Ativo circulante é um dos principais componentes do balanço patrimonial de uma empresa.

Conhecer e acompanhar esse conceito é essencial para que o negócio tenha eficiência para gerar receita.

Empresas que se descuidam desse tipo de análise correm o risco de não conseguir crédito ou até mesmo enfrentar dificuldades financeiras em um cenário de retração.

Porém, com o devido acompanhamento, é possível encontrar formas de tornar a empresa mais sustentável.

Para isso, é preciso conhecer o ativo circulante e seu impacto na operação da empresa.

É justamente isso o que vamos apresentar neste conteúdo.

Acompanhe para entender esse conceito com exemplos, além de aprender como calcular e por que esse dado é tão importante para a saúde financeira do seu negócio.

O que é ativo circulante?

Ativo circulante: bens e direitos que se convertem em dinheiro em até 12 meses, essenciais para suportar as obrigações financeiras de curto prazo. Entenda sua importância no balanço patrimonial!

Ativo circulante é o conjunto de bens e direitos de uma organização que podem ser convertidos em dinheiro em um curto prazo, de até 12 meses.

Esse conceito é parte do balanço patrimonial, documento contábil que resume a situação financeira de um negócio.

Como o documento costuma ser elaborado ao final de cada ano contábil, geralmente o ativo circulante pode ser convertido em dinheiro nos 12 meses do período seguinte.

Esses ativos dão um suporte financeiro para o negócio, pois podem ser usados para cumprir obrigações financeiras de curto prazo mesmo em um eventual cenário de dificuldades.

Para entender bem esse conceito, é importante saber diferenciar de outros componentes do balanço patrimonial, como vamos mostrar a seguir.

Qual a diferença entre ativo circulante e passivo circulante?

A diferença entre ativo circulante e passivo circulante é que o primeiro trata de bens e direitos, enquanto o segundo se refere a obrigações financeiras a serem cumpridas.

No balanço patrimonial de uma empresa, o passivo representa todas as despesas previstas para determinado período.

Já o passivo circulante representa a fração deste total com um prazo de vencimento de até 12 meses – ou seja, dentro do ano fiscal seguinte.

Portanto, é um critério semelhante ao do ativo circulante, com a diferença de se tratar de valores a serem pagos, e não recebidos.

Qual a diferença entre ativo circulante e não circulante?

A diferença entre ativo circulante e não circulante é o período em que os bens e direitos podem ser convertidos em dinheiro.

Se for possível realizar essa conversão dentro do mesmo ano fiscal, trata-se de um ativo circulante.

Caso contrário, o ativo é não circulante.

Esses dois aspectos são importantes para uma companhia por razões distintas.

O ativo não circulante permite o crescimento e a melhora dos resultados do negócio em um longo prazo.

Além disso, bens como imóveis e maquinários, que fazem parte desse grupo, geralmente são necessários para a própria atividade-fim da empresa.

Entenda por que o ativo circulante também é importante lendo o próximo tópico.

Qual a importância do ativo circulante para uma empresa?

O ativo circulante viabiliza o cumprimento das responsabilidades imediatas de uma organização.

Por meio desses bens e direitos, a empresa pode pagar seus fornecedores, bancar sua produção, remunerar seus colaboradores, arcar com dívidas e cumprir todas as demais obrigações financeiras.

Por isso, o acompanhamento do volume desses recursos é essencial para a sustentabilidade do negócio.

Se for baixo, é preciso ficar em alerta e buscar meios de reduzir custos e aumentar a eficiência das operações.

Além disso, os investidores costumam consultar o balanço patrimonial antes de decidir se apostam ou não em uma empresa.

Afinal, quanto maior o volume de ativos circulantes, menor é o risco que o possível investimento representa.

O ideal é que esse montante seja suficiente para cobrir todos os gastos diante de qualquer eventualidade.

Nesse cenário, o investidor pode se certificar de que o negócio é sustentável e, portanto, vale a pena fechar um acordo com a empresa.

Em uma análise como essa, é preciso levar em consideração a liquidez empresarial, como vamos explicar na sequência.

Qual a relação entre o ativo circulante e a liquidez empresarial?

Por definição, liquidez é a capacidade de um bem em ser convertido em dinheiro.

Quanto mais rápido essa conversão puder acontecer, maior é a liquidez daquele bem.

