No contexto da Transformação Digital, o setor de telecomunicações assume um protagonismo ainda maior do que sempre teve para a economia.
De acordo com o site Statista, essa é uma indústria que gera, por ano, cerca de US$ 1,3 trilhão de dólares.
Embora o ano do coronavírus tenha provocado retração nesse importante segmento, também segundo o Statista, até 2024, os investimentos tendem a aumentar.
O Brasil não está alheio a esse movimento, como comprovam os recentes avanços do setor em nosso país.
Afinal, a incorporação da tecnologia 5G de telefonia móvel é uma realidade, já sendo apontada como responsável por uma verdadeira revolução na economia como um todo.
E há muito mais por vir, como veremos ao longo deste conteúdo, em que vamos traçar um panorama abrangente sobre o segmento de telecom.
Veja um resumo do que você confere a partir de agora:
O que são as telecomunicações?
As telecomunicações englobam todos os processos, tecnologias, insumos, empresas e o próprio mercado pelo qual operam agentes de comunicação remota.
Por se tratar de um setor dos mais estratégicos, em certos países, ele é tratado como um bem público, no mesmo nível da saúde e educação.
De fato, sem uma infraestrutura em comunicações, é impossível um país, cidade ou estado crescer, se desenvolver e gerar bem estar para seus habitantes.
No Brasil, por exemplo, esse foi um setor que, durante muitos anos, foi atendido exclusivamente por empresas estatais, tamanha a sua relevância.
Isso porque, como veremos a seguir, ele é indispensável para que as atividades produtivas tenham sequência, entre outras importantes funções.
Qual o papel das telecomunicações em um país?
Sem telecomunicações, não há como um país prover segurança e bem estar.
Elas estão presentes desde que a economia de mercado ganhou projeção mundial, seja facilitando a troca de informação, seja viabilizando atividades produtivas .
Vale destacar, nesse aspecto, a etimologia da palavra para entender seu real significado.
Afinal “tele” vem do grego “longe”, enquanto “comunicações” se refere a todo processo no qual informações e conhecimento são trocados.
Ou seja, telecomunicação nada mais é do que se comunicar a distância.
É ela que torna possível, por exemplo, que nos comuniquemos por meio de nossos celulares.
No nível coletivo, é a rede de antenas, receptores e transmissores de ondas de rádio que permite a um país ou região se comunicar com outros países e continentes.
Assim sendo, ela tem um papel central para toda e qualquer atividade, não importa o setor.
Origem e evolução das telecomunicações no Brasil
Embora as comunicações no Brasil existam desde a chegada da esquadra de Pedro Álvares Cabral (a carta de Caminha foi a nossa primeira “transmissão”), a história das telecomunicações só começaria mesmo em 1852.
Esse ano marca a introdução do telégrafo em nosso território, tecnologia que viria a se expandir ainda mais, graças aos cabos submarinos e ferrovias.
Cabe destacar a nossa rapidez em incorporar o telefone que, em 1876, mesmo ano de sua invenção por Alexander Graham Bell, já se fazia presente no Brasil.
Estima-se que, em 1914, já havia cerca de 40 mil linhas funcionando em todo o território.
Depois da Segunda Guerra Mundial, o país avançaria em um ritmo sem precedentes, quando a população das cidades viria a superar pela primeira vez a rural.
Nessa época, o rádio se consolidava como meio de comunicação de massa.
A partir das décadas de 60 e 70, o governo investiria pesado nas telecomunicações, expandindo tecnologias como as transmissões por satélites, cabos submarinos de telex e microondas.
Isso sem contar o “boom” da televisão, com emissoras como Tupi e Globo o trazendo para o Brasil o modelo americano de programação.
Também nesse período foi criada a Embratel, empresa estatal responsável por prover infraestrutura para o setor.
Contudo, as telecomunicações viriam depois a vivenciar um longo período de estagnação, só retomando o rumo do crescimento a partir da segunda metade da década de 90.
Foi nesse período que o governo brasileiro começou um amplo processo de privatização, no qual todo o setor de telecomunicações passou para as mãos da iniciativa privada.
A maioria delas está no mercado até hoje, sendo elas as responsáveis por implementar avanços como a internet 4G e, mais recentemente, a tecnologia 5G.
