Para as mulheres empreendedoras, os desafios desta atividade tão difícil podem ser ainda maiores.

Entre outros motivos, porque os pedidos de crédito apresentados por elas têm 14,8% menos chances de serem aprovados do que os dos homens, segundo um estudo do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF).

Mesmo com todos os problemas, o Brasil tem uma lista enorme de empreendedoras que desafiaram o mercado e construíram histórias de sucesso.

Por isso, para enaltecer essas mulheres, separamos alguns grandes nomes de mulheres empreendedoras brasileiras.

Pode ter certeza que inspiração e admiração não vão faltar. 

Acompanhe até o final!

No mundo inteiro cada vez mais negócios de sucesso possuem em suas bases mulheres empreendedoras, conheça algumas histórias inspiradoras.

Mulheres empreendedoras brasileiras de sucesso que vão inspirar você

Independentemente do segmento, as mulheres estão com tudo no mercado.

Por isso, selecionamos histórias dos mais diferentes ramos: financeiro, beleza, tecnologia, varejo e confeitaria para você.

Mônica Hauck – Sólides Tecnologia

A historiadora Mônica Hauck usou sua habilidade de compreender o comportamento humano para empreender junto com seu marido, o estatístico Alessandro Garcia.

Em 2010, os dois fundaram a Sólides, uma plataforma de gestão de pessoas inovadora, após uma primeira experiência com o desenvolvimento de um software de gestão agropecuária.

Da fundação até 2015, o negócio já vinha crescendo 40% ao ano.

Porém, Mônica queria mais e fez questão de se matricular na Universidade de Stanford para aprimorar seus conhecimentos em empreendedorismo.

Com a liderança transformadora dela, a Sólides se tornou referência em gestão de pessoas no Brasil e recebeu o maior aporte já feito em uma HRTech: R$ 530 milhões da gestora de private equity Warburg Pincus.

Além disso, a empresa adquiriu o Tangerino, startup de controle digital de pontos e jornada de trabalho.

Devido a essas conquistas, Mônica figura na lista de “100 CEOs das startups de maior destaque do Brasil”, organizada pelo Distrito.

Definitivamente, um exemplo inspirador entre as mulheres empreendedoras.

Isis Abud – Arquivei

Enquanto estudava Engenharia de Produção em São Carlos, Isis Abud não tinha intenção de empreender.

Ela chegou a receber uma proposta de trabalho de uma multinacional alemã, enquanto fazia pesquisas de produtos no país, mas preferiu voltar ao Brasil em busca de novas oportunidades profissionais.

Foi uma ótima escolha, pois, alguns anos mais tarde, ela fundou a bem-sucedida Arquivei, ao lado dos colegas de faculdade Christian de Cico e Bruno Henrique de Oliveira.

Tudo começou com uma ideia promissora: criar um software de gestão de documentos fiscais para solucionar um dos maiores problemas burocráticos das empresas.

Isis Abud entrou para contribuir com sua experiência em gestão de projetos e design de produtos.

Hoje, além de co-fundadora, ela é COO (Chief Operating Officer) da empresa, responsável pelas áreas de operações, marketing e vendas.

Como resultado, a Arquivei já tem mais de 60 mil clientes e registra 30% de todas as transações do país.

Assim, Isis Abud imprimiu seu nome na história de grandes mulheres empreendedoras do país ao revolucionar a gestão de documentos fiscais.

Luiza Helena Trajano – Magazine Luiza

Do interior de Franca (SP) para a presidência de uma das maiores redes de varejo do Brasil, Luiza Helena Trajano tem o espírito vendedor desde criança.

Aos 12 anos, trabalhou como vendedora na loja dos seus tios para comprar presentes de Natal com o dinheiro das comissões.

Além de alcançar seu objetivo, conseguiu um dinheirinho a mais para deixar na poupança.

Sabe qual era essa loja?

A Magazine Luiza, na época ainda sem toda a fama.

Seu primeiro emprego, de forma efetiva, foi como balconista aos 18 anos na loja dos seus tios.

Formou-se em Direito e Administração de Empresas e passou por todos os setores da empresa.

Em 1991, sua tia, Luiza Trajano Donato (que deu origem ao nome da empresa), passou a presidência da loja Magazine Luiza para ela, o que levou a um período de enorme crescimento.

