No post de hoje, vamos te explicar o que é Platform as a Service (PaaS). Em primeiro lugar, o termo significa, em português, “Plataforma como Serviço”, e sua função é voltada à área de Desenvolvimento de Sistemas em Cloud Computing.
Veja mais sobre o conceito de PaaS e seu funcionamento a seguir!
O que é Platform as a Service (PaaS)?
Quem já conhece o modelo SaaS (Software como Serviço), provavelmente, vai entender rapidamente o que é PaaS.
Apesar de também ser um Cloud Service, a principal diferença entre eles é que, em vez de Software, o PaaS consiste em um serviço de fornecimento de Plataformas baseadas em nuvem. Elas são espaços para o desenvolvimento e gerenciamento de softwares e aplicações.
Geralmente, os provedores são terceirizados. A disponibilização da Platform as a Service (hardware e software) é via web. Isso facilita muito o trabalho de Desenvolvedores e Programadores de empresas contratantes do serviço.
Isso porque todo o armazenamento e infraestrutura fica por conta do provedor de PaaS, eliminando essa preocupação do time de dev.
Entretanto, cada provedor de PaaS tem suas particularidades e pode suportar entre um ou mais linguagens de programação. Veja os exemplos abaixo de alguns dos principais serviços PaaS e as linguagens que suportam:
- Google Cloud: Java, Python, PHP e Go;
- Microsoft Azure: .NET, Node.js, PHP, Python, Java e Ruby;
- Amazon Web Services (AWS): Java, .NET, PHP, Node.js, Python, Ruby, Go e Docker;
- Heroku: Ruby, Python, Java, Scala, Clojure e Node.js.
Dessa forma, um provedor de PaaS hospedará a plataforma e fornecerá o ambiente necessário para executar o código, sendo responsável por hardware, manutenção de servidores e atualizações do software da infraestrutura.
Veja esse comparativo da Red Hat sobre gerenciamento On-site, IaaS, PaaS e SaaS:

Fonte: Red Hat.
Quais as vantagens e desvantagens da Platform as a Service?
Apesar de toda a praticidade e segurança que uma PaaS pode gerar para times de tecnologia, antes da contratação de um provedor, é preciso analisar alguns pontos. Entenda a seguir!
Vantagens:
- Redução do tempo de codificação: o PaaS oferece componentes de aplicativos pré-codificados inseridos na plataforma, como fluxo de trabalho, serviços de diretório, recursos de segurança, pesquisa etc. Assim, isso reduz o tempo de produção de uma nova aplicação;
- Flexibilidade: alguns PaaS suportam desenvolvimento para diversas plataformas: computadores, dispositivos móveis e navegadores, tornando mais fácil o desenvolvimento de sistemas responsivos ou de cross-plataformas;
- Trabalho remoto ou distribuído: a PaaS é baseada em nuvem, podendo ser acessada pelas pessoas autorizadas onde quer que estejam e tenham acesso à internet. Isso permite um trabalho mais colaborativo e até à distância;
- Gerenciamento completo: a PaaS tem funcionalidades para o ciclo de vida completo das aplicações web, desde testes até as atualizações de produto.
Desvantagens:
- Complexidade de Integrações Externas: pode haver certa dificuldade de conectar dados da nuvem da PaaS a dados externos a ela (em data centers, por exemplo); isso traz barreiras para integração com serviços e infraestrutura em uso pela empresa;
- Adaptação de Legado: a PaaS pode não ser uma solução plug-and-play para aplicativos e serviços existentes. Em vez disso, várias personalizações e alterações de configuração podem ser necessárias para que os sistemas de legado funcionem junto ao serviço PaaS. Isso pode resultar em um sistema de TI complexo que pode limitar totalmente o valor do investimento em PaaS;
- Ficar preso a um provedor: existem barreiras dos provedores PaaS para migração das aplicações para outros provedores, o que pode deixar o desenvolvedor preso ao serviço contratado;
- Linguagem de programação limitada: ao contratar uma PaaS, o desenvolvedor deve criar um framework que se adeque às linguagens suportadas pela plataforma. Qualquer mudança futura nesse parâmetro pode afetar os códigos desenvolvidos até o momento.
De forma geral, observando essas limitações do serviço, as vantagens de terceirizar a Plataforma estão se mostrando bastante atrativas, o que acaba compensando as desvantagens.
Isso porque o PaaS tornou o processo de entregar aplicações e softwares tão rápido quanto tudo que acontece na internet, conduzindo as empresas para uma nova era de inovação e agilidade nos negócios.
Como funciona o modelo PaaS?
A grande vantagem de contratar uma PaaS é diminuir a necessidade de infraestrutura de TI própria das empresas. Mas, ele não substitui completamente essa estrutura. O serviço pode ser contratado de acordo com a necessidade da empresa, por exemplo, sendo uma solução customizável.
Isso quer dizer que é possível contratar uma PaaS por níveis, pagando somente o que é usado (pay per use).
Dessa forma, a empresa elimina os custos de ter, por exemplo, um servidor próprio e toda a manutenção envolvida, mas pode, ainda, manter seu data center, se necessário.
Além disso, ao procurar soluções de Platform as a Service no mercado, as empresas vão se deparar com três principais modelos: públicas, privadas ou híbridas.
PaaS: pública, privada ou híbrida?
A PaaS pública é recomendada para empresas que podem fazer uso de nuvens públicas. Ela permite ao usuário controlar a implantação do software, enquanto o provedor de nuvem gerencia a entrega de todos os outros componentes principais de TI necessários para a hospedagem de aplicativos. Isso inclui sistemas operacionais, bancos de dados, servidores e redes de sistemas de armazenamento.
Dessa forma, uma PaaS pública roda junto a um Infrastructure as a Service (IaaS), e eles são atrelados a uma única opção de nuvem pública, o que limita as opções das empresas. Portanto, empresas maiores e com determinadas regras de segurança preferem a PaaS privada.
Por outro lado, a PaaS privada visa fornecer a mesma agilidade que a pública, mas tem como vantagem manter a segurança, a conformidade, os benefícios e os custos mais baixos do data center privado. Uma PaaS privada geralmente é entregue como um dispositivo ou software dentro do firewall mantido no data center local da empresa.
Portanto, uma PaaS privada pode ser desenvolvido em qualquer tipo de infraestrutura e pode funcionar dentro da nuvem privada específica da empresa.
Por fim, uma PaaS híbrida combina PaaS pública e PaaS privada para fornecer às empresas a flexibilidade da capacidade infinita fornecida por uma PaaS pública e as eficiências de custo de possuir uma infraestrutura interna em PaaS privada, utilizando uma nuvem híbrida.
Assim, cada empresa deve analisar, tecnicamente, qual modelo funciona melhor para seu time e suas regras de segurança, além do custo-benefício.
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