A web 3.0 é um conceito cada vez mais presente, principalmente no mundo dos investimentos e das transações financeiras. Baseada na atraente ideia da descentralização e da liberdade, ela promete livrar as pessoas das amarras das chamadas Big Techs, as grandes corporações da internet, mas vem acompanhada de um desafio: a popularização de um conceito que ainda é pouco acessível para grande parte da população. 

Pensando nisso, preparamos este artigo para ajudar você a entender o que é web 3.0 e como ela vai impactar no comércio. Vamos mostrar aqui o conceito da internet descentralizada, suas características e como deverá ser o varejo e os pagamentos daqui para frente.

Portanto, prepare-se para conhecer o futuro!

O que é web 3.0?

Web 3.0 é o conceito de uma internet em que os usuários não dependem de servidores de grandes companhias para gerenciar seus recursos, sejam financeiros ou mesmo dados e informações. Em outras palavras, é a ideia de deixá-la mais descentralizada e livre.

Para ficar mais fácil de entender, pense em como a web funciona hoje.

Você provavelmente tem uma conta no Facebook ou Instagram e talvez uma conta de e-mail do Google, certo? Então, essas empresas detêm e gerenciam informações suas. Em um dos inúmeros servidores dessas gigantes da internet seu dados de identificação (e até suas preferências) estão gravados.

Já na web 3.0, o próprio usuário armazena seus dados e recursos em uma carteira digital – um conceito semelhante ao das criptomoedas e NFTs, como explicaremos adiante. Por isso, esse ambiente é descentralizado: não há ninguém mais no controle além do usuário.

Falando em NFTs, ou tokens não fungíveis, temos um episódio do nosso podcast Dentro do Ringue dedicado ao tema. Confira!

A evolução até a web 3.0

Quando a internet começou a se popularizar, as páginas eram bem diferentes das que vemos hoje. As primeiras empresas a investirem em websites, nos anos 1980 e 1990, usavam apenas o código HTML com texto e imagem divididos em tabelas, e o único objetivo era apresentar informações. Este era o conceito da web 1.0: a informação consumida passivamente.

Então vieram os anos 2000 com a explosão de programas de bate-papo, como ICQ e MSN, e das redes sociais. A rede agora era usada para interação entre pessoas e construção de comunidades, e surgiram as primeiras Big Techs: Apple, Google e Facebook (hoje Meta).

Depois que a criação dos smartphones tornou a internet ainda mais presente na sociedade, plataformas como Uber e Airbnb pegaram o embalo com ideias inovadoras e se tornaram negócios bilionários. Além de aproximar pessoas e comunidades, a web 2.0 também é marcada pelo monopólio das principais plataformas e a retenção e capitalização de dados pelas Big Techs.

Ao final dos anos 2000 surge o bitcoin, a primeira criptomoeda, e o conceito de blockchainEssa tecnologia possibilita o surgimento do NTF, um bem único que pode ser atrelado a uma mídia digital. Devido à sua exclusividade, os NFTs podem ser bem caros, tornando-se peças de colecionador. 

Outra novidade são os DApps, aplicativos descentralizados, ou seja, que rodam de forma autônoma sem depender de uma empresa de tecnologia.

Em resumo: a web 3.0 veio para tornar os usuários mais independentes das Big Techs.

Principais características da web 3.0

A web 3.0 é caracterizada por operar por meio de uma blockchain. Ou seja, uma espécie de “livro de registros” que grava todas as transações e informações entre as carteiras digitais.

O nome vem do inglês “cadeia (ou rede, corrente) de blocos”, pois cada transação e informação que surge é registrada em um bloco, que se liga ao anterior, formando uma rede. Como o blockchain está em constante sincronia entre todos os computadores conectados a ele, não existe um servidor físico.

Outra característica importante é o uso da carteira digital, necessária para quem pretende entrar nesse ambiente. As wallets são usadas principalmente para armazenar e realizar transações com criptomoedas. Mas, com o avanço da web 3.0, elas terão ainda mais relevância pela quantidade de recursos descentralizados que precisarão ser armazenados.

Como a web 3.0 impacta o varejo?

A interação das marcas com os consumidores deverá sofrer mudanças significativas com o avanço da web 3.0. Já podemos ver os primeiros sinais de uma nova relação de consumo em ações de grandes empresas.

A Adidas, por exemplo, lançou uma iniciativa para os consumidores adquirirem um NFT gratuitamente. Dependendo das variações do mercado, esses NFT podem valorizar, rendendo lucro aos clientes.

Isso é uma amostra do que o consumidor vai começar a ver com cada vez mais frequência, mas há muitas formas de capitalização em um ambiente descentralizado.

A web 3.0 já tem redes sociais que remuneram a criação de conteúdo e jogos eletrônicos que possibilitam ganhos aos jogadores, tudo de forma descentralizada.

Por isso, muitos clientes vão esperar algum tipo de recompensa por participar de ações de determinada empresa. Por outro lado, estarão mais dispostos a pagar por recursos virtuais, como os NFTs.

Quais os impactos da web 3.0 para os meios de pagamento?

Transferências financeiras deverão ser muito facilitadas pelo avanço da Web 3.0. Dentro de uma blockchain, qualquer transação é feita diretamente entre usuários, sem passar por bancos.

Esse processo é denominado peer-to-peer (P2P) e já é largamente usado em operações com criptomoedas, pois elas não dependem de nenhum tipo de regulamentação para acontecer (afinal, a descentralização é uma das grandes características da web 2.0).

Isso vai ser positivo principalmente para quem quer comprar de outro paísComo você deve saber, transferências internacionais exigem o pagamento de altas taxas, o que não é necessário em operações P2P.

O que as criptomoedas têm a ver com a web 3.0?

Em síntese, as criptomoedas podem ser consideradas o berço da web 3.0. Principalmente o Bitcoin, que foi o primeiro a ser criado e com ele surgiu o blockchain, e este conceito conceito é o que torna possível a descentralização.

Além disso, as transações em criptomoeda representam o principal uso dessa tecnologiaSem essas moedas virtuais, não haveria a evolução e o surgimento de todas as novidades da internet descentralizada.

Isso sem contar que o blockchain depende da capacidade de processamento de vários computadores. Como não há um servidor, são os usuários que “emprestam” suas máquinas para viabilizar o funcionamento da rede – e são remunerados em criptomoeda. Este processo, chamado mineração, é essencial para essas mudanças que mostramos neste artigo.

Agora que você está por dentro da web 3.0, queremos apresentar uma forma de manter seu comércio sempre atualizado em relação aos meios de pagamento: assine a newsletter da Vindi e receba diretamente em seu e-mail as principais notícias do mercado de tecnologia de pagamentos, inovação e e-commerce! 

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