Community commerce é uma estratégia criada para aproximar marcas de clientes, apostando em criadores de conteúdo para divulgar sua empresa. 

Essa é uma das melhores práticas para usar as redes sociais a seu favor, pois os próprios usuários podem ajudar uma campanha a viralizar, atingir um bom público e conquistar um engajamento autêntico.

É também uma forma de reverter uma objeção comum.

Basta lembrar de empresas que enfrentam dificuldades para estabelecer uma relação sólida com seu público, que muitas vezes a percebe como alguém que só quer o seu dinheiro.

Nesses casos, mesmo investindo pesado em marketing, elas não conseguem uma boa retenção.

Já as marcas que apostam no community commerce são vistas como parceiras.

Além de simples clientes, esses negócios ganham defensores, pessoas que levantam a sua bandeira, fortalecendo a confiança e a reputação no mercado.

Leia este texto até o final e entenda como implementar a estratégia.

O que é community commerce?

Community commerce é uma modalidade de publicidade que aposta na viralização para incentivar os próprios consumidores a criarem conteúdos que ajudem a vender determinado produto ou serviço.

Para isso, é preciso ter uma ideia criativa para gerar um engajamento espontâneo e direcionar a campanha ao público adequado.

A ideia é a formação de uma comunidade digital, ou seja, um grupo de pessoas com interesses em comum que se identifiquem com uma marca ou uma ideia a ponto de ajudar de forma voluntária com essa divulgação.

Além do movimento espontâneo, é possível promover estímulos, como ao oferecer vantagens na forma de descontos e brindes em troca do compartilhamento.

Embora não seja exclusivamente usada em redes sociais, a estratégia costuma render um bom retorno nesses canais.

Com hashtags e outros recursos, as marcas podem reunir várias postagens com conteúdo voltado para a campanha.

Qual a relação entre Community e TikTok?

O community commerce pode ser implementado em qualquer ambiente digital, mas o TikTok é uma plataforma muito adequada à estratégia, pois conta com a área “Para você”. 

Nessa aba, o usuário confere postagens adequadas ao seu perfil, sem que necessariamente siga os autores. 

Assim, fica mais fácil divulgar conteúdo sobre marcas.

Alguns desses vídeos podem cair nas graças dos usuários, que inclusive começam a criar seus próprios conteúdos relacionados à marca.

A rede social identificou a capacidade de formação de comunidades e, no começo da década, divulgou uma pesquisa para destacar as vantagens de apostar nesse formato.

Assim, surgiu a hashtag “TikTok made me buy”, e sua correspondente em português: “TikTok me fez comprar”, usada para apresentar itens de vários tipos. 

Consequentemente, muitas pessoas passaram a entrar na rede social já com a ideia de procurar produtos, tornando a plataforma ainda mais propícia para o community commerce.

Conheça as 4 etapas do community commerce: como funciona?

No community commerce, a própria marca pode gerar conteúdo para viralizar.

Porém, essa produção costuma ficar por conta de creators, os criadores de conteúdo.

São usuários que produzem postagens, geralmente vídeos curtos.

Por serem criativos e divertidos, esses conteúdos viralizam entre uma comunidade digital.

Então, outros membros aderem à tendência, em um ciclo que fortalece o reconhecimento da marca.

Esse ciclo tem quatro etapas, definidas por verbos em inglês:

Spark

Em português, significa faiscar ou cintilar.

Como uma faísca que pode começar um fogo, o primeiro conteúdo é publicado, de uma maneira criativa para que usuários possam comprar a ideia e aderir à campanha.

Para isso, esse material deve ser planejado sob medida para provocar o público-alvo.

Share

O verbo significa compartilhar, dividir.

Nessa etapa, os consumidores assistem, ouvem ou leem o material e se interessam por compartilhar.

O ideal é que eles forneçam um toque pessoal para diferenciar suas postagens.

Um bom exemplo disso é o uso da ferramenta “costurar” do TikTok, em que os usuários podem combinar um vídeo pronto com um material próprio.

Spike

Quer dizer aumentar, fortalecer.

Agora que os usuários estão compartilhando o material, o produto começa a fazer sucesso, impulsionando as vendas.

Portanto, é a consequência esperada.

Chegar até essa etapa nem sempre é fácil, mas é o que define se uma campanha foi bem-sucedida.

Sustain

Em português, significa sustentar, manter.

Portanto, nessa última etapa, o comércio tem o objetivo de assegurar que o engajamento siga acontecendo ao longo do tempo.

Somente assim, é possível gerar uma conexão com os usuários e vender seus produtos de forma contínua.

Qual a diferença entre social commerce e community commerce?

A grande diferença do community commerce em relação ao social commerce é que os consumidores têm um papel mais ativo nas campanhas.

Em vez de simplesmente publicar um anúncio, a marca dá um estímulo para que as pessoas ajudem a compartilhar um conteúdo.

Assim, o usuário não fica apenas observando, mas participa da divulgação.

Já no social commerce, ou s-commerce, as marcas priorizam ofertas diretas de produtos ou serviços e não necessariamente se conectam ao público.

