O Pix é um dos maiores sucessos já vistos no sistema financeiro do Brasil.

Em poucos anos, essa forma de pagamento entrou com força na rotina dos brasileiros, seja para transferências entre pessoas físicas ou mesmo para pagar por produtos ou serviços.

O sistema tem mais de 150 milhões de usuários, e o total de chaves cadastradas já passa de 700 milhões.

Além disso, a cada mês, as transferências instantâneas movimentam mais de R$ 1 trilhão, segundo dados do Banco Central.

Toda essa adesão se deve à praticidade que o Pix trouxe ao público.

As inovações não param por aí, pois o Banco Central trabalha em novos recursos para facilitar ainda mais a vida da população.

Por todos esses fatores, receber pagamentos por Pix é essencial para qualquer negócio.

Por isso, preparamos um guia completo com tudo o que você precisa saber sobre esse meio de pagamento.

Leia o artigo até o fim para entender o funcionamento do Pix e seus recursos, veja mais dados sobre seu impacto na economia e confira como essa ferramenta pode ajudar a melhorar os resultados da sua empresa!

O que é o Pix?

O Pix é um tipo de pagamento digital e instantâneo do Banco Central que rapidamente ganhou popularidade no país.

Pix é o método de transação financeira móvel instantânea desenvolvido e gerenciado pelo Banco Central (Bacen) e disponibilizado pelas instituições bancárias brasileiras a seus clientes.

As transferências são realizadas em poucos segundos, por meio dos aplicativos dos respectivos bancos ou fintechs em dispositivos móveis.

O cadastro no sistema é necessário tanto para pagar quanto para receber valores.

Embora o uso possa variar um pouco de acordo com a instituição financeira responsável pela conta, o Pix conta com regras de padronização definidas pelo Bacen para garantir o funcionamento correto.

A alta adesão ao Pix tornou o sistema brasileiro uma das principais referências entre os países que contam com plataformas próprias de transferência instantânea.

Aliás, existe Pix em outros países.

E há um projeto para unificar sistemas como esse pelo mundo, criando uma espécie de Pix internacional.

Enquanto isso não se concretiza, é importante conhecermos bem essa ferramenta nacional que é uma das melhores do mundo.

Qual o impacto do Pix na economia brasileira?

As facilidades de uso do Pix levaram o sistema a cair rapidamente nas graças do público brasileiro.

Em 2022, o método superou as outras formas de pagamento em número de transações, tornando-se líder nas transferências no país.

Em quase 42 bilhões de transações, o Pix movimentou R$ 17,2 trilhões, segundo levantamento da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

As estatísticas do Banco Central mostram que o Pix também se popularizou muito entre empresas e outras entidades.

Ao final de abril de 2024, havia mais de 740 milhões de chaves Pix cadastradas.

Destas, mais de 35 milhões eram de pessoas jurídicas.

Além disso, transferências envolvendo pessoas jurídicas representam uma fatia significativa do valor movimentado.

Para termos uma base, em abril de 2024, foram transacionados por Pix cerca de R$ 2 trilhões.

Deste valor:

  • 44% foi movimentado em transações B2B (entre empresas), somando R$ 763,8 bilhões
  • 30% foi movimentado em transações P2P (entre pessoas físicas), somando R$ 528,2 bilhões
  • 13% foi movimentado em transações B2P (de empresa para pessoa física), somando R$ 223,8 bilhões
  • 12% foi movimentado em transações P2B (de pessoa física para empresa), somando R$ 202,5 bilhões.

Portanto, o Pix vem ganhando muita relevância no mundo corporativo.

Conheça a evolução do Pix e demais meios de pagamentos na Palestra “Pix, Cashback, PDV e Wallet, tá tudo diferente!” com Rodrigo Dantas no Innovation Pay 2023:

Como funciona o Pix?

O Pìx funciona por meio da tecnologia RTP (Real Time Payment), que possibilita a transferência dos valores em poucos segundos a partir de uma conexão com a internet.

O sistema fica disponível 24 horas por dia e sete dias por semana, embora possa ter restrições em determinados horários por razões de segurança.

Para pagar ou receber via Pix, é preciso fazer o cadastro e configurar um código chamado de chave.

Essa identificação facilita a transferência, pois o usuário não precisa inserir dados bancários para fazer a transferência.

Quando uma transferência é realizada, os dados trafegam pelo Sistema Financeiro Nacional (SFN), o que garante a segurança e evita fraudes.

Qual o limite do Pix?

O Pix tem dois limites de valor que podem ser configurados pelo próprio usuário a partir do aplicativo da instituição financeira responsável pela conta bancária.

