O fingerprint de dispositivo é um método inovador de combate à fraude em meios de pagamento. Quando nos deparamos com essa tecnologia, ela até parece ter saído de um filme de ficção científica, porém as inovações relacionadas à identidade de dispositivo não são apenas bem reais como, também, altamente necessárias.

Se você quiser entender mais sobre o assunto, leia este artigo até o final. Aqui, vamos explicar o que é fingerprint de dispositivo, como funciona a tecnologia e por que sua importância é maior a cada dia para a segurança cibernética.

O que é fingerprint de dispositivo?

Fingerprint de dispositivo é um conceito de segurança cibernética que indica a identificação de um usuário pela combinação entre características do dispositivo utilizado e do seu próprio comportamento.

Em inglês, o termo significa “impressão digital”, mas a tecnologia vai muito além disso. A ideia é estabelecer um padrão a partir de uma série de fatores, que variam desde o hardware do dispositivo até a forma como o usuário segura seu celular na mão.

Ou seja, é um conjunto de diversas características que, por si só, podem não significar muita coisa, mas quando andam juntas, são capazes de identificar um usuário com uma eficiência bem alta.

Por isso, o fingerprint promete inovar e melhorar muito o combate à fraude em meios de pagamento.

Os cookies são arquivos gerados durante a visita a um site e salvos no navegador do próprio usuário e servem para ajudar a empresa responsável pelo site a identificar um visitante. Por isso, eles são amplamente usados como uma ferramenta de marketing.

Já o fingerprint traz dados mais amplos, relacionados a várias outras características além da navegação. Portanto, pode fornecer uma análise mais completa.

Além disso, o usuário pode apagar os cookies da própria máquina a qualquer momento, mas não existe um meio de deletar o fingerprint – ele segue sendo coletado, caso devidamente autorizado.

Por isso, o fingerprint de dispositivo é usado no combate à fraude, enquanto os cookies são mais voltados à publicidade.

Qual é a relação entre device fingerprint e biometria?

Como falamos no começo deste artigo, o fingerprint de dispositivo é baseado em diversos tipos de dados – e, dentre eles, estão os dados de biometria do comportamento. Isso significa que o sistema identifica padrões gerados a partir da forma como a pessoa geralmente mexe no celular, como até mesmo a posição do aparelho na mão e o ritmo de digitação.

Porém, o conceito de biometria é mais amplo que isso, pois há várias outras formas de identificar uma pessoa por alguma características biológica que não fazem parte do fingerprint.

A mais comum é a impressão digital no sentido literal, com um sensor atrás do smartphone ou acoplado em outro dispositivo – como a urna eletrônica nas eleições, por exemplo. Mas também existe a prova de vida com reconhecimento facial, ou liveness detection, em que o sistema identifica se a imagem do rosto do usuário é legítima.

Portanto, podemos dizer que o fingerprint engloba – entre outros fatores – uma entre várias possíveis aplicações da tecnologia de biometria.

Como funciona o fingerprint de dispositivo?

O objetivo do fingerprint de dispositivo é evitar fraudes mesmo em casos em que os golpistas tenham os dados do usuário e usarem com outro aparelho. Nesses casos, o sistema identifica o Device ID – ou seja, identidade de dispositivo.

Algumas das características levadas em conta são:

  • Modelo e marca
  • Sistema operacional
  • Navegador usado
  • Plugins e apps instalados
  • Idioma
  • Data e hora
  • Configurações gerais.

Porém, a tecnologia vem evoluindo para que as informações sejam ainda mais específicas, como explicamos no tópico anterior.

Em participação no podcast Dentro do Ringue, o executivo Leonardo Rebitte, sócio fundador da IDTech CAF, especializada em segurança cibernética, afirmou que o padrão de uso da pessoa também faz diferença no fingerprint. O modo como seguramos o celular ou a posição em que geralmente deixamos o aparelho também são características a serem levadas em conta para verificar a identidade.

“Isso cria um padrão, uma identidade única no celular, então quem usa o fingerprint hoje, os bancos sabem quem é”, afirma Rebitte. “Estamos partindo para um próximo nível em que não vai mais se fazer prova de vida nem nada, vai ser tudo via fingerprint”, acrescenta.

Assista ao episódio completo do Dentro do Ringue

Qual a importância do fingerprint na prevenção a fraudes?

Em média, mais de 455 brasileiros têm dados pessoais vazados na internet por minuto, segundo pesquisa da empresa holandesa Surfshark, citada pela Folha de São Paulo. O estudo apontou que de abril a junho de 2022, cerca de 3,2 milhões de pessoas tiveram algum tipo de exposição no país: são dados como RG, CPF, CNH, registros bancários e até mesmo selfies de identificação, como no vazamento identificado recentemente no Ministério da Economia

Golpistas podem usar essas informações para fazer compras, abrir crediários e até criar um cartão de crédito. Aliás, o volume de fraudes em pagamentos está em alta para 90% dos executivos, aponta pesquisa LexisNexis Risk Solutions segundo esta reportagem. Tudo isso faz com que os meios atuais comecem a ficar defasados para a segurança digital.

O fingerprint pode identificar o usuário mesmo sem depender de dados que podem ser vazados, o que torna essa tecnologia uma arma cada vez mais necessária contra a fraude.

O fingerprint de dispositivo está alinhado à LGPD?

A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) existe para regulamentar a coleta, o armazenamento e o compartilhamento de dados de consumidores por empresas privadas. Uma das principais inspirações é a General Data Protection Regulation (GPDR), válida na União Europeia.

Com base nisso, qualquer empresa precisa sempre do consentimento do usuário para poder usar diversos tipos de dados. E com o fingerprint de dispositivo não é diferente.

Além de ser feita apenas com a autorização, a coleta e o uso dessas informações deve se limitar a iniciativas que sejam de interesse legítimo do usuário, como a garantia de sua segurança cibernética.

Por isso, se você for usar um serviço que tenha fingerprint de dispositivo, certamente essa tecnologia vai aparecer nos termos e condições de uso. 

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