanto, o funcionamento desses sistemas varia de acordo com as características do conteúdo ensinado, do aluno e da tecnologia a ser usada.
Por exemplo, há EdTechs voltadas para o ensino de crianças e pré-adolescentes, com recursos que facilitam o aprendizado das disciplinas básicas.
Por isso, funcionam de forma complementar às aulas.
Uma delas é a Classcraft, que usa conceitos de RPG para gamificar o aprendizado.
Outras são voltadas ao ensino de outros campos.
Uma das mais famosas é o Duolingo, que usa jogos para ensinar idiomas e explora a tecnologia de reconhecimento de voz para a prática da pronúncia.
Já o Quizlet tem um sistema diferente, criando cartões digitais com conteúdos apresentados de várias formas, como perguntas e respostas, jogos de vocabulário e outras atividades.
Portanto, não existe um modelo específico de funcionamento, já que a criatividade no uso da tecnologia para o ensino é um requisito para um negócio desse modelo dar certo.
Ainda neste conteúdo, você vai conhecer melhor alguns exemplos de EdTechs e ter uma ideia da diversidade que existe nesse setor.
Panorama edtech no Brasil
Segundo o Mapeamento de Edtechs de 2022, realizado pela Abstartups, existem cerca de 813 startups desse segmento no Brasil.
O número representa um aumento de 44% em relação às 566 observadas em 2021.
Desse total, 42% oferecem uma solução SaaS (Software as a Service ou software como serviço), cobrando assinaturas pelo acesso às plataformas e aos aplicativos.
Em geral, os produtos e serviços oferecidos são:
- Plataformas (52%)
- Conteúdos (29%)
- Ferramentas (17%)
- Hardware (2%).
E tudo indica que o setor vai muito bem, pois 50% das EdTechs relataram aumento no faturamento em 2022 e 23% mantiveram os resultados de 2021.
A pesquisa aponta também que 40% das startups do segmento receberam investimentos, enquanto apenas 11% estão em fase de captação.
A média captada gira em torno de R$ 1,31 milhão.
Além disso, dados da KPMG publicados na Forbes em setembro de 2022 apontam a EdTechs Sambatech e Tera entre as 21 “emerging giants” brasileiras.
Ou seja, são startups que se destacam em sua categoria e participam de rodadas de investimentos relevantes.
A proporção de 9,5% do total é maior que os 5,7% registrados no início do mesmo ano.
Logo, esse é um excelente momento para as EdTechs no país, que hoje já comercializam suas soluções para instituições públicas e privadas.
Quais as inovações de uma edtech no modelo pedagógico?
O mercado de EdTechs propõe uma transformação profunda no modelo pedagógico utilizado nas instituições.
Com a tecnologia, é possível transpor barreiras e chegar a um maior nível de personalização da aprendizagem.
Considerando que cada pessoa tem um ritmo próprio de absorção de conteúdos, as soluções das EdTechs conseguem criar ambientes onde o ensino é individualizado e os professores podem acompanhar o desempenho dos alunos de forma mais estratégica.
Além disso, a tecnologia também democratiza o acesso à educação, uma vez que não há mais fronteiras físicas e a linguagem pode ser adaptada a todos.
Por fim, as inovações das EdTechs favorecem a ideia de “lifelong learning”, que posiciona a aprendizagem como uma atividade contínua na vida do ser humano, em vez de estar limitada a cursos formais e alguns períodos específicos de formação.
Benefícios do modelo edtech
São muitos os benefícios que as EdTechs proporcionam para o mercado da educação.
Confira os principais:
Personalização
Como já mencionamos, a personalização da aprendizagem é um dos grandes méritos das soluções oferecidas pelas EdTechs.
Com um sistema de ensino virtual, por exemplo, é possível criar fluxos de conteúdo e jornadas de aprendizagem adaptadas ao ritmo de cada aluno.
Além disso, o estudante tem autonomia para controlar sua produtividade e estudar da maneira que for mais fácil para ele.
