Qual o valor dos dados? Para o Facebook os dados de 50 milhões de usuários valeram um prejuízo de US$ 36,4 bilhões – o que representou uma queda de 6,8% nas suas ações.
Além dos impactos financeiros e de imagem, o Facebook agora lida com uma “crise” porque Mark Zuckerberg, Cambridge Analytica (empresa que roubou esses dados de usuários), o governo norte-americano e o resto do mundo entendem o quão importante são os dados e como eles podem influenciar decisões.
Mas, e você? Sabe me dizer quanto valem os dados da sua empresa e como impactam no seu negócio? Essas informações têm influenciado nas decisões que vão fazer sua organização escalar, tomar força e valer mais no mercado?
Dados, dados e informações…
Estamos em uma época em que a corrida pelo ouro está acirrada. E, neste caso, o ouro são os dados. Hoje já geramos mais de 40 trilhões de gigabytes em dados. E isso é apenas o começo, mas fica a dúvida: o que fazer com tantos dados? A resposta é muito simples: transformá-los em informações.
Muitas empresas, principalmente as de pequeno e médio porte, não dão a devida importância para os dados. Isso pode se tornar um problema quando elas escalarem.
Os dados da empresa – desde o primeiro e-mail marketing até o prospect realmente se tornar um cliente e tiver contato com a área de customer success – geram informações valiosas.
Em toda essa jornada do cliente você consegue obter diversas informações. Seguem alguns exemplos:
- Localização;
- Comportamento;
- Utilização de Produto/Serviço;
- Índice de churn por segmento.
Como usar os dados a seu favor?
Localização
Vamos supor que temos todas essas análises citadas acima. Só com a localização é possível fazer ações de marketing em locais que trazem mais faturamento e não foram tão explorados. Também podemos cruzar essas informações com acontecimentos nesta região e assim fazer um e-mail marketing mais direcionado, mais assertivo.
Comportamento
Se soubermos todo o comportamento de nosso cliente dentro do nosso site podemos fazer com que a conversão aumente. Conhecendo o perfil ideal de cliente conforme seu comportamento, um exemplo seria estudar as páginas de conversão ou os materiais que o cliente consumiu desde o topo até o fundo de funil para verificar o quanto, de fato, aquele cliente possui de conhecimento e direcionar para o consultor comercial ideal.
Utilização de Produto/Serviço
Sabendo a frequência com que o cliente usa seu produto ou serviço, dá para mapear potenciais cancelamentos e atuar nele antes de o churn acontecer. Também é possível entender as mudanças importantes para melhorar o produto e oferecer up e cross-selling para quem já usa com frequência, por exemplo.
Índice de churn por segmento
Com a análise dos dados de clientes que já cancelaram dá para verificar qual segmento possui maior índice de churn e ter um trabalho com maior foco, verificar se possuímos uma falha de comunicação ou se temos algum produto/serviço que seria mais viável para determinado esse segmento. Para o caso de não ter nenhum produto/serviço específico, dá para verificar a possibilidade de criar um.
Só por esses exemplos já dá para enxergar movimentos que são cruciais para uma empresa crescer: expansão do portfólio de produtos, otimização das ações de marketing e antecipação em prol da redução dos cancelamentos.
Dados te dão informações que vão nortear seus negócios, dizendo aonde ir e te fazer pensar em como ir. Veja o exemplo:
Ações movidas a dados
A Netflix, na criação da série Stranger Things, utilizou dados de seus usuários para criar a série de uma forma que os agradasse. Essas e muitas outras criações do streaming estão levando a empresa para um patamar de competitividade altíssimo. Não é à toa que a galera de Cannes não quer a gigante participando das competições.
As empresas do futuro vão saber exatamente o que seus clientes querem (sem ter que pedir feedback). Desenvolver produtos que realmente agreguem valores e usando dados elas dificilmente vão falhar.