O CFO Summit 2024, que aconteceu nos dias 3 e 4 de julho, reuniu líderes financeiros das maiores empresas do Brasil e do mundo para discutir as tendências, desafios e oportunidades na área de finanças. Veja um resumo dos principais painéis do evento, os insights e estratégias compartilhadas pelos especialistas.
Transformação Empresarial: Da nuvem às finanças
No painel “Transformação Empresarial e Inovação Constante”, Tatianna Oliveira, Editora-chefe da BandNews, conduziu uma discussão rica com Rafael Hoshino, Head de Finanças do Google Cloud Latam, Gustavo Conrado, CFO da SAP e Victor Mansur, Vice-diretor Financeiro da XP. O debate focou na importância da rápida adaptação às exigências do mercado, especialmente em um cenário onde processos legados podem ser obstáculos significativos.
Mansur comentou que na XP as iniciativas de digitalização melhoraram tanto o atendimento ao cliente quanto o suporte aos assessores de investimentos. Hoshino apontou que o Google Cloud trouxe à tona a integração de inteligência artificial e machine learning, sublinhando a importância da segurança dos dados. Já Conrado disse que a SAP enfatizou a transição para modelos de subscrição baseados em nuvem e a parceria com hyperscalers para garantir segurança e robustez da infraestrutura.
Liderando Gigantes: Educação contínua e inclusão
O painel “Liderando Gigantes na Atuação de CFOs em Negócios na América Latina”, moderado por Maria Silvia Vieira, Coordenadora de Marca & Conteúdo da Vindi, contou com Vivianne Valente, CFO do Grupo Tigre, Tatiane Mendonça, CFO na ALAGEV e Head de Tesouraria e Riscos na Gol e Elisângela Almeida, CFO do Grupo Doria. O foco foi a diversidade, educação contínua e reformas estruturais.
Mendonça destacou a importância da educação contínua e do networking genuíno para a formação de um bom CFO. Valente falou sobre a autenticidade nas posições de liderança e a necessidade de reforma tributária no Brasil. Almeida abordou a falta de referências para mulheres negras em posições de liderança e a relevância de programas como o Conselheira 101 para promover diversidade e inclusão.
A representatividade em todas as esferas de poder foi discutida como vital para uma sociedade mais justa. Quando os conselhos e cargos de liderança refletem a diversidade da população, as decisões tomadas são mais inclusivas e eficazes. A inclusão de diversas perspectivas nos conselhos pode trazer benefícios significativos para as empresas, ajudando a moldar estratégias mais abrangentes e inovadoras.
CFO do Futuro: Curiosidade e flexibilidade
Tamara Dzule, CFO da Mastercard Brasil, moderou o painel “CFO do Futuro – Ferramentas e Novas Tecnologias”, com Roberto Cabrera, CFO da Acer do Brasil, Barbara John, Sócia-líder de Finance e Backoffice Transformation na KPMG e Rosana Passos, Conselheira de administração no IBEF-SP, consultora e palestrante. A discussão centrou-se na evolução do papel do CFO, que cada vez mais divide espaço com iniciativas ESG, inovação e proteção contra riscos.
Cabrera destacou a importância da proficiência em tecnologias digitais para alavancar os negócios. John e Passos enfatizaram a necessidade de adaptação rápida às novas tecnologias. Dzule mencionou como a IA pode transformar atividades financeiras, economizando tempo e melhorando a precisão.
Passos ressaltou, ainda, que independentemente da tecnologia, as pessoas continuam sendo o fator mais importante dentro das empresas. A tecnologia deve aumentar a eficiência, permitindo que colaboradores se concentrem em estratégias futuras. Em resumo, o CFO do futuro deve ser um parceiro de negócios centrado na estratégia e execução, além de manter a curiosidade constante para aprender e desaprender conforme necessário.
Transformação Digital: Automação de processos e eficiência
Também moderado por Maria Silvia Vieira, o painel “Transformação Digital: como CFOs podem automatizar processos com sistemas integrados”, contou com Cassius Schymura, VP de Financial Services na LWSA e Rafael Chamas, VP Financeiro e Diretor de RI da LWSA, que destacaram a importância da automação e eficiência em um cenário macroeconômico desafiador.
Schymura ressaltou os benefícios da terceirização de processos de billing e citou ferramentas da Vindi que automatizam a gestão de pagamentos. Chamas compartilhou inovações globais, como o ecossistema digital da China e o impacto positivo do PIX no Brasil. A recomendação para CFOs iniciantes na transformação digital é focar em processos conhecidos e com soluções tecnológicas comprovadas.
