O Vindi Insights de agosto de 2021 foi dominado pelas notícias do Pix e pelas menções à Vindi na mídia.
O sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central está cada vez mais completo e traz novas medidas para aumentar a segurança e gerar oportunidades de negócio.
Enquanto isso, a Vindi é citada como uma das maiores fintechs de São Paulo e contribui com o crescimento acelerado da Locaweb.
E claro: teremos o cenário dos indicadores econômicos, resultados de segmentos e TPVs com várias reviravoltas.
Leia esta edição do Vindi Insights até o fim e siga de perto as tendências da recorrência.
Notícias do mercado da recorrência
O Pix reinou absoluto nas notícias de agosto com sua nova onda de funcionalidades. Confira.
Pix já é o 2º meio de pagamento mais usado no Brasil
O Pix superou o cartão de crédito e se tornou o segundo meio de pagamento mais usado pelos brasileiros, atrás apenas do dinheiro.
O dado foi revelado por uma pesquisa do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) em parceria com a CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas), publicada no UOL.
Na pesquisa, 70% dos entrevistados afirmaram que usam o Pix com frequência, enquanto 66% utilizam cartões de débito, e 57% têm o hábito de usar cartões de crédito.
Os principais motivos apontados para o uso do sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central foram a rapidez e a praticidade, além da possibilidade de evitar contato físico com maquininhas de pagamento e pessoas.
Obviamente, a pandemia contribui para o avanço do Pix com a aceleração da transformação digital e medidas de distanciamento social.
Desde o lançamento do sistema, já foram cadastradas mais de 313 milhões de chaves Pix e realizadas quase 1 bilhão de transações, segundo as estatísticas do BC.
Pix também deve ficar mais seguro, de acordo com o Banco Central
O crescimento do Pix também trouxe novas preocupações com a segurança dos usuários.
A ferramenta passou a ser usada por criminosos em sequestros relâmpagos e roubos, pois facilita a transferência imediata de grandes quantidades de dinheiro.
Para solucionar esse problema, o Banco Central anunciou uma série de medidas para aumentar a segurança do Pix.
São elas:
- Limite de R$ 1 mil para a soma das operações efetuadas entre pessoas físicas (inclusive MEIs) utilizando o Pix no período entre 20h e 6h, incluindo transferências dos tipos interbancárias, cartões de débito e liquidação de TEDs
- Possibilidade de diminuir ou aumentar os limites do sistema para os períodos diurno e noturno. As diminuições entram em vigor no mesmo momento, já os aumentos demoram de 24 horas a 48 horas para serem efetivados
- Obrigatoriedade de uma funcionalidade que permita aos usuários cadastrar de forma prévia contas que poderão receber Pix acima dos limites determinados
- Prazo mínimo de 24h para que o cadastramento prévio de contas através de canais digitais comece a funcionar, impedindo o cadastramento imediato em situação de risco
- Prazo mínimo de 24 horas e máximo de 48 horas para que os pedidos de aumento de limites de transações com meios de pagamento feitos por canal digital (TED, DOC, transferências interbancárias, Pix, boleto e cartão de débito) sejam efetivados
- Permissão para que os usuários retenham uma transação por um prazo de 30 minutos durante o dia ou por 60 minutos durante a noite para a análise de risco da operação
- Exigência de histórico comportamental e de crédito para que empresas possam solicitar a antecipação de recebíveis de cartões com pagamento no mesmo dia.
Vêm aí o saque e o troco com Pix
Outra novidade é a chegada das funções saque e troco ao Pix no terceiro trimestre deste ano.
Ainda não se sabe quando esses recursos estarão disponíveis para o público, mas o Banco Central já deu algumas pistas sobre seu funcionamento.
O Pix Saque permitirá que qualquer pessoa retire dinheiro em um estabelecimento comercial sem precisar comprar nada e sem a necessidade de um caixa eletrônico.
Para isso, será preciso utilizar um QR Code disponibilizado pelo lojista, fazer uma transferência via Pix e então sacar o valor transferido.
Já o Pix Troco permitirá que o usuário pague um maior valor em uma compra para receber o troco em dinheiro.
Será a solução para momentos em que você não tem troco e não tem a possibilidade de sacar.
O Banco Central também alertou que, inicialmente, por questão de segurança, as transações terão um limite de R$ 500.
Além disso, é provável que cada consumidor possa fazer quatro transações gratuitas por mês e fique sujeito a uma taxa a partir da quinta operação.
Pix abre um mundo de possibilidades para empresas
O sucesso do Pix já ficou claro, e logo teremos um Pix 2.0 com muitas funcionalidades inovadoras no mercado.
Até agora, o grande mérito do sistema foi a substituição das transferências tradicionais via DOC e TED, que dependiam do horário bancário e saíam caras para o consumidor.
Mas o Pix irá muito mais longe em breve.
