O ambiente virtual tornou-se uma grande oportunidade para quem deseja obter sucesso com os negócios, sobretudo com as vendas online. No entanto, a popularização do novo modelo de comércio ocasiona alguns riscos para quem atua na área, como fraudes, sequestro de dados e golpes, além da competitividade acirrada no mercado.
Porém, isso não quer dizer que investir nesse setor seja uma ideia ruim. Pelo contrário: significa que, para garantir o sucesso, é necessário ter controle do negócio de modo que ele esteja preparado para enfrentar tais adversidades — chamamos isso de gestão de riscos.
Quer entender melhor o que significa e qual é a importância da gestão de riscos? Acompanhe este post e saiba como ela pode ser executada em um e-commerce. Boa leitura!
O que é a gestão de riscos?
Primeiramente, risco é qualquer tipo de incerteza que, com o passar do tempo, pode causar impactos negativos nos resultados de uma empresa. Ou seja, qualquer ameaça ao objetivo e meta do negócio é considerado um risco.
A partir do momento que você passa a conhecer o risco, é possível criar uma estratégia preventiva para a situação. Logo, a gestão de riscos consiste na adoção de práticas, estratégias e ferramentas que sejam capazes de monitorar, identificar e reduzir as possíveis ameaças ao negócio, sejam elas criminosas ou de disponibilidade e viabilidade da organização.
Para a gestão, é essencial desenvolver habilidades, sistemas, métodos e ferramentas para administrar e gerenciar os riscos. Por isso, existem formas diferentes de gerir os riscos. Confira:
- Mercado: deve preparar a organização para a flutuação de preços dos recursos que utiliza, como a matéria-prima;
- Crédito: tem o objetivo de proteger a empresa de possíveis perdas financeiras em função de vendas a prazo;
- Liquidez: deve manter o caixa da empresa com recursos suficientes para assumir as obrigações do negócio; e
- Operacional: precisa estar atento aos fatores externos (como legislação, economia e concorrência, entre outros) e internos (greves, falta de manutenção, problemas com servidor, entrega de produtos) que podem prejudicar as operações.
Tais formas de gerenciamento de riscos podem ajudar os lojistas a mapear as ameaças e, dessa forma, alcançar os objetivos estratégicos da empresa, com base em processos e operações que elevam o nível dos resultados.
Qual é a sua importância?
O gerenciamento de riscos permite aos empreendedores avaliar as ameaças e estabelecer planos de ação para contornar o problema, além de aproveitá-las como oportunidades para agregar ainda mais valor ao negócio. Afinal, uma empresa que se preocupa com a gestão de riscos adquire mais credibilidade no mercado e entre os clientes e parceiros.
Uma condição básica para quem lida com e-commerce e quer garantir o sucesso é conhecer as ameaças que existem nas vendas online. Normalmente, são problemas relacionados à segurança, às fraudes em pagamentos, à logística e à própria marca.
Quando acontece algum risco e eles não são monitorados da maneira correta, as possíveis complicações são a redução das vendas, a insatisfação dos clientes e a ineficiência nas operações. Esses efeitos causam prejuízos à reputação de qualquer negócio.
Quais são os tipos de riscos evitados ou revertidos?
Em resumo, a gestão de risco serve para a empresa se preparar para conter, controlar e reverter qualquer entrave que prejudique o negócio. Ou seja, é possível evitar a maioria das ameaças por meio de uma boa gestão.
Em geral, as lojas virtuais apresentam alguns riscos bastante comuns, tais como:
- problemas de estoque;
- avaliações negativas;
- problemas técnicos;
- ocorrências de chargeback;
- concorrência acirrada;
- comprometimento de dados;
- ataques de hackers e invasão no servidor;
- erros no frete e problemas com entregas;
- fraudes e inadimplência nos pagamentos; e
- queda da taxa de conversão.
A boa notícia é que esses problemas podem ser solucionados com uma análise mais minuciosa das vendas de seus produtos, uma melhor organização na compra de mercadorias, um investimento maior na segurança do sistema e com melhorias nos processos internos.
O ataque de hackers, por exemplo, pode ser facilmente reduzido atualizando constantemente o servidor da empresa, adotando um dispositivo reserva para se proteger de quedas e invasões, adquirindo selos de segurança para criptografar os dados do site e realizando testes de segurança para identificar e corrigir falhas internas.
Cabe ressaltar que, para proteger as operações no comércio eletrônico, é preciso dar atenção aos processos que vão além do ambiente de TI. Otimizar e controlar as etapas de troca de produtos, proteger os estoques e gerenciar o transporte são fatores importantes que minimizam os prejuízos no e-commerce.
Independentemente do ramo de atuação da loja virtual, a preocupação com a proteção deve vir em primeiro lugar. Um site desprotegido pode se tornar um alvo fácil para ações fraudulentas, seja para adquirir produtos ou para teste de cartões roubados.
Como implementá-la no e-commerce?
De modo geral, o processo de gestão de risco funciona da seguinte maneira: recebe-se o pedido por meio da plataforma de e-commerce, que aplica o modelo estatístico responsável por verificar a possibilidade de aprová-lo automaticamente ou não. Caso a abordagem permita a aprovação automática, a venda é liberada instantaneamente.
Quando a análise estatística não é suficiente, o pedido segue para uma etapa de análise, que pode ser manual, com a ajuda de pessoas qualificadas e treinadas na gestão de risco, ou por meio de alguma ferramenta de gestão mais eficiente em análise de dados.
No entanto, para implementá-la no comércio eletrônico, é necessário seguir algumas etapas importantes que permitem que o processo seja satisfatório. São elas:
- identificação e classificação dos riscos;
- avaliação dos riscos, determinando os efeitos que eles podem causar;
- mensuração dos riscos (atribua pesos às classificações);
- elaboração do plano de ação;
- monitoramento; e
- divulgação da gestão de riscos para reforçar a cultura empresarial.
Para realizar as etapas acima — sobretudo a de monitoramento, que busca melhoria contínua —, é indispensável a utilização de ferramentas tecnológicas e metodologias que auxiliam o processo. Por meio delas, é possível analisar com eficácia todos os passos e as transformações implementadas.
Por fim, não se esqueça que, se a gestão de riscos ajuda a entender as ameaças que rodeiam a loja virtual e se preparar para minimizá-las, ela também pode ser a oportunidade que o seu e-commerce esperava para se tornar mais eficiente, ágil e atraente para o público.
Agora que você já sabe como funciona a gestão de riscos, que tal se aprofundar em um deles: o chargeback? Preparamos um e-book exclusivo sobre o assunto, baixe agora gratuitamente!