Por isso, esse conceito se relaciona diretamente com os ativos não circulantes.

Por exemplo: valores depositados na caderneta de poupança têm alta liquidez, pois podem ser retirados a qualquer momento.

Já um imóvel tem baixa liquidez, pois leva mais tempo para o proprietário conseguir vender.

Colocando em termos empresariais, o ativo circulante é diretamente conectado à liquidez corrente, que é a capacidade que uma empresa tem de quitar todas as dívidas e pagar as contas em um curto prazo.

A liquidez corrente pode ser calculada da seguinte forma:

  • Liquidez corrente = ativo circulante / passivo circulante.

Se o resultado desse cálculo for maior que 1, significa que a empresa pode arcar com suas obrigações usando o seu patrimônio.

Se for menor, indica o contrário.

Em teoria, um número 1 redondo como resultado indicaria que o negócio pode arcar com suas responsabilidades, mas não está obtendo lucro a curto prazo.

Como o ativo circulante impacta o fluxo de caixa da empresa?

O ativo circulante exerce uma influência grande sobre o fluxo de caixa, que é o acompanhamento constante de todas as entradas e saídas do negócio.

Afinal, esses ativos representam bens e direitos com liquidez suficiente para manter a operação e cumprir as obrigações financeiras.

Por isso, são decisivos para o equilíbrio das contas.

Alguns dos ativos circulantes são consultados na elaboração das projeções de fluxo de caixa, ou seja, estimativas de tudo o que vai entrar e sair do caixa do negócio.

O principal é o caixa, que representa a base das operações financeiras de uma empresa.

Somente controlando bem esses valores, a empresa consegue programar o pagamento de todas as suas despesas sem precisar sacrificar uma parte do patrimônio.

Os recebíveis, ou seja, valores de vendas a prazo que ainda vão entrar no caixa, também têm um impacto sobre o fluxo de caixa.

Por isso, devem ser gerenciados com atenção e incluídos na projeção.

Assim, a empresa terá um panorama completo sobre sua situação.

Além do caixa e dos recebíveis, há vários outros exemplos de ativo circulante que ainda vamos citar neste conteúdo.

Mas, primeiro, conheça a classificação desse conceito.

Quais os subgrupos do ativo circulante?

Ativo circulante: saiba como são classificados! Descubra os subgrupos: líquido (capital de giro), operacional (estoque, contas a receber) e cíclico (variável com a sazonalidade). Entenda suas funções e impacto na saúde financeira da empresa.

Em geral, o ativo circulante é classificado de acordo com a liquidez e a função que desempenham na empresa.

Entenda melhor esses critérios conhecendo os três subgrupos.

Ativo circulante líquido

Esse conceito inclui os recursos disponíveis para que a empresa possa arcar com suas responsabilidades imediatamente.

Ou seja, é o valor usado nos gastos do dia a dia, também conhecido como capital de giro ou ativo financeiro.

A análise do ativo circulante líquido é como um termômetro que mede a saúde financeira da empresa.

Afinal, em um cenário ideal, apenas esses valores bastam para quitar as obrigações de curto prazo, sem que seja necessário comprometer outros ativos ou precisar de crédito.

Ativo circulante operacional

São os ativos relacionados à operação do negócio, ou seja, aqueles usados para manter a empresa produzindo e funcionando.

Tudo o que a organização tem de necessário para funcionar que pode ser convertido em dinheiro em até um ano pode ser considerado um ativo circulante operacional.

Bens que compõem o estoque, matéria-prima, contas a receber e títulos de crédito como duplicatas fazem parte dessa lista.

Ativo circulante cíclico

São usados em processos desenvolvidos diariamente por uma empresa e influenciados por fatores relacionados à atividade do negócio.

O ativo circulante cíclico leva esse nome porque pode mudar de acordo com a sazonalidade e a etapa do ciclo de produção.

Por exemplo: uma empresa de confecção de roupas pode aumentar seu estoque em épocas de lançamento de novas coleções.

Como você deve ter percebido, alguns ativos podem receber mais de uma classificação.

É o caso do estoque, citado aqui como exemplo de ativos circulantes operacional e cíclico, pois se relaciona com as operações e também pode variar conforme a atividade do negócio.