Veja mais sobre a história geral das telecomunicações no vídeo da Inatel:
Principais segmentos e empresas de telecomunicações
A indústria de telecom se organiza a partir de diversos segmentos interligados.
Hoje ela está estruturada em um tripé formado por serviços e equipamentos de telecomunicações mais a comunicação sem fio.
Neles, são disponibilizados serviços de telecomunicações domésticas e internacionais, bem como produtos de processamento de dados e seus respectivos sistemas.
De qualquer forma, o maior destaque hoje é o setor de comunicação sem fio, no qual a expansão dos dispositivos móveis tem ditado o ritmo do crescimento.
No Brasil, há grandes players no mercado para prover esse tipo de serviço, entre os quais se destacam operadoras como Vivo, Oi, Claro e Tim.
A própria Embratel, outrora estatal e já privatizada, é hoje uma importante empresa do segmento, operando redes de fibra ótica e um total de 7 satélites.
Panorama do setor de Telecom no Brasil em 2021
Depois de um turbulento ano de 2020, em que o setor de telecomunicações passou por uma forte retração, o ano de 2021 trouxe importantes mudanças e avanços.
No embalo da expansão das plataformas de comunicação móveis motivada pela permanência das pessoas em casa, uma série de mudanças se fez necessária.
Ainda assim, há desafios a serem superados, como veremos mais à frente.
Um deles é levar a própria tecnologia 4G às áreas mais remotas do país, o que por sinal é uma condição para o próximo passo, a incorporação do 5G.
A verdade é que existe uma defasagem considerável, como indica o Mapa da telefonia móvel no país por tecnologia, da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
De qualquer forma, a expectativa é otimista, já que o setor de telecomunicações brasileiro vem incorporando não só tecnologias, como aperfeiçoando sua própria legislação.
Prova disso é a recente publicação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), considerada avançada até mesmo se comparada com a lei europeia.
E se avaliarmos por setor, as telecomunicações no Brasil estão evoluindo a passos largos, o que faz com que o mercado também cresça.
Confira a seguir os principais avanços.
Telefonia
Até 1998, os serviços de telefonia, no Brasil, eram centralizados pela extinta estatal Telebrás.
Naquele ano, o governo deu início a um amplo plano de privatização, no qual entraram no mercado operadoras privadas.
Desde então, o salto foi gigantesco, como aponta uma matéria da revista Época.
Passamos de 4,6 milhões de celulares e 17 milhões de linhas de telefone fixo para 40,8 milhões de linhas de telefonia fixa e 235,5 milhões de linhas móveis.
Detalhe: a população brasileira, segundo o último censo do IBGE, é hoje de pouco mais de 208 milhões de habitantes.
É preciso lembrar que, embora a Telebrás fosse eficiente em vários aspectos, havia uma grande defasagem em certos estados brasileiros, nos quais os serviços de telefonia eram geridos por empresas públicas.
Um exemplo disso era a extinta Telerj, no estado do Rio.
Até a privatização das teles, ter uma linha de telefone fixo era considerado um investimento, tal como comprar um imóvel ou um carro.
Portanto, embora ainda haja falhas na prestação dos serviços de telecomunicações e de telefonia, é inegável que houve uma ampliação do acesso para a população.
Internet
O processo de privatização foi precedido da criação da Agência Nacional de Telecomunicações, a Anatel, em novembro de 1997.
A ela, cabe atuar não só na regulamentação do setor, como na fiscalização das empresas que prestam serviços, tanto de telefonia quanto de internet.
Falando em internet, desde a privatização, houve também um salto considerável na expansão dos serviços.
Hoje, a internet de banda larga brasileira conta com 204,1 milhões de conexões móveis e 28,7 milhões de acessos fixos.
E pensar que, em meados da década de 1990, quando a internet dava seus primeiros passos, a conexão era discada, em velocidades que não passavam de 56 kbps.
Isso sem contar que, ao acessar a web dessa forma, a linha telefônica ficava ocupada, inviabilizando seu uso para ligações.
Tudo isso acabou quando a banda larga chegou ao Brasil no ano 2000, quando a IG passou a ser a empresa pioneira no fornecimento desse tipo de conexão.
TV por assinatura
A trajetória da TV por assinatura, no Brasil, começa por volta dos anos 80, quando o sinal de canais pagos era restrito e distribuído por meio de antenas e receptores em padrão UHF.