Um dos limites é referente ao total que pode ser transferido no período de um dia.

Geralmente, após o cadastro da chave, esse limite já aparece configurado em R$ 3 mil ou R$ 5 mil.

Também existe um limite de valor para transferências noturnas, das 20h às 6h.

As instituições costumam definir esse valor em R$ 1 mil.

Para alterar esses dois limites, é preciso entrar no aplicativo do banco e selecionar a opção do Pix.

Nesse caso, o usuário pode ter que esperar até 24 horas para a liberação.

O que são e para que servem as regras de padronização do Pix?

O Banco Central elaborou algumas regras de padronização que precisam ser seguidas por todas as instituições financeiras que aderem ao Pix.

O objetivo é garantir que a divulgação e a experiência dos usuários seja sempre igual.

Por isso, bancos, fintechs e quaisquer organizações que participem do sistema precisam seguir todas as normas incluídas no manual divulgado pelo Banco Central.

Essa padronização é importante porque o mesmo sistema é oferecido em aplicativos de diferentes organizações.

Por isso, é preciso garantir um funcionamento idêntico para clientes de diferentes instituições e empresas de pagamento.

As regras vão desde a divulgação da marca do Pix até o próprio funcionamento das transferências.

Elas incluem itens como o formato das chaves, a experiência do usuário no aplicativo da instituição financeira e a cobrança de tarifas.

Muitas definições que você confere neste guia estão previstas no manual.

As organizações que não cumprirem o regulamento estabelecido podem ser multadas, suspensas ou excluídas do sistema.

O manual também ajuda a garantir a segurança do sistema, como vamos explicar a seguir.

O Pix é seguro?

Sim, o Pix tem a segurança garantida por contar com tecnologias como criptografia para proteger os dados dos usuários, assim como ocorre em outros tipos de transferência bancária.

Os dados de cada movimentação trafegam pelo Sistema Financeiro Nacional (SFN).

Além disso, as próprias instituições participantes implementam medidas de controle de acesso como login e senha, biometria e reconhecimento facial.

Somente dessa forma, é possível manter o sistema funcionando sem interrupções por 24 horas, mesmo em domingos e feriados.

Por isso, não há registro de crimes envolvendo invasão e quebra de protocolos de segurança do Pix.

Ainda assim, é preciso tomar cuidado com a engenharia social, ou seja, a prática criminosa de induzir uma pessoa a realizar uma ação prejudicial.

No caso do Pix, alguns golpistas conseguem convencer pessoas a fazerem transferências ou encaminhar seus dados de acesso.

Portanto, o uso da ferramenta em si é seguro, porém é preciso tomar cuidado com pessoas mal-intencionadas.

Ainda neste artigo, vamos abordar os principais golpes envolvendo o sistema de transferências.

Antes, confira uma de suas definições mais básicas.

O que é chave Pix?

A chave Pix é o código usado para identificar o cadastro do usuário da conta bancária no sistema do Pix.

A cada transferência solicitada, é por meio da chave que o sistema do Pix verifica os dados do usuário e do seu banco para realizar a transferência de forma rápida e precisa.

Portanto, funciona como um endereço ou caminho para onde a transferência deve ser enviada.

Quais os tipos de chave Pix?

Além do QR Code e da chave aleatória, é possível criar chaves Pix através do número de celular, e-mail, CPF ou CNPJ.

O usuário pode escolher sua chave entre as seguintes opções:

  • O número do CPF, para pessoas físicas
  • O número do CNPJ, para pessoas jurídicas
  • O número do telefone celular
  • Um endereço de e-mail
  • Pix copia e cola: uma sequência aleatória com 32 caracteres.

Cada pessoa física pode criar até cinco chaves por conta bancária. Já para pessoas jurídicas, o limite é de 20 chaves por conta.

Cada chave Pix deve ser única e só pode ser cadastrada em uma conta bancária, não podendo ser criada a mesma chave em outra instituição.

Como cadastrar uma chave Pix? Passo a passo!

Para fazer o cadastro de uma chave Pix, é preciso ter o aplicativo da instituição financeira instalado em um dispositivo móvel.

O app precisa estar desbloqueado – ou seja, apto a realizar movimentações.

O processo para desbloquear o app pode variar de banco para banco, e em alguns casos pode ser preciso ir à agência bancária ou a algum terminal.

Se você já usa o app para pagar contas e realizar outros tipos de transferências, poderá cadastrar sua chave sem problemas.

Com o aplicativo habilitado, basta seguir estes passos:

  • Procure a opção Pix
  • Selecione a opção relacionada às chaves (geralmente aparece como “Minhas chaves”)
  • Selecione a opção para cadastrar uma nova chave
  • Escolha qual tipo de chave você quer cadastrar.

Alguns bancos, como a Caixa Econômica Federal, exigem uma ativação em um terminal de caixa eletrônico como medida de segurança.

Outros pedem algum tipo de identificação por biometria no próprio dispositivo.

Depois dessas etapas, você já pode começar a pagar e receber por Pix.

Como fazer um Pix?

Para fazer uma transferência Pix, basta acessar o aplicativo da sua instituição financeira e selecionar a opção de pagamento.

Dependendo do app, pode aparecer como “Pagar”, “Enviar Pix” ou “Transferir”.

Então, é preciso escolher a forma como esse pagamento será feito.

As principais opções de pagamento por Pix são as seguintes:

  • Pagar com uma chave: após selecionar, escolha qual é o tipo de chave do recebedor e depois, digite o código
  • Capturar QR Code: ao selecionar essa opção do Pix QR code, a câmera do celular é habilitada para que você fotografe um código com dados da cobrança
  • Pix Copia e Cola: também funciona por código, mas nesse caso você copia uma sequência de letras e números que será informada para fazer o pagamento – mas atenção: esse código é diferente da chave aleatória, que deve ser informada na primeira opção
  • Inserir dados manualmente: o pagador precisa digitar todos os dados bancários do recebedor para fazer a transferência.

Os aplicativos geralmente disponibilizam outras opções para facilitar a vida do cliente.

Veja algumas:

  • Favoritos: ao realizar o pagamento com uma chave, muitos bancos permitem cadastrar o código para poder fazer novas transferências sem precisar digitá-la novamente
  • Lista de contatos: o sistema lista os contatos da agenda telefônica do celular que têm chave de telefone cadastrada para que o usuário selecione
  • Capturar QR Code em PDF: basta selecionar o arquivo no formato PDF que tem o QR Code para que o sistema leia o código sem precisar habilitar a câmera.

Como receber um Pix?

O meio mais fácil de receber uma transferência por Pix é informando a sua chave para a pessoa que vai fazer o pagamento.

Porém, essa maneira é mais apropriada para transferências entre pessoas físicas.

Empresas de vendas e de prestação de serviços e até mesmo profissionais autônomos costumam oferecer formatos mais ágeis e cômodos para seus clientes.

As duas principais formas de receber um Pix no comércio são:

  • QR Code: a empresa disponibiliza o código para que o cliente use a câmera do celular para ler e fazer o pagamento
  • Copia e Cola: o código para viabilizar a transferência pode ser enviado ao cliente por e-mail, SMS ou WhatsApp, portanto é uma boa alternativa para lojas virtuais.

Se você tem um negócio e pretende receber por Pix, siga lendo este artigo para saber como adotar essa forma de cobrança.

Tem como cancelar um Pix?

Por se tratar de um método de transferência instantânea, o Pix não pode ser cancelado pela pessoa que fez o pagamento.

Caso uma transferência seja feita por engano, é preciso contatar a pessoa para pedir a devolução.

Por isso, é importante revisar bem a chave e o valor antes do envio.

Somente se a pessoa comprovar que foi vítima de um golpe, existe um mecanismo para tentar reaver o valor a partir do bloqueio das contas de quem recebeu a transferência.

Mais adiante neste texto, vamos explicar como funciona esse recurso.

Antes, conheça outras funcionalidades e formas de usar o sistema.

Como cancelar um Pix agendado?

Os aplicativos de algumas instituições financeiras permitem o agendamento de uma transferência Pix.

Nesse caso, é possível cancelar o envio antes que ele seja concretizado.

Os passos variam de acordo com o app, mas em geral basta acessar uma lista com todos os agendamentos para selecionar e cancelar.

Em alguns, isso pode ser feito diretamente na área do Pix, enquanto em outros é preciso acessar o extrato da conta.

Além disso, certas plataformas só aceitam o cancelamento um dia antes da data agendada.

Como estornar um Pix?

Embora não haja estorno no sistema do Pix, algumas plataformas de pagamento contam com uma função para automatizar a devolução de valores.

O sistema da Vindi permite criar uma nova transação para reverter um pagamento sem a necessidade de pedir os dados do consumidor para fazer um novo Pix.

Para usar esse recurso, é preciso realizar um estorno até 90 dias após o pagamento.