Nesse caso, a ideia é usar as redes sociais para fazer propagandas e fechar vendas, da mesma maneira que uma marca anuncia um comercial em mídias tradicionais como rádio e televisão.

É claro que o social commerce tem suas vantagens, como a possibilidade de anunciar para um público segmentado.

Mas o community commerce funciona de uma maneira bem mais ampla, o que exige um planejamento mais detalhado.

Por isso, podemos considerar o community commerce como uma extensão do social commerce

Continue lendo para ver o que o seu negócio tem a ganhar com a prática.

5 vantagens do community commerce para os negócios

Como você conferiu até aqui, o community commerce é uma maneira de engajar os consumidores para que eles ajudem a divulgar sua marca.

Por si só, esta já é uma vantagem considerável.

Porém, os benefícios não param por aí, como vamos mostrar a partir de agora.

1. Jornada dinâmica

No comércio mais tradicional, a experiência de compra se baseia em um funil de vendas, com três etapas básicas: descoberta, consideração e conversão.

Porém, o community commerce funciona de uma maneira mais fluída.

Nesse modelo, os três passos podem acontecer ao mesmo tempo, com a pessoa conhecendo, se interessando e comprando um produto logo depois de ver uma publicação.

2. Confiança

Ao conseguir passar por todas as etapas do community, a empresa pode se infiltrar na comunidade, se tornando parte daquele grupo de pessoas com interesses em comum. 

Assim, é possível conquistar a confiança do público.

E esse sentimento pode ser ainda maior quando a marca faz uma parceria com um criador de conteúdo, que já tem credibilidade junto à comunidade.

3. Oportunidade de crescimento

Não é preciso investir alto para viralizar entre uma comunidade.

Com a ideia certa para o público adequado, é possível ter resultados surpreendentes.

Em comparação com outras modalidades, o community commerce depende menos dos recursos financeiros disponíveis e mais da criatividade.

Por isso, com um bom planejamento, um negócio modesto pode crescer e conquistar boas vendas.

4. Defesa da marca

Quando uma campanha de community commerce dá certo, os consumidores que se engajaram se tornam defensores da marca.

Essa é uma etapa além da fidelização.

Além de consumir os produtos de forma seguida, essas pessoas promovem a empresa de uma maneira contínua sem exigir nada em troca.

Quanto mais clientes assim sua marca tiver, melhor.

5. Percepção positiva

Quando os clientes engajados compartilham o conteúdo, os demais consumidores tendem a ter uma percepção mais positiva da marca.

Afinal, é natural que as pessoas tenham certa resistência a qualquer publicidade, o que não acontece da mesma forma quando a propaganda é feita espontaneamente por outro cliente.

Além disso, a criatividade presente nessas campanhas também ajuda a aproximar o público.

Como se destacar no community commerce? 8 dicas

Agora que você já sabe que pode se beneficiar do community commerce, é hora de aprender como fazer do jeito certo.

Confira boas práticas e mais dicas para não errar na estratégia.

1. Tenha criatividade e autenticidade

Você já pode ter percebido uma característica do community commerce: não há fórmula mágica. Por isso, é importante ser autêntico.

Busque informações sobre quais tipos de conteúdo despertem interesse do seu público-alvo, para então pensar em uma ideia que possa cair nas graças dos consumidores.

Lembre que você precisa criar uma tendência que possa ser seguida e se perpetuar, com hashtags únicas para avaliar os resultados.

Por isso, pense em algo que possa estimular a audiência a participar de uma maneira ativa e que não tenha um prazo de validade, ou seja, possa se perpetuar na rede.

2. Crie conteúdo leve e divertido

O público de uma rede social como o TikTok busca entretenimento e, por isso, suas postagens devem ser leves e divertidas.

As pessoas precisam achar graça, a ponto de sentirem vontade de compartilhar esse sentimento com outros usuários da rede social.

Portanto, se pergunte sempre se o seu conteúdo faz o usuário sorrir.

Evite imagens de impacto, como cenas de violência, pessoas doentes ou piadas de humor agressivo e ofensivo.

Embora esses conteúdos possam ter uma tendência de compartilhamento, dificilmente provocam o engajamento.

Mesmo que o tema seja sensível, o seu vídeo pode ser descontraído.

3. Siga as tendências (trends)

Por mais criativo que seja, você precisa estar por dentro das principais tendências para chegar até o seu perfil de cliente ideal.

E um dos principais pontos é usar as hashtags mais acessadas por esses usuários. 

Ferramentas como RiteTag e Hashtagify podem ajudar você a identificar essas expressões.

Além disso, os algoritmos de plataformas como TikTok dão mais evidência a postagens com músicas e outras faixas de áudio que estão em alta.

Por isso, é importante seguir os principais criadores de conteúdo e influenciadores relacionados ao público-alvo que você pretende atingir.

Procure também por perfis especializados em dar dicas para outras pessoas que fazem suas próprias postagens.

Também não deixe de monitorar o que sua concorrência faz nessas redes.

4. Faça parceria com influenciadores

Contar com um criador de conteúdo que cause impacto no público é um passo importante para garantir bons resultados na sua estratégia.