Os primeiros movimentos de expansão aconteceriam nos anos 90, quando então grandes players do mercado de TV aberta passariam a competir com operadoras próprias de TV paga.
Estima-se que, hoje, existam cerca de 18 milhões de contratos ativos no país, boa parte deles concentrados na Região Sudeste.
Ainda assim, a expansão dos serviços de streaming, como as plataformas Netflix, Amazon Prime, HBO e outras, vem provocando impactos no segmento.
Segundo o IBGE, a curva de crescimento desses serviços é proporcional ao declínio da TV por assinatura.
A pesquisa mais recente, de 2019, mostra que houve queda 3 pontos percentuais no número de domicílios com antena parabólica entre 2018 e 2019, passando de 30% para 27%
A TV por assinatura, por sua vez, teve queda de 31,8% para 30,4%, ou seja, 1,4 pontos percentuais de retração.
Streaming
Enquanto isso, o segmento de serviços de streaming nada de braçada no Brasil.
De acordo com a última pesquisa Datafolha, 71% dos brasileiros têm hoje acesso a pelo menos uma dessas plataformas.
Os líderes hoje são Netflix (62%), seguida da Amazon (27%) e Globoplay, com 24% das assinaturas.
Embora parte desse crescimento tenha sido motivado pelo isolamento social na pandemia de coronavírus, já havia antes um movimento de migração de conteúdos dos canais pagos.
Ainda assim, o setor de streaming foi um dos mais beneficiados pelo “novo normal”.
De acordo com o IBOPE, o período de isolamento fez com que o consumo nas plataformas aumentasse 58%.
Futuro das telecomunicações: o que vem por aí?
Desde a privatização dos serviços de telecomunicações, a tecnologia vem proporcionando saltos notáveis de qualidade.
Graças aos avanços em internet móvel e banda larga, hoje é possível transmitir dados em volumes e velocidades que permitem realizar feitos até então inimagináveis.
Com a internet 5G, por exemplo, espera-se que seja possível até mesmo realizar cirurgias a distância, graças ao massivo volume de dados das transmissões nessa banda.
Mas há ainda muitos outros avanços por vir, como veremos na sequência.
Acompanhe!
Interoperabilidade
O conceito de interoperabilidade trata do uso e compartilhamento de dados em soluções integradas de streaming via serviços Over-the-Top (OTT).
É esse tipo de tecnologia que permite, por exemplo, que plataformas como a Netflix criem listas de reprodução customizadas, conforme o gosto do cliente e seu histórico de navegação.
Sendo assim, a interoperabilidade está intimamente ligada com um outro conceito, o de Big Data, que também deve ganhar ainda mais força daqui para frente.
VoIP
A tecnologia de Voz sobre IP, mais conhecida como VoIP, é considerada por uma parte dos especialistas em telecomunicações como um verdadeiro divisor de águas.
Basicamente, ela permite que chamadas de voz sejam completadas utilizando sinal de internet em lugar do pulso telefônico convencional.
Embora não seja uma tecnologia recente, já que foi criada na década de 90, ela continua sendo fundamental para a evolução do setor de telecom.
Afinal, segundo a consultoria IBISWorld, a pandemia provocou um boom em serviços baseados nessa tecnologia, com uma projeção de crescimento de 8,3% até o final de 2021 só nos Estados Unidos.
Inteligência Artificial
O uso de inteligência artificial (IA) vem sendo apontado como a próxima fronteira a ser explorada pelos grandes players do mercado.
É o que sugere um amplo estudo do IBM Institute for Business Value (IBV), segundo o qual 99% das empresas que usam agentes virtuais de atendimento reduziram o chamado custo por contato graças a essa tecnologia.
Lembre que as empresas de telecom figuraram há alguns anos como as piores no ranking de atendimento da revista Exame.
Dessa forma, a IA é um recurso vital a ser explorado e uma tendência a explorar para melhorar seus pontos fracos, principalmente o relacionamento.
Dados em massa
Como vimos, as empresas de streaming já estão se beneficiando do Big Data para melhorar a qualidade dos seus serviços e o atendimento ao cliente.
No curto prazo, o que se espera são saltos ainda maiores, com os dados em massa cada vez mais presentes para balizar decisões nas empresas de telecom.
