Oferecer concessão de crédito pode ser uma boa oportunidade de negócio devido à demanda constante por financiamento por parte de pessoas e empresas. 

Não por acaso, esse é um setor que movimenta muito dinheiro no Brasil.

Segundo dados do Banco Central, o volume de crédito do Sistema Financeiro Nacional (SFN) chegou a R$ 5,8 trilhões em 2023, representando um crescimento de 7,9% em comparação com o ano anterior.

Muitas pessoas físicas e jurídicas fazem solicitações a cada dia, o que torna esse mercado altamente lucrativo.

Porém, para oferecer empréstimos e financiamentos, há uma série de requisitos burocráticos a atender.

Além disso, é preciso saber fazer uma análise de risco detalhada para evitar a temida inadimplência.

Superando esses pontos de atenção, é possível obter bons resultados, seja apostando exclusivamente nessa atividade ou a adicionando ao portfólio de serviços.

E quanto à regulamentação, existe uma forma simples de oferecer a concessão de crédito sem precisar passar por trâmites burocráticos.

Se você tiver interesse, leia o nosso conteúdo para entender tudo sobre o assunto.

A concessão de crédito é uma oportunidade lucrativa no Brasil, impulsionada pela alta demanda, mas requer cuidado com burocracias e análise de risco.

O que é concessão de crédito?

A concessão de crédito é o processo pelo qual instituições financeiras ou credores fornecem empréstimos, ou outras linhas de crédito a pessoas, ou empresas, o que depende da análise da sua capacidade de pagamento e do risco de inadimplência. 

Isso permite que os tomadores financiem projetos ou adquiram bens e serviços antecipadamente.

Em outras palavras, conceder crédito é uma operação financeira na qual é repassado um valor a um cliente, chamado de mutuário, que se compromete a pagar a quantia de volta dentro de algumas condições definidas.

Em geral, esse pagamento é parcelado em várias vezes.

Assim, o cliente paga ao longo de diversos meses, podendo chegar a anos ou até décadas, dependendo do valor e dos termos acertados.

A instituição que faz esse repasse obtém seu lucro por meio da cobrança de juros, ou seja, a aplicação de um percentual a mais sobre o valor emprestado.

Já quem adquire o valor aumenta seu poder de compra e pode realizar projetos pessoais ou investir em atividades profissionais que possam gerar lucro no futuro.

Na sequência, vamos explicar melhor esse processo.

Como funciona a concessão de crédito?

A concessão de crédito funciona a partir de uma análise, na qual a instituição que fornece o valor precisa avaliar os riscos da operação, ou seja, a probabilidade do cliente ficar inadimplente.

Quanto maior for essa chance, mais altos são os juros.

As outras condições de pagamento são definidas conforme a capacidade de pagamento do mutuário, como o prazo e o valor de cada parcela.

Esse processo varia bastante de acordo com a modalidade de crédito.

Para um empréstimo para pessoa física, o ideal é que as prestações mensais não superem um terço da renda do cliente.

Já no empréstimo consignado, a análise é mais rápida, já que as prestações são debitadas direto da fonte de renda, o que reduz os riscos.

Da mesma forma, o empréstimo com garantia agiliza esse processo a partir da apresentação de um bem para assegurar a quitação das prestações

Ainda assim, existem critérios levados em conta para todas as modalidades, como vamos explicar na sequência. 

Quais os principais critérios para a concessão de crédito?

Em resumo, a concessão de crédito só é realizada quando a instituição entende que o risco de inadimplência não é alto o suficiente para comprometer seus ganhos.

Para se certificar disso, as instituições que fornecem crédito analisam os seguintes fatores:

  • Dados cadastrais: várias informações passam pela avaliação, como endereço, estado civil, escolaridade e data de nascimento, além de informações do negócio em casos de crédito empresarial
  • Capacidade de pagamento: pode ser a renda da pessoa física ou a análise das finanças de uma empresa, desde que mostre que o cliente tem condições de quitar sua dívida
  • Dívidas em aberto: eventuais débitos que ainda não foram quitados influenciam na decisão de liberar ou não o crédito
  • Restrições no nome: se o CPF ou CNPJ estiver inscrito em um birô de crédito, os riscos são bem mais altos para a instituição
  • Histórico de crédito: é realizada uma análise de operações realizadas no passado pelo mesmo cliente, para observar se ele cumpriu suas obrigações ou ficou inadimplente
  • Score de crédito: os serviços de proteção ao crédito dão a todos os consumidores uma pontuação de acordo com seu histórico financeiro, ajudando a analisar o risco de conceder crédito para aquela pessoa.

Essa análise é realizada em várias etapas, como vamos explicar na sequência.

Etapas da análise e concessão de crédito

Os procedimentos necessários para a concessão de crédito costumam se dividir entre cinco etapas, como vamos explicar agora.

1. Solicitação

Nessa primeira etapa, o cliente procura a instituição para formalizar o pedido de crédito.

Geralmente, é preciso preencher um formulário e apresentar documentos de identificação e comprovantes de endereço e de renda.

Em alguns casos, essa etapa pode ser feita de forma online, geralmente por meio de um aplicativo para celular que captura fotos do solicitante e de seus documentos.

2. Análise

Depois que o pedido é feito, a instituição financeira faz uma consulta a diversos bancos de dados para verificar todos aqueles itens que citamos no tópico anterior: o histórico de crédito, a renda, o patrimônio e por aí vai.