Exemplos de ativo circulante

Ao ler até aqui, você já conferiu alguns exemplos de ativo circulante.

Mas para ajudar a ter um panorama mais geral desse conceito, confira uma lista mais completa, com recursos que fazem parte da rotina empresarial:

  • Estoque de itens à venda
  • Estoque de produtos inacabados
  • Matéria-prima
  • Insumos para produção
  • Valores a receber com vencimento em até 12 meses
  • Depósitos bancários em nome da empresa
  • Dinheiro em caixa
  • Reserva de caixa
  • Aplicações e investimentos de curto prazo
  • Provisão para devedores duvidosos.

Exemplos de ativo não circulante

Para que a diferença entre os dois tipos de bens e direitos fique bem clara, confira esta lista de ativos não circulantes:

  • Imóveis
  • Veículos
  • Móveis
  • Equipamentos usados na produção
  • Investimentos de longo prazo
  • Valores a receber com vencimento superior a 12 meses
  • Marcas e patentes
  • Direitos de fabricação de itens exclusivos
  • Recursos de exploração, como minas e jazidas.

Dúvidas comuns sobre o ativo circulante

Os itens do balanço patrimonial costumam levantar bastante questionamentos para quem não é especialista em contabilidade.

Veja agora as respostas para perguntas que costumam aparecer quando o assunto é ativo circulante ou não circulante:

Estoque é ativo circulante? 

Sim, pois pode ser convertido em valores monetários em curto prazo.

Duplicatas a receber são ativos circulantes? 

Depende, pois aquelas com prazo para o vencimento superior a 12 meses são não circulantes.

Depreciação acumulada é ativo circulante ou não circulante? 

Depreciação acumulada não é exatamente um ativo, mas sim um componente do ativo não circulante, que representa a perda de valor de um bem ao longo de um período.

Investimento é ativo circulante ou não circulante? 

Depende da liquidez, sendo circulante caso possa ser convertido em dinheiro em 12 meses.

Contas a receber são ativos circulantes ou não circulantes? 

Também depende da liquidez, sendo ativo circulante quando o prazo para o vencimento supera os 12 meses.

Imóveis são ativos circulantes ou não circulantes? 

São ativos não circulantes, devido à baixa liquidez.

Imobilizado é ativo circulante ou não circulante? 

Esse conceito de ativos que inclui imóveis e bens permanentes usados para gerar renda com vida útil superior a um ano é considerado como não circulante.

Marcas e patentes são ativos circulantes ou não circulantes? 

Não circulantes, pois têm baixa liquidez.

Clientes são ativos circulantes ou não circulantes? 

Clientes não são considerados ativos, mas as contas a receber da clientela são ativos circulantes quando vencem em até 12 meses.

Móveis e utensílios são ativos circulantes? 

São ativos não circulantes, pois têm baixa liquidez.

Ações em tesouraria são ativos circulantes? 

Ações recompradas são ativos não circulantes.

Mercadorias são ativos circulantes ou não circulantes? 

São ativos circulantes devido à alta liquidez.

Como calcular o ativo circulante da empresa?

Calcule o ativo circulante somando bens e direitos com vencimento em até 12 meses. Relate detalhadamente no balanço patrimonial e utilize softwares de gestão e ERP para automatizar registros contábeis.

Antes de mais nada, para calcular o ativo circulante de uma empresa, é preciso listar todos os bens e direitos e separar aqueles com vencimento de 12 anos ou menos.

Depois, basta somar esses valores para se chegar ao total em ativo circulante.

Porém, é importante ressaltarmos que esse cálculo não é suficiente para traçar um cenário completo da situação financeira do negócio.

Por isso, ao elaborar o balanço patrimonial, é importante citar de forma discriminada cada ativo.

Também é preciso elencar os ativos circulantes e os passivos para que o documento fique completo.

Para isso, é indicado o uso de ferramentas como software de gestão financeira e ERP (Sistema Integrado de Gestão Empresarial, na sigla em inglês), que ajudam a automatizar os registros contábeis do negócio.

Erros comuns na gestão do ativo circulante e como evitá-los

Para evitar problemas na elaboração do balanço patrimonial, é preciso tomar cuidado com erros que podem acontecer em empresas de vários segmentos.

Entre eles, estão a ausência do monitoramento constante e da projeção do fluxo de caixa.

