O terceiro setor nunca arrecadou tanto no Brasil como na pandemia, mas é hora de pensar no futuro e investir em doações recorrentes.
Neste momento, vivemos uma onda de solidariedade em todo o mundo, com empresas, governos e pessoas mobilizadas para ajudar quem mais precisa.
Mas, para garantir que esse espírito continue forte e que as doações continuem chegando no pós-pandemia, é preciso adotar a recorrência.
Afinal, a demanda só cresce e as ONGs e associações precisam ter regularidade nas suas finanças.
Vamos entender como gerenciar as doações recorrentes para manter o terceiro setor sustentável em qualquer cenário:
- Terceiro setor na pandemia: quais foram os impactos?
- Como o setor se adaptou para receber doações online?
- Doação recorrente e seu papel no terceiro setor
- Como melhorar a gestão de doações recorrentes
- Como inspirar a solidariedade e alavancar doações
- O que o setor pode esperar para o pós-pandemia?
- Como a Vindi pode ajudar empresas do terceiro setor
Leia com atenção e veja como captar recursos na recorrência.
Terceiro setor na pandemia: quais foram os impactos?
O terceiro setor foi impulsionado por um boom de doações durante a pandemia do coronavírus.
De acordo com o Monitor das Doações Covid-19, mantido pela Associação Brasileira de Captadores de Recursos (ABCR), foram doados mais de R$ 7 bilhões durante a pandemia até julho de 2021.
No país todo, são cerca de 727 mil doadores e quase R$ 4 bilhões mobilizados em 557 campanhas de arrecadação.
Esses números são impressionantes, se levarmos em conta que o Brasil não tem grande tradição filantrópica.
No ranking de filantropia global organizado pela CAF (Charities Aid Foundation, ou Fundação de Ajuda para Caridades), o país aparece em 74º lugar, estando na metade mais baixa do índice em todos os critérios (ajuda a estranhos, doação de dinheiro e tempo de voluntariado).
Na liderança global estão os EUA, onde bilionários são famosos pelas doações generosas e a população mantém uma forte cultura de filantropia.
No entanto, o Brasil avançou muito nessa área com a chegada da pandemia.
Em 2018, por exemplo, as doações totais do ano somaram R$ 3,25 bilhões – um número bem menor comparado aos resultados de 2020/2021.
Logo, fica claro que o momento dramático que vivemos impulsionou a filantropia e voltou a atenção dos brasileiros ao terceiro setor.
É importante destacar também que a maioria das doações vêm de empresas, e que as instituições financeiras foram responsáveis por mais de 60% do valor arrecadado durante a pandemia.
O que a Vindi descobriu
Os números que a Vindi coletou confirmam o momento aquecido no terceiro setor.
Em nossa pesquisa exclusiva sobre o mercado de assinaturas, descobrimos que as ONGs e associações aumentaram em 61% o volume de cadastros de assinaturas.
Além disso, houve um aumento de 32% na base de clientes e crescimento de 25% no volume de vendas.
Outro sinal claro é o crescimento surpreendente do segmento de associações e doações entre nossos clientes em abril de 2021.
Nosso relatório Vindi Insights mostra um avanço de 10,5% no segmento, depois de alcançar o maior percentual de crescimento em março.
Lembrando que os negócios da Vindi trabalham com a chamada doação recorrente: uma forma de automatizar as doações por meio do modelo de assinatura.
Como o setor se adaptou para receber doações online?
Com a grande mobilização da sociedade e das empresas, as ONGs e associações tiveram que se adaptar rapidamente para adotar meios online e facilitar as doações.
O distanciamento social aumentou ainda mais essa necessidade, e cada vez mais o brasileiro procura a internet para colocar a solidariedade em prática.
Segundo a pesquisa Brasil Giving 2020 da CAF, as doações por meio de conta bancária, cartão de crédito e plataformas digitais aumentaram consideravelmente em 2020.
Entre os mais jovens (18 a 24 anos), mais de um terço prefere fazer doações por meios digitais.
Além de ser mais prático para o doador, o pagamento digital agiliza o recebimento por parte das instituições e facilita o controle financeiro.
Inclusive, é possível programar as doações mensalmente, mantendo uma regularidade nas contribuições, o que faz toda a diferença para o terceiro setor.
Doação recorrente e seu papel no terceiro setor
Mais importante do que um salto repentino nas doações é a recorrência dessas contribuições, pois é preciso manter os projetos ativos em longo prazo.