Nesse caso, eles podem servir como subsídio não apenas para implementar melhorias, como para detectar riscos à segurança e até para antecipar problemas de infraestrutura.
Geolocalização
Mais ou menos como vem fazendo o setor financeiro, com a implementação do open banking, o de telecom também vem compartilhando dados de clientes em resposta aos desafios atuais.
Em 2020, por exemplo, as principais operadoras do Brasil fizeram um acordo em que passaram a disponibilizar a localização de clientes para fins de monitoramento.
O objetivo era saber se as medidas de isolamento para conter o avanço da covid-19 estavam sendo ou não eficazes.
De qualquer forma, a geolocalização também vem sendo utilizada com outros propósitos, principalmente em estratégias de marketing digital e melhorias na experiência do cliente.
Internet das Coisas
A Internet das Coisas (IoT) se refere à capacidade que todos os objetos têm para se conectar em rede, gerando dados que podem servir como base para melhorias e correções.
O setor de telecom é um dos que mais o aplicam em suas atividades, tanto no nível estratégico quanto operacional.
No Brasil, a Algar Telecom é um dos exemplos dessa aplicação, já que, recentemente, lançou uma plataforma desenvolvida para monitoramento de ativos baseada nesse conceito.
Basicamente, o que ela faz é conectar tags em objetos físicos, que passam a ser rastreados via bluetooth, sendo customizáveis para diversas finalidades.
É o que fazem, por exemplo, hospitais que precisam rastrear bens de valor como cadeiras de rodas e equipamentos hospitalares, entre outros possíveis usos.
Saiba mais sobre esse tema no podcast Muito Além dos Robôs:
Tradução simultânea
A expansão do trabalho remoto fez com que uma parte das empresas despertasse para a possibilidade de contratar mão de obra em outros países.
Embora a globalização seja um fenômeno que não é recente, tudo indica que a pandemia fez com que ele fosse intensificado, seja por motivos de trabalho ou lazer.
Nesse contexto, as plataformas e tecnologias de tradução simultânea tiveram que evoluir para que pessoas de diferentes partes do mundo pudessem se comunicar.
Um exemplo dessa evolução é o lançamento de um fone de ouvido capaz de traduzir até 40 idiomas instantaneamente.
Desenvolvido pela empresa americana Timekettle, o Bluetooth Timekettle WT2 Edge traduz simultaneamente, de forma bidirecional, com 95% de precisão.
Outro bom exemplo é a evolução do próprio tradutor do Google, que hoje pode ser acessado na mesma tela do texto a ser traduzido, além de permitir traduções em áudio.
Uso do grafeno
Os avanços percebidos pelo consumidor final não seriam possíveis se, na parte de infraestrutura, não houvesse melhorias.
Uma delas é o uso do grafeno, um tipo de cristal que pode ser adaptado para incontáveis finalidades
Futuramente, ele pode até vir a substituir a fibra ótica como tecnologia para a transmissão de dados.
Isso graças a avanços nos processos de transformação desse componente, permitindo assim sua produção em escala industrial.
Entenda melhor o que é o Grafeno no vídeo abaixo, do TecMundo:
As tecnologias sempre em atualização
A marcha evolutiva da tecnologia e da internet segue lado a lado com a das telecomunicações.
A fibra ótica, por exemplo, já permite a transmissão de imensas quantidades de dados sem perda de qualidade, graças a filamentos de vidro translúcido de alta pureza.
Mas, como acabamos de ver, a fibra ótica já tem um material que a supera em qualidade, o grafeno, que deve ser gradativamente implementado no futuro.
Isso sem contar a tecnologia de transmissão de dados móveis 5G que, como veremos a seguir, é cercada de muita expectativa pelas melhorias que deve proporcionar.
O que esperar do 5G nas telecomunicações?
Um dos desafios que as operadoras enfrentam desde sempre é oferecer pacotes de dados em que a velocidade de conexão, upload e download contratada seja respeitada.
Até então, muito do debate sobre a melhoria nos serviços é em torno desse tema que, até agora, parece não evoluir no ritmo esperado.
A chegada da banda 5G de velocidade, por outro lado, leva a questão a um outro nível, já que ela deve permitir transmissões que beiram a ficção de tão rápidas.
Com ela, o conceito de IoT será finalmente levado às últimas consequências.
