A Internet das Coisas já está balançando o setor de finanças e a previsão é de que, em breve, ela o revolucione. A IoT (sua sigla do inglês) cria relações altamente personalizadas entre instituições e clientes no mercado financeiro.
Uma vez que o potencial dessa tecnologia mora na transferência de dados e o setor financeiro também depende da coleta e análise de dados, essa união promete muitas mudanças na experiência do consumidor.
De que dados estamos falando?
Dados sobre o estilo de vida de clientes, gastos, dificuldades e interesses. Isto é, tudo o que demandaria uma pesquisa detalhada pode ser coletado com o auxílio da IoT. Até mesmo a detecção da presença de clientes em agências bancárias por meio de sensores está sendo cogitada para o futuro.
A ideia é ser capaz de conectar a maior quantidade de dados possível para gerar um atendimento com muito mais chances de satisfazer o cliente.
Pequenas revoluções da IoT no setor financeiro
A Internet das Coisas tem feito revoluções em muitas áreas. No Brasil, atinge setores importantes como o da Saúde e do Agronegócio.
No setor financeiro, ela também está deixando suas marcas. As máquinas de cartão são um exemplo de aplicação da IoT que faz parte do cotidiano. De acordo com a Anatel, o Brasil fechou o mês de outubro do ano passado com 14,8 milhões de conexões entre máquinas (M2M).
Essa conexão de máquinas entre si traz oportunidades para os negócios e auxilia nos processos de gestão. Os dados fornecidos vão desde ligado/desligado até temperatura, preço cobrado/saldo, longitude/latitude, dentre outros sinais.
Uma parceria entre a Visa e o Bradesco resultou em um produto inovador para o setor de finanças. As duas empresas desenvolveram a Pulseira Bradesco Visa que promete facilitar a vida de clientes. Com ela, eles podem realizar seus pagamentos por aproximação (contactless).
Ao aproximarem o braço com a pulseira de terminais habilitados para pagamentos de contato, o valor é descontado automaticamente do saldo disponível.
Mas não são só as gigantes desse mercado que estão inovando. Aliás, existem startups obtendo destaque por meio de soluções atuais, práticas e que de fato entregam aquilo que prometem.
Um exemplo de sucesso são as plataformas de pagamento para empresas que vendem serviços por assinaturas e planos, as quais precisam de soluções inteligentes de pagamento para manterem seu público.
Que benefícios essa tecnologia traz?
Praticidade, rapidez e eficiência são mais do que falados, pois os resultados trazem, de fato, tudo isso. Porém, não é só agilidade que as empresas e seus clientes ganham com a implantação do IoT nos seus sistemas de pagamento.
Para as empresas, os benefícios são:
- otimização do faturamento;
- diminuição de falhas;
- modernização da marca;
- maior conversão em vendas;
- flexibilidade;
- fidelização de clientes.
Para os consumidores, há outras vantagens envolvidas, como:
- comodidade;
- otimização do tempo;
- flexibilidade;
- exatidão e precisão nas transações;
- segurança;
- relação de confiança com a empresa.
Um estudo da Visa confirmou que 83% dos consumidores entrevistados reconhecem os benefícios dos dispositivos conectados para realizar compras e pagamentos. Outro fato importante que a pesquisa revelou, dessa vez para as empresas, é que consumidores conectados compram mais.
O que esperar do futuro?
O futuro do setor financeiro promete ainda mais inovação, com bancos, empresas e startups facilitando a relação de consumidores com seu dinheiro e os aproximando de forma cada vez mais veloz da sua compra.
Com base nas soluções que citamos ao longo do conteúdo, podemos esperar mais iniciativas como o pagamento por contato, sensores e plataformas online e offline.
Outra tendência do futuro é a utilização de tecnologias vestíveis, como a pulseira citada, a chamada wearable. Um exemplo famoso é o Apple Watch, o relógio lançado pela Apple que desempenha diversas funções, dentre elas, pagamentos.
Hoje, ainda somos dependentes dos cartões de crédito e débito. No entanto, com a IoT revolucionando o mercado de finanças, é muito provável que essa dependência diminua gradativamente.
Sobre o dinheiro, futuristas apontam para moedas virtuais, enquanto os mais reticentes duvidam da possibilidade de ele ser substituído.
Em um artigo chamado “O dinheiro do futuro”, a revista Super Interessante lembrou que em 1999 um antropólogo mais pessimista duvidou que um dia pudéssemos fazer transferências bancárias por telefone ou pelo chamado computador doméstico, como diziam os futuristas à época.
Bom, nem sempre os pessimistas vão longe demais.
>> Interessado em saber o que vai acontecer nos próximos anos? Então, leia também o post “Qual é o futuro do pagamento? Entenda as principais tendências no mundo”