O FGI é um instrumento que garante linhas de crédito para empresas e empreendedores autônomos em todo o país.
Por meio do Fundo Garantidor para Investimentos, diversas instituições financeiras oferecem empréstimos a taxas de juros atraentes e boas condições.
Para isso, o negócio precisa atender a uma série de requisitos.
Se você está procurando por opções de crédito empresarial, leia este texto até o final para entender o que é FGI e como esse fundo ajuda a movimentar a economia nacional.
O que é FGI (Fundo Garantidor de Investimento)?
FGI é um fundo financeiro administrado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para ser usado como garantia de crédito a pequenos negócios e empreendedores individuais.
Portanto, é uma forma de aumentar a segurança para que as instituições financeiras possam liberar crédito.
Quando um financiamento é liberado por meio de FGI, em caso de inadimplência, o fundo restitui uma parte do valor.
O FGI não chega a cobrir totalmente o montante emprestado, mas complementa as garantias oferecidas pelo próprio cliente, aumentando as chances de aprovação.
Assim, os pequenos empreendedores conseguem crédito com mais facilidade, pois os riscos para as instituições financeiras são menores.
Além disso, o uso do fundo permite financiamentos em melhores condições, com prazos de pagamento maiores, taxas de juros menores e menos exigências.
O que é FGI PEAC?
O Fundo Garantidor de Investimentos do Programa Emergencial de Acesso a Crédito (FGI PEAC) é outra modalidade de garantias de crédito.
O funcionamento é semelhante ao do FGI convencional, porém as condições são diferentes.
Ou seja, esse fundo também serve para ajudar micro, pequenos e médios empreendedores a obterem crédito em momentos específicos.
O FGI PEAC foi criado em 2020, para ajudar negócios impactados pelos efeitos da pandemia de covid-19, por meio da Lei nº 14.042/2020.
Porém, a partir da Lei n° 14.554/2023, a aplicação do fundo se tornou permanente.
Ainda assim, o FGI PEAC não deve ser confundido com o FGI tradicional, pois as duas iniciativas têm regulamentações diferentes.
Para que serve o FGI?
O FGI serve para aumentar as chances de liberação de crédito para empresas pequenas e médias e empreendedores autônomos.
Assim, esses negócios de menor porte têm mais verba para investir em suas ações, o que ajuda a aquecer a economia.
Para garantir que o financiamento será benéfico, o BNDES estipula algumas finalidades para a utilização do fundo.
Alguns exemplos de ações que podem receber financiamento por meio do FGI são:
- Capital de giro
- Compra ou produção de novos equipamentos
- Compra de veículos pesados
- Compra de autopeças
- Compra de componentes para produção
- Softwares nacionais.
Em uma publicação no site do BNDES, você encontra a lista completa de iniciativas que podem ser cobertas com garantias do órgão estatal.
Como o FGI impulsiona os negócios no Brasil?
O FGI impulsiona os negócios ao dar às empresas maiores possibilidades de obter financiamento para investir nas melhorias necessárias.
Assim, o negócio tem a chance de crescer, podendo atender demandas maiores de clientes ou ampliar seu cardápio de produtos ou serviços.
Com as garantias oferecidas pelo fundo, as empresas podem superar um de seus maiores obstáculos para o crescimento: a dificuldade em obter crédito.
Além disso, o FGI também ajuda a reduzir os juros e garantir condições de pagamento melhores para o negócio.
Diversos projetos de expansão e modernização com potencial de aumentar a competitividade do mercado nacional podem sair do papel graças a um financiamento realizado por meio do FGI.
Além disso, por meio do FGI o BNDES contribui com a inovação ao fortalecer a indústria nacional de softwares e componentes tecnológicos.
O fundo também pode ser usado por empresas que realizam exportações, o que contribui com a balança comercial.
A iniciativa também contempla negócios que investem em veículos pesados como ônibus e caminhões, essenciais para o transporte de cargas e passageiros.
Além disso, o fundo ajuda a melhorar os resultados das próprias instituições financeiras credenciadas, pois reduz os riscos das operações e possibilita que seja possível fechar mais negócios.
Como funciona o FGI?
O financiamento por meio do FGI é obtido diretamente com a instituição financeira responsável pelo crédito.
Por isso, é preciso consultar a lista com os bancos e agências de fomento habilitadas a usar o fundo em operações financeiras.
A empresa ainda precisa comprovar que vai realizar uma das atividades contempladas com o fundo, conforme já mostramos neste conteúdo.
O índice de garantia contratada pode variar entre 10% e 80%, dependendo das condições do financiamento e das garantias apresentadas pela empresa.