Já em um empréstimo com garantia, é nessa etapa que a instituição vai avaliar o bem oferecido.

3. Decisão sobre o crédito

A partir de todos os dados analisados, a instituição define se irá ou não conceder um crédito.

Em caso de aprovação, a decisão inclui também todos os detalhes da operação, como a taxa de juros a ser cobrada, o número de parcelas e o valor das prestações.

4. Formalização

Com todos os detalhes já definidos, a instituição apresenta para o cliente os termos e condições estabelecidos.

Também pode ser necessária a apresentação de algum documento adicional nessa etapa.

Depois que estiver tudo certo, as duas partes assinam a carta de crédito, ou seja, o contrato com todos os detalhes incluídos.

5. Liberação e pagamento

Depois que o contrato é assinado, o valor é liberado para o cliente, que poderá usar conforme a finalidade desejada.

Depois, tem início o pagamento das prestações do crédito de acordo com as condições definidas na carta de crédito.

Concessão de crédito para pessoa física e para empresas: qual a diferença?

Além de particularidades de valores e modalidades, a concessão de crédito para empresas tem uma análise mais rigorosa em relação a empréstimos para pessoas físicas.

Na etapa de solicitação, é preciso apresentar documentos contábeis como o balanço patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE).

Assim, a instituição pode avaliar a capacidade do mutuário de pagar todas as prestações.

São informados também vários outros dados, como:

  • Dados de identificação do negócio
  • Data de fundação, número de funcionários e atividade-fim
  • Faturamento mensal e anual
  • Endereços de todas as unidades.

Tudo isso sem contar com as informações pessoais do proprietário ou dos sócios do negócio.

O objetivo do crédito também é essencial, podendo variar entre ações como obtenção de capital de giro, investimento em expansão das atividades e compra de equipamentos.

Existem modalidades voltadas especificamente a determinadas finalidades.

Nesses casos, a empresa precisa comprovar que tem um planejamento para obter os resultados necessários para poder quitar o crédito.

Desafios da concessão de crédito no Brasil

Embora a concessão de crédito tenha uma grande importância na economia brasileira, o mercado nacional impõe muitos obstáculos para instituições que atuam nessa área. 

Inicialmente, há muitos trabalhadores autônomos que poderiam financiar a ampliação de seus negócios e atuam na informalidade.

Por isso, não conseguem reunir os documentos necessários para solicitar crédito.

Mesmo empresas com CNPJ ativo e regular podem ter dificuldades para apresentar uma gestão financeira eficiente.

Assim, fica mais difícil obter a aprovação, pois as instituições que oferecem crédito empresarial são rigorosas em relação à estrutura contábil, exigindo registros detalhados de todas as operações.

Além disso, o próprio ambiente regulador é bastante complexo, com muitas regras impostas pelo Banco Central para quem planeja atuar nesse ramo.

Outro fator importante é a alta inadimplência que vem sendo observada no mercado.

Segundo dados do Serasa, o Brasil tem aproximadamente 72 milhões de indivíduos que assumiram dívidas, mas acabam não conseguindo pagar.

Os motivos variam, mas é fato que muita gente se atrapalha devido à falta de uma educação financeira eficiente.

Quando o consumidor não prevê todas as despesas, seja do dia a dia ou da gestão de seu negócio, acaba tendo dificuldades para saldar as prestações.

No próximo tópico, confira dicas para lidar com esse problema.

Como evitar a inadimplência na concessão de crédito?

Ter baixos índices de inadimplência é essencial para uma instituição que busca obter lucros a partir de operações de crédito.

Por isso, é necessário elaborar uma política de crédito para evitar aprovações de mutuários que possam ter dificuldades para quitar seus débitos.

Em outras palavras, a instituição deve criar um conjunto de regras e diretrizes que devem ser seguidas sempre que um cliente realiza uma solicitação, contendo todas as condições necessárias para a aprovação.

Além das informações essenciais, há outros dados que podem ajudar a identificar clientes com alto risco.

Entre eles, estão o comportamento de consumo, com um mapeamento de outras transações realizadas, e o monitoramento de publicações em redes sociais.

Por isso, muitas empresas usam ferramentas de análise de dados para automatizar as buscas por diversas informações úteis nesse processo.

Se você gerencia um negócio e está interessado em entrar para esse mercado, continue lendo para conhecer a forma mais viável para isso.

Como conceder crédito para seus clientes?

Como já mencionamos, a regulamentação necessária para que uma organização possa oferecer a concessão de crédito é bastante rígida.

Porém, isso não significa que toda empresa que planeja entrar nesse mercado tenha que seguir as normas de compliance necessárias.

Qualquer instituição pode conceder crédito a seus clientes rapidamente a partir da contratação de uma solução de embedded finance — termo em inglês que significa “finanças incorporadas”.

Nesse tipo de serviço, uma companhia habilitada fornece à empresa contratante toda a estrutura necessária para a oferta de serviços financeiros, como empréstimos, financiamentos e outros tipos de crédito.

Como já passaram por todas as etapas estipuladas pelo Banco Central, as companhias que oferecem esse tipo de solução podem integrar seus serviços a seus clientes por meio de APIs.

Na prática, são elas que oferecem o crédito em nome da contratante, que não precisa passar pela burocracia necessária para exercer essa atividade.

A Vindi conta com uma solução completa e modular para que seu negócio entre nesse mercado e crie um sistema de crédito próprio para oferecer aos seus clientes.

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