Flexibilidade
A tecnologia aplicada à educação também torna o ensino muito mais flexível para alunos e professores.
Para começar, acaba com a dependência de espaços físicos e do modelo tradicional de sala de aula.
Com o e-learning e mobile learning, o aluno pode aprender a qualquer hora e em qualquer lugar, tendo acesso instantâneo a conteúdos e atividades com um toque no celular.
Além disso, é possível criar programas de ensino mais flexíveis, que respeitam o ritmo de cada aluno.
Engajamento
O engajamento faz toda a diferença para os alunos e é um dos pontos-chave das soluções de EdTechs.
Basicamente, a tecnologia tem o poder de motivar os estudantes, tornando o acesso ao conhecimento mais dinâmico e divertido.
Um exemplo é a gamificação, que aplica mecânicas de jogos a conteúdos educacionais, fazendo com que os alunos se engajem em missões e busquem recompensas nas plataformas e aplicativos.
Interatividade
A tecnologia das EdTechs também proporciona aulas mais interativas, em que estudantes e professores podem se comunicar ativamente.
Esse ponto vem ganhando força com simuladores de realidade aumentada (RA) e realidade virtual (RV), que misturam o mundo físico com o mundo digital para oferecer conteúdos engajantes.
Um exemplo são os simuladores utilizados em cursos de Medicina e Engenharia, que criam uma experiência única de aplicação prática para os alunos.
Como as EdTechs revolucionam modelos de negócio
As EdTechs possibilitaram a criação de novos modelos de negócio que combinam soluções educacionais a recursos tecnológicos.
Um exemplo clássico é o SaaS, uma vez que diversas startups utilizam esse modelo para comercializar softwares na nuvem, sem a necessidade de instalação local.
Outro modelo de negócio de sucesso no segmento é o dos cursos online, que vem crescendo continuamente.
Aqui na Vindi, temos clientes como a escola de negócios Conquer, que oferece formações 100% online, com direito a aulas ao vivo.
Além disso, a recorrência também tem sido aplicada com sucesso no mercado de EdTechs.
Um bom exemplo é o hub de conteúdo em inovação Oxygen, que oferece planos de conteúdo por assinatura que incluem aulas, webinars, masterclasses, encontros e outros materiais sob demanda.
Qual a relação entre a Educação 4.0 e as EdTechs?
A Educação 4.0 é um dos pilares das Edtechs no Brasil, porque diz respeito à evolução da tecnologia e aos impactos desse avanço no dia a dia da sociedade.
Basicamente, o conceito está ligado à Quarta Revolução Industrial, onde além de toda a inovação tecnológica, também vemos a necessidade de aprendizado prático, muito além da teoria.
Na Educação 4.0, os padrões engessados do ensino tradicional dão lugar a métodos de aprendizagem altamente envolventes, que convidam os alunos a interagirem durante as aulas, em vez de absorverem o que é dito passivamente.
Além disso, esse novo contexto educacional tem forte presença dos meios digitais e de tendências como metaverso (ambiente virtual imersivo e hiper-realista) e machine learning (aprendizado de máquina).
Como migrar da educação tradicional para edtech
Para migrar da educação tradicional para o modelo edtech, é preciso seguir alguns passos importantes.
Confira:
Entenda a expectativa dos alunos
O primeiro passo para adotar a tecnologia na educação é entender quais são as expectativas e necessidades dos seus alunos.
Afinal, o foco no cliente é parte essencial de qualquer estratégia de digitalização.
O ideal é fazer uma pesquisa para entender quais métodos e ferramentas podem melhorar a experiência de aprendizagem.
Prepare sua estrutura e método
Antes de adotar qualquer solução tecnológica, sua instituição precisa de uma estrutura eficiente e um método flexível.
Alguns pontos que merecem atenção são a estrutura tecnológica necessária, incluindo servidores, banda larga, computadores e dispositivos móveis, e a adaptação do método às ferramentas.
Lembrando que toda metodologia de ensino deve seguir normas e diretrizes do Ministério da Educação (MEC), ainda que seja inovadora.
