O Dia Mundial da Bicicleta marca a celebração de um meio de transporte que faz bem para a sua saúde e para o trânsito da sua cidade. E que também pode fazer muito bem para o seu bolso!

Neste conteúdo criado especialmente para celebrar a data, vamos mostrar como investir na bike pode render bons lucros, principalmente se você seguir as tendências atuais. Mas, antes, explicamos o que é esse tal Dia Mundial da Bicicleta, por que ele é celebrado e como esse meio de transporte com séculos de existência se adaptou tão bem ao século 21.

Depois, você vai entender o conceito de bike sharing, ou compartilhamento de bicicletas, e como esse mercado pode ser promissor. E, por fim, vamos falar sobre algumas tendências para o futuro.

Então siga a leitura e descubra o potencial desse meio de transporte antigo, mas sempre atual.

O que é o Dia Mundial da Bicicleta?

O Dia Mundial da Bicicleta é 3 de junho. A data foi instituída em 2018 por uma decisão da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU)

A justificativa para a comemoração é que se trata de um meio de transporte simples, acessível e sustentável. E o ciclismo, além de contribuir com a economia e a mobilidade urbana, é uma atividade saudável para o corpo humano.

Embora já tenha mais de 200 anos, a bicicleta tem se popularizado cada vez mais como meio de locomoção, e não apenas para lazer. Esta tendência é bem-vinda – principalmente em grandes cidades, com alto fluxo de veículos. Sem falar na alta nos preços dos combustíveis, tornando a pedalada ainda mais interessante.

Mulher e homem pedalam em avenida movimentada de grande centro urbano

A bicicleta tem se tornado uma importante alternativa de transporte em grandes cidades (Foto: Unsplash)

Não à toa, cada vez mais pistas exclusivas para ciclismoDe acordo com dados da Abraciclo, a malha cicloviária das capitais brasileiras cresceu 40,8% de 2018 a 2021.

Além de impulsionar as vendas de bicicletas, este contexto ajudou a fortalecer um novo modelo de negócios, como vamos mostrar agora.

O que é bike sharing?

Bike sharing significa, literalmente, compartilhamento de bicicletas. Em resumo, o usuário paga um valor para usar uma das várias bicicletas disponibilizadas pela empresa na cidade.

Esse sistema usa a internet e o monitoramento por GPS para viabilizar a retirada e a entrega do equipamento com segurança.

O modelo é recente, mas a ideia é antiga. Já em 1965, um designer e empresário holandês espalhou 50 bicicletas pintadas de branco por Amsterdã. Mas, naquela época, a iniciativa não deu muito certo: as bikes que não foram furtadas ou vandalizadas acabaram recolhidas pela polícia, com o argumento de que estimulavam o furto, como explica esse texto (em inglês).

A partir de 1993 começaram a surgir formatos mais seguros pela Europa, mas ainda havia um problema: como era difícil identificar os ciclistas, o vandalismo persistia. 

Ao final dos anos 1990, começou a ser desenvolvido o modelo que vemos hoje. As primeiras empresas da chamada “terceira onda” de bike sharing usavam cartões magnéticos para identificar os usuários. Sistemas assim apareceram pela Europa e Estados Unidos, conforme este artigo do pesquisador Paul DeMaio.

Em 2005, surgiu na França o maior sistema até então: o Velo’v, com 1,5 mil bicicletas espalhadas por Lyon. Dois anos depois, Paris passou a contar com sua plataforma de compartilhamento. 

Inicialmente com 7 mil bicicletas, o Vélib’ já conta com mais de 20 mil espalhadas pela metrópole francesa e arredores. Desde então, o sistema evoluiu na esteira de tecnologias como GPS, computador acoplado, travas eletrônicas e acesso via aplicativo de celular.

Como funciona um negócio de bike sharing?

Bicicletas presas em tótem na Alemanha, país com grande desenvolvimento da malha cicloviária

Bicicletas presas em tótem na Alemanha, país com grande desenvolvimento da malha cicloviária (Foto: Unsplash)

Em um negócio de bike sharing, as bicicletas são disponibilizadas na rua, presas por travas eletrônicas. Antes de começar a pedalar, o usuário precisa fazer um cadastro pela internet e pagar por um tempo de uso.

Esse período pode variar entre dias e meses, conforme a empresa e o plano contratado. Assim, não é preciso comprar uma bicicleta para sair pedalando.

Como uma boa bike não custa barato, esse serviço acaba sendo bastante atrativo. Além disso, nos grandes centros urbanos, há muitos moradores de apartamento e nem todos têm espaço para guardar uma bicicleta.

Isso sem contar o turista, que dificilmente leva sua magrela na viagem, mas pode pedalar em qualquer lugar onde houver bike sharingCom tantas vantagens, esse mercado tem crescido no mundo todo, incluindo o Brasil, como mostramos abaixo.