Luiza é muito engajada nas causas femininas.

Em 2018, a Magazine Luiza lançou a campanha Mete a Colher, para incentivar as pessoas a impedirem a violência doméstica no Dia Internacional da Mulher.

Além disso, Luiza é presidente do Grupo Mulheres do Brasil, que conta com mais de 98 mil participantes do Brasil e exterior que focam em garantir direitos iguais, trabalho, segurança, educação e saúde de qualidade para todos.

No vídeo a seguir, ela conta como surgiu esse grupo:

Ela tem dicas de frases importantes para quem quer empreender:

  • “Cliente, o bem mais importante”
  • “Críticas são valiosas”
  • “Um time de sucesso não tem apenas uma estrela, mas várias”
  • “Tire proveito dos seus erros”.

Dá para aprender muito com ela, não é mesmo?

Zica Assis – Instituto Beleza Natural

Zica de Assis teve uma infância muito difícil.

Desde os 9 anos de idade, teve que trabalhar como babá para conseguir ajudar a família.

Aos 21 anos, fez um curso de cabeleireira apenas para ter autonomia para cuidar do seu próprio cabelo.

Mas ela tomou tanto gosto que isso passou de hobby para profissão: abriu um salão próprio especializado em cabelos crespos e ondulados.

Ela refletiu sobre a dificuldade que passava de encontrar pessoas que soubessem, de fato, cuidar deste estilo de cabelo.

Por isso, criou o seu próprio negócio que, hoje, é um verdadeiro sucesso: o Instituto Beleza Natural.

Conheça mais da sua história:

Simony César – Aplicativo NINA

NINA é uma plataforma tecnológica para denunciar experiências de assédio sexual no transporte público.

A ideia partiu de Simony César, 27 anos, filha de uma cobradora de ônibus.

A futura empreendedora via que a sua mãe estava sempre muito vulnerável neste meio de transporte público.

Além de sua mãe ter vivência neste meio, Simony também teve uma experiência de estágio em uma administradora de transporte em Recife.

A ideia de fazer algo que ajudasse as mulheres que usam transporte público nasceu quando uma pessoa próxima de Simony sofreu um caso de assédio.

A NINA faz parte do aplicativo Meu Ônibus, em Fortaleza.

Uma ideia incrível que ajuda e zela pela vida de muitas mulheres que precisam utilizar os transportes públicos.

Clique aqui para conhecer mais da história.

Cristina Junqueira – Nubank

Uma das fundadoras do Nubank, Cristina Junqueira é sinônimo de sucesso.

O negócio começou em maio de 2013, na cidade de São Paulo, com mais dois sócios.

Hoje, o Nubank conta com mais de 1,5 mil funcionários.

Nascida em Ribeirão Preto, Cristina mudou-se para o Rio de Janeiro e ficou na cidade até a sua adolescência.

De lá, foi para São Paulo fazer sua graduação de Engenharia de Produção na USP (Universidade de São Paulo).

Depois, fez mestrado em Engenharia, também na USP. Sendo uma executiva do mercado financeiro, Cristina mudou de rumo para empreender.

Conheça mais da história dela:

Uma parte da sua história empreendedora que é muito legal de ser apontada é que sua filha nasceu quase junto com a startup.

Ela até mesmo brinca que sua filha é gêmea do Nubank.

Ou seja, uma vida dividida entre a maternidade e a estruturação da empresa, onde ambas atividades foram concluídas com muito sucesso!

Julia Petit – Sallve

A paulistana Julia Petit é a empreendedora que fundou a Sallve, uma marca acessível de skincare que é sucesso absoluto nas redes sociais.

Grande parte desse êxito vem do talento de Julia para a comunicação, uma vez que ela é filha de um sócio-fundador da agência DPZ e fez uma carreira sólida no marketing e na produção de conteúdo digital.

Em 2019, após um ano sabático, Julia aproveitou a tendência da skincare para criar sua própria marca de cuidados com a pele.

Assim, nasceu a Sallve, com uma proposta de skincare democrática e com forte presença digital.

Em apenas um ano, a empresa quadruplicou seu faturamento.

O segredo é a visão inovadora de Julia, que faz questão de tratar seus clientes como cocriadores e formar uma comunidade engajada em torno da marca.