Basta acessar a transação dentro do sistema da Vindi, informar se o estorno será total ou parcial e confirmar o reembolso.

Porém, uma pessoa física não tem como fazer um estorno automatizado.

Nesses casos, ela terá de pedir os dados da outra pessoa ou empresa para fazer a devolução em uma nova transferência.

Como funciona o Pix parcelado?

No Pix parcelado, o valor de um pagamento é dividido em parcelas, como se fosse uma compra no crédito.

Como ainda não existe uma regulamentação fixa, as regras do parcelamento variam bastante conforme a instituição que oferece a modalidade.

A semelhança entre elas é que o estabelecimento que faz a venda recebe sempre o valor integral.

Em resumo, existem três formatos diferentes de Pix parcelado:

  • Com cartão: o limite do cartão de crédito do próprio consumidor é usado para garantir o pagamento das parcelas
  • Sem cartão: o consumidor contrata uma espécie de empréstimo para garantir o pagamento com juros e, em alguns casos, também precisa pagar uma taxa ao lojista. Aliás, quem é empreendedor deve sempre ficar atento aos pagamentos via Pix.
  • Com parcerias: algumas fintechs oferecem um parcelamento em duas ou três vezes sem juros, apenas com uma multa por atraso.

Existe um projeto do Banco Central de implementar o Pix Garantido, que será o método oficial de parcelamento do sistema.

Nesse formato, as instituições financeiras oferecerão uma linha de crédito chamada de “valor limite” para que os clientes agendem pagamentos por Pix para 30, 60 ou 90 dias, mesmo sem saldo no momento da compra.

A tendência é que o lançamento dessa modalidade seja feito ainda em 2024.

Quando isso acontecer, é bem provável que os juros dos demais formatos caiam.

Quais as vantagens do Pix para empresas?

O uso do Pix pode ajudar um negócio de várias formas.

Confira na sequência as principais vantagens do uso do Pix para empresas:

  • Popularidade: como vimos no início deste artigo, existem centenas de milhões de chaves de Pix cadastradas, ou seja, é uma forma de pagamento muito popular e, portanto, bastante usada pelos consumidores
  • Economia: os valores das taxas são bem menores do que as do cartão ou boleto bancário, sendo que empresas de algumas categorias jurídicas sequer precisam pagar
  • Rapidez na transferência: os valores de cada venda caem na conta de pessoa jurídica no mesmo dia, ao contrário de outros formatos
  • Agilidade nos pagamentos: para negócios presenciais que precisam de agilidade, as cobranças por QR Code na maquininha garantem um pagamento rápido
  • Produtividade: além de receber, a empresa também pode usar o Pix para pagar fornecedores, impostos e até funcionários, poupando tempo e, consequentemente, aumentando a produtividade das equipes.

Saiba mais sobre o Pix para empresas no vídeo abaixo:

O que é e como gerar um QR Code Pix?

O uso do QR Code nas cobranças por Pix é cada vez mais comum no comércio, em razão da agilidade que essa tecnologia proporciona.

QR Code é uma imagem que pode ser lida por câmeras dos celulares e decodificada pelos aparelhos, revelando informações como endereços de sites ou dados de ingressos para eventos.

No caso do Pix, o QR aponta as informações da cobrança, para que o usuário não precise digitar a chave.

Há dois tipos de QR Code para Pix:

  • Dinâmico: é um código gerado unicamente para cada transação, incluindo a chave aleatória, o valor da cobrança e outros dados, como eventuais descontos ou juros e datas de vencimento
  • Estático: é um código fixo criado para substituir a chave Pix, podendo ter um valor fixo ou permitir que o pagador indique quanto vai transferir.

Dependendo da instituição financeira, o QR Code pode ser gerado diretamente a partir do app, selecionando a opção para receber por Pix.

Outra alternativa para gerar o código é usar uma maquininha de cartão.

O QR Code dinâmico é bastante usado em estabelecimentos que costumam ter fila no caixa, como supermercados, bares e boates.

Como cada cobrança já inclui o valor, o usuário precisa apenas selecionar a opção, capturar o código com seu celular e confirmar o pagamento.

Já o QR Code estático não precisa de maquininha e pode ser usado várias vezes.

Isso acontece, por exemplo, no caso de arrecadações, doações ou crowdfunding de produtores de conteúdo.

A empresa pode ter um único código para todas as compras em determinado preço ou deixar que o cliente preencha o valor a ser pago.

Como criar um Pix copia e cola?

O Pix Copia e Cola é um código com 32 letras e números aleatórios gerado a partir de um QR Code.

