A API aberta é uma aplicação cada vez mais usada em diferentes ambientes digitais.
Você sabe do que se trata, como funciona e onde usar?
Antes de mais nada, é preciso esclarecer que API é a sigla de Application Programming Interface (API).
Em outras palavras, é um recurso que serve para integrar sistemas, mesmo que cada um deles tenha sido desenvolvido em uma linguagem de programação distinta.
Com a API aberta, essa conexão pode ser realizada entre sistemas de diferentes organizações, integrando vários tipos de serviços.
A tecnologia abre um universo de possibilidades de uso, podendo inclusive processar pagamentos.
Leia o nosso artigo para entender bem o que significa API aberta, seu funcionamento e alguns exemplos de uso, além das vantagens do uso e dos desafios para a implementação.
O que é API aberta?
API aberta, também chamada de API pública, é aquela desenvolvida para ser usada por terceiros – ou seja, desenvolvedores externos ou mesmo outras organizações.
Esse tipo de aplicação permite a comunicação entre sistemas de empresas diferentes, seja qual for a linguagem usada na programação.
Isso não significa, no entanto, que qualquer tipo de API aberta possa ser integrada automaticamente sem um processo adequado.
A possibilidade existe apenas em alguns sistemas mais simples, que exigem um cadastro básico para sua utilização.
Porém, em geral é preciso seguir uma série de regras e pré-definições estabelecidas pelo desenvolvedor.
Muitas APIs abertas têm o uso cobrado e só podem ser implementadas a partir da contratação de um sistema.
Se você ainda tiver dúvidas, entenda melhor como esse conceito se diferencia do outro tipo de API.
Qual a diferença entre API aberta e API fechada?
A diferença entre API aberta e API fechada está na possibilidade de utilização: a primeira pode ser usada por qualquer desenvolvedor, enquanto a segunda está restrita ao ambiente em que foi criada.
O objetivo da API fechada é aumentar a eficiência dos sistemas de informação de uma organização, a partir da integração de aplicações desenvolvidas em diferentes linguagens de programação.
Por exemplo: uma empresa que usou a linguagem Swift para programar um aplicativo para dispositivos iOS e a linguagem Kotlin para desenvolver um aplicativo para Android pode usar o mesmo sistema de gerenciamento de pedidos com uma API fechada.
A API aberta também tem muitas utilidades, como vamos abordar na sequência.
Para que serve uma API aberta?
A API aberta serve para que desenvolvedores externos tenham acesso a serviços e dados de uma plataforma desenvolvida em um ambiente diferente.
Assim, eles podem integrar a aplicação para usar em seu próprio sistema ou desenvolver uma solução relacionada a ela.
Portanto, a API aberta atua como uma espécie de “ponte” que conecta duas interfaces diferentes.
Por meio de APIs abertas, grandes empresas permitem que profissionais independentes criem plugins com funcionalidades relacionadas ao produto que elas vendem.
Esses desenvolvedores podem monetizar suas APIs, tendo uma fonte de renda mesmo sem trabalhar em uma empresa.
Além disso, existem negócios que vendem suas soluções por meio de APIs abertas, sendo que os clientes só precisam integrar as ferramentas a seus próprios sistemas.
Até mesmo serviços públicos podem ser prestados por meio da tecnologia.
Veja no próximo tópico alguns exemplos de utilização.
Quais os principais casos de uso de APIs abertas?
O uso de APIs de pagamento no e-commerce é uma dos principais exemplos da utilidade das APIs abertas.
Essa solução é oferecida por plataformas de pagamento como a Vindi, que integra o serviço de checkout – ou seja, a tela de confirmação do pagamento – a uma loja virtual.
Assim, o cliente pode navegar pelo site, colocar produtos no carrinho e fechar a compra, sendo com cartões de débito e crédito, boletos bancários ou Pix.
Por meio da API, o sistema entra em contato com um adquirente, que processa a transação financeira a partir da conexão com as instituições financeiras envolvidas e bandeiras de cartão, se for o caso.
Uma API aberta também pode ser usada de várias outras maneiras.
Navegadores como o Google Chrome oferecem lojas de plugins para que os usuários possam acrescentar plugins ao navegador de forma gratuita.
Esses recursos são implementados por desenvolvedores independentes ou empresas que têm acesso ao ambiente do navegador a partir de APIs abertas.
A finalidade dos plugins varia bastante, podendo ser desde uma mudança de visual do navegador até funcionalidades de inteligência artificial.
Também é muito comum vermos big techs disponibilizando APIs abertas.
O Facebook, por exemplo, usa essa ferramenta para ajudar os anunciantes da plataforma a personalizar seus conteúdos.
Por meio da API de Conversões, as marcas podem compartilhar dados diretamente do próprio servidor para a rede social.
