O que podemos esperar do mercado varejista para 2023? Chegou o momento de olharmos para frente e darmos início ao planejamento do próximo ano – e, para isso, nada melhor que olhar o que dizem os números.
A Opinion Box, em parceria com a Dito, divulgou uma pesquisa que identifica algumas tendências a partir do comportamento do consumidor.
Neste artigo, vamos mostrar o que podemos esperar do mercado varejista com base no estudo.
Tendências do mercado varejista para 2023
Confira abaixo quais são as principais expectativas do varejo no Brasil em 2023 de acordo com a pesquisa da Opinion Box e da Dito.
Como os consumidores do mercado varejista preferem comprar?
O ano de 2022 foi marcado pela retomada das atividades presenciais, graças à vacinação da maioria da população. Com isso, as vendas presenciais voltaram a ganhar espaço. Nesse meio tempo, porém, o e-commerce caiu nas graças da população, e agora vemos um equilíbrio entre essas duas modalidades.
Perguntados sobre os tipos de compra que fizeram nos últimos 12 meses, os consumidores responderam assim:
- 73% compraram online
- 70% compraram em lojas físicas
- 63% compraram online, por meio de aplicativos
- 23% compraram online em redes sociais.
Em relação à preferência dos consumidores:
- 44% preferem comprar online
- 17% em lojas físicas
- 39% igualmente pela internet e presencialmente.
Embora as compras online tenham a preferência da maioria, um ponto chama atenção: uma boa parcela dos consumidores prefere comprar pelas duas formas. Isso mostra uma tendência de integração entre os canais offline e online nas lojas. Em outras palavras, é preciso usar estratégias omnichannel.
Online ou offline? Como os compradores do mercado varejista decidem?
Para o varejo brasileiro, mais importante que conhecer o tipo de loja favorito do consumidor é entender o que motiva essa preferência. Por isso, a Opinion Box questionou os entrevistados sobre as razões de escolher fazer compras online e offline, e também os motivos de desistência nos dois formatos.
Em relação à preferência pelo e-commerce, o que mais faz diferença são os preços: 67% dos entrevistados afirmam optar pela internet para pagar menos.
Outra vantagem bastante mencionada foi a conveniência de não precisar sair de casa (62%) e o maior número de promoções neste formato (60%). Por outro lado, 73% afirmaram que desistem de comprar em lojas virtuais por causa do preço do frete.
Portanto, é um fator para se levar em conta.
Preços altos (68%) e prazo de entrega longo (54%) também foram citados, mostrando que a logística deve receber bastante atenção pelos empreendedores do varejo no Brasil.
Já em relação às lojas físicas, dois fatores são essenciais para atrair compradores:
- A chance de ver, tocar e experimentar o produto
- A possibilidade de poder sair da loja com o item em mãos.
Essas duas razões tiveram 71% das respostas, ficando bem à frente das demais – são fatores a serem considerados até mesmo na publicidade de um estabelecimento. Já em relação à desistência, os principais fatores são os preços altos (77%) e uma experiência ruim no atendimento (64%).
O segundo item, em especial, aponta a importância do treinamento e da remuneração adequada para os colaboradores do mercado varejista.
Online, Offline, phygital: como se posicionar nos próximos anos?
Você deve se lembrar que uma das primeiras tendências varejistas que vimos neste artigo aponta um certo equilíbrio entre o e-commerce e uma experiência omnichannel na preferência do público.
Agora veja estes outros dados:
- Uma em cada quatro pessoas deixa de comprar pela internet por não haver neste meio um contato com uma pessoa real
- Para 67% dos entrevistados, uma compra pela internet não substitui totalmente a experiência de ir a uma loja física.
Se pensarmos nesses dados de maneira conjunta, percebemos que ainda há uma certa carência por parte do público pela interação humana, que só pode ser proporcionada em um estabelecimento físico. Aí entra o conceito de phygital, uma palavra que mistura físico com digital.
A ideia é adotar práticas de loja física em comércios virtuais e vice-versa. Enquanto lojas físicas podem instalar totens de autoatendimento, e-commerces podem melhorar a experiência do cliente com chats automatizados ou pessoas reais que possam responder às duas dúvidas.
Uma vez que os dados indicam que a loja física deve continuar firme e forte nos próximos anos, e que muitos usuários sentem falta de um contato real, essa integração tem tudo para ser uma forte tendência varejista.
Marketplaces do mercado varejista
Outra tendência que apareceu com força foi a dos marketplaces, grandes sites de compra que abrigam várias lojas virtuais independentes em troca de comissão pelas vendas. Mais de 90% dos consumidores responderam ter o hábito de fazer compras nesse tipo de plataforma, sendo que 51% usam o serviço com frequência.
Além disso, 68% dos entrevistados relatam comprar mais de marketplaces do que de lojas únicas. Esses dados mostram que os pequenos empreendedores não podem ficar de fora dessas plataformas – e elas podem ser promissoras também para as grandes empresas do mercado de varejo.
Social Commerce decolando
Outra tendência apresentada com força é a do social commerce, a prática de vender produtos diretamente por redes sociais e aplicativos de mensagem. Podemos ver o quanto este formato tem se popularizado a partir dos dados de compras em plataformas coletadas pela Opinion Box.
Confira o percentual de consumidores que já compraram pelas seguintes redes:
- WhatsApp: 58%
- Instagram: 47%
- Facebook: 34%
- YouTube: 20%
- TikTok: 10%.
Outro fator que torna esta tendência ainda mais relevante é o incentivo das próprias plataformas.
O WhatsApp criou um sistema de pagamento próprio, enquanto o Instagram conta com a aba Loja, que funciona como uma vitrine virtual para a compra de produtos.
Além disso, transmissões ao vivo em redes sociais também ajudam a impulsionar vendas, em uma estratégia chamada live commerce. A pesquisa apontou que 40% dos consumidores já realizaram compras após assistirem a uma dessas transmissões.
3 dicas para integrar seu negócio no mundo online e físico
Pelo que você pode conferir neste artigo, a integração entre vendas online e físicas é uma forte tendência para o próximo ano. Por isso, vamos mostrar aqui algumas dicas para ajudar a aproximar esses dois mundos.
Diversifique seus meios de pagamento
Inovações como links de pagamento e carteiras digitais, além do próprio Pix, não podem faltar tanto em lojas físicas quanto virtuais. Assim como os cartões de crédito e de débito, muito importantes nos dois formatos.
Ofereça opções de atendimento
Como mostra a pesquisa, muitos consumidores de lojas físicas podem preferir fazer seus pagamentos a um caixa. Porém, vários outros podem preferir a agilidade de um terminal de autoatendimento. Por isso, é importante oferecer essas duas possibilidades.
Conte com uma plataforma eficiente
A escolha da plataforma de pagamentos para o seu negócio tem grande impacto no seu sucesso, tanto em lojas físicas como virtuais.
As facilidades no pagamento tornam os clientes de hoje mais exigentes, e você pode perder vendas se não proporcionar uma boa experiência de compra. Por isso, conte com um sistema para integrar suas vendas físicas e online. Conte com a Vindi!