O calendário do Banco Central prevê o lançamento de funções como Pix Troco e Pix Saque, como vimos acima, e também o Pix Agendado e o Pix Garantido.
E as empresas já estão de olho nessas novidades para desenvolver soluções de pagamento inovadoras.
A função do Pix Garantido, por exemplo, permitirá que o usuário faça um Pix parcelado com QR Code nos estabelecimentos conveniados à instituição financeira responsável por intermediar o serviço.
Outra iniciativa que as empresas, principalmente no setor de câmbio, estão de olho é o Pix Internacional, que deve permitir transações para o exterior.
Enquanto isso, a empresa de assinaturas digitais Click Sign vem usando a chave Pix no seu processo de autenticação de usuários.
Quem assina paga um valor simbólico de R$ 0,01 e em seguida é ressarcido, como ocorre quando se cadastra um cartão de crédito em um aplicativo de transporte, por exemplo.
Saiba mais sobre o Pix no episódio abaixo do Dentro do Ringue:
Ações de tecnologia estão em queda (mas empresas próximas da Vindi se salvam)
No mercado financeiro, 60% das ações de software estão em queda desde o IPO (Initial Public Offering, ou Oferta Pública Inicial).
Das 12 empresas SaaS que abriram seu capital na bolsa entre 2020 e 2021, 7 estão com as ações negativas desde então, incluindo nomes como Enjoei, Mobly, Westwing e GetNinjas.
O motivo mais provável para a performance negativa é que os investidores levam algum tempo para entender a dinâmica do segmento.
Curiosamente, duas empresas relacionadas à Vindi estão na contramão dessa tendência: a Locaweb (empresa que adquiriu a Vindi), que teve um retorno de 423,9% desde o IPO, e a Totvs (nossa cliente), que teve um retorno de 2235%.
Vindi é eleita pela Daily Finance como uma das principais fintechs de pagamento
A Vindi teve a honra de ser eleita uma das “Top Sao Paulo Payment & Fintech Startups” pela Daily Finance (disponível em inglês).
Entre os critérios usados para a escolha, estão ideias inovadoras, produto inovador, crescimento excepcional e impacto social.
Locaweb dispara sua receita com fusões e aquisições
A aquisição da Vindi pela Locaweb em janeiro de 2021 já está rendendo bons frutos.
Depois do IPO, a empresa fez 12 aquisições (um recorde no Brasil) e obteve um crescimento de 57% na receita líquida.
Além disso, a receita proveniente de assinaturas cresceu impressionantes 204,7%.
CEO da Vindi participa de Tecnocast sobre assinaturas
O Tecnocast 207 – Cercados por assinaturas contou com a participação do nosso CEO Rodrigo Dantas.
Ele falou sobre a relação dos brasileiros com a economia da recorrência, com base na nossa pesquisa completa sobre o mercado de assinaturas.
Indicadores econômicos
Em relação aos indicadores econômicos deste Vindi Insights, o índice de confiança do consumidor caiu pela primeira vez em 5 meses devido ao alto índice de desemprego, inflação e incertezas sobre a disseminação da variante Delta.
Já a inflação permanece em alta, com destaque para o grupo de alimentação e bebidas.
TPV da Vindi
Após um crescimento de 2,3% em julho, o TPV da Vindi seguiu em alta e atingiu 5,8% em agosto. Com destaque para clientes que cresceram até 373,2% no período.
Em relação ao volume financeiro, o segmento fitness continua em pleno crescimento com uma variação positiva de 91% em relação a agosto/2020.
Quantidade de transações por segmento
A novidade deste mês do Vindi Insights é o mapeamento da quantidade de transações realizadas por segmento.
Fitness continua sendo líder nesse quesito, com um aumento de 11,3% em relação ao mês passado.
Taxa de aprovação por segmento
A maior taxa de aprovação de agosto foi registrada no segmento de Estética e Beleza, com 79,2% de cobranças aprovadas.
Quando comparamos os meses, o segmento que se destacou por um crescimento representativo na taxa foi o de e-commerce, com 52,3% (julho) versus 63,3% (agosto).
Vale lembrar que a Taxa de Aprovação é referente à quantidade de cobranças emitidas no método de cartão de crédito.
TPV por segmento
Por fim, vamos ver como foi a variação mensal de TPV dos segmentos em agosto de 2021.
- Serviços financeiros: teve um crescimento de quase 100% após 3 meses seguidos em queda
- E-commerce: segue em alta com um aumento de 15,2%, sendo que um dos players alcançou a marca de 2123%
- SaaS: após meses em queda, teve resultado positivo de 6% graças a um novo cliente
- Turismo e Hotelaria: apresentou queda de 14% devido a um cliente que caiu 28,4%
- Seguradoras: teve queda de 11% concentrada em um player representativo que caiu 14,5%.
Gostou do nosso Vindi Insights de agosto de 2021?