Ainda ontem, literalmente, eu escrevi sobre a concorrente da Uber que planeja o futuro da empresa mirando a venda por assinatura e que, não só ela, milhares de empresas perceberam ou estão percebendo que recorrência é o que há no mundo dos negócios.
Daí que hoje me deparo com a manchete “Facebook vai liberar criadores de vídeo para cobrar assinaturas mensais”. E o caso é que a rede social decidiu facilitar para que os produtores de conteúdo em vídeo consigam ganhar dinheiro pelo canal – coisa que o YouTube já faz, mas envolver o lado financeiro de quem consome.
Como vai funcionar?
Se você assina algum tipo de canal: Empiricus, Café Brasil ou Folha de S. Paulo, saiba que o modelo é o mesmo. Os produtores de conteúdo vão oferecer conteúdo exclusivos e vantagens aos assinantes.
O Facebook fará inicialmente alguns testes antes de abrir o leque para todos os produtores de conteúdo. Reza a lenda de que a rede social não vai levar nenhuma fatia dos valores recebidos. Apenas os donos das lojas de apps (Apple e Google) receberão percentuais – que podem chegar a 30%.
A estratégia
Essa não é a primeira vez que gigante das redes sociais fala em abrir as portas para que as empresas – que usam demais o Facebook para vender – comecem a faturar no modelo de assinatura.
Há um tempo escrevi esta notícia aqui sobre o Facebook viabilizar a venda de assinaturas de jornal junto com o New York Times e, pelo projeto, talvez vingue mesmo.
Mas, os fatos são dois: o Facebook quer competir (ainda mais) com o YouTube e ser a plataforma de vídeos mais acessada e, por outro lado, viabilizar negócios recorrentes para empresas que já enxergaram que assinaturas é o caminho da venda do futuro.
Então, é possível que em breve clubes, varejo, tecnologia e diversos outros segmentos estejam vendendo por assinatura via Facebook – quem diria, neh?!