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Na gestão financeira, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) é o principal e oficial índice de inflação do Brasil calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) desde 1979.
Com sua coleta, em geral sendo feita do dia 1 a 30 de cada mês, este indicador abrange 90% das pessoas em 13 áreas geográficas: regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e dos municípios de Goiânia e Campo Grande.
O que é IPCA?
IPCA significa Índice de Preços ao Consumidor Amplo e tem como propósito medir a variação de preços de produtos e serviços vendidos no varejo e consumidos pela população brasileira.
Esse indicador mostra, na média, se os preços aumentaram ou diminuíram de um mês para o outro. Quando o valor é alto, percebe-se um um aumento no custo de vida das famílias brasileiras com renda entre 1 e 40 salários mínimos por mês incluídas no levantamento.
Dessa forma, o IPCA é o índice oficial de inflação no Brasil, sendo utilizado como referência para as metas de inflação e todas as alterações na taxa básica de juros.
Para que serve o IPCA?
O IPCA serve como uma estratégia de política monetária brasileira para indicar as referências de metas de inflação. Com essas metas, o país traça estratégias para conseguir se manter dentro de uma faixa fixada periodicamente pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
Como é calculado o IPCA?
O IPCA é calculado através da coleta dos preços de lojas, estabelecimentos prestadores de serviços e de serviços públicos entre os dias 1 e 30 de cada mês. Essa coleta é feita pelo IBGE e atende cerca de 13 regiões metropolitanas do Brasil, com cerca de 430 mil preços em 30 mil locais entre os 30 dias do mês.
A coleta é feita com base na Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), que define a cesta de consumo média da população. Essa cesta inclui cerca de 377 produtos divididos entre categorias como: alimentação, vestuário, transporte, educação, comunicação, saúde e despesas pessoais.
Cada um desses produtos tem um peso, maior ou menor, de acordo com a sua presença na cesta de consumo média da população. Sendo assim, itens de alimentação costumam ter peso maior que categorias como comunicação, por exemplo.
Dessa forma, quando finalizado, os valores são comparados com o do mês anterior e então é analisada a variação dos preços dentro do período. Se a variação do IPCA for maior que o seu salário, seu poder de compra diminui, caso contrário, em que a variação seja menor que seu salário, seu poder de compra aumenta.
Qual é a diferença entre inflação e IPCA?
Inflação é o termo dado ao aumento dos preços de produtos e serviços, sendo calculada pelos índices dos preços ou da inflação. Já o IPCA, é um desses índices. Além dele, existem alguns outros índices de inflação, como:
- IPCA-15: Segue a mesma metodologia do IPCA, porém seu período de coleta vai do dia 16 do mês anterior ao dia 15 do mês seguinte.
- IPCA-E: É o acumulado trimestral do IPCA-15.
- INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor): Analisa a variação do custo de vida médio de famílias com renda mensal de 1 a 5 salários mínimos.
- IPP (Índice de Preços ao Produtor): Mede a variação de preços de venda recebidos pelos produtores de bens e serviços industriais.
- IPC-Fipe (Índice de Preços ao Consumidor): Mede a variação de preços no Município de São Paulo, apontando a variação do custo de vida médio de famílias com renda de 1 a 10 salários mínimos.
O que faz a inflação aumentar e diminuir?
A variação da inflação acontece porque os preços dentro de uma economia se ajustam de acordo com a oferta e a demanda dos produtos e serviços. Quando a demanda é maior que capacidade de oferta, os preços automaticamente aumentam.
Isso geralmente acontece em períodos de prosperidade, em que a renda da população está mais alta e seu poder de compra aumenta de forma mais acelerada que o tempo em que as empresas levam para ajustar suas produções.
Porém, também existem casos de economias em recessão que ainda sim apresentam inflação alta. Isso acontece quando o país passa por uma alta acelerada de preços em meio a uma queda da atividade econômica. Nesses casos, chamamos de “estagflação”.
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