Com base neste índice, é calculado o Encargo por Concessão de Garantia (ECG), que é um valor que deve ser pago pela empresa beneficiada pelo financiamento.
O valor dessa taxa é proporcional ao total coberto pelo fundo na operação.
Quem pode pegar empréstimo com o FGI?
Para obter empréstimo por meio do FGI, é preciso se enquadrar nas seguintes condições:
- Empreendedores e empresários individuais, incluindo MEI e outras modalidades
- Micro, pequenas e médias empresas com receita operacional bruta de até R$ 300 milhões em um ano
- Caminhoneiros autônomos, desde que usem o financiamento para comprar seus veículos de trabalho ou realizar a manutenção, incluindo a compra de peças.
Qual o juros do FGI?
A taxa de juros oferecida em financiamentos cobertos pelo FGI varia de acordo com a instituição financeira responsável pela operação.
Em geral, o percentual costuma ser mais baixo em relação a outras modalidades, já que o risco para as instituições é menor.
Porém, é importante buscar informações com várias instituições habilitadas para obter o valor mais vantajoso possível.
Comparação entre FGI e outras opções de crédito
Como mostramos neste artigo, o financiamento com FGI é uma alternativa importante para empresas que buscam investir em melhorias.
É importante destacar que a garantia do fundo não impede que o empreendedor seja cobrado e deve cumprir suas obrigações em caso de inadimplência.
Por isso, essa modalidade é mais indicada para situações em que há previsão de um bom retorno do investimento feito a curto prazo.
Proprietários de pequenas oficinas que buscam novos equipamentos e caminhoneiros que precisam melhorar seu veículo são alguns exemplos.
Já para iniciativas com ciclos de retorno mais longo, que exigem pesquisas e desenvolvimento, o ideal é buscar financiamentos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Existem ainda outras opções mais viáveis em algumas situações.
Para um comerciante que trabalha no varejo e precisa de capital de giro para manter seu fluxo de caixa positivo, a antecipação de recebíveis pode ser uma alternativa mais viável.
Afinal, assim ele conta com valores já garantidos de suas próprias vendas, sem precisar se preocupar em pagar parcelas.
Como o FGI se compara a fundos garantidores em outros países?
Podemos comparar o FGI com outros fundos garantidores pelo mundo com base em dados publicados pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI).
Segundo o documento, a partir da crise causada pela pandemia de covid-19, diversos países adotaram iniciativas semelhantes.
Essas modalidades incluem cláusulas de perdão parcial, que ajudam a incentivar empresas a pagarem ao menos uma parte do valor financiado.
Já o FGI não tem essa característica, pois é mais concentrado na facilitação do acesso ao crédito, redução dos juros e melhoria nas condições de pagamento.
A publicação reproduz um quadro comparativo que consta em um documento publicado pelo BIS (Banco de Compensações Internacionais, na sigla em inglês.
O quadro mostra que os programas implementados pela Austrália e Alemanha contemplam pequenos e médios negócios, assim como o FGI.
No Canadá e na França, o fundo vale para empresas de todos os tamanhos.
O Canadá ainda tem dois tipos de fundo, sendo que um deles é voltado apenas a pequenos negócios e instituições sem fins lucrativos.
A Alemanha também tem uma segunda modalidade, voltada apenas para pequenas e médias empresas.
Também é possível comparar a cobertura do fundo desses países com a do FGI, que pode variar entre 10% e 80%:
- Austrália: 50%
- Canadá: 80% (ou 100% na modalidade para pequenos negócios e instituições sem fins lucrativos
- Alemanha: 90% (100% na modalidade exclusiva para pequenos e médios negócios).
Portanto, o FGI tem uma variação menor dessa proporção.
Como solicitar um empréstimo pelo FGI?
Para solicitar um empréstimo pelo FGI, é preciso fazer contato com uma das instituições financeiras habilitadas.
Porém, é preciso garantir que tanto o negócio em si quanto a finalidade do crédito atende aos requisitos que mostramos neste artigo.
Para que o contrato seja fechado, o proprietário ou os sócios do negócio precisam apresentar uma garantia pessoal atestando que vai pagar o valor total do financiamento.
Se o valor garantido pelo FGI for superior a R$ 3 milhões, também é preciso apresentar garantias reais.
Além disso, a garantia também deve ser real em casos de linhas de crédito voltadas ao comércio exterior, em que o valor garantido seja superior a US$ 1,5 milhão.
Já para crédito a caminhoneiros, a garantia pessoal deve ser substituída pela oferta do bem financiado como contragarantia.
Além de buscar crédito, quem gerencia uma empresa também precisa de uma cobrança eficiente.
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