O processo de pagamento nesse formato é semelhante ao de copiar os números do código de barras para pagar usando o app do banco no celular.

Primeiro, a pessoa que for pagar deve copiar o código recebido no celular mantendo o dedo sobre ele por alguns segundos.

Depois, é preciso acessar o app de sua instituição financeira, entrar na área de pagamento por Pix, selecionar a opção Pix Copia e Cola e manter o dedo sobre o campo em branco para colar o código.

Assim como o QR Code, esse código pode ser gerado pelo aplicativo de uma instituição financeira, desde que ela ofereça essa funcionalidade.

Além disso, plataformas de pagamento como a Vindi também oferecem a função de gerar um código de Pix Copia e Cola para realizar cobranças – inclusive cobranças recorrentes no Pix.

A funcionalidade é bastante útil no e-commerce, pois se o cliente estiver usando o celular para fazer compras, é inviável capturar o QR Code.

Por outro lado, o Copia e Cola torna o pagamento bastante rápido e fluido.

Outra possibilidade é usar esse código em cobranças por e-mail ou SMS, ou mesmo inserir em um boleto bancário para agilizar o pagamento.

Pix como alternativa ao boleto bancário

O Pix e o boleto bancário têm algumas semelhanças entre si, principalmente para quem trabalha com e-commerce.

Tanto que, por conta dessas semelhanças, atualmente existe uma modalidade que une os dois meios de pagamentos, frequentemente chamada de “BolePix”. 

Como o próprio nome já indica, o Bolepix nada mais é do que um boleto que também traz o QR Code para pagamento via Pix.

Uma vez pago por esta via, o boleto é baixado automaticamente.

Esse é um grande avanço já que, até o surgimento do novo método, os consumidores que não têm cartão de crédito só tinham a alternativa do boleto para fazerem suas compras.

O problema é que o boleto bancário leva de um a três dias para compensar.

Assim, além de demorar a receber, o comerciante ainda precisa esperar a compensação para fazer o envio.

Por outro lado, o Pix pode ser usado nas vendas online com os mecanismos que mostramos acima, o QR Code e o Copia e Cola.

Os códigos podem aparecer diretamente na página do checkout, agilizando o processo de compra.

Assim, o valor entra na mesma hora na conta da empresa.

Mas as vantagens do Pix não se limitam à venda pela internet.

Qualquer negócio que usa boleto bancário em suas cobranças pode aproveitar essa agilidade para receber logo seus pagamentos.

É possível enviar o QR Code e o Copia e Cola direto por e-mail e SMS, possibilitando o pagamento na mesma hora pelo celular.

Desta forma, é possível melhorar a experiência do cliente, oferecendo um meio de pagamento ágil e fácil de usar.

O uso do Pix vai matar meios de pagamento como Boleto e TED?

Com o uso do Pix em alta, é inevitável pensarmos em como deve ser o futuro dos meios de pagamento.

O boleto bancário é hoje a única alternativa para os chamados “desbancarizados” – ou seja, as pessoas que não têm acesso a serviços bancários – poderem comprar online.

Em 2023, o Brasil ainda tinha cerca de 4,6 milhões de pessoas sem conta, o equivalente a 3% da população adulta, segundo dados do Instituto Locomotiva citados no Valor Econômico.

Esse número reduziu bastante em relação à pesquisa feita anteriormente, em 2021, que apontou 16,3 milhões de desbancarizados.

Também é importante notar que, embora o Pix tenha tido mais transações isoladas, o TED movimentou um valor maior em 2023.

As transferências pelo primeiro método instantâneo surgido no país somaram R$ 40,6 trilhões, segundo a pesquisa da Febraban que citamos no começo deste artigo.

Ou seja, mais que o dobro do Pix.

A causa desse volume ainda alto de TED é que essas transferências são usadas por grandes empresas, que ainda se valem dos mesmos processos desde antes do surgimento do Pix.

Por isso, essa ferramenta ainda é mais usada para transferências de valores mais altos.

Se levarmos em conta os dados da Febraban, é importante destacar que o crescimento dos valores transacionados via Pix foi de 58%, enquanto as movimentações por TED recuaram 0,2%.

Portanto, embora haja uma tendência clara de crescimento do Pix frente ao boleto e TED, ainda é cedo para falarmos em extinção.

O que é o saque Pix?

O saque Pix é uma forma de “transformar” uma transferência Pix em dinheiro em espécie.

Saque Pix é um serviço em que o cliente pode realizar uma transferência usando o método instantâneo e receber o mesmo valor em dinheiro em espécie.