Panorama do mercado de bike sharing

O compartilhamento de bicicletas é uma tendência no mundo todoUma pesquisa (em inglês) realizada pela multinacional PBSC Urban Solutions aponta que, em agosto de 2021, havia mais de 10 milhões de bicicletas sendo compartilhadas por cerca de 1,9 mil sistemas ativos pelo mundo.

Especializada no fornecimento de peças e sistemas de bike sharing, a empresa também disponibiliza um mapa mundi com todos os lugares onde é possível alugar uma bicicleta.

A Ásia é o continente com maior número de empresas do ramo, com 833 cidades. Em seguida, aparece a Europa, com 765, e a América do Norte com 203. No ranking por países, o Brasil aparece na 13ª posição, sendo o sul-americano com mais plataformas de compartilhamento.

Aliás, esse mercado tem crescido bastante por aqui. Segundo outra pesquisa, realizada pela Tembici, o país tem 45 mil bicicletas oferecidas por 75 sistemas.

O levantamento mostra um crescimento de 68% no uso de bicicletas compartilhadas em São Paulo em março de 2022, em comparação com março de 2021. No Rio de Janeiro, a alta foi de 26% em fevereiro, em relação ao mesmo período do ano anterior. 

O estudo aponta também que, na última década, a América Latina teve um crescimento de 400% na modalidade

A própria Tembici é um exemplo do crescimento do bike sharing: fundada em 2010, a empresa já atua em 11 cidades no Brasil, Chile e Argentina. Em breve, deverá expandir a atuação para a Colômbia, com um investimento de R$ 53 milhões, segundo esta reportagem.

O que esperar do futuro das bikes? Veja 4 tendências

Mas o que o futuro reserva para a bicicleta? Vamos mostrar agora quatro tendências para você ficar de olho:

1. Apps para monitorar performance

A internet e o GPS têm muita utilidade para os ciclistas. Há várias opções de aplicativos para monitorar dados como rota percorrida, velocidade e tempo de locomoção.

Assim, ciclistas podem comparar suas performances em diferentes momentos e conferir sua evolução nas pedaladas.

Essa tecnologia pode ajudar também a criar e compartilhar novas rotas. Inclusive, há serviços de bike sharing que informam a usuários os dados de suas pedaladas.

2. Bicicletas elétricas

A bicicleta elétrica vem sendo cada vez mais usada, inclusive em serviços de compartilhamento. Tão sustentáveis quanto as convencionais, elas ajudam a percorrer distâncias mais longas sem precisar usar transporte público ou veículos automotores.

E podem ser bem úteis principalmente em cidades onde o terreno é irregular e o ciclista pode precisar de uma forcinha para subir ladeiras.

3. Integração com modais

Se estamos vendo atualmente a terceira onda, qual será a quarta?

Uma possibilidade que surge com força é a integração com outros modais. Por exemplo: com apenas um cadastro, o usuário garante o uso da bicicleta e a passagem para o ônibus ou metrô.

Esse sistema pode atender a todas as necessidades do consumidor e, por isso, já é chamado de demand-responsive multi-modal. Em uma tradução livre, seria algo como “multimodal adaptável à demanda”.

4. Bicicleta por assinatura

O conceito de bike sharing abre a possibilidade para a assinatura de bicicletas.

Com este sistema, a cobrança de um valor fixo garante o uso contínuo das bikes compartilhadas. Quanto mais o consumidor pedalar, maior é a economia por não precisar pagar a cada passeio.

Esse modelo pode ser bem lucrativo caso sua empresa use uma boa plataforma de pagamentos.

Como funciona a bicicleta por assinatura?

Como falamos acima, no modelo de negócios da bicicleta por assinatura, você oferece o uso liberado por uma mensalidade. Para evitar que esse uso seja indiscriminado, é preciso estipular um período máximo de utilização.

Por exemplo, depois de retirar a bicicleta da estação, o usuário pode ficar por uma hora com ela até fazer a devolução. Depois, pode pegar outra bicicleta, ou a mesma se for o caso. Assim, é possível ter o controle sem que o serviço deixe de ser atrativo.

Por falar nisso, não falta atratividade em uma assinatura como essa. Afinal, o consumidor não precisa comprar uma bike e nem gastar com manutenção. 

Sem falar na facilidade de não precisar guardar, principalmente para quem mora em apartamento.

Pessoas andam de bicicleta em grande avenida

O conceito de bike sharing nasceu em Amsterdã, na Holanda, que hoje é uma das cidades que mais zela pela mobilidade (Foto: Unsplash)

Recorrência é solução para esse modelo de negócio

A ideia de disponibilizar uma assinatura de bicicletas é baseada na economia da recorrênciaEsse é um modelo que vem sendo adotado por negócios de vários tipos, da Netflix à rede de academias Smart Fit, sem falar dos clubes de assinatura.

O segredo do sucesso nesse tipo de negócio é a previsibilidade de receitas: c0om a cobrança de mensalidade, você sabe quanto vai arrecadar a cada mês. E, assim, pode organizar melhor seu fluxo de caixa.

Por isso, o bike sharing é mais um caso de sucesso da economia da recorrência.

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