Segundo uma pesquisa realizada pela Trackmob e publicada no jornal Correio do Povo em 2020, 29% dos brasileiros fazem doações mensais.
Essas doações recorrentes geram maior previsibilidade para as instituições e são uma garantia de continuidade do trabalho social.
Logo, vale mais a pena conseguir um doador “assinante” do que apenas captar doações pontuais.
Esse modelo é o mesmo usado em negócios de sucesso como as plataformas de streaming, softwares do tipo SaaS e clubes de assinatura.
Ao transformar instituições filantrópicas em organizações recorrentes, conseguimos uma receita previsível e a certeza de que haverá doadores todos os meses.
Mas, para isso, é preciso contar com a tecnologia para automatizar o processo de cobrança, como veremos adiante.
Como melhorar a gestão de doações recorrentes
Fazer uma boa gestão de doações recorrentes é fundamental para garantir a sustentabilidade do terceiro setor.
Veja como melhorar o processo na sua instituição.
1. Tenha cadastros completos dos seus doadores
Assim como as empresas fazem com seus clientes, as ONGs e associações também precisam coletar dados de seus doadores e criar cadastros completos.
Dessa forma, você consegue entender melhor o perfil dos apoiadores e pode manter um relacionamento mais próximo, aumentando as chances de fidelização.
Além disso, é muito importante manter os dados sempre atualizados para evitar problemas de cobrança.
Lembre-se de se atentar às normas da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) para coletar e tratar informações de pessoas físicas.
2. Escolha bem os meios de pagamento
Para gerenciar suas doações recorrentes, é importante escolher os meios de pagamento que melhor se adequam ao seu público.
Como vimos, os doadores estão utilizando cada vez mais o cartão de crédito e a conta corrente.
Para ampliar as possibilidades, você pode usar os meios mais populares como boleto bancário, cartão de crédito e débito automático, por exemplo.
Com um bom gateway de pagamento, você consegue oferecer todas as bandeiras de cartões e outras opções em um único sistema.
Lembrando que é possível programar doações no cartão de crédito mensalmente na fatura, sem ocupar o limite do cliente como em um parcelamento tradicional.
3. Tenha um processo de cobrança padronizado
Não é porque estamos falando de doações que o processo de cobrança pode ser amador.
Como em qualquer empresa, você precisa de um passo a passo padronizado para cobrar seus doadores com gentileza e garantir o máximo de recursos para a sua instituição.
Você pode criar uma régua de cobrança, que nada mais é do que uma sequência de mensagens e etapas que são repetidas todos os meses para cobrar as doações recorrentes.
Se você usa boleto, por exemplo, pode enviar o documento com antecedência e disparar mensagens por e-mail e SMS para alertar sobre o vencimento próximo.
Isso evita que o doador se esqueça de fazer o pagamento e aumenta suas chances de receber sempre em dia.
4. Controle a inadimplência
A inadimplência é uma grande vilã do terceiro setor, pois prejudica o controle financeiro e compromete a saúde do caixa.
E sim: os doadores podem e devem ser cobrados, pois firmaram um compromisso com a instituição, que passa a depender de seus recursos.
Se o dinheiro esperado não chega, muitos projetos podem ser afetados, e a entidade não consegue se planejar para ampliar sua atuação.
Então, é importante controlar de perto quem pagou e quem está devendo, de preferência com a ajuda de um sistema que alerta sobre boletos vencidos e pendências em geral.
5. Automatize sua cobrança
Controlar manualmente as doações de uma ONG ou associação pode ser muito trabalhoso e tomar um tempo precioso da equipe.
Por isso, é importante dar um passo além na gestão e utilizar um sistema que permita automatizar o processo de cobrança e gerenciar assinaturas e recebíveis.
Com um software desse tipo, você consegue visualizar facilmente as doações realizadas e pendentes, fazer o controle financeiro, atualizar as assinaturas dos doadores, combater a inadimplência e muito mais.
Dessa forma, tudo fica mais profissional e você tem mais tempo para se dedicar aos projetos e à estratégia de captação de recursos.
Como inspirar a solidariedade e alavancar doações
A solidariedade está em alta, mas você precisa criar suas estratégias para alavancar as doações.
Veja algumas dicas.
Conte histórias comoventes
No terceiro setor, é fundamental utilizar uma estratégia de marketing que chamamos de storytelling.