Ao deixar de acompanhar as entradas e saídas e estimar as variações futuras, o gestor abre margem para falhas na contabilidade.

Além disso, a falta de uma política de crédito clara e de ações efetivas de cobrança também pode afetar a capacidade financeira do negócio a curto prazo.

Toda empresa precisa de equilíbrio entre a verba disponível e valores a receber.

É por isso que muitas empresas oferecem vantagens para clientes que pagam à vista por suas compras.

Outra possível falha é deixar de realizar inventários de estoque com regularidade.

As empresas devem agir para reduzir custos de armazenamento e evitar a escassez de algum produto, pois ambas as situações representam problemas para o equilíbrio financeiro.

Também é um erro comum deixar de acompanhar os principais indicadores, que vamos mostrar na sequência.

Indicadores financeiros relacionados ao ativo circulante

Como você já conferiu aqui, a liquidez corrente de uma empresa é um indicador diretamente relacionado ao ativo circulante.

Porém, existem outros índices de liquidez que também são ligados a esse conceito:

  • Índice de liquidez seca: mede a capacidade da empresa de cumprir as obrigações a curto prazo sem considerar o estoque, sendo mais conservador do que a liquidez corrente
  • Índice de liquidez imediata: mede a capacidade do negócio de se manter somente com os recursos disponíveis em um curto prazo.

Conheça agora outros indicadores podem ajudar no acompanhamento do ativo circulante:

  • Índice de rotação de estoques: aponta a frequência com que o estoque é movimentado
  • Prazo médio de recebimento: é a média de dias que a empresa precisa para receber pagamentos de vendas a prazo
  • Prazo médio de pagamento: aponta o tempo que a empresa leva para pagar seus fornecedores
  • Ciclo operacional: aponta o tempo necessário para transformar os recursos da companhia em produtos ou serviços a serem comercializados.

Como analisar o ativo circulante?

Para uma análise efetiva do ativo circulante, é preciso saber interpretar o que os indicadores que apresentamos logo acima querem dizer.

Os índices de liquidez podem servir como um parâmetro para analisar o risco financeiro.

Uma liquidez corrente abaixo de 1, por exemplo, indica que a empresa pode enfrentar dificuldades para se manter, pois tem mais passivos circulantes do que ativos circulantes.

O ideal é que a liquidez seca e imediata também fiquem acima de 1.

Porém, esses dois indicadores são mais conservadores, por isso um resultado menor que 1 não sugere um risco tão grande.

Os outros indicadores também são importantes para a análise do ativo circulante.

Um índice de rotação do estoque em queda pode indicar uma perda de eficiência nas vendas, ou seja, na conversão dos bens em dinheiro.

Já se o prazo médio de recebimento estiver muito alto, pode ser necessário incentivar os clientes a pagarem à vista por suas compras.

É importante destacar que quanto maior for a liquidez da empresa, mais dinheiro em caixa ela poderá ter em curto prazo para arcar com todas as suas despesas.

Portanto, ao acompanhar esses índices e relacionar com o ativo circulante, é possível verificar se há alguma área do negócio que precise de melhorias para aumentar a liquidez.

Qual a importância do ativo circulante na análise de crédito?

Quando uma empresa precisa obter algum tipo de empréstimo ou financiamento, ela precisa passar por uma análise de crédito.

Nesse processo, o credor avalia o risco da operação, ou seja, as chances de haver alguma perda em caso de inadimplência.

Vários aspectos são analisados nesse processo, e o ativo circulante é um dos mais importantes.

Afinal, a capacidade da empresa em arcar com os compromissos é essencial para que ela pague em dia as parcelas do crédito tomado.

Por isso, é preciso ficar sempre de olho nos indicadores que medem a liquidez e a eficiência da empresa na gestão de estoque e nas vendas.

No outro lado do guichê, a organização credora também precisa consultar o balanço patrimonial, desta vez para analisar se a candidata a tomar o crédito tem ativos circulantes o suficiente para arcar com o pagamento das parcelas.

É cada vez comum que as empresas ofereçam modalidades de empréstimos e financiamentos devido às facilidades do embedded finance, ou seja, finanças incorporadas.

Nesse conceito, é possível contratar uma plataforma que viabilize que o contratante ofereça crédito para seus clientes.

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