Nesse sentido, todo e qualquer objeto poderá estar online, gerando dados sobre suas respectivas performances e estados de conservação.
Casas poderão se tornar inteligentes, graças a sensores que poderão detectar anomalias estruturais, vazamentos e problemas elétricos, por exemplo.
Na indústria, máquinas e equipamentos conectados poderão ter dados compartilhados, tornando possível o controle da performance em tempo real.
Em veículos, a tecnologia deve permitir que eles possam se guiar sozinhos, permitindo até mesmo desviar de colisões, graças à enorme capacidade de transmissão de dados.
E há muito mais por esperar. Afinal, uma coisa é projetar o futuro – outra, é estar nele.
Quem viver, verá.
Ouça o podcast da Febraban e saiba mais sobre o 5G:
O que são OTTs nas telecomunicações?
Como vimos, o crescimento das plataformas de streaming tem relação direta com a expansão dos serviços Over-the-Top (OTT).
O termo se refere à área onde essas aplicações podem ser operadas, na camada da internet acessível ao usuário.
Embora eles sejam mais relacionados a sites como Netflix e Youtube, toda e qualquer aplicação de telecomunicação online pode ser enquadrada dessa forma.
É o caso, por exemplo, de apps de conversação e redes sociais como o WhatsApp, Skype e Telegram.
Transmissões ao vivo (as famosas lives) e vídeos sob demanda são recursos em alta.
No Brasil, a plataforma Netshow.me é um exemplo de OTT.
Desafios e soluções para o setor de telecomunicações
Nenhum avanço acontece sem que alguns obstáculos tenham que ser removidos.
Com as telecomunicações, não é diferente.
Em países como o Brasil, em que diversos problemas de infraestrutura se somam, certos desafios podem retardar a implementação de tecnologias.
Um exemplo disso é a própria falta de cobertura com internet 4G em áreas mais remotas, como estradas e cidades afastadas dos centros urbanos.
Veja na sequência de que forma obstáculos como esse afetam a qualidade das transmissões e algumas possíveis maneiras de superá-los.
Problemas de cobertura
Embora a Conexis, que representa as operadoras de internet, tenha divulgado que a cobertura 4G aumentou 9% no Brasil em 2020, há ainda muito o que fazer.
Afinal, as quatro principais operadoras brasileiras não prestam um serviço uniforme, com velocidades de navegação bastante variáveis entre si.
É o que aponta uma pesquisa divulgada na Exame, em que Oi, Tim, Vivo e Claro tiveram suas respectivas capacidades de cobertura avaliadas.
Enquanto a Tim é a que oferece a internet mais rápida, a Claro ficou com o título de campeã em velocidade, com taxa de 21,5 Megabytes por segundo.
Por outro lado, a Oi ainda deixa bastante a desejar, já que sua velocidade ficou bem abaixo das concorrentes: apenas 8,9 Megabytes por segundo.
Erros de cobrança
Se você pensa que a lentidão é a principal causa das reclamações dos clientes contra as operadoras, sentimos muito dizer, mas está enganado.
Em uma pesquisa da Anatel, publicada no site Techtudo, a razão número 1 para as queixas é a cobrança indevida.
Nesse caso, os equívocos ocorrem basicamente em duas situações: cobranças após cancelamento ou por serviços não contratados.
Uso de dispositivos antigos
Os desafios em telecomunicações envolvem também o ambiente corporativo.
Um deles é assegurar que a infraestrutura e dispositivos usados para conexão não venham a se tornar obsoletos antes de gerar o retorno esperado.
Sendo assim, manter dispositivos antigos na infraestrutura de telecomunicações é um desafio a superar, tendo em vista a velocidade com que avança o setor.
Isso engloba dispositivos móveis, hardwares em geral, computadores em rede e tudo que possa se tornar defasado em razão do avanço da tecnologia digital.
Vulnerabilidades em redes e sistemas operacionais
Não é de hoje que o Brasil é um dos principais alvos de ciberataques.
Segundo um estudo da Netscout, somos o segundo país em que mais ocorrem problemas de segurança virtual, perdendo apenas para a China.
Cabe às operadoras oferecer garantias para que as conexões sejam protegidas, em conformidade com as diretrizes da LGPD.
