M2O é uma tendência que deve ganhar força no mundo dos metaversos. Embora ainda não esteja em evidência, a venda de produtos físicos dentro de “universos virtuais” tem se mostrado um negócio promissor – e, como acontece sempre que uma nova tendência ganha força, quem sair na frente terá bastante vantagem.

Se você quiser saber mais sobre este modelo de negócios, acompanhe nosso artigo. Aqui explicamos o que é e como funciona o M2O com exemplos, além de falar sobre os impactos da novidade no mercado.

Acompanhe!

O que é M2O (metaverse-to-offline)?

M2O (metaverse-to-offline) é uma estratégia de metacommerce que consiste na oferta de um produto físico por encomenda dentro de um metaverso. O objetivo é atrair a atenção do consumidor em um ambiente virtual, explorando tecnologias como realidade virtual e realidade aumentada para apresentar produtos de formas criativas e atrativas.

Outra possibilidade a ser explorada é o uso de NFTs (Non Fungible Tokens, ou tokens não fungíveis), itens digitais exclusivos que podem ser comprados e vendidos com criptomoedas. Ainda neste artigo, vamos mostrar como uma startup especializada neste serviço já está lucrando com o M2O.

Porém, apesar de se mostrar promissor, o modelo de negócios ainda tem poucos exemplos práticos – em sua maioria, são empresas que estão começando a testar as possibilidades.

Por outro lado, a maior parte dos cases de metacommerce são referentes a ofertas de produtos virtuais, que podem ser usados dentro das plataformas.

O que M2O tem a ver com O2O?

O2O significa online-to-offline – ou seja, consiste na oferta de um produto ou serviço físico dentro de um ambiente digital. Neste modelo, o consumidor compra pela internet, mas faz a retirada do item de forma presencial.

A semelhança com o M2O é óbvia, já o usuário de um metaverso está necessariamente conectado à internet. Mas também há uma grande diferença: o conceito de O2O exige proximidade física entre o consumidor e o comércio, e não se trata de uma compra por encomenda.

O exemplo clássico do O2O se dá nos marketplaces, em que um usuário faz a compra online e retira em um espaço físico. O M2O é exatamente o contrário: o consumidor pode estar em qualquer lugar do mundo na hora de fazer o pedido. Portanto, para aplicar um modelo O2O no metaverso, é preciso contar com uma grande rede de franquias de nível mundial.

Como funciona o M2O?

O M2O funciona pela integração de lojas virtuais em metaversos. 

Essa integração pode ocorrer de duas formas. E, para deixar isso mais claro, primeiro precisamos explicar que há dois tipos de metaverso:

  • Centralizado: todo o ambiente virtual pertence a uma empresa, que controla tudo o que acontece lá e impõe regras que devem ser seguidas
  • Descentralizado: é um ambiente mais livre que funciona pela tecnologia de blockchain, sem que haja um controlador.

Portanto, no metaverso centralizado, um negócio que quiser vender seu produto no formato M2O precisa da autorização da empresa que controla o espaço. Nesses casos, a venda dos produtos pode ser feita usando formas de pagamento convencionais, como cartões de crédito e de débito e boleto bancário.

Já em um metaverso descentralizado, basta “comprar um terreno” – ou seja, adquirir um espaço virtual usando a criptomoeda correspondente ao ambiente. Nesses casos, o consumidor também usa criptomoedas para fazer compras, e já existe um amplo mercado de NFTs dentro de metaversos descentralizados. Portanto, o próximo passo pode ser atrelar um NFT a um item físico, em um processo denominado tokenização.

Exemplos de M2O

Como mencionamos, o conceito de M2O ainda tem poucos exemplos práticos. No entanto, algumas iniciativas chamam a atenção e mostram como esse mercado deve crescer, especialmente em metaversos descentralizados. Veja os dois exemplos que separamos abaixo.

McDonald’s

O McDonald’s planeja apresentar ao mundo o primeiro exemplo prático de M2O em grande escala. De acordo com uma reportagem da revista Business Insider, a rede de fast food apresentou ao US Patent and Trademark Office (o registro de marcas dos Estados Unidos) pedidos para registrar marcas de novas aplicações para a área.

Uma delas se encaixa no conceito M2O: “operar um restaurante virtual online que oferece entrega em casa” – seria uma forma de explorar uma estrutura de franquias espalhadas pelo mundo, inclusive aproximando os conceitos de M2O e O2O.

Boson Protocol

Boson Protocol é uma startup britânica que oferece o serviço de “tokenização”, podendo levar o conceito de M2O para metaversos descentralizados. O negócio se propõe a criar um NFT que corresponda a um objeto a ser vendido por encomenda.

Assim, em vez de simplesmente comprar um produto físico no metaverso, o consumidor adquire tanto o NFT quanto o produto correspondente. A ideia pode ser altamente atrativa no setor da moda, com o usuário podendo vestir seu avatar com uma peça de roupa e usar o mesmo vestuário na vida real.

Uma reportagem da revista Forbes mostra que a marca Tommy Hilfiger usou os serviços da startup para oferecer peças físicas e virtuais juntas durante o Decentraland’s Metaverse Fashion Week (MVFW), evento de moda do metaverso Decentraland.

Como o M2O impacta o mercado?

O metaverso já é uma realidade, e há muitas marcas apostando nesse mercado. As principais empresas de diversos setores já compraram seus espaços nos ambientes descentralizados, como Decentraland e The Sandbox – e, como vimos no exemplo acima, já há iniciativas acontecendo ou sendo planejadas nesses espaços.

Por outro lado, o metacommerce que acontece em metaversos centralizados como o Horizon World, da empresa Meta (dona do Facebook) é mais voltado à venda de itens que são apenas digitais. Além disso, para que um comércio faça vendas em um metaverso centralizado, é preciso fazer acordos com as plataformas detentoras dos espaços, o que exige maior burocracia.

Portanto, podemos esperar muitas novidades relacionadas a M2O nos metaversos descentralizados, com uso de criptomoedas. Este é um mercado que tende a crescer, e as empresas com estrutura e verba para investir saem em vantagem.

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