O próprio governo federal disponibiliza um catálogo de APIs abertas para que os usuários possam obter diversos tipos de informações automaticamente.
Existem muitas outras utilizações para uma API aberta atualmente.
Continue a leitura para entender melhor o funcionamento dessa ferramenta.
Como funciona uma Open API?
A Open API funciona a partir do compartilhamento de informações entre um sistema e outro, como se fosse uma “ponte” entre dois ambientes virtuais diferentes.
Para que essa comunicação aconteça, o desenvolvedor precisa chamar a API.
Em outras palavras, ele programa um código que determina o envio de uma mensagem para o servidor onde a API está hospedada para solicitar que ela forneça um serviço ou encaminhe algum dado.
A resposta a essa mensagem é feita de forma automatizada, uma vez que a aplicação já está configurada para realizar essa função.
Nesse processo, as chamadas são encaminhadas a um Identificador Uniforme de Recurso (URI, na sigla em inglês), que é responsável por identificar um recurso na internet.
Geralmente, esse processo acontece por meio de uma URL, ou seja, um tipo de URI que fornece as informações necessárias para localizar um recurso específico na internet.
A partir dessa identificação, a API aberta usa seus padrões de segurança para validar os dados e encaminhar o serviço ou a informação solicitada.
Por ser totalmente instantâneo, esse processo passa despercebido pelo usuário.
Quais os benefícios de uma API Aberta?
A API aberta tem sido cada vez mais utilizada em vários tipos de serviços devido às suas vantagens.
Veja agora uma lista de benefícios que o uso da API aberta pode proporcionar:
- Simplicidade na implementação: cada API aberta é projetada para ser usada com facilidade, podendo integrar rapidamente em diversos sistemas sem exigir um amplo conhecimento
- Economia: o uso de uma API aberta para determinada função torna desnecessário o investimento no desenvolvimento de uma ferramenta que realize o mesmo processo
- Mais produtividade: sem precisar se preocupar com o serviço desempenhado pela API, o setor de TI pode direcionar seu foco a outras tarefas, agilizando processos
- Computação em nuvem: em geral, esse tipo de aplicação é hospedado em nuvem, o que facilita vários aspectos de seu uso, como a escalabilidade e a disponibilidade
- Integração de fluxos de trabalho: o usuário de uma API aberta pode configurar diferentes sistemas para funcionarem de forma integrada, ajustando esses fluxos de trabalho conforme as necessidades do cliente final.
Outra vantagem de muitas APIs abertas é a segurança em seu uso.
No entanto, esse fator depende da aplicação utilizada, como vamos explicar na sequência.
API aberta é segura?
A API aberta tem potencial para ser altamente segura, desde que o responsável pelo desenvolvimento adote padrões e regras para isso.
A conexão realizada no chamamento é restrita somente ao serviço ou dado desejado, portanto, não compromete informações confidenciais do negócio.
Aqui é importante lembrarmos que o termo “aberta” não significa que esse tipo de aplicação possa ser usada indiscriminadamente.
Como explicamos no início deste artigo, o responsável pelo desenvolvimento da ferramenta determina padrões e regras para sua utilização.
Por isso, ainda que exista em teoria o risco de situações como vazamentos de dados e acessos não autorizados, várias práticas podem evitar esses problemas.
Quando falamos em API de pagamento, por exemplo, é preciso contar com uma plataforma que atende padrões de compliance – como, por exemplo, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
Além disso, é importante usar um ambiente de homologação.
No caso da Vindi, é possível testar as aplicações no Sandbox antes de começar a usar.
Também é uma boa prática proteger informações com criptografia, usando um serviço chamado vault (cofre, em inglês) para armazenar chaves e segredos.
Por isso, a implementação desse tipo de aplicação pode ser um processo desafiador.
Quais são os desafios na implementação de APIs abertas?
Enquanto o uso de uma API aberta é bastante simples, o desenvolvimento e a implementação dessas aplicações devem ser realizados de uma maneira cuidadosa.
Vários fatores precisam ser levados em consideração para que a aplicação funcione de forma satisfatória.
Um deles é justamente a segurança, como abordamos no tópico anterior, pois é preciso garantir que somente os usuários autorizados conseguirão acessar a aplicação.
Para combater ataques feitos para sobrecarregar a API, é preciso implementar mecanismos de rate limiting e throttling, que servem para controlar o número máximo de solicitações à aplicação.
Também é importante contar com ferramentas para monitorar o desempenho da API e identificar eventuais falhas que possam comprometer seu funcionamento.
Por fim, a capacidade de escalar APIs é outro desafio em um mundo cada vez mais digitalizado e, portanto, com demandas crescentes por serviços desse tipo.
Com todos esses fatores em mente, a Vindi desenvolveu uma API de pagamento de integração fácil que permite construir um checkout eficiente com poucas linhas de código.