O giro fumaça é uma alternativa para pequenos e médios empreendedores que precisam manter o negócio operando enquanto aguardam a entrada de valores de suas vendas a prazo.
Esse cenário é bem comum para quem oferece a seus clientes a possibilidade de pagar parcelado, algo essencial em qualquer modelo de negócios no Brasil.
Porém, a demora na entrada dos pagamentos pode dificultar a obtenção de capital de giro.
Aí entra a modalidade que vamos abordar neste artigo: ela permite que a empresa consiga retirar um empréstimo oferecendo seus valores a receber como garantia.
Para entender melhor o que significa o giro fumaça e como ele pode ajudar seu negócio, avance na leitura do texto até o final.
O que é giro fumaça?
Giro fumaça é uma modalidade de empréstimo para empresas e profissionais autônomos em que a garantia são os recebíveis – ou seja, os valores de vendas a prazo que ainda não entraram no caixa do negócio.
Essa modalidade também é conhecida como “crédito fumaça”.
Embora seja mais comum para pessoas jurídicas, esse tipo de operação também pode ser realizado por pessoas físicas.
O giro fumaça é uma alternativa mais ágil e com menos burocracia para uma empresa obter um empréstimo.
Siga lendo para entender melhor a operação.
Como funciona o capital de giro fumaça?
Quando uma empresa solicita o capital de giro fumaça, a instituição financeira faz uma análise de seu histórico de vendas.
Essas informações podem ser retiradas da maquininha de cartão ou do sistema de cobranças online, conforme o modelo de negócio.
A partir delas, a instituição realiza uma estimativa do fluxo de caixa do negócio para os meses seguintes.
Depois dessa varredura, o cliente recebe uma oferta personalizada de crédito dentro de suas possibilidades de pagamento.
O pagamento desse crédito é feito diretamente a partir de um desconto no valor de cada venda feita pelo contratante.
Por isso, durante a contratação desse crédito, fica determinado qual é o Valor Diário de Retenção Máximo (VDRM).
Em outras palavras, o VDRM significa o maior valor que o credor do crédito pode reter sobre as vendas em determinado período.
Se você achou essa explicação familiar, siga lendo para entender a diferença entre o giro fumaça e outra modalidade bastante popular.
Qual a diferença entre crédito fumaça e antecipação de recebíveis?
A diferença da antecipação de recebíveis em relação ao crédito fumaça é que os valores recebidos são referentes a vendas já concretizadas, e não a uma estimativa feita com base em dados históricos.
Portanto, o que muda é a natureza das garantias.
Para ficar mais simples de entender, vamos explicar melhor a antecipação de recebíveis.
Quando uma empresa contrata essa modalidade, ela pode receber os valores de cada venda a prazo como se fosse à vista.
Em contrapartida, o cliente paga uma taxa, que pode variar entre 1% e 3%.
Os clientes da Vindi podem realizar a antecipação de recebíveis parcial, integral ou referente a uma única venda a qualquer momento, diretamente do dashboard, de forma automática.
Também é possível optar pela antecipação automática para recebimentos periódicos.
Já o giro fumaça é mais semelhante a uma linha de crédito convencional, embora tenha os benefícios que vamos mostrar na sequência.
Quais as vantagens do giro fumaça?
Veja uma lista com as vantagens de contratar o giro fumaça para o seu negócio.
- Juros mais baixos: como há garantias dos ganhos futuros da empresa, o risco do empréstimo é menor para a instituição financeira, e por isso os juros são inferiores em comparação com operações convencionais
- Acessibilidade: o processo de contratação é mais simples do que outras linhas de crédito por bancos convencionais, por isso fica mais fácil passar pela análise necessária para contratar o valor, principalmente para pequenos empreendedores
- Agilidade: como o processo é menos burocrático do que empréstimos por grandes bancos, os valores são liberados mais rapidamente
- Pagamento simplificado: as parcelas são debitadas de forma automática, então o empreendedor não precisa se preocupar em fazer uma transferência
- Personalização: a própria instituição oferece uma linha de crédito sob medida para as necessidades e possibilidades do negócio.
Devido a essas vantagens, existem várias situações em que vale a pena usar a modalidade.
Quando usar o giro fumaça?
O crédito fumaça deve ser usado quando a empresa vende a prazo, principalmente no cartão, precisa de capital de giro e não consegue esperar até a chegada dos valores de vendas a prazo.
Por exemplo, quem administra um estabelecimento de alimentação, como um restaurante ou uma lanchonete, precisa ficar constantemente comprando produtos para o preparo das receitas.
Se muitos clientes compram a prazo, pode ser necessário usar o giro fumaça para manter o local funcionando.
Além disso, qualquer tipo de empresa precisa arcar com os pagamentos de salários dos colaboradores na data programada.
Se não houver esse valor disponível, o giro fumaça pode ser a saída para deixar a folha em dia.
Dependendo da situação, pode não haver uma necessidade efetiva de adquirir o crédito, mas a modalidade pode representar uma oportunidade de investir em melhorias para garantir ganhos futuros.
Se seu negócio vive alguma dessas situações, veja na sequência como proceder.
Como obter crédito fumaça para capital de giro?
Para obter o crédito fumaça para capital de giro, é preciso procurar uma instituição financeira que ofereça essa modalidade, que pode ser um banco ou uma fintech.
Durante o contato, a instituição vai informar o que é necessário apresentar.
Em geral, as ofertas de crédito fumaça são baseadas em uma estimativa dos recebíveis do cartão de crédito.
No entanto, valores de outras modalidades de venda a prazo também podem contar para a análise, dependendo de quem for o credor.
Após a apresentação do seu histórico de vendas, a própria instituição fará uma proposta de empréstimo.
Dependendo de quem for o credor, o valor pode entrar na conta em até 72 horas.
Quais os riscos associados ao giro fumaça?
Embora o giro fumaça seja uma boa alternativa para pequenos e médios negócios, é preciso tomar cuidado em relação a alguns pontos.
Em primeiro lugar, para garantir que não haverá dificuldades no pagamento do crédito, é preciso ter um desempenho de vendas estável.
Se você teve ótimas vendas no mês analisado para a formulação do crédito, a proposta será alta.
Assim, você pode enfrentar dificuldades para arcar com o pagamento.
Além disso, é preciso tomar cuidado com a taxa de juros, que embora seja mais baixa que em outras modalidades, deve ser levada em consideração.
Por isso, é prudente comparar os percentuais oferecidos por diferentes instituições.
Por fim, tome cuidado para não tornar sua empresa dependente de recebíveis futuros.
Afinal, existe sempre o risco de que o desempenho não saia como o planejado por diversos fatores, desde a chegada de um concorrente forte até mudanças na política econômica.
Para quem gerencia um negócio, automatizar sua cobrança com uma boa plataforma de pagamentos também é uma medida importante.
A Vindi é um ecossistema completo, com soluções para vendas avulsas e recorrentes.
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