A biometria facial já é um dos meios mais eficientes de confirmar uma identidade, e por isso tem sido cada vez mais usada em mecanismos de segurança e autenticação.
A novidade é que agora esse recurso vem sendo adotado como uma forma de pagamento.
Afinal, assegurar a autenticação de um consumidor pela identificação de características únicas é uma forma de dar mais segurança e praticidade a uma venda.
Para entender melhor essa novidade, leia até o fim este artigo completo sobre biometria facial!
Pagamento por biometria facial vira tendência
O uso da biometria facial vem despontando como uma grande novidade nos meios de pagamento.
De acordo com um estudo (em inglês) da Juniper Research, empresa que pesquisa inovações tecnológicas, até 2027 os pagamentos autenticados por biometria devem movimentar cerca de US$ 1,2 trilhão globalmente.
No Brasil, boa parte dos consumidores já conhecem a tecnologia, como mostra uma pesquisa divulgada em 2022 pela Opinion Box em parceria com a Mobile Time.
O estudo aponta que, em um ano, a proporção de usuários de smartphone no país que acessaram serviços digitais por meio da biometria facial subiu de 29% para 43%.
Além de estar se familiarizando rapidamente com a tecnologia, o público gosta dessa novidade.
De acordo com outro levantamento divulgado pela Visa, 89% dos brasileiros acham a biometria mais fácil de usar que a autenticação por senha, e 85% consideram mais rápida.
Se lembrarmos de como a adesão do público ao Pix foi tranquila, podemos concluir que a biometria veio para ficar.
Quais as vantagens do pagamento por biometria facial?
Algumas das maiores vantagens da biometria facial como meio de pagamento foram citadas pelo público na pesquisa da Visa que mencionamos acima: a facilidade e a rapidez.
Imagine um negócio com sede física que tem fila para o caixa.
Todo o tempo que o cliente leva para tirar a carteira ou o celular do bolso, inserir o cartão ou acessar o Pix no aplicativo do celular é eliminado.
A facilidade é maior até mesmo para uma venda no e-commerce, pois o cliente não precisa preencher dados para o pagamento ou fotografar o QR Code para fazer o Pix.
Por isso, outra vantagem a se considerar é a melhor experiência do cliente.
Além disso, o sistema pode aumentar as vendas, já que o consumidor não precisa ter dinheiro, cartão ou celular para fazer uma compra.
Porém, o principal benefício vai além de tudo isso: aumentar a segurança.
Segundo o Mapa da Fraude da ClearSale, somente no primeiro semestre de 2023, foram registrados 2 milhões de tentativas de fraude no Brasil, somando cerca de R$ 2,5 milhões.
Criminosos têm usado estratégias diversas para tentar burlar esquemas de segurança, seja invadindo sistemas ou enganando consumidores para obter suas senhas.
Portanto, a tecnologia que garante a autenticação conforme características únicas da pessoa poderia evitar muitos crimes.
Como funciona a biometria facial?
A biometria facial funciona a partir da captura do rosto a partir de uma câmera, para que seja usada como uma imagem de referência.
Esse procedimento é feito no momento do cadastro da pessoa.
Depois, cada vez que uma pessoa precisar ser identificada, ela passa pelo mesmo processo, para que as duas imagens sejam comparadas.
Conforme o tipo de biometria facial utilizada, características únicas da pessoa são analisadas.
Alguns sistemas usam câmeras específicas, mas outros permitem a identificação de um usuário por meio de uma selfie feita com o celular.
Atualmente, os principais tipos são:
- Análise da forma facial: o modelo compara as proporções e a geometria do rosto
- Análise da textura: o sistema avalia características da pele, como rugas e poros
- Biometria facial 3D: a câmera captura imagens em três dimensões do rosto da pessoa
- Biometria de íris: a câmera capta imagem da íris, a parte colorida do olho
- Biometria de retina: o sistema captura imagem da retina, a parte escura do olho.
Por meio da captura dessas características, todos os pagamentos são intransferíveis, o que aumenta a segurança e evita fraudes de vários tipos.
Onde você encontra a biometria facial hoje
Já existem empresas usando a biometria facial para facilitar a vida e aumentar a segurança dos consumidores.
Desde o final de 2022, clientes da rede de lojas C&A podem comprar sem apresentar documentos a partir de câmeras instaladas em seus estabelecimentos.
No mesmo ano, a rede de supermercados mineira D’Ville, de Uberlândia, se tornou a primeira a usar o reconhecimento facial para pagamentos no país.
A operadora de telefonia celular Vivo também usa a tecnologia para identificar seus clientes.
Além disso, o governo federal utiliza a biometria facial para fornecer acesso a serviços digitais que precisam de confirmação de identidade na plataforma gov.br.
Aeroportos e postos policiais também vêm adotando o reconhecimento facial para agilizar e aumentar a segurança dos seus processos.
E muitas instituições bancárias já começam a usar a tecnologia para permitir o acesso dos clientes às suas contas por meio de aplicativos de celular.
Se você quiser saber mais sobre biometria facial e outras novidades da área, escute o podcast Dentro do Ringue sobre Tendências Globais e o que está por vir em Pagamentos, que aconteceu ao vivo durante a programação do Innovation Pay 2022.
Aproveite e confira a programação do Innovation Pay 2023, que terá dois espaços de conteúdos divididos em cinco trilhas para você escolher!