Implementar medidas para evitar qualquer tipo de risco financeiro é um meio de se antecipar a eventuais problemas na gestão financeira. Afinal de contas, ninguém quer enfrentar cenários desfavoráveis (mas é ainda pior não estar preparado para eles).
Imprevistos podem acontecer dentro da própria empresa ou mesmo como consequência de um acontecimento no outro lado do mundo. E, nessas horas, saber como agir pode reduzir os danos e impedir outros problemas como consequência, em um “efeito dominó”.
Por isso, você vai conferir o que é risco financeiro, como fazer uma boa gestão dos riscos, por que isso é importante e como implementar no seu negócio. Acompanhe!
O que é Risco Financeiro?
Risco financeiro é a possibilidade de uma empresa ter prejuízo devido a um resultado abaixo do esperado. Esse cenário pode ocorrer por diversos fatores, desde falhas na produção até situações fora do controle, como oscilações no mercado. Já a gestão de riscos financeiros é o planejamento e a implementação de medidas para uma dessas situações.
Esse gerenciamento envolve identificar e classificar possíveis eventualidades e o impacto que elas podem causar, além de elaborar uma estratégia para controlar os danos e reverter a situação.
Qual a diferença entre risco econômico e financeiro?
Risco econômico é a chance de que todas as empresas de determinado segmento sejam afetadas por um cenário desfavorável. Ou seja: a grande diferença entre risco econômico e financeiro é que a primeira diz respeito a um setor inteiro, enquanto o segundo se limita a uma empresa.
Muitas das possíveis causas de risco econômico também podem causar risco financeiro, como a instabilidade política e mudanças na política fiscal. Mas não são todas, já que o risco financeiro também inclui situações internas da empresa.
Tipos de risco financeiro
Como explicamos acima, vários fatores podem acarretar em risco financeiro. Por isso, esse conceito se divide em diferentes tipos. Confira a seguir os principais.
- Riscos de crédito: é a possibilidade de inadimplência, quando uma parte envolvida – em geral, o cliente – não honra seus pagamentos ou obrigações
- Riscos de liquidez: indica uma possível incapacidade de transformar recursos como títulos e ativos em dinheiro
- Riscos de mercado: é a chance de desvalorização devido a oscilações relacionadas a preços de commodities, cenários nacionais ou globais e valores de ações, entre outros fatores econômicos
- Riscos cambiais: representa o perigo de danos causados pela valorização ou desvalorização de determinada moeda
- Riscos legais: causados pela falta de respaldo jurídico de um acordo não formalizado em contrato
- Riscos operacionais: possíveis prejuízos causados por falhas nos processos da empresa, como erros humanos ou problemas em máquinas e softwares
- Riscos de juros: possibilidade de impacto devido a mudanças inesperadas nas taxas financeiras.
Quando olhamos para o risco de crédito, a Inadimplência é uma das principais vilãs nesse cenário. Saiba como a Vindi te ajuda a reverter pagamentos inadimplentes na sua empresa:
Como fazer uma análise de risco financeiro?
Existem algumas técnicas de análise de risco que podem ajudar a avaliar o risco financeiro em determinadas situações. As mais usadas são:
- Análise preliminar de risco: organize todos os riscos em uma tabela, listando o que pode causar a situação e sua possível consequência
- Pergunta “e se?”: formule questões com esse início, conforme os principais tipos de risco financeiro, como “e se o cliente não me pagar” (risco de crédito) e “e se determinado equipamento estragar” (risco operacional)
- Análise de modo e efeito de falha: liste possíveis falhas nos processos em um ranking, considerando as chances de acontecer e o perigo que cada uma representa, priorizando sempre as mais graves.
Por que a análise de risco financeiro é importante?
A análise de risco é importante para preparar as equipes de uma empresa para agirem diante de cenários desfavoráveis. Com ela, a equipe colaboradores saberá tomar as melhores decisões caso ocorra uma dessas circunstâncias, garantindo a eficiência dos processos e, assim, evitar novos riscos que podem ocorrer como consequência.
Como fazer a gestão de riscos financeiros na sua empresa?
A gestão de riscos financeiros envolve uma série de processos, e é importante destacar que os critérios para tomar determinadas decisões variam muito conforme a área da empresa. O que vamos mostrar a partir de agora é uma série de princípios básicos para serem implementados dentro das características do seu negócio.
Mapeamento de riscos
Faça um mapeamento dos principais riscos financeiros relacionados a cada decisão relevante que você precisa tomar para sua empresa. Procure incluir o maior número possível de possibilidades, inclusive aquelas que dificilmente poderiam acontecer.
Analise cada risco incluindo:
- O dano que pode causar
- O potencial de prejuízo
- As chances de uma reação em cadeia
- O momento econômico do país
- Qual indicador pode influenciar.
Feito isso, determine uma ordem de importância.
Estimativa de tolerância
Os dados obtidos no mapeamento ajudam a determinar a tolerância. Muitas decisões que envolvem algum tipo de risco financeiro podem ser benéficas para a empresa – se tudo der certo, é claro. Nesse sentido, a tolerância significa avaliar o quanto cada risco é aceitável para a organização.
Os critérios para isso variam de acordo com as características da sua empresa, e o mais importante é se certificar de que há meios de contornar o eventual cenário negativo.
Elaboração de estratégias
Crie uma estratégia para cada risco, seguindo a ordem de prioridades que você definiu. Pense primeiro na prevenção, para depois criar diretrizes para o cenário indesejado.
Além de reduzir os danos na operação e faturamento, faça uma ramificação para se antecipar a danos colaterais – problemas que podem surgir como consequência de cada risco. Leve em consideração as características do setor onde a empresa atua e eventuais normas de compliance e ESG.
Implementação e monitoramento
Coloque em prática seus planos de prevenção e monitore os resultados a partir de indicadores de desempenho financeiro. Eventualmente, é uma boa prática realizar auditorias, que podem ser:
- Interna: realizada por um consultor de confiança, que reporta os resultados diretamente à diretoria da empresa
- Externa: feita por um auditor de fora, que indica os resultados para acionistas que não atuam diretamente nas operações.
Além de acompanhar as informações da própria empresa, é indicado também monitorar o mercado referente às atividades da organização e o cenário político.
E, se você quer se antecipar a riscos relacionados a cobranças, é importante contar com uma boa plataforma. Somos um ecossistema completo de pagamentos, com soluções para vendas online, presenciais e recorrentes. Conheça a Vindi!