Escolha a tecnologia certa
De nada adianta adotar uma tecnologia educacional apenas porque é uma tendência.
Para ter sucesso com EdTechs, você precisa escolher uma solução adequada à realidade da sua instituição e realmente agregue valor à experiência do estudante.
Por exemplo, se a instituição ainda não tem um bom ambiente virtual de aprendizagem (AVA), não faz sentido buscar soluções mais avançadas como apps gamificados e realidade virtual.
Treine os professores
Os professores precisam ser treinados e capacitados para dominar as ferramentas desenvolvidas pelas EdTechs.
Somente dessa forma, saberão aproveitar ao máximo os recursos oferecidos e transmitir as possibilidades aos alunos.
Exemplos de EdTechs
Além das EdTechs que já mencionamos nos tópicos anteriores, algumas empresas vêm se destacando no cenário mundial, inclusive atingindo o mercado brasileiro.
Vamos conhecer esses negócios?
Exemplos de EdTechs mundiais
Há várias EdTechs pelo mundo, e muitas delas têm versões em português.
Confira abaixo algumas das principais.
Coursera
Essa plataforma de aprendizado fundada nos Estados Unidos é uma das maiores do mundo.
A Coursera faz parcerias com universidades, professores e produtores de conteúdos para pensar em soluções educacionais para os mais diferentes públicos.
CodeMonkey
Fundada pelo israelense Jonathan Schor, a CodeMonkey é uma iniciativa voltada a crianças, mas com foco em programação.
Além disso, o principal curso da plataforma é o CodeAdventure, que propõe uma jornada de desenvolvimento das funções cognitivas para os pequenos, além de desenvolver o pensamento matemático.
Khan Academy
A Khan Academy tem uma característica única: não tem fins lucrativos, portanto não pode ser considerada uma startup.
Ainda assim, é considerada uma importante edtech por atuar no ensino de diversas disciplinas.
A maioria delas é voltada ao ensino básico, mas também há temas complexos como computação, matemática avançada e formação de educadores.
Além das aulas em vídeo, a plataforma conta com recursos como exercícios interativos e tutoriais de prática, e o aluno pode monitorar seu progresso.
Maiores EdTechs do Brasil
O mercado brasileiro não fica muito atrás, pois conta com EdTechs com soluções criativas e que têm alcançado ótimos resultados.
Confira abaixo.
Alura
A Alura surgiu em 2011 como a plataforma online da escola empresarial Caelum e assumiu o nome atual em junho de 2013.
Desde então, acumula mais de 1,4 mil cursos, com lançamentos novos a cada semana, e 500 mil alunos.
O ensino é focado em educação e tecnologia, e tem como diferencial a forte colaboração entre alunos na comunidade da plataforma.
Descomplica
A Descomplica também oferece cursos online, mas o foco é para estudantes do ENEM e vestibulandos.
Além disso, eles também oferecem monitoria online, correção de redações e materiais para quem está estudando para concursos públicos.
Em 2019, desbravaram um mercado regulado pelo MEC, com o lançamento de cursos de pós-graduação online.
Em 2020, expandiram para a graduação online.
Mundo 4D
A missão de levar robótica para crianças é o norteador do Mundo 4D, que propõe inovações tecnológicas para incentivar as profissões do futuro aos pequenos.
Da mesma forma, eles também oferecem materiais complementares e toda a inclusão necessária sobre o tema para que os professores sejam capacitados.
ClassApp
A comunicação entre pais, alunos e instituições de ensino também está mais facilitada com a ClassApp.
Dessa forma, o aplicativo tem como principal objetivo acabar com a burocracia e aproximar a escola dos seus clientes.
Com ele, os pais podem receber informações sobre desempenho de alunos e cobranças por materiais didáticos adicionais, além de autorizar a ida dos filhos a passeios escolares.
Wiser
Wiser Educação é uma holding de educação que conta com várias marcas relacionadas ao ensino.