Confira a cobertura completa deste painel ou assista ao bate-papo na íntegra.
Inteligência Artificial e Finanças: Da saúde à tecnologia
No painel “Transformação com IA e Finanças: O Futuro das Empresas”, Aloysio Ribeiro Neto, Diretor Financeiro EUA e América Latina da GFT Technologies, moderou a discussão com Gláucia Rosalen, CFO da Microsoft, Emanuela Araujo, CFO Sami e André Gouvinhas, CFO Mercado Bitcoin. O foco foi como a IA está revolucionando diversos setores e o impacto nas finanças corporativas.
Araujo destacou que a IA já é uma realidade no setor de saúde e apontou que no caso da Sami aumentou a produtividade em mais de 50% e economizou mais de 900 horas mensais de trabalho. Gouvinhas comentou sobre a personalização de recomendações de investimento por IA como um grande impulsionador dos processos no Mercado Bitcoin. Rosalen falou sobre como a IA ajuda a Microsoft em processos financeiros, resultando em savings significativos e maior eficiência operacional.
Confira o case de sucesso da Sami Saúde com a Vindi.
Embedded Finance: A linha de receita do futuro
O painel “Embedded Finance: Como CFOs podem impulsionar novas linhas de receita com a oferta de crédito”, contou com a participação de Wanderley Schimidt, Diretor Executivo de Soluções para Crédito na Vindi, Edgard Erasmi, CEO da Polígono Capital e Ricardo Faustino, Diretor de Marketing, Produto e Analytics da PaGol, que discutiram como a tecnologia e o crédito são pilares fundamentais na nova revolução financeira brasileira, impulsionada pelo Banco Central e pela migração para o Open Finance.
Erasmi ressaltou que a Polígono Capital, com R$6 bilhões em ativos de crédito sob gestão, utiliza plataformas tecnológicas para explorar crédito dentro dos ecossistemas de grandes empresas, mostrando um potencial significativo de crescimento. Faustino explicou que a PaGol adota uma abordagem “LGPD first” para garantir conformidade regulatória e segurança de dados, oferecendo uma experiência fluida e transparente para o consumidor.
Confira o case de sucesso da Pagol com a Vindi.
Schimidt comentou que o conhecimento profundo do comportamento do cliente permite a oferta de produtos financeiros personalizados e competitivos. Por isso é que a colaboração entre empresas que possuem expertise em diferentes áreas, como tecnologia, dados e inteligência de crédito, é essencial para mitigar riscos e acelerar o crescimento. Como fazem as Soluções para Crédito da Vindi ao englobar diversas tecnologias que se adaptam ao cenário e necessidades de cada empresa que vai criar seu próprio sistema de crédito e empréstimos.
Confira a cobertura completa deste painel.
Para os CFOs, identificar oportunidades de ingressar no mercado de embedded finance começa com a compreensão profunda das necessidades dos clientes e fornecedores, implementando inicialmente soluções básicas e depois avançando para ofertas mais complexas.
CFOs e CTOs: Mais que parceiros, força-tarefa
Também moderado por Tatianna de Oliveira, o painel “De CFO a CEO: Uma Jornada de Renúncias e Realizações”, contou com Cláudio Sertório, CFO da KPMG Brasil e da América do Sul, Fábio Davidovici, CFO da Aramis e Guilherme Cervieri, CFO da CRMBONUS, que destacaram a necessidade de colaboração contínua entre CFOs e CTOs para a gestão eficaz de projetos tecnológicos.
Oliveira ressaltou a necessidade de decisões estratégicas ágeis devido à rápida evolução tecnológica. Davidovici enfatizou a transformação cultural e a adaptação dos usuários às novas tecnologias. Cervieri destacou a facilidade de adoção de novas tecnologias pelas gerações mais jovens e a importância da integração entre CFOs e CTOs.
Sertório mencionou a necessidade de evitar armadilhas tecnológicas e precificar corretamente a tecnologia, considerando custos associados à cibersegurança. Davidovici ressaltou que, no futuro, o conhecimento integrado entre finanças e tecnologia tornará as funções de CFO e CTO quase indistinguíveis.
Os participantes concluíram que a colaboração entre CFOs e CTOs é fundamental para a transformação digital das empresas, integrando finanças e tecnologia de forma eficiente e segura.
O CFO Summit 2024 demonstrou que a transformação digital, a adoção de novas tecnologias e a promoção da diversidade são temas centrais para os CFOs modernos. A capacidade de adaptar-se rapidamente e liderar iniciativas estratégicas será crucial para o sucesso futuro das organizações.