O mundo nunca é o mesmo após um grande avanço tecnológico. Agora, com a ideia de uma Quarta Revolução Industrial batendo à nossa porta, podemos ter um vislumbre do que está por vir e como nossas vidas serão afetadas por essas mudanças.

Ao longo da história da humanidade, passamos por três revoluções industriais:

  • Primeira Revolução Industrial: entre 1760 e 1830, marcou a transição da produção manual para a mecanizada;
  • Segunda Revolução Industrial: por volta de 1850, quando a eletricidade permitiu a produção em massa;
  • Terceira Revolução Industrial: aconteceu no último século, com a disseminação da eletricidade, que permitiu avanços na tecnologia da informação e telecomunicações.

Agora, com uma Quarta Revolução Industrial, vemos a possibilidade cada vez mais nítida da automatização completa dos meios de produção. Na verdade, esse processo transformador acontece nesse exato momento!

De acordo com as previsões de Klaus Schwab, diretor do Fórum Econômico Mundial e autor do livro A Quarta Revolução Industrial, essa revolução mudará completamente o mundo como é hoje. Bem como a forma como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos.

O que é a Quarta Revolução Industrial?

Uma Revolução Industrial é impulsionada por inovações tecnológicas. Seja uma máquina a vapor ou um smartphone. Uma vez que o custo dessas tecnologias é reduzido, permitindo seu uso em massa, elas são capazes de alterar o comportamento de uma sociedade.

Assim, podemos imaginar que uma possível Quarta Revolução Industrial teve início com a redução de custos da computação e outros dispositivos. Entre elas, podemos destacar:

  • Biotecnologia;
  • Robótica;
  • Internet das Coisas (IoT);
  • Inteligência Artificial (IA);
  • Blockchain;
  • Realidade virtual.

Hoje, com a integração de diferentes tecnologias, somos capazes de criar carros autônomos, assistentes virtuais eficientes e, até mesmo, diagnósticos mais precisos sobre doenças.

Porém, essa Quarta Revolução Industrial não trata apenas do surgimento de novas tecnologias. Trata-se de uma transição pela qual passamos que nos leva em direção a novos sistemas, construídos sobre os avanços digitais. As principais características que a diferenciam das demais revoluções são:

  • Velocidade: uma vez que o mundo está mais conectado, os meios de difusão de novas tecnologias são muito mais eficazes;
  • Alcance: assim como a velocidade com que surgem novas tecnologias, seu alcance é muito mais abrangente;
  • Impacto em Sistemas: como consequência dos fatores acima, a Quarta Revolução Industrial afeta diretamente nossos sistemas políticos e econômicos.

Além de interferir em todas as indústrias do mundo, a rapidez com que surgem avanços tecnológicos hoje é algo que nunca antes presenciamos. Uma vez que sentirmos seu verdadeiro impacto, a Quarta Revolução Industrial afetará nossa rotina e influenciará diretamente o mercado de trabalho, bem como o trabalho em si.

Como ela afetará os negócios?

Seguindo as previsões, muito em breve podemos esperar por uma “fábrica inteligente”. Afinal, o termo “Quarta Revolução Industrial” surgiu em 2013 de um projeto do governo da Alemanha para criar um sistema de produção totalmente independente do homem.

Assim, empresas poderão criar redes inteligentes e autônomas, capazes de gerenciar a si mesmas.

Essa automatização da Quarta Revolução Industrial acontece por meio de sistemas integrados. Que foram possíveis graças à IoT (Internet of Thing) e à computação na nuvem: mecanismos que mesclam a atividade de máquinas com processos digitais, totalmente automatizados.

Tais avanços, como técnicas de manufatura digitais (impressão 3D), também aproximarão o processo de produção dos consumidores. Tornando a manutenção de peças muito mais rápida e barata.

Em uma pesquisa realizada pelo último Barômetro Global de Inovação, que contou com a opinião de 4 mil líderes e entusiastas pelo mundo, 70% dos empresários veem com bons olhos a Quarta Revolução Industrial.

Ainda de acordo com essa pesquisa, a disruptividade será o padrão para empresários e cidadãos. Embora hoje esse ainda seja um objetivo difícil de ser alcançado.

Outra característica dessa revolução é que países mais desenvolvidos serão capazes de se adaptar mais facilmente. Contudo, economias emergentes são as que mais podem se beneficiar desses avanços.

O que esperar?

Embora as tecnologias otimizem nossa capacidade produtiva, ainda há uma série de questões morais e éticas a serem consideradas.

Há quem desconfie que esta é uma Quarta Revolução Industrial. Como Elizabeth Garbee, pesquisadora da Escola para o Futuro da Inovação na Sociedade da Universidade Estatal do Arizona (ASU). Embora as mudanças sejam notáveis, Garbee ressalta que sempre há um lado perdedor quando o assunto é tecnologia. Para ela, existe a possibilidade de que as elites vejam essas mudanças como justificativas que reafirmam seus valores.

Para Schwab, a Quarta Revolução Industrial tem potencial para elevar os níveis globais de rendimento. Além de melhorar a qualidade de vida no mundo inteiro.

Em uma pesquisa realizada pela Accenture em 2015, essa revolução poderia gerar 14,2 bilhões de dólares à economia mundial pelos próximos 15 anos.

Entretanto, em uma coisa os dois lados concordam: uma Quarta Revolução Industrial só beneficiará quem for capaz de se adaptar às inovações.

 

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