Afinal, de acordo com a Netscout, o tipo de ataque mais comum é a negação de serviço distribuído (DDoS), em que invasores se aproveitam das limitações de uma rede para alcançar seus objetivos.
Custos elevados
Outro problema que parece persistir no Brasil é o alto custo dos serviços em telecom.
De acordo com uma matéria da Forbes, a internet custa caro demais para 60% dos brasileiros.
Não deixa de ser algo contraditório, considerando que a evolução tecnológica permitiu baratear diversos custos de produção e de fornecimento.
Descaso com o cliente
Como vimos, falhas no atendimento e cobranças indevidas são alguns dos problemas enfrentados pelos consumidores das operadoras de telecomunicações.
Não são poucos os casos de clientes que, insatisfeitos, vão aos órgãos de defesa do consumidor e à justiça reclamar seus direitos junto a essas empresas.
Exemplos não faltam de decisões judiciais em que elas são obrigadas a indenizar consumidores por puro descaso.
Sendo assim, uma possível solução é investir em treinamento de mão de obra nos canais de comunicação, bem como na automação do atendimento com robôs e agentes virtuais.
Falta de mão de obra
Outra possível razão para o descaso das operadoras é a falta de mão de obra, tanto na parte de infraestrutura, como nos serviços de atendimento.
Esse problema é, inclusive, destacado pelo colunista Gustavo Paul, do jornal O Globo, que chama a atenção para a falta de pessoas qualificadas para implementar e operar a tecnologia 5G no Brasil.
Segundo o próprio governo, o setor de TI é um dos mais carentes, com diversos postos de trabalho não preenchidos por não haver trabalhadores aptos.
Diálogo com a sociedade civil organizada
Um velho problema que também parece persistir no Brasil é o corporativismo de algumas empresas do segmento de telecom.
Em defesa dos seus próprios interesses, elas se concentram primeiramente em pleitear benefícios para si próprias, deixando de lado o que é melhor para o consumidor.
A própria Anatel, nesse sentido, se manifestou favorável às empresas, como evidencia a decisão de proibir o oferecimento de dados ilimitados aos clientes.
Portanto, é preciso que empresas e governo criem canais de diálogo com a sociedade civil organizada para evitar decisões unilaterais ou que tirem direitos do consumidor.
Infraestrutura incapaz de suportar a demanda
Ainda que a internet 5G esteja chegando, vimos que a cobertura 4G ainda não abrange a totalidade do território brasileiro.
Em pontos mais afastados das grandes metrópoles, problemas como falta de sinal de celular e de internet banda larga ainda persistem.
Outro obstáculo relacionado é a falha nos serviços, com quedas e travamentos constantes.
Em 2020, ganhou notoriedade uma grande pane, em que a cobertura de internet das principais operadoras caiu em todo o Brasil, em razão do aumento no tráfego.
Isso reflete a falta de preparo em termos de infraestrutura para cobrir a demanda, já considerando os momentos de pico nos acessos.
Burocracia nos canais de comunicação
O já mencionado descaso com o cliente por parte das operadoras também se manifesta pelo excesso de burocracia nos canais de comunicação.
O cenário já é conhecido: o cliente liga para registrar uma solicitação ou reclamação e tem sua chamada encaminhada para outras instâncias da empresa.
Mais uma vez, a solução nesse caso também passa pelo treinamento da mão de obra e por investir em automação no atendimento.
Como a Vindi ajuda a impulsionar o setor de telecomunicações
Empresas que prestam serviços OTT, telefonia, TV por assinatura e outros enfrentam desafios diários, mas elas não estão sozinhas nessa caminhada.
A Vindi, pioneira em recursos para empresas que operam com recorrência no Brasil, desenvolve soluções para cobrança automatizada, entre outras facilidades.
Assim, sua empresa evita não só a cobrança indevida, como melhora a qualidade do relacionamento com o seu cliente.
A gente entende que a cobrança online é a melhor alternativa para quem fornece streaming, tendo em vista a necessidade de gerir pagamentos recorrentes com agilidade.
Por isso, nós nos posicionamos como parceiros das empresas do setor de telecomunicações, sempre com o objetivo de atender seus interesses e dos seus clientes.
Então, vamos conversar sobre o seu negócio?
Fale com os nossos consultores e entre para o time das empresas que estão prosperando com receitas recorrentes!