Uma das principais é o curso de inglês Wise Up, que conta com aulas presenciais e digitais.
Porém, passou a investir também em plataformas de ensino online focado em preparação para o mercado de trabalho, como Buzz e Meu Sucesso.
A empresa está presente em 95 países.
Conquer
A Conquer Business é uma edtech com opções de MBAs e cursos de pós-graduação, também com assuntos relacionados ao mercado de trabalho.
Presente em 125 países, a empresa realiza treinamentos para colaboradores de grandes empresas, como Globo, Google e McDonald’s.
Também conta com a Conquer Plus, focada em cursos para desenvolvimento de carreiras, e a Conquer English.
Em 2021, foi adquirida pela holding Wiser Educação.
Desafios das EdTechs
Apesar de representarem uma revolução na educação, as EdTechs ainda enfrentam desafios no mercado atual.
O primeiro deles é a resistência de alguns professores e alunos à adoção de novas ferramentas digitais.
Isso acontece porque há receio de que a tecnologia acabe com as experiências presenciais em sala de aula.
Na realidade, o ensino híbrido é uma tendência que se encaixa perfeitamente na realidade das aulas presenciais, e as ferramentas digitais estão cada vez mais interativas.
Outro desafio é a própria burocracia enfrentada pelas empresas para mudar seus métodos de ensino, considerando as diretrizes estabelecidas pelo governo.
Por fim, contar com a infraestrutura tecnológica adequada também é um obstáculo a ser superado por muitas instituições que ainda se baseiam em modelos físicos.
Recorrência no segmento edtech
Empresas que recebem pagamentos periódicos, geralmente mensais, se encaixam no conceito de economia de recorrência.
Essa ideia vem crescendo no segmento edtech por oferecer vantagens como previsibilidade de receitas e maior fidelização de clientes.
Dependendo do número de alunos que sua plataforma atende, é muito difícil cuidar de toda a cobrança manualmente.
Sempre há situações de inadimplência, e em cada caso, um funcionário teria que entrar em contato.
Além de trabalhosa, essa tarefa é muito delicada.
Por isso, contar com uma plataforma de cobranças é essencial nesse modelo de negócios.
Com o formato de planos e assinaturas, as empresas conseguem combater a inadimplência, automatizar seu processo de cobrança e diversificar seus meios de pagamento.
Confira a seguir algumas das vantagens proporcionadas por esses sistemas.
Como uma plataforma de cobrança pode ajudar uma edtech?
Uma boa plataforma de cobranças já possui recursos automatizados para evitar e recuperar casos de inadimplência em várias situações.
Algumas das principais são:
- Cartão de crédito na recorrência: o usuário só precisa informar uma vez seus dados para que a cobrança mensal seja automática, e cada pagamento é lançado de forma isolada, sem comprometer o limite do titular
- Diversificação nas formas de pagamento: quem preferir, pode pagar por boleto bancário ou Pix, com o envio automático do documento em PDF ou o QR Code
- Retentativas de pagamento: se uma transação no cartão for recusada, o sistema pode repetir a cobrança de forma simples, usando outro sistema para liquidar a cobrança ou em um cartão diferente que tenha sido cadastrado antes
- Retentativa inteligente: o próprio sistema realiza uma análise de dados para identificar o melhor momento para repetir a cobrança
- Régua de cobrança: a empresa pode programar o envio automático de lembretes por e-mail e SMS para clientes devedores em um número pré-definido de dias após o vencimento.
Além disso, uma boa plataforma conta com recursos para renovação de vínculo, para que o aluno possa seguir usando o sistema entre um semestre e outro.
Todas essas funcionalidades representam redução de custos operacionais.
Afinal, os colaboradores do setor financeiro podem se dedicar a situações que exijam intervenção humana, como pedidos de renegociação.
A plataforma da Vindi é uma solução completa para alcançar esses benefícios.
Somos um ecossistema completo de pagamentos, com todos os recursos que mostramos acima.
Veja como nossas soluções podem ajudar EdTechs e instituições de ensino!