Basicamente, significa contar histórias envolventes que inspirem pessoas a doar para a sua instituição.
O segredo está na criação de um laço emocional com o público, para além da comunicação objetiva.
Você pode, por exemplo, mostrar histórias de pessoas que tiveram suas vidas transformadas graças ao apoio da instituição, encontros de doadores com o público apoiado, o dia a dia de voluntários dedicados às causas, etc.
Use o e-mail marketing
O e-mail marketing continua sendo uma ótima ferramenta para se comunicar de forma direta com seu público.
A melhor estratégia é captar uma lista de leads (potenciais doadores) por meio de materiais gratuitos e cadastros no seu site, para depois enviar e-mails personalizados para a sua base.
Use as redes sociais
As redes sociais são o canal mais acessível e eficiente para promover doações no terceiro setor.
Você pode fazer diversas campanhas com imagens, vídeos e stories, e ainda tem a opção de patrocinar as publicações e alcançar públicos segmentados.
No Facebook, por exemplo, você pode adicionar o botão “Doar” à página da sua organização para facilitar as doações.
Já no Instagram, é possível captar recursos em lives com as campanhas de arrecadação de fundos.
Faça parcerias com empresas
Uma forma clássica de aumentar as doações no terceiro setor é fechar parcerias com empresas.
Normalmente, as marcas se comprometem a doar uma determinada quantia à instituição a cada compra de um produto ou serviço específico.
É bom para a reputação do parceiro e melhor ainda para você, que tem várias possibilidades para atrair novos doadores.
Inscreva-se no Google Ad Grants
Você sabia que o Google tem um programa de concessão de anúncios para o terceiro setor?
Pois é, com o Google Ad Grants você pode receber US$ 10 mil todo mês para usar em publicidade no maior buscador da internet.
Para isso, você precisa se inscrever no Google para organizações sem fins lucrativos, aceitar os certificados exigidos pela plataforma e ter um site compatível com os padrões do Google Grants.
Se você passar pelo processo seletivo, terá US$ 329 ao dia para investir em anúncios e alcançar muito mais doadores interessados na sua área de atuação.
Facilite ao máximo as doações
Por fim, é muito importante diversificar os meios de pagamento e ter um processo eficiente para facilitar as doações.
Os doadores precisam ter acesso a um checkout transparente e rápido, com o máximo de conveniência possível e sem complicações.
O que o setor pode esperar para o pós-pandemia?
Assim como a onda de doações veio com tudo, ela tende a enfraquecer rapidamente quando a pandemia terminar.
De acordo com uma pesquisa do Datafolha publicada na Exame em 2020, realizada com diversas ONGs e associações, o terceiro setor já espera por um cenário mais complicado no pós-pandemia.
Mais de 40% das organizações acreditam que faltará dinheiro, enquanto 13% temem ficar sem equipamentos, e 11% acham que os voluntários vão diminuir.
Esse é mais um motivo para investir em doações recorrentes neste momento e garantir uma base fiel de doadores para o pós-pandemia.
Afinal, o momento mais crítico pode até passar, mas a solidariedade continuará fortalecida na nossa sociedade.
Uma razão para acreditar nisso é o fato de que 96% dos brasileiros querem ser mais solidários, segundo uma pesquisa do Datafolha publicada em 2020.
Então, cabe ao terceiro setor capturar esse sentimento e atrair mais apoiadores para as causas sociais, ambientais e humanitárias.
Como a Vindi pode ajudar empresas do terceiro setor
A Vindi já tem experiência em fornecer soluções de pagamento sob medida para organizações do terceiro setor.
Sabemos como é complicado gerenciar manualmente as doações e o quanto é importante ter um sistema para agilizar as cobranças e receber de forma recorrente.
Por isso, nossa plataforma conta com um gateway independente com suporte para todas as formas de pagamento, recursos para gestão das assinaturas de doadores e tudo o que você precisa para fazer o controle financeiro da instituição.
Com os recursos de automação, você recebe alertas sobre pagamentos pendentes e consegue organizar um processo altamente profissional, poupando tempo e esforço da equipe.
Além disso, ainda conta com relatórios completos sobre cobranças emitidas, transações realizadas, índice de inadimplência e assinaturas ativas e canceladas.
Entendeu como gerenciar doações recorrentes no terceiro setor?
Então, aproveite para conhecer de perto nossa plataforma e descobrir tudo o que a Vindi tem a oferecer.