Para garantir a sobrevivência de um empreendimento nos primeiros anos de funcionamento, é preciso muito mais do que investimento financeiro, bons profissionais e um produto ou serviço que já tem certa demanda no mercado. Planejamento e noções de gestão estão entre os pontos que determinam o sucesso. Segundo uma pesquisa inédita do Sebrae-SP, 46% dos empreendedores paulistanos abriram suas empresas com olhos vendados, sem conhecer o perfil e o hábito dos seus clientes. Em relação à importância do capital de giro para o funcionamento dos negócios, 39% não levaram em conta e outros 38% não tinham conhecimento do perfil dos seus concorrentes.

As informações são alarmantes e preocupantes, uma vez que apontam uma séria tendência ao fracasso. Segundo a pesquisa, 27% dos empreendedores entrevistados não conseguem chegar ao primeiro ano de funcionamento. E torna-se ainda mais agravante quando apenas 42% conseguem sobreviver aos cinco primeiros anos de atividade. Embora as pequenas e médias empresas representem a maioria no cenário econômico brasileiro, muitas desconhecem o setor, e principalmente o perfil dos clientes, e aliado a estas desvantagens está à falta de conhecimento na gestão financeira do próprio negócio. Entre as principais Causa Mortis de muitas empresas está à falta de um planejamento prévio, bem como do mercado e perfil consumidor; falta de gestão empresarial e principalmente a inexistência do comportamento empreendedor. O fracasso e o sucesso de um empreendimento estão interligados por uma linha tênue, que não compensa correr riscos quando o sonho de empreender está em jogo, e com ele, as economias de uma vida toda. Listamos 5 fatores que contribuem para o fechamento das portas de muitas empresas, fique atento e não caia nas armadilhas!

1. Abertura da empresa sem um plano de negócios

Embora os trâmites legais para abertura de empresas no Brasil seja um tanto cansativo, muitos empreendedores preferem apostar todas as suas fichas em um negócio sem nem ao menos montar um plano de negócios. Um risco de alto grau que, na maioria dos casos, acaba não compensando. É impossível realizar projeções de curto e longo prazo sem um detalhamento do empreendimento. Conforme a pesquisa do Sebrae-SP, 55% dos empresários não levaram em consideração itens básicos para o início das atividades, incluindo um bom plano de negócios – documento que detalha todas as informações do empreendimento para um bom funcionamento. Quanto mais informações o empreendedor conseguir juntar sobre o seu ramo de atividade, maiores serão as chances de se dar bem!

2. Falta de gestão financeira

É necessário controle. Não há empresa que resista a uma gestão financeira ineficiente. É preciso detalhar, definir e colocar tudo na ponta do lápis, ou melhor, em planilhas no computador. Um bom Fluxo de Caixa cai como uma “luva” nas contas diárias. É preciso conhecer o caixa da sua empresa e ter conhecimento sobre todos os recebimento e pagamentos, pois só assim você poderá se programar para realizar um investimento e saber como anda a saúde financeira do seu negócio.

Tenha conhecimento das movimentações diárias, como valor a pagar e a receber, preços cobrados por fornecedores, estoque, diferenças entre valores fixos e variáveis no planejamento, com todas as informações em mãos será possível fazer uma análise prévia e realizar projeções.

3. Falta de comportamento empreendedor

Um grande equívoco que ocorre é muitos empresários “acharem” que após abrir as portas da empresa nada mais precisa ser feito. Segundo a pesquisa do Sebrae-SP, a bagagem adquirida pelos empreendedores faz toda a diferença no sucesso do negócio. Dos entrevistados que estavam em atividade há mais de cinco anos, 72% revelaram que tinham um conhecimento prévio do ramo da atividade executada. Enquanto que 58% daqueles que não conseguiram alcançar os cinco anos disseram ter experiência prévia ou conhecimento no ramo.

O comportamento empreendedor deve ser contínuo e vir com certa base, cursos, ajuda especializada e principalmente interesse em querer conhecer sobre o setor de atuação do negócio fazem toda a diferença. Além de se envolver na empresa, é preciso realizar uma autoavaliação constante, a fim de buscar as deficiências e defeitos e poder tirar proveito das virtudes.

4. Falta de identidade

Embora muitas empresas busquem exemplos de sucesso para seguirem – a cópia é um grande equívoco – e, embora seguir certo mercado semelhante seja saudável, é preciso criar a própria identidade em relação ao que está sendo colocado à disposição. A falta de diferencial e de identidade de marca acaba rotulando o negócio como apenas “mais do mesmo”. É preciso se solidificar com características próprias e um serviço inovador.

Muito além de criar uma estrutura inspirada em modelos de negócios, é ir além do que os concorrentes já dispõem. Por este motivo, a pesquisa de mercado se faz necessária. É por ela que inovações podem surgir, atendendo a uma necessidade que ainda não é beneficiada.

5. Divergência societária

Empreendedor é por si só, enérgico. Esse é o ponto inclusive, para que algumas empresas tenham problemas logo no momento inicial do negócio. Esse é sem dúvida o principal problema, quando falamos em cabeças diferentes trabalhando juntas. Por incrível que pareça, esse fator, é o mais citado por empreendedores que falharam ou que desistiram da ideia. Sem contar os problemas jurídicos que podem envolver um impasse entre sócios. Imagine ter que administrar um casamento ruim. Agora imagine uma sociedade ruim. Então meu amigo, escolha bem.

economia da recorrencia

Já parou para analisar como anda a saúde financeira da sua empresa? Saberia identificar os fatores durante um período de crise? Compartilhe conosco suas experiências nos comentários abaixo!

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