Nada de robôs dominando o mundo. A Inteligência Artificial no varejo é algo já tão presente no nosso dia a dia que pode passar despercebida. Sabe quando a Netflix ou o Spotify te recomendam filmes e músicas que têm tudo a ver com o seu perfil?
Isso é feito pela IA dessas plataformas, que, com dados do que você consome, consegue prever outros conteúdos similares que têm chances de te agradar.
Algo parecido acontece quando um e-commerce te sugere um tipo de produto que você está, de fato, interessado. Não é mágica, são os bots agindo!
Esses são só alguns exemplos da aplicação da Inteligência Artificial no nosso cotidiano. Mas há muitas outras aplicações da IA no varejo que vamos mostrar no post de hoje! Quer entender mais? Siga a leitura!
Quais são as vantagens de usar a IA no varejo?
O período que estamos passando tem trazido diversos desafios ao varejo. Com o aumento das compras online, as empresas migraram ou otimizaram sua presença digital.
Dessa forma, elas criaram novas formas de atender o consumidor, correram atrás de melhorias no seu processo de logística e das muitas outras adaptações necessárias.
Segundo o relatório de Tendência Globais para o Varejo 2020, da KPMG, o uso de Inteligência Artificial é uma tendência para agora e para os próximos anos.
Nesse sentido, o uso da IA no varejo vem sendo de grande ajuda para automatizar processos e atender melhor o consumidor.
A estimativa é de que, em 2022, o investimento em IA no varejo seja de mais de US$ 7 bilhões. Ao mesmo tempo, a previsão é de que essa tecnologia se torne mais barata e, portanto, mais acessível.
Dessa forma, a importância da IA está em tornar a experiência de compra mais atrativa e personalizada para o cliente, com a análise de dados e Machine Learning. A partir disso, espera-se que a experiência com a tecnologia ajude os varejistas a:
- Aumentar a satisfação do cliente;
- Diminuir o churn de clientes;
- Aumentar a eficiência de uma promoção de acordo com o target (perfil da buyer persona/ consumidor).
Além disso, a IA pode tornar as operações mais enxutas, ou seja, mais escaláveis para a alta demanda do varejo online e pela mudança de hábitos do consumidor.
A partir dessa inteligência, por exemplo, é possível desenhar melhores ofertas, gerenciar melhor o estoque e as entregas. Entenda mais sobre essas aplicações a seguir.
Quais são os maiores exemplos de aplicação da IA no varejo?
A Inteligência Artificial tem atuação nos mais diversos setores de produtos e serviços, porque é uma tecnologia bastante versátil. Veja o gráfico abaixo, que mostra a penetração da IA por segmento:
De forma geral, a IA pode ser aplicada em duas pontas do comércio: a do consumidor e a do operacional.
Apesar da primeira ser a mais valorizada, com ações de marketing e vendas aprimoradas pela IA, o estudo da Capgemini aponta que usar essa tecnologia também nos processos operacionais (estoque, planejamento, entregas e etc) pode poupar mais de 300 bilhões para o varejo.
A seguir vamos apresentar 5 aplicações da IA, divididas entre interface com o consumidor e operações.
1. Atendimento por chatbots
Essa é talvez a aplicação mais conhecida da Inteligência Artificial no varejo. A integração de chatbots nas redes sociais e sites das marcas já é algo bem difundido, e que tem ainda um enorme potencial a ser explorado para gerar mais vendas.
Isso porque o Machine Learning tem permitido interações cada vez mais inteligentes dos bots. Eles estão aprendendo até mesmo uma linguagem mais humanizada (chamada Natural Language Generation), o que evita a sensação de uma resposta automática.
Ademais, os chatbots mais avançados nesse aprendizado têm conseguido fazer sugestões personalizadas de acordo com as preferências e necessidades do cliente.
É o caso, por exemplo, da grife Louis Vuitton, que integrou chatbots avançados em Linguagem Natural no seu Messenger do Facebook. Os robôs promovem uma conversação fluida com os clientes, dando sugestões assertivas e mostrando a linha de produtos e informações.
Mas os bots podem ser usados não só na experiência de compra, como também no atendimento e suporte ao consumidor, dispensando extensiva mão de obra para resolução de problemas simples do cliente. Por isso, diversas plataformas de Atendimento já estão oferecendo essa solução integrada às suas funcionalidades.
2. Sugestões personalizadas no e-commerce
A partir do comportamento do consumidor online, uma operação baseada em IA é capaz de reduzir o tempo de busca do consumidor no site, ao sugerir produtos relacionados aos interesses do visitante nas páginas do site.
Além disso, o reconhecimento de imagem usada por alguns varejistas ajuda ainda o consumidor a encontrar produtos similares ao da referência que possui.
Por fim, a IA coleta dados do consumidor (com atenção às Leis de Proteção de Dados de cada país), e esse rastreamento ajuda também as marcas a oferecerem promoções alinhadas ao que aquele cliente específico está buscando.
A intenção de todos esses recursos é tornar a navegação mais fácil e o contato do cliente com a marca mais personalizado, levando à redução de churn e de abandono de carrinho.
3. Pontos de Venda
Engana-se quem pensa que a Inteligência Artificial serve apenas para a experiência online. Nos PDV (Pontos de Venda) físicos, a IA também pode estar presente e dar mais autonomia ao consumidor.
Um exemplo disso é o self-checkout da loja conceito Amazon norte-americana: uma experiência de autoatendimento no pagamento.
O cliente precisa apenas fazer um reconhecimento de identidade, pegar os produtos das prateleiras e sair da loja, sem entrar em filas ou pegar na carteira. Para isso, ele já tem uma conta pré-criada, com um meio de pagamento cadastrado. Assim, a cobrança é automática a partir do momento que a IA detecta os produtos levados pelo cliente. Por fim, gera-se muito menos fricção no momento da compra.
Isso também aumenta as chances de faturamento das lojas, afinal, quem nunca desistiu de uma compra devido a uma fila enorme ou de qualquer outra dificuldade no pagamento?
4. Planejamento de estoque
Quanto ao estoque do varejo, a IA pode ser uma importante aliada para planejar reposições de produtos com base em dados de vendas, estações do ano, picos do comércio e outras variáveis. Funciona como uma previsão da demanda de produtos, evitando investimentos desnecessários.
Além disso, a inteligência pode gerar algoritmos para organizar o inventário do estoque, consertar erros e ajustar a precificação de produtos, algo muito útil para o controle financeiro das empresas. Com isso, elas tendem a aumentar o faturamento e ter menos despesas de estoque.
5. Previsão de logística
A logística é outra área que pode ser transformada pela IA. Essa tecnologia pode ajudar no planejamento mais inteligente de rotas para os entregadores, além da coordenação de prazos e destinos. Isso gera maior eficiência de recursos, economia e sustentabilidade.
Existem diversas aplicações da IA além dessas, mas tê-la nesses processos já pode ser um excelente início para os varejistas que desejam melhores resultados.
Concluindo…
Há ainda inúmeros desafios em relação a Inteligência Artificial no varejo, como quanto à realização perfeita da sua integração aos processos tradicionais da empresa, e a abertura dos times à transformação digital.
Por exemplo, no Brasil, ainda temos necessidade de mudanças básicas, começando com operações online mais centradas no consumidor e melhorias na eficiência logística.
De qualquer maneira, vale a pena conhecer a tendência e adaptá-la como for necessário ao contexto do seu estabelecimento. Isso porque ela é uma ferramenta extremamente poderosa, que reduz custos operacionais, melhora a experiência do cliente e tende, ao longo do tempo, a valer muito mais que o investimento necessário.
E falando em otimizar processos, você e seus clientes estão satisfeitos com as formas de pagamento oferecidas pela sua empresa?
A Vindi, plataforma especializada em pagamentos, tem propostas interessantes para negócios que desejam automatizar operações de pagamentos e ter maior controle da gestão financeira.