Hoje, a Sallve é uma das maiores marcas digitais de cuidados com a pele do Brasil, que já levantou mais de R$ 170 milhões em rodadas de investimentos.

Para Julia, a missão da empresa é representar os clientes da nova geração — algo que ela tem alcançado com louvor.

Sônia Hess – Dudalina

Sônia Hess é o grande nome por trás da camisaria catarinense Dudalina, que recebeu o título de maior empresa de camisas da América Latina em seus anos de sucesso.

A empresária assumiu o negócio da família em 2003, depois de atuar por anos no setor de marketing.

Desde então, Sônia foi responsável por um crescimento anual de 30% da empresa, tendo a preocupação de trazer novas tecnologias têxteis para a confecção no Brasil.

Sua relevância é tamanha que, em 2013, ela foi eleita pela revista americana Forbes como a sexta empreendedora mais poderosa do Brasil.

Em 2013, Sônia decidiu vender a Dudalina para um grupo americano, mas permaneceu na presidência até 2015.

Segundo a empreendedora, o caminho para o sucesso está no estudo aprofundado do comportamento do cliente e na inovação constante.

Tânia Gomes – 33e34

Para criar um negócio de sucesso, a empresária Tânia Gomes se baseou em um problema pessoal que compartilhava com mais de 5 milhões de mulheres brasileiras: a dificuldade de encontrar calçados para as numerações 33 e 34.

A partir dessa necessidade, em 2015, ela criou a boutique online 33e34 Shoes, especializada em calçados para esse segmento.

Para montar o negócio, Tânia vendeu sua parte em uma empresa de marketing digital da qual era sócia e investiu o capital no seu sonho.

Ao mesmo tempo, conseguiu um aporte de um investidor-anjo para dar início à marca.

Em apenas um ano, a 33e34 Shoes faturou R$ 1,5 milhão, com mais de 7 mil pares vendidos de marcas como Piccadilly, Usaflex, Luiza Barcelos e Converse.

Para Tânia, a marca se consagrou por meio da identificação das clientes com a CEO, uma vez que o segmento é bastante específico.

Em 2018, Tânia deixou a presidência da 33e34 Shoes para se dedicar a novos projetos.

No entanto, segue sendo dona de 55% do negócio e continuará ocupando a posição de conselheira.

Cleusa Maria da Silva – Sodiê Doces

De família muito pobre, Cleusa trabalhou desde jovem.

Foi boia-fria, cortadora de cana e empregada doméstica.

Mas foi quando virou funcionária de uma empresa que a oportunidade chegou.

A mulher do seu chefe, que trabalhava fazendo bolos, teve problemas de saúde, por isso, Cleusa começou a ajudar a preparar e entregar as encomendas.

Com o dinheiro que ganhava, conseguiu abrir em pequeno espaço em Salto, interior de São Paulo, que hoje é a famosa Sodiê.

Com o tempo, o negócio foi crescendo com novas unidades nas cidades próximas.

Em 2007, a Sodiê virou franquia, e hoje, são mais de 340 lojas pelo Brasil em diferentes estados.

Mas Cleusa não se limitou apenas ao nosso país.

Com um crescimento exponencial, a loja de doces já possui uma unidade em Orlando, Estados Unidos.

Conheça mais desta história:

Além disso, Cleusa também investiu em uma fábrica só de salgados, com sede em Boituva (SP).

Hoje, já são mais de 50 pontos de venda da franquia Sodiê Salgados Café.

Fernanda Ribeiro – Conta Black

Fernanda Ribeiro é presidente da Associação AfroBusiness, co-fundadora e CCO da Conta Black e foi eleita uma das 50 mulheres de impacto na América Latina pela Bloomberg.

Na série especial do podcast Dentro do Ringue, conversamos com ela sobre sua carreira, como fundou a Conta Black e dicas para mulheres empreendedoras.

Ribeiro diz que é uma verdadeira “hackeadora de sistemas”, isso porque encontra caminhos para furar bolhas e incluir mulheres e pessoas pretas em espaços de privilégio.

A própria Conta Black surgiu de um crédito negado.

