Será que existe o Pix em outros países?

O sistema de transferência instantânea do Banco Central vem se popularizando muito no Brasil e é uma referência no mundo.

Por isso, já é difícil imaginarmos uma realidade sem ele.

Neste artigo, vamos mostrar como é o cenário de pagamentos instantâneos pelo mundo.

Você vai ver que, embora não seja o único, o sistema brasileiro é um grande caso de sucesso.

Portanto, leia e saiba tudo o que você precisa sobre o Pix em outros países!

Do Pix ao real digital

 

Existe Pix em outros países?

O Pix é um sistema criado pelo Banco Central do Brasil, portanto é exclusivo para clientes de instituições financeiras que atuam no país.

Porém, existem outros sistemas semelhantes em vários países.

Cada um tem sua particularidade, portanto dificilmente vamos encontrar um sistema exatamente igual ao Pix em outros países.

Por exemplo, em Portugal, o sistema MB Way permite transferências pelo celular, mas para aderir é preciso cadastrar um cartão bancário e um telefone celular.

O processo é mais trabalhoso na comparação com o Pix, mas os portugueses têm a vantagem de poder fazer saques em caixas eletrônicos.

Além disso, o Bizum (Pix da Espanha) é bem parecido, mas é um sistema gerido por uma empresa privada em que os bancos podem aderir se quiserem.

Além disso, o usuário pode cadastrar apenas o número do celular como chave, sem opções como CPF, CNPJ e e-mail.

Em que países existe pagamento instantâneo como o Pix?

De acordo com a pesquisa Prime Time for Real-Time 2023 (em inglês), realizada pela ACI Worldwide em parceria com a GlobalData, mais de 70 países adotam sistemas de pagamento instantâneo.

Porém, o termo é muito abrangente.

Nem todos esses sistemas possibilitam o uso do celular, por exemplo.

Alguns países com um sistema avançado como o Pix, que possibilita transferência por smartphone, são:

  • Austrália
  • Bélgica
  • Brasil
  • Canadá
  • Chile
  • China
  • Colômbia
  • Dinamarca
  • Finlândia
  • França
  • Alemanha
  • Índia
  • Quênia
  • Malásia
  • México
  • Holanda
  • Noruega
  • Cingapura
  • África do Sul
  • Espanha
  • Suécia
  • Tailândia
  • Reino Unido
  • Estados Unidos.

Qual o primeiro país que lançou pagamento instantâneo?

O Japão foi o primeiro país a ter um sistema de pagamento instantâneo.

O sistema Zengin foi criado em 1973 pela Japanese Bankers Association (JBA), possibilitando que uma transferência bancária fosse feita em segundos pela primeira vez na História.

Porém, esse sistema acabou não se popularizando muito, e seu uso foi limitado a transações de alto valor.

Também não é um dos mais avançados, e até hoje os japoneses não têm um meio de transferir dinheiro pelo smartphone.

No início dos anos 2000, outros sistemas surgiram em países como Taiwan, Coreia do Sul e o próprio Brasil, com a Transferência Eletrônica Disponível (TED).

Em 2008, surgiu o primeiro sistema nos moldes do Pix: o Faster Payment Service, do Reino Unido.

Além de não ter limites de horário, o método possibilita transferências por smartphone, pela internet no computador e até por linha telefônica.

É possível enviar Pix para fora do Brasil?

O Pix não possibilita envio de valores para contas bancárias de outros países.

Espera-se que em alguns anos o Pix internacional seja realidade. Saiba mais sobre o projeto no Podcast do CanalTech

Existe um projeto em andamento pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês), entidade sediada na Suíça e conhecida como o “banco central dos bancos centrais” para integrar sistemas de transferência instantânea.

O nome é Projeto Nexus, e a expectativa do Banco Central é que a iniciativa seja lançada até 2025. 

Números sobre pagamentos instantâneos no Brasil e no mundo

Em 2022, o Brasil foi responsável por 15% do total de transferências instantâneas no mundo, conforme o relatório da ACI Worldwide que citamos acima.

A pesquisa coloca o Brasil na segunda posição do mundo em relação ao número de transações em tempo real no ano, com 29,2 bilhões.

Embora o relatório também leve em conta os TEDs, a maior parte dessas operações foi via Pix.

Segundo dados do Banco Central, o sistema de pagamentos instantâneo movimentou R$ 10,9 trilhões em 2022.

Na pesquisa da ACI, a primeira colocada no número de operações foi a Índia, com 195 bilhões de transferências no ano.

Porém, a taxa de crescimento no ano brasileira foi de 228,9%, enquanto a indiana foi de 76,8%.

A lista dos cinco países com mais transferências instantâneas se completa com China (17,6 bilhões), Tailândia (16,5 bilhões) e Coreia do Sul (8 bilhões).

No mundo inteiro, o volume foi de 195 milhões.

A expectativa para 2027 é que esse número cresça para 511,7 bilhões e represente 27,8% do total de transações eletrônicas.

Em relação ao Brasil, o estudo estima que em 2027 o Brasil chegue a 111,2 bilhões de transferências, mais de 21% do total no planeta.

Quais os benefícios do Pix para empresas?

Veja algumas vantagens do uso do Pix para empresas

  • Agilidade: os pagamentos podem ser feitos de forma prática e a transferência é rápida
  • Redução de custos: o Pix não tem taxas para o público em geral, e as tarifas para empresas não são altas
  • Melhor experiência: o público pode se valer de um tipo de pagamento rápido, totalmente digital e sem burocracia
  • Segurança: o sistema tem recursos avançados para evitar fraudes e crimes virtuais.

Se você quiser saber mais sobre o sistema brasileiro de transferências, o blog da Vindi tem vários artigos.

Aqui, você poderá conferir se o Pix é seguro, como funciona seu uso na maquininha de cartão com QR Code e como a chave aleatória pode aumentar a privacidade e a segurança do usuário.

Veja também como o Pix tem superado outras formas de pagamento e uma comparação com o boleto bancário.

Para conhecer melhor os principais meios de pagamento, faça o download gratuito do nosso e-book sobre o assunto!

banner para download de e-book sobre meios de pagamento

Qual o país que criou o Pix?

O Pix foi criado no Brasil, pelo Banco Central, como um sistema de transferência instantânea. Por isso, só pode ser usado por clientes de instituições financeiras que operam no país. O sistema brasileiro se destaca em relação aos de outros países porque está disponível em praticamente todos os bancos, já que a adesão é obrigatória para instituições com alto número de clientes. Atualmente, o número de bancos chega perto de 800.

Existe Pix em outros países?

Não existe Pix em outros países, já que o sistema brasileiro é restrito a instituições reconhecidas pelo Banco Central. Porém, existem vários sistemas de transferência instantânea pelo mundo. Segundo pesquisa, mais de 70 países contam com transferências instantâneas, sem contar outros em fase de implementação. A Índia é o país com maior número de transferências instantâneas no mundo, com 46% do total, e o Brasil vem em segundo lugar.

Dá para enviar Pix para fora do Brasil?

Não dá para enviar diretamente Pix para outros países, pois só instituições que operam no Brasil podem usar o sistema. Porém, é possível contratar serviços de remessa para o exterior, como Western Union e Global66, e fazer o pagamento por Pix. Nesse caso, a empresa vai cobrar uma taxa. Espera-se que até 2025 seja lançado o projeto Nexus, que promete interligar sistemas do mundo todo em uma espécie de Pix internacional.

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Vamos supor que você esteja de acordo com isso, mas você pode optar por não participar, se desejar.
Aceitar consulte Mais informação Aceitar Leia mais

Política de privacidade e cookies