Nós estamos vivendo verdadeiras revoluções quando falamos das relações de trabalho, inclusive nas áreas de exatas.
Equidade de salários e de gênero, combate ao assédio, luta por ambientes inclusivos e diversos são alguns exemplos que ilustram essas mudanças.
No entanto, a representatividade das mulheres em tecnologia ainda continua pequena.
O Relatório “Global Gender Gap 2022“, produzido pelo Fórum Econômico Mundial desde 2006, mostrou que porcentagem de mulheres formadas em Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) é de 1,7% em comparação com 8,2% dos homens formados.
De acordo com o mesmo relatório, o Brasil não está bem posicionado no ranking geral de equidade de gênero: entre 146 países, está na 94ª posição.
Uma boa notícia é que aqui na Vindi 43% da nossa liderança é feminina, sendo que 7% da nossa liderança se declara como mulher negra. Além disso, 13% da nossa área de tecnologia é feita por mulheres.
Se a Ciência da Computação foi inventada por mulheres, por que é tão difícil conseguir espaço no mercado de trabalho? Quais os caminhos possíveis para melhorar esse cenário? É o que você verá ao longo deste texto!
Mulheres em Tecnologia vs influência cultural
Muitos mitos afastam as mulheres das áreas de exatas. Entre eles, o maior está diretamente ligado aos estereótipos culturais, que influenciam muitas pessoas a pensarem que o gênero feminino tem aptidões apenas para cuidado, doação e ensino.
Por isso, grande parte das mulheres ainda escolhe áreas de humanas e ciências biológicas, mas os estudos mais recentes comprovaram que o meio interfere nessas escolhas.
Aquela história de que o cérebro de uma mulher funciona de forma diferente do homem já ficou para trás.
Por outro lado, ainda existem diversos fatores que contribuem para que as mulheres não desenvolvam a carreira nas áreas tecnológicas, como vieses inconscientes e ambientes sem diversidade de gênero.
Além disso, a autocobrança também é muito evidente, já que os obstáculos para conseguirem vagas nas empresas parecem ser maiores que as que os homens enfrentam. A pressão em ter que se destacar além do que seria esperado para um homem é uma das maiores dores levantadas por quem está nessas áreas.
Uma pesquisa feita em Harvard, mostrou que mulheres só se aplicam a uma vaga em tecnologia quando cumprem 100% dos requisitos.
Por outro lado, os homens conseguem vagas com apenas 60% dos requisitos habilitados. Esses dados só reforçam a ideia de autocobrança, já que uma vaga só pode ser conquista se a candidata foi “perfeita”.
Se começa na criação dentro de casa, na escola ou na faculdade, é fato que o mercado de trabalho ainda não parece estar preparado para receber e ajudar as mulheres a crescerem nas áreas de tecnologia.
5 dicas para aumentar a representatividade das mulheres em tecnologia
Pensando em todos os desafios enfrentados pelas mulheres que estão batalhando nesse mercado, separamos cinco dicas que podem fazer toda a diferença na hora de contratá-las.
1. Acabe com qualquer viés inconsciente nas entrevistas
É papel do RH preparar entrevistas adequadas por competências, e não por gênero. Parece óbvio quando falamos dessa forma, mas a maioria das mulheres já se sentiu incomodada no meio de uma conversa para pleitear um emprego.
Essa realidade não é diferente para as mulheres que trabalham com tecnologia. Dar oportunidades e ter tolerância zero com preconceitos faz parte do conjunto de ações que aumentam a representatividade feminina no mercado.
2. Escute o que mulheres que trabalham com tecnologia têm a dizer
Mesmo quando elas alcançam as vagas tão sonhadas, precisam lidar com uma série de desconfortos e preconceitos. Por estarem em times majoritariamente masculinos, é possível que escutem piadas, retaliações e desmerecimento.
Também é papel do RH e das lideranças não ser conivente com esses comportamentos. Além disso, é fundamental criar um ambiente agradável e diverso para que todos possam entregar os melhores resultados (e códigos, não é mesmo?).
3. Ofereça programas de desenvolvimento dentro da empresa
E mesmo que você não tenha estrutura para treinar e desenvolver internamente essas mulheres, é possível negociar descontos em universidades, eventos da área ou palestras.
Incentive o desenvolvimento constante e, mais do que isso, promova ações para que as mulheres cheguem a coordenações e gerências.
Na verdade, o céu é o limite, mas é muito importante que mulheres tenham oportunidades iguais as dos homens quando concorrem aos mesmos cargos.
4. Permita a migração e transferência de carreira
Quando entendemos que muitas mulheres escolhem profissões relacionadas à área de humanas e ciências biológicas, é possível esbarrarmos em muitos talentos escondidos nas empresas.
Já parou para pensar por que aquela redatora sempre está falando sobre programação? Quantas programadoras estão escondidas, só esperando uma oportunidade de mudar de carreira?
5. Estimule grupos de conversa sobre o tema
Coletivos, eventos, palestras e muita escuta ativa são fundamentais para aumentar a representatividade das mulheres em tecnologia.
Inclusive, muitas vezes as próprias colaboradoras se reúnem e fazem acontecer. Se o que falta é incentivo, o RH pode dar esse primeiro passo!
Temos vagas nos times de Engenharia, Tecnologia e Segurança da Vindi
Como falamos, aqui na Vindi, 43% da liderança é composta por mulheres e a próxima pode ser você!
Temos vagas nas áreas de Engenharia, Tecnologia e Segurança, e você pode conhecer todas as vagas que temos abertas clicando no banner abaixo: