Engenharia social é um tipo de fraude que usa a manipulação psicológica para enganar os consumidores, que acabam tendo sérios prejuízos.
Por isso, as empresas precisam ficar atentas para que os usuários não caiam em golpes que prejudiquem a relação com o negócio.
Afinal, se cair em algum golpe, o cliente pode culpar a empresa por não ter adotado medidas de segurança.
Para ajudar você a evitar esse tipo de situação na sua organização, preparamos este material sobre engenharia social.
Confira aqui o que é e como funciona esse tipo de golpe, saiba como agem os criminosos e como se preparar para evitar o problema.
Engenharia social: uma ameaça aos negócios
A engenharia social é um tipo de golpe em que criminosos se passam por outras pessoas para enganar a vítima.
Assim, induzem as pessoas a repassar dados pessoais sensíveis, como senhas e códigos bancários ou permitir acesso remoto a dispositivos, entre outras ações prejudiciais.
Em geral, eles se aproveitam da vulnerabilidade e falta de conhecimento dos consumidores.
Por isso, só precisam de um meio de entrar em contato, o que pode hoje em dia ser feito de várias formas.
Como a engenharia social funciona
A engenharia social funciona por meio da comunicação direta.
Os criminosos se apresentam como representantes de empresas, bancos, órgãos de governo ou organizações de outros tipos.
Então, dão uma explicação falsa para convencer um usuário a realizar a ação desejada.
Em geral, essa explicação tem algum ingrediente que chama a atenção da vítima.
Por exemplo: o golpista pode afirmar que trabalha em um banco e avisar que a pessoa sofreu uma tentativa de golpe, alegando que é preciso instalar um aplicativo para eliminar a suposta ameaça.
Na realidade, o app em questão dá acesso remoto aos criminosos, que roubam os dados da vítima.
Outra prática comum é informar o usuário que ele ganhou uma premiação e pedir dados bancários para fazer um suposto depósito.
Esses tipos de golpe infelizmente são frequentes, e por isso é preciso tomar as medidas de precaução necessárias.
A importância da estratégia de prevenção à fraude
A prevenção à fraude é vital para negócios de vários tipos, principalmente quando se vende pela internet.
Segundo o Mapa da Fraude da ClearSale, somente no primeiro trimestre de 2023, foram registradas 2 milhões de tentativas, movimentando cerca de R$ 3,6 milhões.
Já a consultoria EY aponta que a engenharia social está relacionada a 40% do total de violações de dados privados.
Esse problema não se resume ao Brasil.
Segundo publicação (em inglês) da empresa Perception Point, em 2022 houve um aumento de 87% no número de ataques pelo mundo.
Somente o phishing, o modelo mais comum de engenharia social que vamos explicar no próximo tópico, cresceu 356%.
Essa importância é ainda maior para negócios recorrentes, que dependem da confiança dos consumidores para manter suas taxas de retenção em bons níveis.
Os dados de cobrança dos clientes são informações altamente sensíveis.
Se caem nas mãos erradas, podem acabar dando prejuízo tanto à empresa quanto ao consumidor.
Além disso, uma experiência negativa relacionada a uma tentativa de fraude pode causar o churn – ou seja, o cancelamento do produto ou serviço assinado.
Para que você saiba de prevenir, é preciso conhecer os principais tipos de ataque.
6 tipos de ataques que ameaçam você
Conheça agora cinco dos principais tipos de ataques de engenharia social.
1. Phishing
Como já citamos no tópico anterior, este é o modelo mais comum de engenharia social.
Nele, o cliente recebe uma mensagem aparentemente enviada por uma organização como um banco, um órgão governamental ou uma empresa privada.
A comunicação pode ser por e-mail, redes sociais ou alguma plataforma de comunicação como o WhatsApp, e é comum a criação de uma página que simula o site oficial da companhia.
Assim, o usuário pode ser levado a enviar diretamente seus dados, preencher um formulário falso ou dar acesso a algum dispositivo a partir da instalação de um aplicativo usado para fins maliciosos.
2. Vishing
É semelhante ao phishing, mas neste caso o criminoso entra em contato por ligação telefônica ou chamada de voz em algum aplicativo de mensagens.
Por isso, o termo começa com a letra V, de “voice” (voz em inglês).
Durante a ligação, os bandidos se apresentam como representantes de organizações e pedem dados ou acessos ao usuário.
3. Smishing
O golpe é semelhante ao phishing e ao vishing, mas aplicado por SMS.
É bastante comum o envio de mensagens informando que uma suposta compra com um valor alto foi confirmada em um cartão de crédito no nome do titular.
Assim, os bandidos esperam que a pessoa se assuste e realize a ação indicada na mensagem.
Pode ser o acesso a um link fraudulento ou uma ligação para um número de telefone que forneça contato direto com o golpista.
4. Baiting
Esse tipo de golpe funciona a partir da oferta de algo de valor ao consumidor, como um prêmio ou a venda de um item a um preço muito atrativo.
Por isso, o nome vem do termo “bait” (isca em inglês).
A ideia é que o consumidor seja levado pelo senso de urgência, temendo perder a suposta oportunidade caso demore muito a realizar a ação desejada pelos bandidos.
5. Pretexting
Nesse crime, o falsário se apresenta como uma pessoa apta a solucionar algum problema para o usuário, como uma brecha de segurança.
Para resolver a suposta situação, eles pedem dados pessoais, senhas ou o acesso remoto aos dispositivos.
É bastante comum criminosos se passarem por técnicos de TI de alguma empresa.
6. Quid Pro Quo
Em latim, o termo significa “um pelo outro”, portanto esse tipo de engenharia social se baseia em uma oferta de troca.
Ou seja, o golpista oferece algo de valor e pede dados confidenciais das vítimas.
Muitas vezes, o cliente é induzido a acreditar que foi premiado em um sorteio ou programa de fidelidade e precisa informar alguns dados para obter a bonificação.
Como se proteger sua empresa e os colaboradores
O combate a crimes de engenharia social é muito complicado, pois os golpistas atualizam seus procedimentos com bastante frequência.
No entanto, existem várias medidas que, se combinadas, podem dar mais segurança ao negócio.
Confira agora as principais.
Crie uma política de segurança
Para evitar problemas relacionados à engenharia social, antes de mais nada é preciso contar com uma política de segurança bem definida.
O documento deve prever uma série de medidas, principalmente se o consumidor precisa acessar sua plataforma com login e senha.
Políticas de controle para limitar o acesso a determinadas ferramentas sensíveis são importantes porque alguns criminosos se infiltram em empresas para vender dados de clientes.
Somente desta forma, é possível se certificar de que todas as ações necessárias serão tomadas para evitar contratempos.
Treine suas equipes
Todos os colaboradores de uma empresa precisam estar cientes dos perigos da engenharia social para a empresa.
Por isso, é uma boa prática realizar treinamentos com todas as equipes para informar sobre os tipos de golpe e medidas de prevenção.
Assim, a empresa evita que um funcionário desinformado coloque os esforços da empresa nessa área a perder.
Procure realizar treinamentos periódicos para atualizar os colaboradores sobre os novos tipos de golpes.
Use a tecnologia
Existem várias ferramentas de computação que podem ser úteis nesse sentido;
- 2FA: a autenticação em dois fatores é uma forma de acrescentar uma camada extra de segurança ao cliente, que precisa autenticar seu acesso a partir de uma confirmação em um segundo fator, como um código enviado por e-mail ou SMS ou informado por um dispositivo físico
- Biometria: o acesso por uma característica única, como impressão digital, voz ou retina do olho, é uma poderosa ferramenta de identificação e pode ser inclusive combinada com a 2FA para servir como segundo fator
- Análise de dados: sistemas de inteligência artificial podem identificar possíveis padrões anômalos, como transações com valor muito alto ou feitas a partir de outros dispositivos
- Tokenização: a tecnologia consiste em converter dados bancários em uma representação – ou seja, um token – para aumentar a segurança durante a transmissão.
Eduque seus clientes
As medidas que citamos acima não garantem a proteção caso um usuário desavisado forneça seus dados de acesso aos criminosos.
Por isso, é importante explicar aos clientes algumas medidas básicas.
Sempre deixe claro as formas como sua empresa costuma fazer contato com os consumidores, e avise que os usuários jamais devem repassar seus dados bancários ou de identificação.
Além disso, caso os usuários acessem sua plataforma com login e senha, é possível impor a necessidade de usar números e caracteres especiais para fortalecer o código de acesso.
Busque uma certificação
Ao pedir os dados bancários do cliente, a empresa assume uma grande responsabilidade.
Por isso, é preciso buscar a certificação por alguma organização que ateste a segurança dos procedimentos de pagamento.
A maneira mais simples é contratar os serviços de uma plataforma de pagamentos certificada, como vamos mostrar ao final deste artigo.
PCI Compliance: solução contra técnicas de engenharia social
PCI Compliance, ou PCI DSS, é uma das principais certificações de segurança contra fraudes de vários tipos, incluindo engenharia social.
O certificado atesta que a empresa cumpre várias regras de segurança ao armazenar, processar e transmitir dados de cartão de crédito.
A empresa que conta com essa certificação pode evitar vários tipos de crimes relacionados ao mau uso de dados bancários, além de aumentar a confiança dos consumidores.
Para obter o PCI DSS é preciso realizar uma série de procedimentos com regras bem rígidas, como contratar uma empresa para auditoria externa e informar uma série de dados.
Por isso, a melhor alternativa é contratar a plataforma de pagamentos da Vindi, que possui o nível máximo de certificação.
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