A Adobe, que já foi pauta aqui, acaba de divulgar os números do último trimestre e eles são muito importantes para o mercado de assinaturas e softwares. A transformação da empresa em largar definitivamente o modelo de venda de “caixinhas” dos seus produtos, se confirmou fortemente após anúncio da empresa: as receitas cresceram 22% frente ao mesmo período no ano passado, e foi impulsionada pelo modelo de assinatura.
Os números falam por si: 800 mil novos assinantes conquistados durante o último ano. A mudança da Adobe, foi considerada corajosa, já que ela “virou a chave” literalmente, sem pestanejar quanto ao modelo anterior. Empresas do mesmo mercado como Microsoft, Oracle e SAP ainda possuem modelo híbridos distribuindo parte no modelo de licenças, parte no modelo Saas.
Resultados da Adobe no trimestre
Assinantes novos: 800.000
Vendas: U$1,31 bilhões
Crescimento da receita: 22%
Faturamento recorrente anual: alcançou U$2.99 bilhões, sobre essa métrica as vendas de assinaturas anuais cresceram cerca de U$350 milhões.
Modelo de assinaturas (Saas) como forma de capitalização
A matéria que tomou notoriedade do Techcrunch, anunciando os resultados chamou a atenção para empresas como HP, IBM e EMC, que ainda lutam para continuar crescendo e mantendo as receitas.
As assinaturas de serviços como Photoshop por exemplo, podem ser acessadas com planos à partir de U$9,99. É a Economia da Recorrência empoderando o software. Até o começo dos anos 2000, 100% dos softwares era adquiridos no modelo de aquisição por licenças, coisa que mudou depois da cruzada da Salesforce no mercado americano. Esse modelo, além do proposta de acesso a pessoas e locais de forma simples, mudou a forma como o software era comercializado no mundo. As gigantes do segmento, demoraram para aderirem ao modelo Saas. Algumas fizeram cara feia, dizendo que não se sustentaria.
SAP, Microsoft e até a Autodesk, ainda lideram em algumas aplicações, mas também demonstraram nos últimos dois anos, a mudança no mindset e também vieram a público retomar a decisão. Elas vão ser empresas de assinaturas.
O mundo dos softwares é assinatura.
Fonte: Adobe