Assim, sua marca conta com a simpatia e confiança que o parceiro exerce sobre seus seguidores.

As pessoas costumam receber o material feito por um influenciador de uma maneira bem mais amigável.

Tanto o Instagram quanto o TikTok contam com a função de post colaborativo, o chamado collab.

Assim, mesmo que seja postado pela sua empresa, o material chega aos seguidores do seu parceiro, ampliando assim o seu alcance. 

Para isso, é preciso encontrar um bom influenciador, que tenha valores de acordo com os da sua marca

Confira boas dicas para isso no episódio 53 do Podcast Dentro do Ringue, com a equipe da Squid.

5. Use a tecnologia e novas ferramentas

Várias ferramentas podem ajudar os usuários a criarem seus conteúdos.

Algumas são disponibilizadas pelas próprias redes sociais.

A Central de Criativos do TikTok mostra os recursos mais modernos para auxiliar na criação dos vídeos.

Um deles é o Symphony, um pacote de funcionalidades de inteligência artificial para a elaboração dos posts.

E para quem usa o Instagram, a dica é acessar o blog do Instagram para Empresas, que apresenta as principais novidades relacionadas à rede social.

Existem ainda vários outros softwares que podem apoiar sua criação de conteúdo, como Videoleap e Capcut, que ajudam na produção de posts em vídeo.

6. Aposte no User-Generated Content

User-Generated Content é qualquer publicação feita de forma voluntária por um consumidor para divulgar a marca.

Em português, quer dizer “Conteúdo Gerado pelo Usuário”.

Portanto, é a ideia central do community commerce nas redes sociais, já que o foco é levar clientes a engajarem e produzirem conteúdos espontaneamente.

Para poder apostar nessa prática, é preciso criar uma campanha que provoque os usuários a participar, como desafios e concursos culturais.

Um sorteio pode ser um belo incentivo, desde que siga a legislação.

Um bom exemplo dessa prática é uma marca de moda convidando os clientes a postarem fotos usando as roupas que compraram.

7. Produza conteúdos variados, experimente

Se você pretende atrair usuários, é preciso variar na hora de divulgar seus conteúdos. 

Além de ficarem mais interessantes para os clientes, posts de tipos e formatos diferentes ajudam você a testar quais provocam mais engajamento do público. 

O Instagram permite diversos tipos de postagens, como carrosséis de imagens, stories e memes, além de lives.

E para quem aposta nos vídeos curtos, o uso de filtros e recursos de edição pode ajudar a tornar seus conteúdos bastante diversos.

Para garantir que o público vai reconhecer sua marca, crie um slogan ou uma frase de efeito para usar em todas as suas publicações.

8. Esteja engajado ativamente

Não pense que basta criar conteúdo nas redes sociais para provocar o engajamento do seu público.

Se você quer infiltrar sua marca em uma comunidade, precisa se comunicar com os consumidores de todas as formas possíveis.

Uma simples resposta a um comentário feito em uma de suas publicações, por exemplo, pode fazer a diferença para encantar aquele usuário.

Ao participar ativamente das discussões, você mostra aos consumidores que não está apenas direcionando ofertas, mas sim se tornando parte da comunidade.

Os clientes querem saber que você está interessado em suas visões e opiniões.

Por isso, vale a pena dedicar um esforço para monitorar a atividade de seus seguidores e procurar formas de interação.

3 casos de sucesso da estratégia de community commerce

O community commerce pode ser aplicado de várias formas, de acordo com o segmento do negócio. 

Veja abaixo alguns exemplos de ações bem implementadas:

  • Americanas: a rede de lojas realizou uma campanha com o comediante Lucas Cunha no TikTok para convidar as pessoas a usarem a hashtag #MePatrocinaAqui, que tem várias respostas de consumidores promovendo produtos da loja
  • Havaianas: em 2020, a fabricante de sandálias lançou uma campanha com Carlinhos Brown em parceria com o TikTok para promover a cultura nordestina. Depois disso, a empresa realizou outras campanhas na rede, como esta sobre uma iniciativa para reciclar chinelos

  • Lacta: neste exemplo de community commerce fora do Tik Tok, o consumidor era convidado a criar uma lojinha virtual no site oficial da iniciativa oferecendo 10% de desconto para outros clientes para a Páscoa de 2022. A cada três vendas concluídas, o dono da lojinha ganhava um vale-compras.

Qual a importância dos meios de pagamento para quem vende online?

Em qualquer tipo de estratégia de marketing, não basta investir no melhor conteúdo sem se preparar para colher os frutos

Quando os clientes forem comprar do seu negócio, vão esperar a melhor experiência possível.

Para isso, conte com uma plataforma de pagamentos que garanta uma venda fluida, sem que o usuário seja direcionado a outra página.

Além disso, seu negócio precisa aceitar todas as formas de pagamento possíveis, do boleto bancário ao Pix, passando pelo cartão de crédito com as principais bandeiras

E, se você pretende apostar na recorrência, é importante usar um sistema que garanta uma cobrança eficiente com meios para evitar a inadimplência.

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