Os Cs do crédito são um método essencial na análise antes da concessão de crédito a um cliente, com o objetivo de analisar diferentes fatores que podem apontar eventuais riscos representados por clientes.
Trata-se de um conceito que surgiu há mais de 40 anos, mas é implementado até hoje antes da aprovação ou reprovação de vendas e financiamentos.
Se você quer saber quais são os 6 Cs do crédito, acompanhe o nosso artigo até o final e conheça cada um deles.
O que são os Cs do crédito?
Os Cs do crédito são um conjunto de fatores que devem ser levados em consideração durante uma análise de crédito’. Este conceito foi abordado no livro Administração Financeira: Teoria e Prática, dos economistas Eugene F. Brigham e Michael Ehrhardt, escrita na década de 1970, mas que até hoje é uma metodologia bastante adotada em empresas.
O objetivo é ajudar um negócio a avaliar o panorama completo dos riscos de conceder um crédito ao cliente. Originalmente, Weston e Brigham estabeleceram apenas cinco Cs de crédito, mas com o tempo surgiu um sexto C.
No próximo tópico, você vai entender por quê: o sexto C vale apenas para a análise de crédito de empresas – portanto, somente negócios do modelo B2B (que negociam com outras pessoas jurídicas) devem se ater a este último detalhe.
Porém, há também quem considere que o sexto C seria o crédito em si. Ou seja, um conjunto dos cinco aspectos acima.
Mas nada de confusão, vamos tirar todas as dúvidas a seguir! Continue a leitura conosco.
Quais são os 6 Cs do crédito?
Para entender esse conceito, confira abaixo a lista dos 6 Cs do crédito e o que cada um significa.
Caráter
Embora soe estranho medir um fator subjetivo como o caráter, o primeiro C de crédito é bem objetivo e se baseia no histórico do cliente (seja ele pessoa física ou jurídica).
A ideia é realizar uma pesquisa completa sobre o comportamento deste consumidor em compras anteriores, saber se pagou suas faturas em dia, quitou todos os empréstimos sem precisar negociar… enfim, se cumpriu suas obrigações dentro do que foi inicialmente acordado.
No caso de empresas, saber como era sua relação com fornecedores e parceiros também é importante.
Capacidade
O segundo C busca apontar se o cliente é capaz de assumir seus compromissos dentro das condições acertadas na hora da venda.
Se o cliente for uma pessoa física, esta parte da análise de crédito inclui pesquisas em aplicações financeiras, comprovantes de pagamento e até no extrato de imposto de renda. Em uma negociação com uma empresa, a pesquisa é realizada em cima do fluxo de caixa, bens e ativos deste negócio.
O tempo de mercado também é importante para analisar se trata-se de um negócio consolidado ou um que ainda busca seu espaço no mercado.
Condições
Por falar em mercado, o terceiro C é referente ao contexto em que o cliente está inserido – por isso, funciona de formas diferentes para pessoas físicas e jurídicas. Um cliente com estabilidade onde trabalha, por exemplo, tem melhores condições que outro que troca de emprego frequentemente.
Já as condições de uma empresa são representadas pelo momento do mercado, se há tendência de ascensão ou queda da atividade deste negócio.
Essa análise também pode levar em consideração a estratégia definida pela empresa para lidar com o cenário atual.
Capital
Este aspecto pode soar parecido com a capacidade, mas tem uma diferença essencial entre os dois Cs: o capital indica o patrimônio líquido. Em outras palavras, o total entre o que pode ser investido e eventuais dívidas.
Na análise de crédito de uma pessoa física, é preciso olhar para a renda e os bens. Já em relação a empresas, é preciso fazer uma análise de balanços patrimoniais, fontes de financiamentos, liquidez e endividamento – além de levar em consideração os índices de rentabilidades.
Se a empresa tem recursos suficientes para honrar seus compromissos sem a necessidade de um aporte de crédito, a chance de inadimplência é mais baixa.
Colateral
O colateral se refere às garantias que o cliente pode oferecer no momento da concessão de crédito – ou seja, os bens que podem ser liquidados se ele não puder arcar com seus pagamentos.
Nessa lista, podem entrar imóveis, veículos, contas bancárias e valores a receber. Para uma empresa, a lista é mais ampla, podendo incluir até estoques de produtos ou equipamentos que são parte de sua estrutura.
Hoje em dia, bens digitais como criptomoedas e NFTs (tokens não-fungíveis, ou seja, itens virtuais únicos pertencentes a alguém) também podem podem ser considerados garantias dependendo do negócio, entrando neste C.
Conglomerado
Falamos acima sobre os cinco Cs de crédito, citando exemplos para pessoas físicas ou jurídicas. Já o sexto, como mencionamos no início do artigo, vale apenas para análise de crédito de grandes empresas.
Como indica o nome, a ideia é verificar se o cliente é parte de um conglomerado ou grupo econômico, ou esteja coligado a outros negócios. Lembre-se que este não é um aspecto apenas positivo: este pode ser um fator de preocupação.
Imagine, por exemplo, que o conglomerado tenha alguma dívida ou passe por um momento complicado. Por outro lado, pode também ser um fator positivo se o cenário deste grupo for favorável.
Quais as vantagens de vender no crédito?
É difícil vermos hoje em dia um negócio que não faça vendas a crédito. Mesmo pequenos e microempreendedores conseguem oferecer opções de parcelamento, usando maquininha de cartão em vendas presenciais ou plataforma de pagamentos pela internet.
Além da facilidade de contar com boas ferramentas, a venda no crédito rende vantagens como:
- Abrangência: ao oferecer opções de parcelamento, você amplia o leque de possíveis consumidores, pois mais pessoas terão condições de pagar pelo seu produto ou serviço
- Facilidade: o parcelamento no cartão de crédito não requer análise, e o sistema BNPL pode realizar uma análise automática
- Segurança: esses sistemas ajudam a evitar a inadimplência
- Controle: você pode antecipar valores pagos no crédito a taxas justas, para poder controlar melhor seu fluxo de caixa.
Qual a importância de analisar os Cs de crédito na sua empresa?
A análise a partir dos Cs do crédito é essencial para vender com segurança. Sem esses processos, você corre risco de precisar renegociar uma dívida por falta de pagamento e abrir mão dos valores inicialmente previstos.
A inadimplência pode ter várias razões, e por isso a análise deve levar em conta todos os aspectos representados por cada C. Porém, como nós mostramos, este é um processo bastante trabalhoso, pois implica pesquisar vários tipos de dados.
Mas você pode contar com uma plataforma de pagamentos para evitar tanta dor de cabeça: a Vindi possibilita que você faça cobranças por formas de pagamento variadas, das tradicionais às mais modernas.
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