Em outras palavras, é como se fosse um saque em um terminal de autoatendimento.

A diferença é que, nesse caso, o cliente não precisa do seu cartão do banco – basta ter o Pix habilitado no celular.

O Pix Saque é oferecido por estabelecimentos autorizados pelo Banco Central, podendo ser comércios como lojas, padarias e mercados, agências lotéricas ou mesmo caixas eletrônicos.

Os saques seguem um limite de R$ 3 mil durante o dia, das 6h às 20h, e R$ 1 mil nos horários inversos – mas os estabelecimentos podem definir um limite menor, se quiserem.

Existem também o Pix Troco, uma modalidade semelhante voltada a estabelecimentos comerciais.

Nela, a pessoa que faz uma compra no local pode fazer um Pix de um valor maior, para receber a diferença em espécie.

Pix internacional: é possível fazer Pix para fora do Brasil?

Atualmente, não é possível fazer uma transferência por Pix para contas fora do Brasil.

Porém, como vários outros países também contam com sistemas de transferência instantânea, existe um estudo em andamento para implementar uma espécie de Pix internacional.

Idealizado em Singapura, o projeto Nexus tem como objetivo interligar vários desses sistemas.

A iniciativa está sendo planejada pelo hub de inovação do Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês).

A entidade tem sede na Suíça e é conhecida como o “banco central dos bancos centrais”.

O objetivo é superar alguns obstáculos para transferências internacionais, como diferenças de padronização, fuso horário e dificuldades para viabilizar a proteção dos dados de usuários.

Além disso, o novo sistema ainda precisa adotar uma linguagem que possa unificar padrões de mais de 60 sistemas diferentes e ainda realizar conversões de câmbio.

Diante de tantas dificuldades, ainda não podemos precisar um prazo para o lançamento desse novo sistema ou saber detalhes de seu funcionamento.

No entanto, o futuro pode reservar ainda mais facilidades para usuários do Pix.

Como evitar fraudes e golpes com o Pix?

O sistema do Pix garante a proteção dos valores e dados bancários dos usuários com camadas de autenticação e criptografia.

Por isso, o Pix é altamente seguro.

Porém, a instantaneidade das transferências abre margem para crimes de engenharia social.

Neles, golpistas induzem as vítimas a repassarem dados pessoais ou fazerem transferências.

Veja alguns dos tipos comuns de fraudes e golpes com Pix:

  • Perfil falso no WhatsApp: criminosos usam fotos das vítimas, obtidas em redes sociais, e procuram pelo número de seus contatos para pedirem uma transferência
  • Clonagem do WhatsApp: criminosos se passam por representantes de uma empresa ou órgão federal e pedem à vítima um código de segurança que é enviado por SMS, e usam esse código para invadir a conta do WhatsApp e pedirem uma transferência a um conhecido
  • Golpe do Pix agendado: o criminoso agenda uma transferência para a vítima e entra em contato avisando que fez um pagamento por engano e pedindo a devolução do valor, para depois cancelar o agendamento
  • Página falsa: o criminoso cria um link falso para que vítima cadastre seu Pix e rouba seus dados bancários 
  • QR Code falso: criminosos realizam transmissões falsas de lives na internet que pedem doações, trocando o QR Code para que as vítimas façam transferências para eles, em vez de contribuírem com alguma campanha.

Para evitar crimes como esses, siga essas dicas:

  • Habilite a autenticação em dois fatores nos seus apps
  • Jamais informe a ninguém um código de SMS que você recebeu, pois esse código é gerado a partir da tentativa dos próprios golpistas de invadirem seu perfil em algum app
  • Não envie valores a amigos ou familiares sem telefonar para eles antes para confirmar que eles mesmos pediram
  • Confira a procedência dos links que você receber.

Como denunciar um golpe com o Pix?

Como mencionamos antes, a transferência por Pix não pode ser cancelada, a não ser em caso de fraude.

Para essas situações, o Banco Central criou uma ferramenta chamada Mecanismo Especial de Devolução (MED).

O cliente que acredita ter sido vítima de golpe deve registrar um pedido de devolução na própria instituição financeira responsável pela conta.

É preciso que esse pedido seja feito até 80 dias após a transferência.

Se a instituição entender que o caso deve ser repassado para o MED, o mecanismo realiza uma análise da situação em até sete dias.

Caso a fraude tenha sido comprovada, em até quatro dias o cliente pode receber de volta o valor, ou uma parte dele.

Caso o problema não seja resolvido, procure o Procon do seu estado ou envie uma reclamação pelos canais de comunicação do Banco Central.

E de qualquer forma, não deixe de registrar um boletim de ocorrência na Polícia Civil.

Outra pessoa pode cadastrar minha chave Pix no banco dela?

O sistema do Pix conta com vários mecanismos de segurança criados para evitar o cadastro de uma chave por uma terceira pessoa.

Por isso, é impossível que uma pessoa consiga criar uma chave com dados de outra em um banco diferente, segundo o Infomoney.

Quem faz um cadastro por CPF ou CNPJ sequer consegue preencher o número, pois é o próprio sistema que vai informar.

Por isso, não é possível cadastrar um número de identificação de outras pessoas físicas ou jurídicas.

Da mesma forma, o cadastro pelo número do telefone celular só pode ser realizado depois de uma verificação por SMS, feita automaticamente para garantir que o número pertence mesmo à pessoa.

Assim, somente informando o código que foi enviado para o número cadastrado é possível criar a chave.

Com o e-mail, o procedimento é parecido.

Por isso, se um criminoso tentar cadastrar o seu endereço, você receberá uma mensagem de verificação.

Basta ignorar o e-mail para que a pessoa não consiga cadastrar o seu endereço.

Devido a esses mecanismos de segurança, você não precisa se preocupar com o cadastro irregular de algum dado seu no Pix.

Como funciona o Pix da Vindi?

Até aqui, vimos as principais características e funcionalidades do Pix.

Porém, para uma empresa que trabalha com vendas, é necessário contar com ferramentas que agilizem as cobranças.

Afinal, pega mal pedir para o cliente inserir manualmente a chave e o valor para fazer uma transferência.

Por isso, você tem só vantagens com o Pix da Vindi.

Veja como nosso sistema pode ajudar seu negócio:

  • Estorno total e parcial: como já explicamos neste artigo, o estorno no sistema da Vindi pode ser feito com apenas um comando, sem precisar pedir dados para o cliente
  • Menor tempo de aprovação: ao usar o Pix, você ganha agilidade na aprovação das transações, resultando no aumento da sua taxa de conversão
  • Link de pagamento: você pode criar um link customizável para enviar a seus clientes, facilitando o processo de pagamento e melhorando sua experiência
  • Conciliação com outros métodos: o sistema da Vindi permite conciliar vendas feitas por Pix junto com outras formas de pagamento, como boleto e cartão, simplificando a gestão financeira do negócio
  • QR Code customizável: com o sistema da Vindi, você pode gerar QR Codes e códigos Copia e Cola dinâmicos que, além do valor e da chave, incluem também a data de expiração, que pode ser configurada facilmente em um sistema intuitivo
  • Fluxo de caixa: o valor cai na sua conta no mesmo dia, em horários predefinidos
  • Split de pagamentos: para empresas que trabalham com parcerias, esse recurso automatiza a divisão do pagamento entre diferentes recebedores.

Conheça as vantagens de usar o Pix na Vindi.

Como funciona a cobrança recorrente no Pix?

O Banco Central ainda trabalha em uma maneira oficial de programar pagamentos periódicos por Pix, para negócios que adotam o modelo de assinaturas.

As regras para o funcionamento já foram publicadas, e o lançamento dessa funcionalidade está previsto para ocorrer em outubro de 2024.

Embora ainda não exista uma maneira padronizada de usar o Pix na recorrência, o seu negócio pode usar uma ferramenta para automatizar os envios do QR Code ou do código Copia e Cola.

Assim, o assinante pode receber a fatura com esses dados a cada mês, na data que escolher, para fazer o pagamento em poucos minutos – ou segundos.

E o setor financeiro de sua empresa não precisa se preocupar em encaminhar o código todo mês, pois a ferramenta se encarrega de realizar essa tarefa conforme a configuração realizada.

Confira no próximo tópico como a Vindi pode realizar as cobranças periódicas automaticamente.

Como funciona o Pix na Recorrência da Vindi?

Com a plataforma da Vindi, é possível configurar o Pix na recorrência de uma maneira simples e prática.

Basta fazer uma única configuração com os dados do cliente.

Assim, a cada mês, ele receberá um link com os códigos, podendo pagar sua fatura em poucos segundos.

A empresa também pode se antecipar a eventuais casos de inadimplência programando uma régua de cobrança automatizada, com o envio automático de notificações caso passem determinado número de dias do vencimento.

Caso o negócio trabalhe com parcerias, também é possível vender com Pix e usar o split de pagamento na recorrência, automatizando a divisão dos valores recebidos todo mês.

São ferramentas que podem aumentar muito a produtividade das suas equipes, além de reduzir a inadimplência.

Portanto, se a sua empresa realiza cobranças periódicas no modelo de assinatura, nossa plataforma é ideal para oferecer a seus clientes mais essa forma de pagamento a partir da automatização das cobranças recorrentes.

Conheça mais os detalhes do Pix na Recorrência da Vindi:

Perguntas frequentes sobre o Pix

Veja agora as respostas para algumas dúvidas que podem aparecer quando o assunto é Pix.

Quem criou o Pix?

O Pix foi idealizado pelo Banco Central do Brasil.

Na época, o presidente da instituição era o economista Ilan Goldfajn.

Porém, o desenvolvimento do sistema também teve a participação de um grupo de trabalho chamado GT-Pagamentos Instantâneos, que contou com cerca de 130 instituições.

Por que Carlos Eduardo Brandt é chamado de “Pai do Pix”?

Carlos Eduardo Brandt é chamado de “Pai do Pix” porque foi um dos principais responsáveis pela elaboração do método de transferência instantânea.

Desde 2015, o executivo atua como chefe de departamento adjunto do Banco Central do Brasil.

Nesse cargo, ele liderou uma equipe de especialistas que deu início a um trabalho conjunto com diversas instituições financeiras e de pagamento, que culminou na criação do Pix.

Em palestra no Innovation Pay 2022, Brandt preferiu deixar esse apelido de lado e valorizar os aspectos positivos do sistema.

Quando foi criado o Pix?

O desenvolvimento do Pix teve início em abril de 2018, com a formação do grupo de trabalho responsável por elaborar a nova plataforma.

Após passar por uma fase de testes durante alguns meses, o sistema passou a funcionar oficialmente às 9h30min do dia 16 de novembro de 2020.

O Pix vai ser taxado?

O Pix pode ser taxado para algumas empresas, com valores definidos por cada instituição financeira.

Porém, para pessoas físicas e negócios enquadrados nas categorias Empresários Individuais (EI) e Microempreendedores Individuais (MEI), o uso da ferramenta é gratuito, com algumas exceções:

  • Usar um canal de atendimento presencial
  • Receber mais de 30 transferências por mês
  • Receber por QR Code dinâmico
  • Receber por QR Code de pessoa jurídica
  • Receber em conta de uso comercial.

Com quantos anos pode ter Pix?

Em geral, é preciso ter 18 anos para abrir uma conta bancária e usar o Pix por iniciativa própria.

Porém, se a conta bancária for aberta pelo representante legal, é possível usar o Pix a partir dos 16 anos.

Antes dessa idade, somente o responsável pode fazer movimentações.

O Pix existe em outros países?

O Pix propriamente dito, com o nome e as características que conhecemos bem, só existe no Brasil.

Porém, em vários outros países existem métodos de transferência semelhantes, que permitem pagamento instantâneo por meio de um aplicativo no smartphone.

Segundo pesquisa realizada pela ACI Worldwide em parceria com a Global Data (em inglês), mais de 70 países contam com sistemas de pagamento instantâneo.

É possível receber via Pix na maquininha?

Sim, é possível receber pagamentos por Pix na maquininha por meio da geração de um QR Code dinâmico.

Ou seja: o equipamento gera um código que pode ser capturado pela câmera do celular do cliente.

Esse código inclui várias informações, como a chave que vai receber a transferência, o valor e dados para cálculos de juros e multas por atraso.

Por isso, o consumidor só precisa capturar o código e confirmar a transação, o que agiliza bastante a venda.

Minha chave Pix é telefone, o que fazer se meu número mudar?

A pessoa que cadastrou seu número do celular como chave e vai trocar o número do celular tem duas alternativas:

  • Excluir a chave antiga no aplicativo de seu banco e cadastrar o número novo
  • Fazer a portabilidade do número.

O segundo caso é necessário quando o novo número já foi usado por outra pessoa antes.

Nesse caso, é preciso aguardar um período de sete dias para que o antigo dono do número confirme que não usa mais aquela sequência.

O Pix funciona offline? O que é o Pix NFC?

O Pix ainda não funciona offline, pois depende de uma conexão com a internet para funcionar.

No entanto, o Banco Central trabalha na criação do Pix NFC, uma maneira de viabilizar transações pela tecnologia de pagamento por aproximação, segundo os sites Tecnoblog e Techtudo.

Assim, será possível viabilizar cobranças no Pix em regiões remotas, sem acesso à internet.

Outras possibilidades para isso seriam as tecnologias Bluetooth, RFID ou biometria.

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