É justamente por isso que no Manifesto da empresa há um trecho em que diz:

“Juntos, nós somos a RESISTÊNCIA. Somos o novo PODER ECONÔMICO. Não aceitamos o NÃO como o fim da história”.

Isabel Braga – Closet Bo Bags

Deixar coisa parada no armário está fora de moda.

A tendência nos últimos anos é o aluguel de bolsas de luxo e outras peças de grife.

Isabel Braga percebeu essa tendência e resolveu criar um negócio que tivesse como foco a economia compartilhada e o uso sustentável de itens de alto luxo.

Com mais de 10 mil produtos, a Closet BoBags é fruto da experiência da Bel que desde jovem é fã de acessórios e peças vintages selecionadas.

Mas é claro que nem tudo é só estilo.

A empresária passou um ano no Vale do Silício para entender o que os modelos de negócio ao estilo do Uber, Airbnb e similares poderiam ensinar para a criação da sua marca.

Ela contou toda essa trajetória no episódio #64 do Dentro do Ringue.

Ao falar sobre Economia Compartilhada, ela explica:

“O hype não é para se ter, o hype é para se acessar. É você entender que você não precisa ter 10 e usar 1, você pode não ter nenhum e usar 10. Essa mudança de mentalidade é muito poderosa”.

Isabela Gaidys – Ilustralle e Coolmmerce

Mulheres empreendedoras jovens também estão conquistando seu espaço.

Isabela Gaidys é uma verdadeira representante da Geração Z.

Com apenas 23 anos, já chegou a faturar R$ 1,2 milhão com a Ilustralle, papelaria online que ela criou.

E mais: com uma mente inquieta, ela começou a compartilhar o dia a dia do seu negócio e as estratégias que levam a conquistar número impressionantes de vendas nos lançamentos dos produtos.

Com isso, acabou criando uma outra vertical de negócios: o “Coolmmerce”, uma escola digital para marcas autênticas aprenderem e se inspirarem.

Conheça a história:

Hoje, ela segue atuando como diretora criativa na Ilustralle e no Coolmmerce, enquanto se dedica a outros projetos de branding, marcas e inovação.

Quais os desafios que as mulheres empreendedoras enfrentam?

As mulheres empreendedoras enfrentam uma série de desafios em suas jornadas que merecem atenção especial neste artigo.

Conheça os principais:

Discriminação de gênero no mercado

Infelizmente, mulheres ainda enfrentam situações de discriminação devido ao gênero no universo empresarial.

Grande parte das empreendedoras revelam ter passado por momentos de silenciamento por parte de homens, além do descrédito de suas competências.

Portanto, um dos primeiros desafios que aparecem é a superação do preconceito de gênero em ambientes de negócios, que muitas vezes são predominantemente masculinos.

Para lidar com esse problema, as mulheres empreendedoras fazem valer suas opiniões, tomam decisões por conta própria e se posicionam de forma assertiva, mostrando que o empoderamento feminino é um caminho sem volta.

Conciliação do empreendedorismo com a vida pessoal

Empreender requer grande dedicação e, devido à sobrecarga de trabalho, muitas mulheres empreendedoras têm dificuldades para conciliar a vida profissional e pessoal.

As mães, por exemplo, são discriminadas no mercado de trabalho devido ao tempo dedicado aos filhos.

No caso das empreendedoras, o desafio é comandar negócios enquanto realizam projetos pessoais como a maternidade.

Mais uma vez, elas vêm provando que é perfeitamente possível conciliar as atividades familiares e profissionais – inclusive, preferem a flexibilidade de empreender.

Consolidação de lideranças femininas

Atualmente, as mulheres ocupam apenas 39,3% dos cargos de gerência em empresas públicas e privadas do Brasil, segundo dados do IBGE publicados no Nexo.

Logo, a desigualdade de gênero nas posições de liderança ainda é um desafio que precisa ser superado.

O objetivo é combater o estigma de que liderar negócios é uma função “masculina”.

Cada vez mais, as empreendedoras provam que podem comandar empresas com excelência independentemente de seu gênero – e, indo além, que a liderança feminina tem uma série de diferenciais competitivos.

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Vamos supor que você esteja de acordo com isso, mas você pode optar por não participar, se desejar.
Aceitar consulte Mais informação Aceitar Leia mais

Política de privacidade e cookies